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Notícias

Imigrantes dão cara a regiões em que se estabeleceram em SP

São Paulo tornou-se a casa de alguns grupos de imigrantes. Um dos mais importantes deles é o de italianos, que chegou à cidade no final do século 19 e demarcou seu território na Mooca (zona leste). No passado, o estabelecimento dos habitantes na região ocorreu por conta da proximidade com as fábricas do Brás, onde trabalhavam. Hoje a Mooca atrai quem gosta de um local tranquilo, sem perder a comodidade de morar relativamente perto do centro e de ter à mão um amplo leque de serviços. Ruth Cardamone, 74, é funcionária pública aposentada e faz parte de uma família de descendentes de italianos que está há cinco gerações no bairro. Ela herdou do pai um amplo apartamento em um antigo prédio de dois andares. "Quem sai da Mooca acaba voltando, porque não se acostuma a outro lugar." Segundo a pesquisa DNA Paulistano, realizada pelo Datafolha em 2008, a fidelidade é de fato uma característica dos moradores do distrito da Mooca --52% deles acreditam que seu bairro é melhor que os demais da cidade. Apesar de manter um ar conservador, a região dá sinais de que passará pelo mesmo crescimento vertical do Tatuapé e do bairro Anália Franco. O preço médio dos lançamentos na Mooca em 2008 e 2009 (R$ 3.670) superou o do Tatuapé (R$ 3.034), segundo dados da Geoimovel. Já quem mora na Liberdade, região central de São Paulo, defende que o bairro é muito mais do que a feira típica japonesa e as lanternas vermelhas da rua Galvão Bueno. Sua fronteira chega até as proximidades da Aclimação e do Cambuci. Área íntima Nessa ampla área vivem não apenas japoneses e descendentes mas também coreanos e chineses. "Os orientais gostam de imóveis espaçosos e valorizam a segurança", afirma Aldo Ferreira de Assis, proprietário da imobiliária Afassis. O corretor também revela que a discrição é mais um ponto marcante das três culturas. "Elas dão preferência à área íntima e não gostam de se expor." Descendente de japoneses, Sergio Sado Hattano, 40, possui um pequeno comércio na região e há sete anos mudou-se do Ipiranga (zona sul) para um imóvel de dois dormitórios próximo ao seu estabelecimento. "Agora estou mais perto do trabalho e não perco tanto tempo no trânsito", justifica. De 2006 a agosto de 2009, houve 11 lançamentos imobiliários no distrito da Liberdade, segundo a Geoimovel. O preço médio do metro quadrado em 2008 e 2009 foi de R$ 4.881. Colônia judaica A expressiva colônia judaica que habita Higienópolis desde meados do século passado fez desse bairro da região central paulistana um local repleto de referências a sua cultura. Os imóveis são, em sua maioria, de alto padrão. Helio Mizrahi, proprietário da HM Imóveis, afirma que as famílias predominam: "70% dos apartamentos são de três ou de quatro dormitórios", caracteriza. Quando ortodoxos, os judeus instalam duas pias na cozinha --uma para laticínios e outra para carne, como preconiza a culinária "kosher". Entre os preceitos do "shabat", não é permitido acionar o elevador durante o período semanal de descanso, que vai do pôr do sol de sexta-feira ao pôr do sol de sábado. Por isso, muitos judeus preferem apartamentos em andares baixos. Há edifícios em Higienópolis que solucionaram essa questão de maneira mais tecnológica. Durante o "shabat", o elevador é programado para parar em todos os andares; ao usuário cabe apenas esperá-lo chegar ao seu pavimento.

