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Condomínios chegam às classes B e C .

Valeska Mateus J.F.PIMENTA/ESPECIAL SEGURO Cunha, morador em condomínio no Ribeirão Verde: melhorias valorizaram imóveis em 50% A busca pela segurança de morar em condomínios fechados não se restringe às classes média e alta. Em Ribeirão Preto, há condomínios residenciais que tornam o sonho desse tipo de moradia possível às classes de baixa renda. E construtoras investem nesse nicho de mercado.Os equipamentos de lazer, a localização, a área útil e o padrão de acabamento das casas são pontos determinantes no valor desses imóveis. Construídos em várias zonas da cidades, há casas que se assemelham a conjuntos habitacionais, residências padrão e geminadas às que são construídas com projetos personalizados e de alto padrão. Os valores vão de R$ 50 mil a R$ 1 milhão, atendendo a todas as faixas de público. “É um reflexo direto da busca por segurança, do resgate do modo de vida antigo em que havia um interação entre os moradores dos bairros. O condomínio tenta propiciar isso e já se tornou alvo de todas as classes sociais”, avalia Mário Celso de Camargo, diretor de uma construtora que trabalha com empreendimentos voltados para as classes de baixa renda.Segundo o diretor regional do SindusCon-SP, José Batista Ferreira, os condomínios de padrão econômico começaram a surgir em 1993 depois da regulamentação da Lei Complementar 100, de 92, que liberou a extensão dos lotes.Privilégio“Houve um movimento para alteração da Lei Municipal 3346 de 77, que determinava que só eram permitidos condomínios com casas de terrenos a partir de 400 metros quadrados. A Lei privilegiava apenas as classes altas”, conta. “Um dos primeiros condomínios a surgir no padrão classe média foi o Vila de Fiori, na região da City Ribeirão”.De acordo com ele, é evidente a tendência das famílias privilegiarem este tipo de moradia. É um processo irreversível por conta da insegurança. “A topografia plana da região, que facilita a implantação de casas térreas, é outro fator que estimula o crescimento deste tipo de empreendimento em Ribeirão Preto”, afirma.Valor que cabe no bolsoCamargo ressalta que o sucesso de vendagem de empreendimentos para essa faixa é oferecer as características de um condomínio com o valor de comercialização que caiba dentro do bolso. “Uma moradia ideal elevaria muito o custo do imóvel e da prestação. Isso excluiria o acesso de uma grande faixa da população”, avalia.Construir condomínios com o mínimo de equipamentos de lazer, mas com as áreas já destinadas para que os moradores possam depois investir dentro das suas possibilidades, trabalhar com plantas que possibilitem a ampliação da residência, já prevendo a evolução econômica do morador são os focos da construtora.Para Camargo, as classe C e D já adquiriram uma nova visão de mercado.“Há uma preocupação com a segurança, com o status da moradia em condomínio e com a valorização que esse tipo de empreendimento tem no mercado imobiliário”, analisa.Casa no Ribeirão Verde já valorizou 50%Há seis anos, o recepcionista Ricardo Sérgio da Cunha decidiu investir os R$ 30 mil que dispunha em uma casa num condomínio no bairro Ribeirão Verde. Nesse período os moradores conseguiram construir com a verba da taxa de condomínio um playground e quiosque para churrasco.“Houve uma valorização de 50% do imóvel, agora as casas valem entre R$ 50 e R$ 70 mil”, comenta.Para Cunha, é uma alternativa para quem não tem condições de comprar uma casa num residencial de alto padrão e busca a tranqüilidade e segurança de um condomínio fechado.Nas zonas Leste e Sul da cidade empreendimentos do tipo suprem a classe média com residências padrões, que variam de 67 m² a 130m², e vão de R$ 100 a R$ 215 mil. Como o Condomínio Campos do Jordão, no Jardim Interlagos, em que as casas de dois e três dormitórios custam R$ 110 mil e R$ 130 mil, respectivamente.

27 de janeiro de 2008

Evasão e voracidade.

