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Empregados de edifícios, que ajudam a vender imóveis, estão na mira dos profissionais do setor

Rio de Janeiro - No fim de semana, o porteiro do seu condomínio aparece todo arrumadinho e perfumado? Tanto capricho pode esconder uma questão polêmica. Com o aquecimento do mercado de compra e venda de imóveis, cresce também o número de empregados de edifícios que fazem o papel de corretores, auxiliando proprietários a conseguirem compradores. E sábado e domingo é quando a procura se intensifica. Mas, enquanto muita gente não vê nada demais em pagar uma comissão por esse serviço, os corretores já declararam guerra aos porteiros que exercem informalmente sua profissão: no Rio, há dois anos o Conselho Regional de Corretores de Imóveis (Creci-RJ) firmou um convênio com o Ministério Público para coibir essa atividade. Neste período, já foram proferidas cerca de 300 sentenças de processos penais contra porteiros. Em seu site, o Creci vai além: expõe um cartaz da chamada “Operação porteiro-corretor”, que informa as penalidades previstas em lei - o objetivo é que a peça seja impressa e fixada nos quadros de avisos dos prédios. O presidente do Creci-RJ, Casimiro Vale, ressalta que a entidade tem participado de eventos voltados para síndicos, mostrando que o condomínio pode ser responsabilizado caso ocorra um problema mais sério:  Quando o porteiro abre a porta para qualquer pessoa interessada, a segurança do prédio fica exposta e, em caso de assalto, por exemplo, o morador pode mover ação contra o condomínio. Antes de levar alguém para a visita, o corretor faz todo um levantamento. Há riscos de entraves jurídicos, diz entidade. O presidente do Conselho Federal dos Corretores de Imóveis (Cofeci), João Teodoro, garante que a reação dos corretores não se deve apenas à perda de mercado de trabalho: Antigamente, o corretor aproximava partes. Hoje, fazemos muito mais: obtivemos a regulamentação profissional porque o Congresso entende que a transação imobiliária é complexa, envolve conhecimentos técnicos, legislativos e mercadológicos. O comprador pode adquirir o imóvel com uma série de “pepinos” jurídicos, e nem ele nem o porteiro terão noção disso. O Globo - 22/07/09

24 de julho de 2009

Aluguel sobe 11,3% em um ano

No acumulado dos últimos 12 meses, o aluguel residencial na capital subiu em média 11,3%, impulsionado pela redução da oferta, de acordo com pesquisa mensal do Sindicato de Habitação de São Paulo, o Secovi. Esse porcentual é muito superior à variação do Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M), de 1,52%, e à inflação oficial - o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) -, de 4,8%. No mês de junho, os preços subiram 0,8% em relação ao mês anterior, maior aumento desde fevereiro, quando o aluguel médio também aumentou 0,8%, de acordo com pesquisa mensal do Sindicato de Habitação de São Paulo (Secovi). Os valores de locação das residências de um e dois dormitórios tiveram acréscimos próximos da variação média do mês (altas de 0,7% e 0,8%, respectivamente). As unidades de três quartos foram as que apresentaram as maiores altas no período: cerca de 1%, relativo aos valores de locação de maio. Na Vila Mariana, o aluguel de apartamentos com dois dormitórios em bom estado com vaga de garagem custa entre R$ 14,74 e R$ 16,82 o metro quadrado. No Tucuruvi, o valor mínimo encontrado é R$ 10,55 e, o máximo, R$ 11,61 o metro quadrado. No Centro, apartamentos com apenas um dormitório estão relativamente mais caros que os com dois dormitórios e são alugados por valores entre R$ 15,95 e R$ 17,96 o metro quadrado. Na Bela Vista, o mesmo tipo de imóvel pode ser alugado por R$ 13,18 a R$ 14,70 o metro quadrado. O tipo de garantia mais usado nos contratos de locação residencial foi o fiador. Quase metade dos imóveis (49%) foi locada por meio desse mecanismo. A modalidade de depósito também foi muito utilizada - quase um terço dos proprietários (31,5%) recorreu a esse instrumento jurídico. O seguro-fiança respondeu por 19,5% das residências locadas. As moradias que foram alugadas mais rapidamente em junho foram casas e sobrados vagos, que demoraram em média de dez a 28 dias para serem locados. Já os apartamentos escoaram em um tempo maior, visto que o Índice de Velocidade de Locação (IVL), que mede quanto tempo um imóvel vago demora a ser alugado, variou de 17 a 36 dias. Na média geral da cidade, uma nova ocupação pode ocorrer em um intervalo de tempo médio de 12 dias. NÚMEROS - 1% de aumento foi quando subiram os preços de apartamentos com três quartos; R$ 17,96 o metro quadrado é o preço máximo cobrado por apartamentos com um dormitório no Centro da cidade.