03 de janeiro de 2010

Perfil de cada bairro acompanha estilo do morador em São Paulo

Orientais, italianos, judeus, descolados. Cada um desses grupos culturais, étnicos ou nacionais encontra na cidade de São Paulo um bairro --e, consequentemente, um tipo de imóvel-- adequado a seu perfil. "A oferta de serviços especializados tende a unir em uma mesma região pessoas com os mesmos hábitos", afirma o diretor de lançamentos do Secovi-SP (sindicato do setor imobiliário), Fabio Rossi Filho. Quem gosta de agito costuma se aventurar a morar em locais com muitos bares, restaurantes e "baladas" --a Vila Madalena (zona oeste) é um exemplo. "É um bairro muito vivo. A qualquer hora do dia ou da noite há pessoas na rua", define Ana Lúcia Bóro, gerente de vendas da Pacheco Imóveis. Pela proximidade da USP (Universidade de São Paulo) e de centros culturais de Pinheiros, nas últimas décadas o lugar congregou artistas, intelectuais e uma intensa vida noturna. A Vila, porém, ainda reserva ruas tranquilas, onde é possível estar próximo à movimentação sem o incômodo do barulho. A relações-públicas Patrícia Jorge, 44, nasceu no bairro e já chegou a viver na Vila das Mercês (zona sul). Nesse tempo, voltava todo dia para a Vila Madalena para levar a filha à escola e usar serviços como cabeleireiro. De volta à origem há 13 anos, Patrícia declara: "Só consigo morar em São Paulo porque vivo na Vila Madalena". Os corretores que atuam na região afirmam que a procura de jovens famílias por imóveis para compra cresceu. "São pessoas que têm uma visão de mundo diferente e a mantêm quando formam uma família", diz o diretor do departamento de imóveis prontos da Fernandez Mera, Ricardo Carazzai. A demanda gera valorização. Segundo a empresa de pesquisas imobiliárias Geoimovel, em 2008 e 2009 a média do preço do metro quadrado na Vila Madalena foi de R$ 6.511, superior à do distrito de Pinheiros (R$ 4.863), onde fica o bairro. Um estilo de vida também mais alternativo, com acesso fácil a opções culturais, é o atrativo do centro. Comodidade O estilista Walério Araújo, 39, é um entusiasta da região desde que chegou de Lajedo (PE) há 18 anos. Ele já morou na avenida São João e na rua Rego Freitas e há 15 anos habita o lendário edifício Copan, na avenida Ipiranga. "O que me atraiu foi a facilidade, pois no Copan há desde podólogo até pizzaria", revela o estilista, que instalou há cerca de cinco anos a sua loja na área comercial do condomínio. A oferta de comércio e serviços e a localização são os aspectos que mais agradam aos moradores do distrito da República (onde está o Copan), segundo o DNA Paulistano, pesquisa feita pelo Datafolha em 2008

03 de janeiro de 2010

Ações de despejo caem 6,63 porcento em novembro em SP

SÃO PAULO - O volume de ações de despejo por falta de pagamento de aluguel registrou queda de 6,63% em novembro em relação a outubro em São Paulo, de acordo com levantamento divulgado hoje pelo Fórum de Justiça de São Paulo e pela administradora de condomínios Hubert. O resultado representa a primeira baixa após três meses seguidos de crescimento. No mês passado, houve ingresso de 1.535 ações na Justiça contra inquilinos inadimplentes, ante 1.644 ações apresentadas em outubro. Apesar da queda mensal, o montante de pedidos de despejo ajuizados neste ano é bem superior ao registrado no ano passado. Nos 11 primeiros meses do ano, o volume de processos chegou a 18.736, 10,24% superior aos 16.995 registrados no mesmo período de 2008. Para o diretor da administradora de condomínios, Hubert Gebara, o aumento substancial no número de ações de despejo neste ano é resultado do avanço nos preços de alugueis. Nos últimos 12 meses encerrados em dezembro, a alta foi de 8,8%, segundo o Sindicato da Habitação de São Paulo (Secovi-SP). Hubert lembra que, em períodos de recuperação econômica, os proprietários tendem a trocar os inquilinos para obter locações mais vantajosas. Em períodos de crise, eles procuram a Justiça para receber os aluguéis atrasados. Agencia Estado - 28/12/2009

03 de janeiro de 2010

Fila de espera para o passado.

