O Conselho Curador do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) aprovou nesta terça-feira, 10, uma linha de crédito especial para compra de material de construção pela classe média. Inicialmente, serão destinados R$ 300 milhões do fundo para esse tipo de operação, valor que, dependendo do comportamento da demanda, poderá ser elevado para até R$ 1 bilhão. Para ter acesso a linha de crédito, o interessado precisa ser cotista do FGTS. O valor do empréstimo está limitado a R$ 20 mil e o prazo de pagamento será de até 120 meses. A taxa de juros será bem mais atrativa do que as oferecidas atualmente no mercado. O juro foi fixado em até 12% ao ano. Segundo o representante da Confederação Nacional do Comércio (CNC) no conselho curador do FGTS, Claudio Conz, atualmente, o custo anual desse tipo de operação varia de 25% a 45% ao ano. O representante do ministério do Trabalho na reunião, Paulo Furtado, explicou ainda que todos os cotistas, independente da renda mensal, poderão solicitar o empréstimo. O valor do imóvel que será reformado, no entanto, terá que obedecer os limites do FGTS ou seja R$ 500 mil. Além disso, se o valor do empréstimo exceder R$ 10 mil, o interessado terá que apresentar documentação de que está sendo efetuado o pagamento de benefícios previdenciários aos trabalhadores da obra. Estímulo – Para Conz, que também preside a Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção (Anamaco), a medida vai ajudar a alavancar o crescimento das vendas de material de construção neste ano, período em que as instituições financeiras poderão ficar mais cautelosas na hora de emprestar dinheiro por conta dos efeitos da crise econômica mundial. A expectativa é de expansão das vendas entre 7 e 8% neste ano ante 4,5% de 2011. O representante da CNC afirmou ainda que o valor de R$ 20 mil por cotista não é baixo. Segundo ele, em média, os empréstimos para essa finalidade variam entre R$ 7 mil e R$ 8 mil. “Está bem adequado a realidade”, frisou. Veja Mais
14 de janeiro de 2012
SÃO PAULO - A forte procura por imóveis residenciais e comerciais para alugar fez a taxa de vacância recuar para o menor nível dos últimos dez anos em 2011 e o valor do aluguel explodiu. Os imóveis mais procurados no mercado de locação residencial são apartamentos de um e dois dormitórios. No segmento comercial, áreas para escritórios no Itaim, em São Paulo, e no Leblon, Rio de Janeiro, são as mais cobiçadas. Atualmente, o aluguel de escritório no Rio já supera o de Nova York afirma a gerente de pesquisa da Cushman & Wakefield South America, Mariana Mokayad Hanania. Uma pesquisa feita pela empresa mostra que o valor do aluguel do metro quadrado no polo de escritórios no Rio, que inclui a zona sul, centro e orla, é de US$ 69,4. Em Nova York, na região de Midtown, próxima do Central Park, US$ 62,6. O terceiro lugar desse ranking das regiões com aluguel comercial mais alto, à frente de Washington, também é ocupado pelo Brasil. Só que pelo polo de escritórios de São Paulo, que inclui áreas nobres como Paulista, Jardins, Faria Lima, Chácara Santo Antônio, entre outras. Nessa região, o preço do metro quadrado está em US$ 60,3. Segundo Mariana, fazia tempo que São Paulo não tinha elevação tão forte no preço dos aluguéis de escritórios; fenômeno frequente no Rio porque a oferta de escritórios é restrita. O preço médio do aluguel do metro quadrado de edifícios classe A no principal polo de escritórios de São Paulo, que inclui Paulista, Jardins, Faria Lima, Itaim, Vila Olímpia, Berrini, Chácara Santo Antônio e Marginal Pinheiros, atingiu R$ 111,8, no terceiro trimestre de 2011. A alta é de 22,6% em relação a igual período de 2010 e de 4,3% ante o segundo trimestre de 2011. O preço médio mais elevado do metro quadrado de escritórios classe A em São Paulo é o da Faria Lima (R$ 146,3) e o índice de vacância mais baixo é o do Itaim (0,9%), aponta a pesquisa da Cushman & Wakefield. "Hoje a taxa de vacância atingiu o recorde de baixa em todos segmentos", diz Roberto Perroni, presidente da Cyrela Commercial Properties (CCP), especializada em escritórios, shoppings e galpões. No caso de escritórios, ele cita a taxa média de vacância, que leva em conta os imóveis vagos em relação ao total de imóveis alugados ou não, calculada pela CB Richard Ellis. Em São Paulo, esse índice médio foi de 4,2% no terceiro trimestre