24 de julho de 2009

Alphaville quase certo

Modelo inovador Empresa deve receber licença ambiental para condomínio de luxo em RP; projeto inclui casas para desfavelamento. O grupo Alphaville Urbanismo deve receber nos próximos dias licença ambiental para construção de um condomínio de luxo na saída para Bonfim Paulista, distrito de Ribeirão Preto. O projeto deve ser um dos mais modernos do País e está em via de concretizar uma parceria inédita para desfavelamento no município. A previsão é que os lotes do empreendimento comecem a ser vendidos em novembro. A aprovação do Conselho Estadual do Meio Ambiente (Consema), ainda que de forma indireta, foi dada anteontem. Segundo a Secretaria de Estado do Meio Ambiente, o Consema não chamou o processo para votação, mas o projeto foi encaminhado automaticamente porque tinha parecer técnico favorável do Departamento de Avaliação de Impacto Ambiental (Daia). Ainda há outras etapas estaduais a cumprir, mas na parte municipal o alvará deve ser liberado em breve —haverá hoje uma reunião para acertar a parceria e os detalhes do novo modelo de compensação pública. A novidade é que em vez de deixar uma área para construção de equipamento municipal, como pede a lei, o Alphaville construiria 44 casas populares para os moradores da Favela Faiane, no mesmo local onde estão hoje. “É um sistema interessante porque a Prefeitura recuperaria um terreno bem maior que o da reserva e daria condições de uma vida digna aos moradores da favela”, disse o secretário de Planejamento e Gestão Pública, Ivo Colichio. O projeto é uma parceria do Programa Moradia Legal, coordenado pelo juiz João Agnaldo Donizeti Gandini, a Cohab, a secretaria e o Alphaville. O presidente da Cohab, Rodrigo Arenas, espera que a definição sobre o desfavelamento da Faiane ocorra hoje. “É uma compensação que trará bons resultados”, disse. Para Gandini, que fez o convite às construtoras, a iniciativa deve inspirar outras empresas a recuperar favelas próximas de seus empreendimentos. A Alphaville informou que a reunião de hoje pode não ser conclusiva porque o processo de negociação é demorado. Os valores dos investimentos não foram divulgados. (Com Guto Silveira) Recuperação usará sobras da construção O Moradia Legal deu início a um banco social de materiais de construção. A ideia é viabilizar o direcionamento de materiais remanescentes de construções para obras de recuperação de favelas. A proposta está em fase inicial e, de acordo com o juiz João Agnaldo Donizeti Gandini, será viabilizado por meio de parceria entre ONGs, entidades assistenciais e empresários. “O Moradia Legal tem tido uma repercussão muito grande. Por isso já temos empresas grandes nos procurando. A ideia é que nos cedam lustres, restantes de tinta, massa corrida, tijolo, telha, entre outros, e que as entidades distribuam.” O Moradia é uma iniciativa premiada do Judiciário para envolver a sociedade civil e os governos na recuperação de favelas. A primeira ação foi feita em 2008 na Favela do Monte Alegre, onde os moradores foram realojados com recursos públicos. (DC) Faiane é uma das favelas mais antigas de RP A favela Faiane é uma das mais antigas do município de Ribeirão Preto. Moradores afirmam que o núcleo existe há mais de 40 anos e tem o sobrenome do primeiro morador que se instalou no local. As casas, em sua maioria, são em alvenaria. O núcleo tem rede de água e energia elétrica, mas não tem rede de esgoto. Todas as casas possuem fossas sépticas. Os moradores dizem que a rede de água não é eficiente. Se todos abrirem as torneiras ao mesmo tempo, falta água. Próxima da zona rural, a favela tem algumas moradias com criação de animais, como vacas e cavalos. Em vários locais o esgoto corre a céu aberto, incluindo dejetos de animais. Márcia Aparecida Faiane, 34 anos, nasceu na favela. Os filhos dela também. Ela diz que há anos espera a oportunidade de sair do local. “Preciso de um lugar melhor para criar meus filhos. Aqui a gente tem que tomar muito cuidado para as crianças não se aproximarem das fossas”, afirma. Márcia conta que já enfrentou uma fila de três dias para conseguir uma senha do sorteio de casas em um conjunto habitacional da cidade, mas não foi sorteada. “Desde pequena ouço que teremos um lugar melhor para morar, mas até agora só ficou na promessa.” Todos os moradores já foram cadastradas pela Administração Regional de Bonfim. A cunhada de Márcia, Maria Cristina Lucas Faiane, mora há 20 anos no núcleo, mas tem esperança de sair. Ela tem inscrição de casa e espera conseguir um lugar para morar com o marido e quatro filhos. “Fico contando as horas para isso acontecer”, comenta. (GS) DANIELLE CASTRO danielle.castro@gazetaderibeirao.com.br