Edifício Diederichsen Pelo menos 50 pessoas aguardam uma vaga para apartamento. A movimentação do Edifício Diederichsen, prédio histórico da região Central de Ribeirão Preto, revela que o local tem retomado a boa forma. Todas as 118 salas comerciais do primeiro e do segundo andar estão ocupadas e a fila de espera por um dos 64 apartamentos do quarto andar tem cerca de 50 pessoas. O hotel, que funcionava no quinto andar e foi desativado em 2007, deve ser reinaugurado ano que vem, e os 34 quartos foram todos equipados com ar-condicionado, frigobar, TV e internet. A revitalização começou há dois anos, quando a Santa Casa, instituição que herdou o edifício, contratou um administrador para o prédio. A boa gestão somada a localização privilegiada, bons preços de aluguel e perspectiva de restauro deram vida nova ao Diederichsen. "É o edifício mais famoso do Interior do Estado e os preços são um grande atrativo", disse o administrador do prédio, José Spósito. A atendente Renata Calore, 28, que está há um mês no edifício e esperou um ano pelo apartamento, disse que o diferencial do Diederichsen é a segurança e o ambiente familiar (raridades nessa região da cidade). "Além disso, é no Centro da cidade e tem um preço bom, o que ajuda muito. E vai ficar lindo depois do restauro", afirmou Renata. Na parte térrea, onde ficam algumas das lojas mais tradicionais da cidade, como a cafeteria Única e a Caprichosa Modas, apenas o antigo cinema, que está locado para um bingo, permanece desativado. No sexto e último andar, opera uma academia de ioga e um grupo de teatro. Dentro do prédio as atividades são variadas: há de cabeleireiro a loja de lingerie, passando por dentistas e vendedores de ouro. O empresário José Carlos Magalhães, 49, que montou no edifício um Disk-Salada de Fruta há um ano, estranhou o estilo do prédio no começo, mas já se acostumou e pretende conquistar em breve um espaço no andar térreo. Já o alfaiate Walter Feloni, o Alemão, 72, está há 51 anos no prédio e disse que o número de profissionais liberais no local diminuiu, mas o movimento geral aumentou. "Jamais sairia daqui, (o Diederichsen) faz parte da minha vida", afirmou Alemão. Aluguel sai por R$ 226 O Diederichsen, construído em 1936, foi o primeiro prédio do Interior do Estado e o segundo do País. O edifício, tombado em 2005 pelo Estado, integra as construções-símbolo do auge da produção cafeeira e foi sede da primeira choperia Pinguim, cujo espaço foi vendido este ano para uma loja de calçados. O restauro da fachada, previsto para o ano que vem, foi orçado em R$ 590 mil e, segundo o coordenador do projeto, Cláudio Baúso, aguarda aprovação do conselho estadual de patrimônio. O prédio tem 4 mil metros quadrados e, além da restauração de portas, e janelas, ganhará novos elevadores e iluminação após a obra. O aluguel de sala dentro do edifício custa R$ 160 (já com condomínio), enquanto uma loja na rua gira em torno de R$ 4 mil. Um apartamento de um quarto no Diederichsen sai por R$ 226, com água e condomínio, e as diárias no novo hotel ainda não tiveram preço anunciado. (DC) Grande Hotel Diederichsen pode abrir as portas neste mês O Diederichsen abrigou entre 1937 e 1950 um dos mais importantes e inovadores hotéis do interior paulista: o Grande Hotel Gallucci. Primeiro a ter água quente encanada e restaurante (cujos cardápios eram traduzidos para seis línguas), o local hospedou políticos como o presidente Getúlio Vargas e o governador Adhemar de Barros, além da nata dos fazendeiros e industriais do País. "Era cinco estrelas com categoria extra e teria no terraço um bar-confeitaria ao ar livre, mas a água infiltrava e foi preciso tampar", contou Bruno Gallucci, 86 anos, filho do primeiro proprietário, Giuliano Gallucci. italiano como o pai, Bruno morou no Diederichsen dos 4 anos aos 17 anos e, há seis anos, voltou a viver no prédio. "Passei 13 ótimos anos da juventude aqui e agora encontrei descanso." O Hotel foi vendido outras vezes depois da gestão Gallucci e foi fechado em 1970. Ainda neste mês, o novo proprietário deve reabrir a atividade do prédio mais charmoso da cidade sob o nome de Grande Hotel Diederichsen. (DC) DANIELLE CASTRO