Recentemente falamos da magnitude do mercado imobiliário de Ribeirão Preto, medido pelo valor das transações apenas referentes às escrituras lavradas e registradas, mas de compra e venda. Nada de informalidade, que pode ser focalizada por duas óticas ou vista de dois ângulos. O primeiro é que no total de escrituras registradas não estão incluídas as que constituem o que se denomina de contrato de gaveta. O segundo é que se sabe como verdadeiro um fato: o valor da escritura raramente confere com o efetivo valor da transação. Quanto mais se arrocha, se força a legislação tentando calafetar os orifícios por onde vazam numerários da fazenda pública – o que se denomina de sonegação – mais se tem evasão de recursos públicos.Este fato já havia sido detectado pelo presidente Getúlio Vargas para quem, “no Brasil as leis são como as virgens. Elas existem para ser violadas”. A prova na realidade é que, quanto mais leis, menos legalidade. Que é a marca registrada do Brasil. Quando o rigor da lei é muito acentuado, burlar o direito positivo passa a compensar. É aí que surge o que se tem hoje no Brasil em geral e em Ribeirão Preto em particular, quanto ao tamanho do mercado imobiliário, tanto urbano quanto rural.O valor médio da escritura registrada em Ribeirão Preto, neste exercício de 2007, deve atingir com valor superior a R$ 60 mil. Esta média não inclui: 1- o total de contratos de gaveta. Não são poucas as transações imobiliárias efetuadas num momento e legalizadas, registradas, muito tempo depois. Isto – bom lembrar – quando ocorre o registro. Imóveis há que mudam de proprietário diversas vezes mas aparecem, não raro, uma única vez no registro 2- o valor real da transação. O ITBI – imposto de transmissão de bens imóveis – que é receita do município, seria muito maior porque incide sobre o valor efetivo da transação de compra e venda. E o próprio imposto sobre lucro imobiliário igualmente incidiria de maneira mais voraz.Acredita-se que, de um modo geral, a economia informal represente qualquer coisa como 40% a mais da economia formal. Em outras palavras. Se o valor total das transações em 2007 em Ribeirão Preto, tem todas as condições para se chegar a R$ 700 milhões, pode-se deduzir que o mercado anual de compra e venda de imóveis urbanos e rurais de Ribeirão Preto, nele incluindo-se fazendas, sítios, apartamentos, terrenos, residências térreas, salões comerciais, galpões para indústria, deve beirar o bilhão de reais.Pois bem, é este filão que as empresas de fora estão olhando. É esta fatia da economia do município que está sendo objeto de desejo de empresas de outros lugares. Imagine você quando o investidor tiver a exata noção do mesmo mercado imobiliário mas de municípios ricos, prósperos, que apresentam grande volume de aplicação de dinheiro em bancos, como Sertãozinho, Dumont e Pradópolis.VICENTE GOLFETO

27 de janeiro de 2008

Sonhos e fantasias no universo infantil.