de 2011 e de 3,1% no Rio. Também em shoppings há escassez de lojas para locação. Pesquisa nacional da Associação Brasileira de Shopping Centers mostra que a taxa de vacância chegou a 3,7% em setembro de 2011, um dos resultados mais baixos dos últimos 12 meses. Em dois shoppings da CCP, que serão entregues em 2013, mais de 70% das lojas já estão alugadas. Supermercado Na opinião do consultor de locação do Secovi, o Sindicato da Habitação, Cícero Yagi, o principal fator que elevou o preço do aluguel e fez recuar a taxa de vacância foi o descompasso entre a oferta para locação muito abaixo da demanda. No caso dos escritórios, Yagi conta que contratos novos estão sendo fechados com reajuste de 30%, superando de longe a inflação, que fechou 2011em 6,5%, de acordo com o IPCA, e em 5,1%, segundo o IGP-M. Perroni, da CCP, chegou, nos últimos meses, a obter alta de 45% no preço dos aluguéis por ocasião de revisões que acontecem a cada três anos em contratos antigos. Nos imóveis residenciais com um e dois dormitórios, os aumentos também são fortes e beiram a 20%, para novos contratos. A taxa de vacância é de 10%, considerada baixa. A vacância normal oscila entre 15% e 20%. Mas, ao que tudo indica, esse quadro mais apertado entre demanda e oferta de imóveis para alugar deve ter um certo alívio neste ano para o segmento de escritórios, prevê Yagi. Com a oferta prevista de 300 a 400 mil metros quadrados novos de áreas de escritórios em São Paulo por ano a partir de 2012, deve ocorrer uma subida na taxa de vacância. Já no segmento residencial, o consultor acredita que o aumento da oferta não será suficiente para conter os aluguéis no curto prazo. Veja Mais
09 de janeiro de 2012
Os preços dos imóveis continuarão altos. A velocidade do aumento dos valores, no entanto, deve ser cada vez mais lenta, até que haja uma acomodação. Ninguém se arrisca a prever quando essa estabilização ocorrerá. Mas especialistas explicam que, diante dos atuais patamares de preço, não há mais muita margem para novas valorizações. O cenário traçado por especialistas conclui duas coisas. A primeira é que adquirir imóveis como investimento já não é mais tão vantajoso. A segunda tem a ver com quem quer comprar a casa própria. Os integrantes deste grupo, portanto, têm de colocar os atuais preços no planejamento financeiro, uma vez que esperar para ver se os valores caem pode não adiantar. A menor velocidade no ritmo de alta, como já foi constatado pelo índice FipeZap no decorrer de 2011, deve continuar sobretudo pela retração na demanda. José Augusto Viana, presidente do Conselho Regional de Corretores de Imóveis de São Paulo (Creci-SP), cita que no ano passado já houve um encolhimento no volume de negócios fechados, tanto em imóveis novos quanto nos usados. 'Foram vendidos 26% menos usados e quase 40% menos imóveis novos', calcula. Para ele, esse é um sinal claro de que o mercado precisa se adequar à renda do comprador, ou verá seus negócios minguarem. 'Queda de preço é algo que eu não creio que ocorrerá. Mas o mercado precisa estabilizar os preços', completa o presidente do Creci-SP. Os preços médios dos imóveis prontos no País subiram 26% no ano passado na comparação com os valores de 2010, segundo o índice FipeZap. A valorização é muito mais expressiva do que qualquer outra aplicação financeira no País. O ouro, por exemplo, que foi a modalidade de investimento que mais rendeu no ano passado, teve alta de 15,85%. 'As altas no mercado imobiliário têm sido muito expressivas. Diante disso, há uma lógica de que os aumentos tendem a diminuir', insiste Fábio Colombo, administrador de investimentos, que atua no mercado há mais de 20 anos. 'E como as vendas estão caindo, há uma expectativa de que os preços caiam ou, pelo menos, se ajustem. Mas não dá para dizer se isso já começa em 2012', emenda Fábio Braga, diretor da Porto Seguro Consórcio. Embora Fábio Colombo concorde que a alta nos preços não tem mais muita margem para continuar, ele pontua que as reduções que devem ser promovidas na taxa básica de juros (Selic) ao longo de 2012 deixarão os imóveis para locação mais atrativos como investimento, na comparação com as modalidades de aplicação da renda fixa (como a caderneta de poupança, CDBs, fundos DI e de renda fixa). 'O imóvel é uma alternativa para investidores conservadores e moderados', detalha o especialista. Comprar um imóvel agora, esperar a valorização para depois vendê-lo, no entanto, não é recomendado por Colombo. Descompasso. Samy Dana, PhD em finanças e professor da Fundação Getúlio Vargas de São Paulo (FGV-SP), no entanto, é enfático ao dizer que há uma valorização forçada nos imóveis, sobretudo em São Paulo e no Rio de Janeiro. 'E, para piorar, os aluguéis não acompanharam a alta no valor do imóvel', emenda o acadêmico. Dana afirma até, com base em cálculos, que há fortíssimo risco de bolha imobiliária no País justamente por esse descompasso na evolução do preço do ativo imóvel e do aluguel nos últimos anos no País. Veja Mais