03 de janeiro de 2010

Estantes diversificadas

Libere o ambiente Antes restritas ao mobiliário de salas e escritórios, a versatilidade agora permite decoradores ousar na criatividade.  A versatilidade das estantes, antes restritas ao mobiliário de salas, escritórios e home theaters, permitiu uma liberdade de criação de decoradores e designers que levou a peça para outros cômodos da casa como dormitórios, cozinhas e áreas de serviço. É possível até mesmo utilizar uma estante nos banheiros, sem entulhar o ambiente. Tudo é uma questão de equilíbrio entre o espaço e a proporção da peça. Um exemplo é a estante avante, criação do designer carioca Eduardo Baroni para a coleção comemorativa dos 30 anos da Tok&Stok. A peça pode ser expandida de acordo com a necessidade ou disponibilidade de recursos de cada consumidor. Estreita e alta, a mobília pode ser usada sozinha, em pequenos espaços, ou se estender por toda a parede, bastando que se acrescentem mais módulos. Seu desenho angular, combinado com prateleiras assimétricas e nichos, proporciona movimento à modulação. As estantes também podem surgir de projetos específicos, como o modelo com porta de vidro que ocupa, dos dois lados, o corredor de passagem de uma casa transformada em loja de roupas infantis. Segundo as arquitetas Nátalia e Daniella Tamega Coletta, o uso de vidro nas portas é uma alternativa para manter a transparência na peça, ao mesmo tempo em que protege da poeira os objetos expostos. A espessura das portas de vidro, e o uso de dobradiças, em comparação à profundidade das prateleiras, não interfere na área útil aproveitada. Outra razão para a escolha do vidro na estante é a leveza do material. Segundo as arquitetas, o maior desafio foi transformar o corredor da entrada da loja, com 15 metros de comprimento, em um espaço agradável, sem transmitir a sensação de ser um corredor sem fim. No local foram instalados nichos com muito vidro e iluminação interna para exposição dos produtos mais vendidos na loja. As paredes ganharam adesivos simulando uma floresta e réguas para medir a altura das crianças. E no final do corredor, a parede ganhou um armário em vidro. (AAN)  

03 de janeiro de 2010

IGP-M recua e pode reduzir aluguel residencial

O Índice Geral de Preços de Mercado (IGP-M) - indicador adotado no reajuste da maior parte dos contratos de aluguel de imóveis residenciais - encerrou este ano em deflação pela primeira vez em sua história, iniciada em 1989. A notícia interessa a locadores e inquilinos, mas especialistas no setor imobiliário de Rio Preto acreditam que a maioria dos contratos de locação em vigência não deverá ter alterações. O indicador ficou negativo em 1,72% em 2009 após apresentar aumento de 9,81% em 2008. Até hoje, a menor taxa anual do IGP-M era referente ao ano de 2005, quando subiu 1,21%. O desempenho anual do IGP-M foi anunciado ontem pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), que também divulgou o resultado de dezembro do índice. No último mês do ano, o indicador teve queda de 0,26%, após subir 0,10% em novembro. Em Rio Preto, a redução do índice não deverá ser sentida pelo locatário de imóveis, na opinião de especialistas do setor imobiliários. Isso porque, segundo eles, o que prevalece nessa relação é o bom senso, apesar de que se o inquilino exigir, o proprietário é obrigado a aplicar o índice negativo. “A negociação entre inquilino e proprietário é tranquila e normalmente entram num acordo para beneficiar os dois. O proprietário não quer perder o bom inquilino, que também sabe o custo e desgaste provocado pela mudança”, afirma Joaquim Mendonça Ribeiro, diretor regional do Sindicato da Habitação (Secovi) de Rio Preto. Segundo ele, o valor médio do aluguel em Rio Preto oscila entre R$ 600 e R$ 700. Atualmente, o período é de aumento na procura por imóveis em função de mudanças de estudantes e trabalhadores. “Há opções disponíveis, mas as com valores menores são mais difíceis.” Para Sabino Sidney Pietro, delegado regional do Conselho Regional dos Corretores de Imóveis (Creci), como a redução de valor é mínima, muitos locatários, sabendo que o imóvel está no valor de mercado, acabam pagando o mesmo valor. “Acaba predominando o bom senso. A redução dá estabilidade para o locatário e é boa para o proprietário, que não fica com seu imóvel desocupado”, disse. Segundo Jorge D´Amico, proprietário da imobiliária D´Amico, a deflação do IGP-M ajuda a proteger a correção do valor do aluguel de quem já tem contrato em andamento. “O mercado imobiliário está em expansão e a tendência é de alta de preços para novos aluguéis.” Ele afirma que, quando o IGP-M atingiu 15%, em 2007, o valor integral só foi aplicado a aluguéis que realmente estavam defasados. “Agora, fica o bom senso de renegociar para que o valor não fique muito defasado.” Composição A FGV anunciou ainda os resultados dos três indicadores que compõem o IGP-M de dezembro. O Índice de Preços por Atacado - Mercado (IPA-M) caiu 0,50% este mês, ante elevação de 0,08% em novembro. Por sua vez, o Índice de Preços ao Consumidor - Mercado (IPC-M) apresentou elevação de 0,20% em dezembro, ante aumento de 0,14% em novembro. Já o Índice Nacional de Custos da Construção - Mercado (INCC-M) registrou alta de 0,20% em dezembro, ante avanço de 0,18% em novembro. O período de coleta de preços para cálculo do IGP-M de dezembro foi do dia 21 de novembro a 20 de dezembro. “Essa deflação histórica do IGP-M registrada neste ano foi resultado da combinação da crise global com a crise local”, afirma o coordenador de Análises Econômicas da FGV, Salomão Quadros. Ele explica que a crise internacional jogou os preços em dólar das commodities para baixo. Além disso, a valorização do real em relação ao dólar, que atingiu 25% neste ano em razão da entrada de capitais externos porque o Brasil saiu mais rapidamente da recessão em relação a outros países, potencializou o efeito da crise financeira nos índices de preços. Agência Estado - 30/12/2009