Aguardar a chegada do filho é uma fase de expectativa e preparativos. Entre elas a decoração do quarto do bebê. Os sonhos da mãe e a magia do universo infantil se refletem neste espaço. “Vamos gerando o quarto junto com a gestação da criança. É um dos encantamentos da gravidez. Ficamos imaginando se a criança terá a carinha do quarto”, define a psicóloga e mãe de segunda viagem Sílvia Tenan Magalhães.Uns parecem cenários de contos e histórias infantis, outros traduzem a delicadeza e suavidade dos primeiros anos de vida.Em cada detalhe há um toque de decoração, mas a pitada de carinho e amor com que são planejados pelos pais tornam esse ambiente ainda mais especial.Na minipoltrona, a coelhinha sentada na entrada já nos conta um pouco do universo mágico e dos encantos do quarto da pequena Catarine, de nove meses, filha do designer de interiores Alexandre Calil Salles.Os móveis antigos estão há mais de 40 anos na família, como o berço que foi cedido por uma tia e a cômoda usada no quarto do seu pai. Todos receberam pintura provence. O tom rosa, o patchwork, as listras na parede, as passamanarias da cortina e das almofadas, e toda a riqueza de detalhes definem o clima de romantismo e trazem ares principescos. “Foi muito especial planejar o quarto da minha filha. Teve o meu dedo e de toda a família, foi um espaço feito a várias mãos”, declara. O tapete que segue a decoração do quarto foi bordado pela avó paterna.Na parede, a casinha de madeira tem uma base e se transforma com o desenvolvimento de Catarina na casinha de brinquedo de chão. No teto dela, uma luz azul embutida garante o sono tranqüilo. “Atua como calmante”, explica.Mas a praticidades também marca a decoração. Os coelhinhos das almofadas pode ser retirados e tudo é lavável no ambiente.Cenário de teatroUm cenário de floresta, assim é o quartinho do pequeno Mateus, de sete meses, assinado por Calil. Um painel de madeira fixado há 10 centímetros da parede com luzes embutidas criam uma atmosfera de floresta e produz um efeito cênico, próximo ao das histórias vividas no teatro. O azul marinho e o branco complementam a decoração nas almofadas e detalhes. “Um ambiente pouco usual e diferente”, comenta.Em um flores, em outro coresA psicóloga teve a assessoria das amigas e artistas plásticas Daniela Santini Mele e Márcia Montans Santini para decorar o quarto das duas filhas, Gabriela, de 2 anos, e Júlia de apenas dois meses.No quarto de Gabriela, as flores trazem para o espaço o clima de jardim. Pequenas e delicadas estampas compõem o patchwork e o lilás e o verde ditam a suavidade e o aconchego, desejo da mãe. “A composição de estampas simples enriquece a decoração”, diz Daniela.O tapete, também em patchwork ganha acabamento em plástico para evitar alergias e o acúmulo de pó. Tudo delicado e suave. Com o nascimento de Júlia, Sílvia quis manter o mesmo padrão de quarto para aproximar as duas irmãs, mas decidiu fugir dos tons pastéis, tão característicos em quartos de meninas. Daí surgiu a idéia de explorar a vivacidade e alegria das cores.“Eles têm a mesma linguagem, no mobiliário e na riqueza de detalhes, mas se diferenciam pelos tons. Aproxima as meninas ao mesmo tempo que respeita a individualidade delas”, comenta a artista plástica.Na porta do quarto um detalhe em comum: uma boneca de pano, na verdade um porta-fraldas. Peças que acompanha a crianças desde a maternidade (como enfeite de porta) e a fase das brincadeiras com bonecas.Sonhos, brincadeiras, leitura e contato com a naturezaUm espaço que vai muito além de um quarto e que traduz sonhos de uma garota, no projeto assinado pela designer de interiores Viviane Magri Dinamarco, na Casa Cor 2007.Um quarto que proporciona contato com a natureza, Para tal Viviane montou uma pequena hortinha com ervas plantadas em vasos. “Para ela ser responsável pelo crescimento das plantinhas”, comenta.Ao lado, uma mesa com quatro assentos e uma pia para lavar as mãos e encher o regador. E um espelho em formato de uma borboleta, garante ainda mais esse clima de cultivo.Para corresponder ao sonho de menina, de ser uma bailarina, uma barra de balê com um espelho. E para a princesa se arrumar, uma penteadeira de adesivo, e uma colméia em acrílico, cheia de batons e espelho.A cama de acrílico dá leveza, modernidade, transparência e magia ao espaço. Um dossel em voal branco, com borboletas coloridas, cria um clima divertido.O ar lúdico foi garantido pelo mezanino onde uma casa de bonecas, proibida para maiores, parece um verdadeiro esconderijo. Os brinquedos ficam lá em cima, para manter o quarto sempre arrumado, assim como um baú de acrílico cristal, cheio de fantasias “É importantíssimo não tirarmos a fantasia de nossas crianças”, diz. Para incentivar a leitura, um cantinho bem charmoso, com um sofá. “Projetei ao lado uma biblioteca de cubos inovadora, com som e CDs. Adesivos de borboletas e flores, como se tivessem saído de um livro infantil, foram colados no teto e nas paredes. Muita “bossa” no quarto dessa pequena sonhadora”, conta. Jornal A Cidade - 26/01/08

27 de janeiro de 2008

Reajuste deve ser incluído em orçamento de condomínios.