23 de julho de 2009

Cai inflação do aluguel.

Custo de vida IGP-M teve uma queda de 0,27% na segunda leitura de julho, diz a Fundação Getulio Vargas.  O Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M), usado como referência para reajustes de contratos de aluguel, teve queda de 0,27% na segunda leitura de julho, conforme informações divulgadas ontem pela Fundação Getulio Vargas (FGV). O resultado ficou abaixo do observado no mesmo período do mês anterior, quando houve leve alta de 0,07 %. No ano, o índice acumula queda de 1,51% e nos últimos 12 meses, de 0,51%. O movimento foi influenciado pelos preços por atacado, cuja taxa ficou em -0,56%, caindo mais do que um mês antes, quando registrou -0,21%. Os bens finais passaram de 0,28% para -0,03%, com a contribuição de alimentos in natura (de -0,89% para –4,57%). Os bens intermediários tiveram queda menos forte (de -0,98% para -0,80%), puxados por materiais e componentes para a manufatura (de -0,88% para -0,15%). As matérias-primas brutas reverteram a leve alta do mês passado (0,38%) registrando queda de 0,93% neste levantamento, com influência da soja (de 1,80% para -1,67%), do café (de 3,29% para -5,25%) e da laranja (de 3,19% para -13,18%). IPC. O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) passou de 0,15% para 0,25%. Ficaram mais caros os alimentos (de –0,36% para 0,33%), com destaque para frutas (de –6,33% para –0,02%), arroz e feijão (de –2,83% para –0,22%) e adoçantes (de –2,06% para 4,10%); e transportes (de –0,03% para 0,02%), com a contribuição de álcool combustível (de –3,44% para –2,01%). Os índices relativos aos demais grupos tiveram queda entre os dois levantamentos: despesas diversas (de 1,36% para 0,18%), saúde e cuidados pessoais (de 0,40% para 0,27%), educação, leitura e recreação (de 0,07% para –0,02%), vestuário (de 0,79% para 0,71%) e habitação (de 0,35% para 0,29%). EM QUEDA -1,51% É o índice do IGP-M acumulado no ano. Copom vai definir taxa de juros O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) se reúne hoje para discutir a possível manutenção da política de redução da taxa básica de juros (Selic), que neste ano já cedeu 4,5 pontos percentuais, caindo de 13,75% para os atuais 9,25% ao ano. Os analistas financeiros acreditam em mais afrouxamento da política monetária, só que em ritmo mais reduzido em relação aos cortes das quatro últimas reuniões: três de 1 ponto percentual e uma de 1,5 ponto percentual. O economista-chefe do Banco Schahin, Sílvio Campos Neto, diz que “existe uma aposta praticamente unânime” de que a redução desta vez será de meio ponto, com a Selic caindo para 8,75%. Segundo ele, há percepção no mercado financeiro de que o anúncio a ser feito amanhã à noite traga a última redução do ciclo atual de quedas da taxa Selic. (ABr)

