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Imóvel de R$ 700 mil entra em consórcio

Com valorização imobiliária, Banco do Brasil e Itaú mais do que dobram o teto para empréstimos na modalidade.


Proprietário que quer mudar para unidade melhor localizada também é alvo das empresas do setor


O segmento de consórcios está se adaptando ao boom do mercado imobiliário. Os dois maiores bancos do país, Banco do Brasil e Itaú Unibanco, mais que dobraram o valor máximo da carta de crédito, passando de R$ 300 mil e R$ 250 mil, respectivamente, para R$ 700 mil.


"Os clientes procuravam contratar mais de uma carta de crédito para adquirir um imóvel. Criamos esse grupo para atender a essa demanda", afirma Luis Matias, vice-presidente de consórcios do Itaú Unibanco.


Segundo o executivo, houve uma "forte adesão" em São Paulo, que responde por 35% dessas cotas. "A valorização imobiliária no Estado naturalmente proporcionou essa demanda por grupos com valores mais altos".


O preço médio do metro quadrado de lançamentos com dois dormitórios teve alta de 112% na capital paulista nos últimos cinco anos, segundo dados da Embraesp (Empresa Brasileira de Estudos de Patrimônio).


O diretor de empréstimos e financiamentos do BB, Marcelo Augusto Dutra Labuto, também aponta que o público-alvo são clientes que vivem em regiões onde o preço dos imóveis teve forte alta.


"Além disso, foi identificado um crescente interesse na aquisição de imóveis comerciais, que possuem geralmente um custo total mais elevado", acrescenta.


Outros bancos que atuam no setor -Bradesco, Caixa Econômica Federal, HSBC, Santander- mantêm produtos até R$ 300 mil.


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