Ao passar a limpo a previsão orçamentária para 2008, é preciso levar em conta o reajuste médio na mensalidade de condomínios residenciais em São Paulo, que deverá ser de 4,5%. A estimativa é de Abdon Gabriel de Souza Filho, da administradora Prop Starter, que considerou reajustes de folha de pessoal (6%), água (4,12%), energia elétrica (12,66%) e prestação de serviços (7,75%, com base no IGP-M - Índice Geral de Preços --Mercado). O número é corroborado pela Aabic (associação de administradoras de São Paulo). Folha de pessoal, conta de água e manutenção mensal de elevadores são as despesas que mais pesam, mas algumas medidas no cotidiano do prédio impedem que fiquem maiores. Evite horas extras e mantenha um rigoroso controle do consumo de água, para detectar rapidamente vazamentos. É bom lembrar que os coeficientes de tarifação de água variam. "No verão, como o consumo é maior, pode ser que mude a faixa de tarifação, e a conta fique bem acima da média do prédio", alerta Rodrigo Matias, diretor da Matias Imóveis. Uma boa chance de conter gastos está na negociação de contratos com prestadores de serviço. O seguro predial é um dos itens que têm grande variação de preço, aponta o síndico Sergio Teixeira Rodrigues. Engenheiro aposentado, Rodrigues conta que se reúne com cada empresa para discutir preços e condições de contrato e, assim, poder barganhar. Já o síndico Carlos Teske diz que, por meio de negociação, renovou o contrato de manutenção do elevador sem reajustes em dois anos consecutivos. Sua dica é ser firme, "já que é do interesse da empresa continuar prestando o serviço". Teske aplica suas competências de vendedor e de técnico mecânico para evitar que prestadores e fornecedores superfaturem material de construção ou executem serviços desnecessários, como trocar peças ainda em bom estado. "Faço cotação de preços do material necessário, para comparar com os que as empresas oferecem", ensina. Uma variável que não pode ser esquecida no planejamento é a inadimplência. "Costuma estar entre 10% e 20%, valor que precisa ser rateado entre os demais condôminos", diz Alexandre Ximenes, diretor da administradora Itambé. E, para não terminar o ano com rateio extra, desde já é importante incluir na mensalidade os valores de 13º salário e férias dos empregados do prédio. "Diluindo essas despesas, evita-se uma mensalidade excessiva em novembro e dezembro", afirma Ana Paula Pellegrino, diretora da Adbens. Folha Online - 20/01/08

23 de janeiro de 2008

Olho vivo em orçamento começa na assembléia do condomínio.

O ano no condomínio começa com a assembléia geral ordinária, realizada geralmente no primeiro trimestre para discutir a aprovação das contas do ano velho e a previsão orçamentária para o novo. Embora decida o reajuste da mensalidade, o quórum dessa reunião costuma ser baixo na maioria dos prédios. "Os condôminos presentes costumam aprovar as contas às escuras e, para voltar atrás, só recorrendo à Justiça", afirma Rosely Schwartz, professora do curso de administração de condomínios da FMU (Faculdades Metropolitanas Unidas). A dica para os condôminos é acompanhar as contas do prédio, comparando os balancetes que costumam vir junto com o boleto da mensalidade. Assim, pode-se descobrir, por exemplo, se o fundo de reserva -destinado a gastos de emergência- tem sido usado para cobrir saldo negativo do caixa sem que tenha sido feita consulta aos condôminos, o que, segundo Schwartz, é uma prática comum. "Ciente previamente da contabilidade do prédio, o condômino pode aproveitar a assembléia para esclarecer dúvidas e até sugerir cortes e melhorias", completa o advogado Manoel Maia, vice-presidente do Secovi-RJ (sindicato de administradoras e imobiliárias). Caso seu prédio não ofereça esses balancetes, peça ao síndico para disponibilizá-los mensalmente por circular ou por e-mail para todos os moradores. Para facilitar a compreensão dos condôminos, o síndico pode fazer gráficos comparativos dos últimos 12 meses e distribuí-los bem antes da reunião. Uma boa previsão orçamentária para o ano vigente pode ter impacto positivo também sobre contas futuras. Poupança "É importante ressaltar que condomínios com um saldo de caixa positivo e que já recebem remuneração financeira sobre o montante aplicado poderão fazer um reajuste menor", afirma Abdon Gabriel de Souza Filho, da administradora Prop Starter. É o caso do edifício Vista Monte Alegre, no Jabaquara (zona sul), onde a assembléia geral ordinária foi antecipada para dezembro, e o condomínio de janeiro já foi cobrado com um reajuste de 3% -os valores variam entre R$ 300 e R$ 370. Segundo o síndico Carlos Teske, o reajuste abaixo da média foi possível devido ao saldo de cerca de R$ 40 mil. "Esse dinheiro foi acumulado sem comprometer melhorias no prédio", afirma Teske. Em 2007, foram instalados academia, circuito interno de TV e interfones digitais. Para saber se a mensalidade no seu condomínio está na média, compare o valor com o de outros prédios --se tiver administradora, solicite uma comparação com outros condomínios de sua carteira. "É importante que os prédios tenham o mesmo número de unidades e padrão similar", afirma Fernando Fornícola, diretor do Secovi-SP e da Aabic (Associação das Administradoras de Bens Imóveis e Condomínios de São Paulo). Folha Online - 21/01/08

23 de janeiro de 2008

Novas linhas geram corrida a bancos.