04 de janeiro de 2012
Em dezembro, o preço do metro quadrado dos apartamentos subiu 1,1%, segundo o índice FipeZap; pico foi em abril, com alta de 2,7%. Os preços dos imóveis residenciais subiram em média 26% em 2011, porém o ritmo de alta é cadente desde maio. A informação é do índice FipeZap, que acompanha o valor médio do metro quadrado de apartamentos prontos em seis capitais (São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Recife, Salvador e Fortaleza) e no Distrito Federal. Em dezembro, a alta foi de 1,1%, a menor do ano, após um pico de 2,7% em abril. A desaceleração no ritmo de alta fez com que os preços acumulassem variação de 10,2% no segundo semestre, ante taxa de 14,6% na primeira metade do ano. Para o economista Eduardo Zylberstajn, coordenador do FipeZap, a atividade econômica mais fraca no segundo semestre é um dos principais fatores que ajudam a explicar o movimento dos preços no período. No início do ano, segundo ele, o mercado era favorável à elevação dos preços, diante do crescimento da demanda, sustentado por uma combinação de crédito fácil, aumento de renda e de confiança na economia. "A desaceleração da atividade econômica, já no segundo semestre, inibiu um pouco a confiança do brasileiro, o que fez reduzir a procura por imóvel", afirma Zylberstajn. Além disso, o economista ressalta que no movimento de alta nos últimos meses tinha sido tão expressiva que os preços atingiram níveis que começaram a ficar complicados para uma parcela importante da população. "É natural que o mercado busque um novo nível", diz o coordenador do FipeZap. A grande questão, segundo ele, é quando esse movimento de acomodação vai terminar. "Os preços podem caminhar para mais alguns meses de desaceleração e ficarem relativamente estáveis ou subirem um pouquinho", observa. "Ou pode ocorrer uma virada e os preços caminharem para alguma correção para baixo." Contudo, Zylberstajn não arrisca nenhum palpite: "Qualquer previsão quanto a isso, não é economia, e sim bruxaria", diz o economista, bem humorado. Em dezembro, os preços dos imóveis residenciais em São Paulo tiveram aumento médio de 1,4%, a menor taxa desde maio de 2010, e fecharam o ano passado com valorização de 27%. Já no Rio de Janeiro, o aumento médio dos preços em dezembro ficou em 1,1%. Foi a primeira vez desde junho de 2009 que a capital fluminense registrou alta mensal menor que a de São Paulo. No entanto, o Rio fechou o ano com alta de 35% no preço médio do metro quadrado de apartamentos. No Distrito Federal, os preços recuaram 0,2% em dezembro, a primeira queda na capital do País desde o início da série, em 2008. Recife foi a única capital a apresentar alta superior a 2% no preço do metro quadrado em dezembro, de 2,4%. Entre as sete regiões pesquisadas, o preço médio do metro quadrado dos apartamentos em dezembro variou de R$ 7.919, em Salvador, a R$ 7,919, no Distrito Federal. Na capital paulista, o preço médio do metro quadrado foi de R$ 6.066, enquanto no Rio de Janeiro chegou a R$ 7.421. Em Belo Horizonte, foi de R$ 4.619; Recife, R$ 4.666 e Fortaleza R$ 4.277. Na média das seis capitais e do Distrito Federal, o valor ficou em R$ 6.185. O índice FipeZap é feito em conjunto pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas da Universidade de São Paulo e pelo Zip Imóveis. O índice refere-se aos preços ofertados e se baseia no banco de anúncio de imóveis do Zap, com cerca de 200 mil registros mensais. "Em qualquer país do mundo, construir um índice de preços de imóveis é um grande desafio, principalmente por causa da dificuldade em se obter dados confiáveis", diz Zylberstajn. "No Brasil, esse desafio era ainda maior. "Os registros e os cartórios de imóveis não têm bancos de dados públicos, e mesmo que tivessem, sabe-se que muitas escrituras não refletem os valores de fato transacionados." Veja Mais