03 de janeiro de 2010

IGP-M recua e pode reduzir aluguel residencial

O Índice Geral de Preços de Mercado (IGP-M) - indicador adotado no reajuste da maior parte dos contratos de aluguel de imóveis residenciais - encerrou este ano em deflação pela primeira vez em sua história, iniciada em 1989. A notícia interessa a locadores e inquilinos, mas especialistas no setor imobiliário de Rio Preto acreditam que a maioria dos contratos de locação em vigência não deverá ter alterações. O indicador ficou negativo em 1,72% em 2009 após apresentar aumento de 9,81% em 2008. Até hoje, a menor taxa anual do IGP-M era referente ao ano de 2005, quando subiu 1,21%. O desempenho anual do IGP-M foi anunciado ontem pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), que também divulgou o resultado de dezembro do índice. No último mês do ano, o indicador teve queda de 0,26%, após subir 0,10% em novembro. Em Rio Preto, a redução do índice não deverá ser sentida pelo locatário de imóveis, na opinião de especialistas do setor imobiliários. Isso porque, segundo eles, o que prevalece nessa relação é o bom senso, apesar de que se o inquilino exigir, o proprietário é obrigado a aplicar o índice negativo. “A negociação entre inquilino e proprietário é tranquila e normalmente entram num acordo para beneficiar os dois. O proprietário não quer perder o bom inquilino, que também sabe o custo e desgaste provocado pela mudança”, afirma Joaquim Mendonça Ribeiro, diretor regional do Sindicato da Habitação (Secovi) de Rio Preto. Segundo ele, o valor médio do aluguel em Rio Preto oscila entre R$ 600 e R$ 700. Atualmente, o período é de aumento na procura por imóveis em função de mudanças de estudantes e trabalhadores. “Há opções disponíveis, mas as com valores menores são mais difíceis.” Para Sabino Sidney Pietro, delegado regional do Conselho Regional dos Corretores de Imóveis (Creci), como a redução de valor é mínima, muitos locatários, sabendo que o imóvel está no valor de mercado, acabam pagando o mesmo valor. “Acaba predominando o bom senso. A redução dá estabilidade para o locatário e é boa para o proprietário, que não fica com seu imóvel desocupado”, disse. Segundo Jorge D´Amico, proprietário da imobiliária D´Amico, a deflação do IGP-M ajuda a proteger a correção do valor do aluguel de quem já tem contrato em andamento. “O mercado imobiliário está em expansão e a tendência é de alta de preços para novos aluguéis.” Ele afirma que, quando o IGP-M atingiu 15%, em 2007, o valor integral só foi aplicado a aluguéis que realmente estavam defasados. “Agora, fica o bom senso de renegociar para que o valor não fique muito defasado.” Composição A FGV anunciou ainda os resultados dos três indicadores que compõem o IGP-M de dezembro. O Índice de Preços por Atacado - Mercado (IPA-M) caiu 0,50% este mês, ante elevação de 0,08% em novembro. Por sua vez, o Índice de Preços ao Consumidor - Mercado (IPC-M) apresentou elevação de 0,20% em dezembro, ante aumento de 0,14% em novembro. Já o Índice Nacional de Custos da Construção - Mercado (INCC-M) registrou alta de 0,20% em dezembro, ante avanço de 0,18% em novembro. O período de coleta de preços para cálculo do IGP-M de dezembro foi do dia 21 de novembro a 20 de dezembro. “Essa deflação histórica do IGP-M registrada neste ano foi resultado da combinação da crise global com a crise local”, afirma o coordenador de Análises Econômicas da FGV, Salomão Quadros. Ele explica que a crise internacional jogou os preços em dólar das commodities para baixo. Além disso, a valorização do real em relação ao dólar, que atingiu 25% neste ano em razão da entrada de capitais externos porque o Brasil saiu mais rapidamente da recessão em relação a outros países, potencializou o efeito da crise financeira nos índices de preços.  Agência Estado - 30/12/2009