Valeska Mateus       MATHEUS URENHA                                                                                   DE ACORDO Fabiana Severi, advogada: nova linha permite a construção de casa com padrão superior. Desde o início do mês a classe média tem mais facilidade na hora de financiar a casa própria. Entrou em vigor a linha de crédito com recursos do FGTS para imóveis até R$ 350 mil, que oferecem as taxas de juros mais baixas do mercado, 8,66% ao ano mais TR. Em comparação, as outras linhas disponíveis para essa faixa, com juros que giram entre 10% e 12%, a economia pode chegar a 31% ao final do financiamento.A economista Luciana Oranges Cezarino, professora do curso de Administração da Unaerp, simulou os cálculos de dois financiamentos com imóveis de R$ 300 mil, num prazo de 360 meses, com juros de 12% ao ano e o outro com os 8,66% da nova linha. “Considerando que a TR se mantivesse em 0,1% (conforme previsões para 2008) ao final do financiamento o consumidor economizaria cerca de 31% com a redução da taxa de juros”, explica Luciana (cálculos aproximados e sujeitos a modificações junto ao governo).A redução na parcela mensal também é significativa. Passa de R$ 3.124,60 para R$ 2.381,79.O contador Carlos Ferreira ressalta que, mesmo com juros mais baixos, a pessoa deve sempre optar por um prazo mais curto. “O mesmo financiamento em apenas 240 meses, diminui o montante total pago em mais de R$ 200 mil”, fala.Cotistas A nova linha está disponível para trabalhadores que possuem conta no FGTS há pelo menos três anos e ganham acima de R$ 4,9 mil por mês, fatia que até agora estava excluída desse tipo de financiamento.“Também atende aos cotistas que, apesar de não terem conta ativa, já possuem retido no FGTS 10% do custo do imóvel”, explica o superintendente da Caixa Econômica Federal, Paulo Lins. Mas a pessoa não pode ter nenhum outro financiamento concedido no âmbito do SFH e montante financiado não pode ultrapassar 70% do valor de avaliação do imóvel.Para o casal Fabiana Severi e Fernando Roselino, a nova linha foi a oportunidade de construir uma casa de padrão superior. “Com as linhas anteriores só poderíamos comprar um imóvel de até R$ 130 mil”, comenta a advogada.Com processo em andamento desde meados do ano passado para financiar a construção da casa de cerca de R$ 200 mil, o atraso na liberação acabou, por conta da aprovação do projeto de engenharia, sendo excelente para o casal. “Em novembro vimos o anúncio do governo e decidimos esperar. No dia 2 já fomos até a agência mudar a linha”, conta.Além da redução da taxa de juros que, na avaliação dela agora tem condições bem próximas a dos financiamentos populares, diminui em torno de R$ 300 a parcela.“Para quem vai pagar financiamento e vive de aluguel é uma diferença significativa”, fala.“Agora um casal do nosso padrão tem mais possibilidades de viabilizar um projeto”, completa.As medidas aprovadas pelo Conselho Curador do FGTS, em novembro do ano passado, têm recursos da ordem de R$ 1 bilhão para os financiamentos de casas e apartamentos. Segundo estimativas da Caixa Econômica Federal, o recurso é capaz de atender cerca de 11 mil cotistas do fundo, tirando como média imóveis em torno de R$ 245 mil.O superintendente acredita que esse montante será todo utilizado já nos primeiros seis meses por conta da demanda reprimida existente. “Era uma classe desatendida, que estava restrita apenas aos recursos da poupança. Essa nova modalidade, com juros de 8,66%, cria um grande impacto na capacidade de pagamento dessas pessoas”, analisa.PerfilDe acordo com o superintendente os clientes que tinham processo em andamento e que se enquadram nesse perfil serão chamados a mudaram para essa nova linha.Às pessoas que já pagam um financiamento e poderiam se beneficiar da nova linha, Lins aconselha a procurarem a sua agência e calcular se a mudança seria vantajosa. “O cliente pode tentar quitar o financiamento e fazer um novo casado. Essa possibilidade deve ser analisada”, explica.Para Lins, essa nova modalidade deve incrementar ainda mais o financiamento habitacional em 2008. De janeiro a novembro do ano passado a Caixa Econômica Federal de Ribeirão Preto contratou R$ 83,7 milhões em operações de crédito imobiliário, um volume 28,8% superior a 2006, o que representou a construção ou aquisição de 2.195 unidades habitacionais na cidade.

20 de janeiro de 2008

Ônus e bônus do crédito mais facilitado.