04 de janeiro de 2012
SÃO PAULO - O boom de construções no Brasil passa a ser a principal novidade no mercado imobiliário mundial e o País se transformará em 2012 no segundo lugar mais atraente para investidores estrangeiros, superando a China e toda a Europa. Uma pesquisa publicada ontem pela Associação de Investidores Estrangeiros no Setor Imobiliário (Afire, sigla em inglês), apontou ainda São Paulo como a quarta cidade mais atraente para aplicações em imóveis entre as grandes metrópoles internacionais no ano. A pesquisa mostra que, apesar da crise, o mercado americano ainda é o que oferece as opções de investimentos em imóveis comerciais mais estáveis e seguras do mundo. Segundo a entidade, a crise já começa a dar sinais de estar sendo superada nos Estados Unidos, pelo menos no setor imobiliário. Preços de aluguéis, pela primeira vez desde 2008, começam a subir. Se a liderança é dos Estados Unidos, a pesquisa mostra que o boom brasileiro no setor da construção fez do País passou a atrair um interesse global. O grande destaque é a cidade de São Paulo. No ranking elaborado no ano passado, a capital paulista era a 26.ª na lista de prioridades de investidores estrangeiros. Na classificação de ontem, subiu para a quarta posição. O local preferido de investidores em 2012 será Nova York, seguido por Londres e Washington. São Paulo superou a cidade de Frankfurt e todas as capitais de países da zona do euro e das economias dos Brics. O crescimento da economia, eventos esportivos e as garantias legais são os fatores que transformam o País e a cidade em uma das prioridades de investidores. "O Brasil passou a ser considerado como um lugar muito mais seguro para investir e um local onde se consegue uma boa apreciação de capital", afirmou o CEO da entidade, James Fetgatter. Para realizar a pesquisa, a associação consultou investidores com um portfólio total de US$ 874 bilhões pelo mundo. 42% dos entrevistados apontaram que planejam investimentos nos Estados Unidos em 2012 como o lugar que oferece as melhores oportunidades. Em 2011, porém, 64% dos entrevistados havia escolhido o mercado americano. ‘Roubo’ de investimentos. Segundo a pesquisa, o Brasil "roubou" investimentos dos Estados Unidos. Hoje, 18,6% dos entrevistados indicam que o País oferece as melhores oportunidades de retorno de investimentos no setor imobiliário. Em 2011, apenas 4,4% dos entrevistados escolheram o Brasil para investir. Com o resultado, o Brasil superou a China na lista das preferências dos investidores imobiliários. Entre os emergentes, a classificação é seguida pela Turquia, enquanto Vietnã e Índia sofreram quedas. Na Europa, a crise envolvendo o euro e a possibilidade de recessão em 2012 praticamente tirou o continente da lista dos locais preferidos por investidores. Nem mesmo a Alemanha resistiu e desabou no ranking organizado pela entidade. Preços altos. A pesquisa destaca que os Estados Unidos ainda são muito almejados e foram o segundo país, depois da Grã-Bretanha, a atrair mais investimentos estrangeiros em 2011, segundo dados preliminares da Real Capital Analytics. "O ponto baixo é que o país não promete muita valorização de capital, pois os maiores mercados já estão com preços altos", disse Fetgatter. Veja Mais
02 de janeiro de 2012
Queda no ritmo das vendas, pressão dos custos e atrasos nas entregas de 2011 fizeram empresas reverem suas projeções. A subida do preço dos imóveis residenciais não vai dar trégua, mas, pelo menos, ficará mais comportada. Empresários da construção e analistas do mercado afirmam que o preço da moradia nas principais capitais do País já atingiu um nível compatível com os novos padrões da economia brasileira. A estimativa para 2012 é que, ao invés de disparar 27%, como em 2011, os preços médios das habitações subam em um ritmo um pouco acima da inflação, em torno de 10% ao ano, em cidades como São Paulo, Belo Horizonte e Porto Alegre. Em outras, como Rio de Janeiro, Vitória e Recife, o aumento deve seguir mais forte. "De maneira geral, o movimento de recuperação do preço dos imóveis já ocorreu, após quase dez anos de estagnação", afirma o presidente da unidade brasileira da Federação Internacional das Profissões Imobiliárias (Fiabci), Basílio Jafet. "Para 2012, a alta deve ficar perto da inflação." Na avaliação do coordenador de pesquisas imobiliárias do Ibope Inteligência, Antônio Carlos Ruótolo, o aumento anual deve ser bem menor do que o registrado em 2011. "O crescimento chegou a um nível insustentável. Isso já está tornando o preço do metro quadrado proibitivo para a maioria dos consumidores." A valorização dos imóveis foi impulsionada pelo crescimento do poder aquisitivo e da demanda da população, à medida que mais brasileiros deixavam a pobreza para ingressar na classe média, com melhores níveis de emprego e renda. / C.B. O setor da construção civil apresentou um crescimento significativo ao longo de 2011, mesmo em meio à pressão dos custos, atrasos nas entregas de projetos e queda no ritmo das vendas de imóveis. Esses fatores forçaram as empresas a diminuir as metas de lançamentos e provocaram uma queda das ações na bolsa. Depois de toda essa agitação, porém, construtoras e incorporadoras prometem metas menos audaciosas em 2012, com foco na rentabilidade e redução dos níveis de endividamento. "O novo ano terá metas mais comportadas", disse à Agência Estado o diretor de Relações Institucionais da Gafisa, Odair Senra. Segundo ele, a empresa será mais seletiva em relação aos empreendimentos de que participará, buscando ampliar o controle de custos e a margem de ganhos. "Para isso, vamos nos concentrar nas obras em que nossa experiência é maior", explicou. A mesma estratégia foi anunciada nas últimas semanas do ano por empresas como Rossi, Rodobens e Cyrela. "Quando tínhamos a meta de dobrar de tamanho, a seleção (de projetos) não era possível", afirmou o presidente da Rossi, Leonardo Diniz, durante reunião com analistas em dezembro. No mercado de construção a taxa de crescimento dos lançamentos deve ser de 9% em 2012, uma queda ante a expectativa anterior de expansão de 11% em 2011, prevê o Banco Fator, em relatório. A redução das perspectivas ocorre após um ano conturbado para as incorporadoras. Um dos principais problemas foi os atrasos nas entregas de projetos, motivados por falhas no planejamento do alto número de lançamentos, prazos maiores para obtenção das licenças e falta de insumos e mão de obra no mercado. Este último ponto também desencadeou uma pressão muito forte sobre os custos. O Índice Nacional da Construção (INCC) subiu 7,84% nos últimos 12 meses encerrados em novembro. Entre os seus três componentes, a principal elevação foi registrada entre os custos de mão de obra, que cresceram 11,39% no período. Veja Mais
02 de janeiro de 2012
O Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M), usado para a correção dos contratos de aluguel, registrou deflação de 0,12% em dezembro, após alta de 0,50% em novembro, de acordo com a Fundação Getúlio Vargas (FGV). Em 2011, de janeiro a dezembro, o IGP-M acumulou alta de 5,10%. Para o coordenador de Análises Econômicas da FGV, Salomão Quadros, o movimento de desaceleração do IGP-M visto na reta final de 2011 tem potencial para perdurar até, pelo menos, o primeiro semestre de 2012. “É possível que em janeiroa taxa fique abaixo de 5%”, afirmou Quadros, em entrevista coletiva para comentar o resultado de dezembro. “Se em janeiro isso não acontecer, fevereiro tem uma chance generosa de ocorrer. Até a metade do ano, o índice deve continuar arrefecendo.” Essa expectativa tem por base a previsão de continuidade do comportamento de baixa dos preços de commodities, que foram os grandes responsáveis pela queda do indicador em dezembro. “O segundo semestre do ano passado já teve taxas, de maneira geral, menores, embora tenha havido certa pressão do câmbio (na metade do semestre). A queda das matérias primas estava sendo mascarada pela pressão cambial, mas agora não tem mais a barreira do câmbio. O que está predominando é o recuo nos preços das commodities.” Em boa medida, o movimento do IGP-M acompanha o dos preços no atacado, refletidos no Índice de Preços ao Produtor Amplo – Mercado (IPA-M), que passou de 13,90% em 2010 para 4,34% em 2011, e de 0,52% para -0,48% entre novembro e dezembro. “Sem a defesa do câmbio, o IPA teve condições de espelhar o cenário de commodities.” Quadros afirmou, contudo, ser difícil prever se a trajetória das commodities vai perdurar ao longo do segundo semestre de 2012, o que complica a projeção para a metade final do ano. A FGV anunciou ainda os resultados dos três subindicadores que compõem o IGP-M. O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA-M) caiu 0,48% em dezembro, após subir 0,52% na leitura anterior. Em 2011, o IPA acumulou alta de 4,34%. Já o Índice de Preços ao Consumidor (IPC-M) apresentou alta de 0,71% em dezembro, após aumento de 0,43% em novembro. Em 2011, o IPC subiu 6,16%. O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC-M) subiu 0,35% no mês passado, depois da elevação de 0,50% em novembro. A alta do INCC foi de 7,58% em 2011. Veja Mais