03 de janeiro de 2010

Recorde da casa própria

Aquecimento econômico Financiamentos habitacionais realizados pela CEF na região neste ano já somam R$ 724 mi em 15,5 mil contratos.  A Caixa Econômica Federal (CEF) bateu recorde de financiamentos habitacionais neste ano na região de Ribeirão. Até novembro foram emprestados R$ 724 milhões em 15,5 mil contratos, duas vezes a mais em relação ao mesmo período de 2008. Com o Mutirão para a assinaturas de contratos neste mês, que começou ontem, a meta do banco é fechar este ano com R$ 800 milhões em crédito habitacional em 16 mil contratos nas 57 cidades que fazem parte da regional. De acordo com o gerente regional da CEF, Celso Javorski, o bom desempenho foi resultado do aquecimento econômico da região e das ações feitas pelo banco para incentivar a tomada de financiamento para a compra da casa própria, mesmo com as ameaças da crise. “A Caixa reduziu a taxa de juros e aumento o prazo para pagamento para incentivar o aumento das operações. E apesar das turbulências econômicas, a região não foi seriamente afetada e as pessoas continuaram a investir”, disse. Para Mateus Franco, professor da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade de Ribeirão (FEA-RP/USP), foi a crise financeira um dos motivos que tornou o mercado de imóveis mais atrativo neste ano. “Por conta das ameaças, as construtoras e imobiliárias reviram suas políticas de preços e parcelamentos, o que beneficiou os compradores.” De acordo com Franco, a política de redução do Impostos sobre Produtos Industrializados (IPI) para a construção civil também contribuiu para aquecer o mercado. O casal Patricia Scochi, 39, e José Luiz Corral, 47, fizeram um financiamento para a construção da primeira casa própria. “Vamos começar a obra no próximo mês. Conseguimos nos programar financeiramente e vamos realizar um sonho”, disse Patricia. O contrato foi assinado pelo casal ontem e é um dos 385 que serão fechados até o dia trinta deste mês no Mutirão Habitacional da CEF. Minha Casa Minha Vida impulsiona contratos Do total já contratado neste ano na região, R$ 369,5 milhões vieram do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE), aumento de 112,3% em comparação com o mesmo período de 2008, quando R$ 174 milhões do sistema foram usados para o financiamento de imóveis. “É um dos segmentos que registraram a maior alta, por conta da compra de imóveis com valor mais alto na região”, disse o gerente regional da CEF Celso Javorski. De acordo com o gerente, apesar do aumento no financiamento desse tipo de unidade, o programa Minha Casa Minha Vida foi o grande impulso para o recorde de contratação habitacional neste ano. “Do total de contratos fechados, cerca de 70% tiveram subsídio do programa federal”, disse. A vendedora Fernanda Cristina de Oliveira, 25, que também assinou o contrato no primeiro dia de mutirão, se beneficiou com o recurso. Ao todo, R$ 278,8 milhões financiados vieram do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) e R$ 66,2 milhões do Fundo de Arrecadamento Residencial (FAR). FINANCIMENTOS HABITACIONAIS Os números da casa própria na região 70 Contratos fechados por dia na região durante o mês de novembro 350 Média semanal de financiamentos na região para a compra da casa própria R$ 800 Milhões é a meta de empréstimos que a CEF quer alcançar com o mutirão R$ 30 Milhões devem ser emprestados até o fim do mutirão 385 Unidades que deverão ser financiadas no mutirão da Caixa 62,1 Mil é a quantidade de pessoas beneficiadas  

29 de dezembro de 2009

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