22 de julho de 2009

Transferir financiamento esbarra na falta de informação dos bancos

Imagine a situação: você contrata um plano de financiamento imobiliário com uma determinada taxa de juros e percebe, nas semanas seguintes, que o mercado passa a oferecer alíquotas mais atrativas. A vontade é pedir ao seu gerente para trocar de banco, mas você não pede por considerar impossível a mudança, certo? A suposição não é de todo errada. Impossível não é, mas difícil, sim. A portabilidade do crédito imobiliário é prevista por lei e efetivamente ocorre na prática, mas ainda precisa de ajustes para funcionar melhor. Ela esbarra em entraves burocráticos, como a necessidade de reapresentar todos os documentos para obter crédito, e na falta de vontade dos bancos. O mutuário precisa lembrar dos gastos que terá para viabilizar a transferência: obter novas certidões --correspondem a 1% do valor do bem-- e pagar taxas de abertura de crédito, de adesão e até de rescisão contratual. Guilherme Silva Lima, 47, auditor fiscal do trabalho, paga há cinco anos por sua casa. Com saldo devedor de R$ 112 mil e taxa de 10,95% anuais, Lima rodou por três bancos atrás de instruções sobre a migração do financiamento e nenhum soube lhe dar informações. "Não estavam a par da situação", conta. "O banco [onde é correntista] não tem interesse em renegociar a dívida", diz. Ademiro Vian, assessor técnico da Febraban (Federação Brasileira de Bancos), considera "muito baixo" o número de migrações de crédito -a maioria pessoal- viabilizadas entre junho de 2008 e junho de 2009: mais de 35 mil, totalizando R$ 176,32 milhões. "O total emprestado pelo sistema financeiro no período é de R$ 1,248 trilhão", compara. MARIANA DESIMONE colaboração para a Folha

20 de julho de 2009

Transferir financiamento esbarra na falta de informação dos bancos

Imagine a situação: você contrata um plano de financiamento imobiliário com uma determinada taxa de juros e percebe, nas semanas seguintes, que o mercado passa a oferecer alíquotas mais atrativas. A vontade é pedir ao seu gerente para trocar de banco, mas você não pede por considerar impossível a mudança, certo? A suposição não é de todo errada. Impossível não é, mas difícil, sim. A portabilidade do crédito imobiliário é prevista por lei e efetivamente ocorre na prática, mas ainda precisa de ajustes para funcionar melhor. Ela esbarra em entraves burocráticos, como a necessidade de reapresentar todos os documentos para obter crédito, e na falta de vontade dos bancos. O mutuário precisa lembrar dos gastos que terá para viabilizar a transferência: obter novas certidões --correspondem a 1% do valor do bem-- e pagar taxas de abertura de crédito, de adesão e até de rescisão contratual. Guilherme Silva Lima, 47, auditor fiscal do trabalho, paga há cinco anos por sua casa. Com saldo devedor de R$ 112 mil e taxa de 10,95% anuais, Lima rodou por três bancos atrás de instruções sobre a migração do financiamento e nenhum soube lhe dar informações. "Não estavam a par da situação", conta. "O banco [onde é correntista] não tem interesse em renegociar a dívida", diz. Ademiro Vian, assessor técnico da Febraban (Federação Brasileira de Bancos), considera "muito baixo" o número de migrações de crédito -a maioria pessoal- viabilizadas entre junho de 2008 e junho de 2009: mais de 35 mil, totalizando R$ 176,32 milhões. "O total emprestado pelo sistema financeiro no período é de R$ 1,248 trilhão", compara. MARIANA DESIMONE colaboração para a Folha -19/07/09

20 de julho de 2009

Lei ajuda condomínios a diminuir taxa de inadimplência

Levantamento da administradora Lello, feito com 1.100 clientes no Estado de São Paulo, mostra que a inadimplência de condomínios diminuiu 33% um ano após a lei do protesto, que permite cadastramento de moradores em débito em entidades de proteção ao crédito. Quando a lei entrou em vigor, em julho do ano passado, a taxa de inadimplência dos clientes da administradora era de 6,5% --hoje, a porcentagem é de 4,8%. A enquete também aponta predileção dos síndicos por negociar com os devedores, já que, no período, a empresa protestou apenas dez títulos. Com apenas um dia de atraso no pagamento, a lei permite que o título já seja protestado. O mais comum é que se esperem três meses pelo pagamento atrasado. Durante o período de julho de 2008 a julho de 2009, a empresa negociou mais de 17 mil casos de clientes com pagamento atrasado.

20 de julho de 2009

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"Há duas maneiras de viver a vida: Uma, é como se nada fosse milagre. A outra, é como se tudo fosse milagre".

18 de julho de 2009

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