02 de janeiro de 2012
Vender um imóvel pode demorar um pouco mais do que os proprietários gostariam. No caso de usados, em alguns casos, a forte concorrência e o preço elevado são as justificativas; em outros, no entanto, a falta de atenção do proprietário assume parte da culpa. No entanto, há fatores que facilitam a venda. De acordo com corretores e líderes de entidades do setor imobiliário, manter o imóvel sempre limpo, organizado e bem arejado é fundamental na hora da venda, principalmente se ainda tiver com moradores. A consultora em biblioteconomia Maria Solimar de Jesus, de 53 anos, tem experiência no assunto. Ela já vendeu pelo menos cinco apartamentos e afirma que cuidado e conservação são essenciais. “Certa vez, queria vender um apartamento que estava um pouco desorganizado, ainda durante a reforma, e pude ver na feição da pessoa que ela não ficou satisfeita”, conta. Segundo Solimar, deixar a casa ou apartamento bem arrumado é importante para facilitar a venda. “Tem vezes em que na primeira visita a pessoa já sabe que é aquele lugar onde quer morar.” A opinião é compartilhada pelo presidente do Conselho Regional de Corretores de Imóveis (Creci-SP), José Augusto Viana Neto: ele garante que a primeira impressão é fundamental. “Na hora da visita, é preciso evitar qualquer tipo de distração, o interessado só deve prestar atenção ao ambiente. O primeiro contato com o imóvel tem de ser positivo”, diz Viana. Ele acrescenta que, do contrário, é muito difícil que o comprador fique com o imóvel, mesmo que volte a visitá-lo. Ou seja, o momento da visitação é crucial. Os especialistas afirmam que entulho de móveis, muitas roupas penduradas no varal e o acúmulo de louça na pia são fatores prejudiciais. “O interessado gosta de ver o imóvel como ele imagina que seria para morar. Adereços muito pessoais ou excesso de mobília atrapalham”, diz o diretor de locações da Associação Brasileira de Administradoras de Imóveis (Abadi), Carlos Samuel de Oliveira Freitas. Outro ponto que não pode ser esquecido, e ajuda na comercialização, é a conservação. Um imóvel com infiltrações ou azulejos muito velhos e sujos afugenta possíveis compradores. As instalações elétricas e hidráulicas também merecem atenção especial. Estar com tudo em ordem é outra dica importante. “Não pode haver relaxamento. O cuidado para manter uma boa aparência ajuda a revender mais facilmente”, conta o presidente do Conselho Federal de Corretores de Imóveis (Cofeci), João Teodoro da Silva. Manter os documentos em dia também garante segurança de compra. Possíveis diferenças entre a realidade da propriedade e o que está na escritura podem atravancar o negócio. Além disso, outra questão que ocorre com frequência são problemas com o registro de herança. “As pessoas, no geral, não prestam muita atenção nesses pequenos detalhes”, diz Roseli Hernandes, da Imobiliária Lello. Segundo ela, os vendedores costumam desprezar outro detalhe que ajuda na valorização: o cuidado com o entorno do imóvel. Evitar sujeira nas ruas e calçadas, por exemplo, pode a aumentar o valor de venda. A iniciativa pode ser feita por meio de associação de moradores do bairro. O conselho vale especialmente para quem mora em áreas mais desvalorizadas. “Mesmo em áreas um poucos degradadas, há fila de espera para morar nas ruas mais bem cuidadas”, afirma Roseli. Para moradores de prédio, vale também outros pequenos detalhes, como deixar o porteiro avisado para evitar desentendimentos. É sempre bom ressaltar os pontos positivos do imóvel. Proximidade de áreas comerciais e do transporte coletivo podem ser o fator decisivo na hora de fechar o negócio. Ser sincero é, claro, importante. “Não adianta tentar enganar o comprador. O jogo tem de ser limpo sempre”, diz Roseli. Veja Mais
02 de janeiro de 2012