Diversos agentes do sistema financeiro de habitação têm facilitado o processo de compra e venda de imóveis, sobretudo novos. Com isto, conjuntos habitacionais têm sido construídos, aumentando a oferta. Já falamos a respeito do que ocorrerá – e, aliás já está ocorrendo – no mercado de locação, de maneira que é desnecessário voltar a falar a respeito. Igualmente tem havido facilidades na compra e venda de veículos – mais novos do que usados – lastreadas as transações em operações financeiras de todos conhecidas. Ora, a capacidade de endividamento do consumidor, em geral, tem limites. Muitos – em toda região – chegam a adquirir casa própria e veículo, fazendo – para tanto – dois financiamentos. Ao mesmo tempo. Evidente que estamos diante de bons fatos, sem dúvida alguma, para o mercado segmentado de veículos e, também, para o igualmente segmentado mercado imobiliário. Com reflexos, quanto a este último, no comportamento da indústria da construção civil. Por conseguinte, também para indústria de móveis. A este bônus não podemos descartar possíveis ônus. Estes ficarão certamente com outros setores da economia. Se forçarem o mercado, se forçarem as vendas – inclusive porque podem ver seu faturamento desabar – inevitavelmente os empresários correrão risco elevado e acentuado de não receberem. Isto é, contribuirão para a expansão dos níveis de inadimplência na praça. Todos – empresas, que são pessoas jurídicas e pessoas físicas – temos um limite de endividamento. A partir daí, cresce a possibilidade de não se poder honrar os compromissos. Isto para não se falar nas oscilações do próprio processo de desenvolvimento econômico, que não exclui os incidentes e os acidentes de percurso: desemprego, redução no nível de atividade (caso se trate de quem trabalha como autônomo, por conta própria), moléstia. Já comentamos uma realidade sobre a qual se deve debruçar o empresário principalmente. Esta realidade é a seguinte: seu concorrente pode estar em outro segmento. Isto quer dizer: um estabelecimento comercial de tecidos, por exemplo, pode perder cliente para outro ramo. Em vez de comprar um corte de roupa, o consumidor optou – por exemplo – por comprar, digamos, móveis para sua casa. Com isto, esgotou-se a renda e, até, seu limite de crédito. Pois bem, no sentido amplo isto igualmente pode ocorrer. Comprometida a renda do consumidor com pagamento de prestações de financiamento de veículo ou de imóvel residencial, ele somente poderá consumir mais mercadorias ou serviços aumentando o risco de impontualidade no pagamento. Portanto, com chance de não receber. Ele ou o quem financiou a transação. Alegria de uns, tristeza de outros. VICENTE GOLFETO

20 de janeiro de 2008

Reforma rende bom resultado estético.

Redecorar a casa não precisa ser sinônimo de descartar móveis antigos, comprar tudo novo. Reformar e restaurar peças pode valorizar móveis com história na família e de grande valia afetiva. A transformação das peças pode trazer resultados surpreendentes e muita economia.Para a arquiteta Gê Carolo, que tem uma oficina de restauro na sua loja, um móvel com boa estrutura vale a pena reformar, o custo sai em torno de 50% de um novo, além de ser uma atitude politicamente correta.“Peças fabricadas com madeira de qualidade, uma boa base e molas e cintas em boas condições podem ser restauradas ou reformadas com um excelente resultado estético. Reformar é sempre uma boa idéia”, comenta.Peças de estilo, como Luís XV e XVI, Barroco mineiro, Art Decor, Art Nuveau, Império, produzidas em madeira nobre, podem ser recuperadas e inseridas num contexto mais moderna, dando um efeito na decoração.“Nos meus projetos gosto de misturar peças de época com design a outras atuais”, fala.Depois de avaliadas esses móveis passam por uma limpeza na oficina de restauro, são raspadas e depois recebem um novo verniz. Na seqüência é hora de procurar peças para reposição, como puxadores.Cara novaReformar braços imprimindo um estilo diferente, modificar as costas do estofado aumentando o seu enchimento, tornar o assento mais profundo com a adição de um complemento na frente são algumas das interferências que podem transformar a peça, deixá-la completamente de cara nova.Um móvel de estilo pode ganhar ares mais modernos. E a recíproca é verdadeira. Numa peça de linhas contemporâneas e retas pode-se imprimir um estilo.“Se a pessoa tem um armário reto, desenhamos cantoneiras e aplicamos, modificamos o desenho do pé. O móvel moderno é a essência de uso, é criado para responder à sua função, por isso permite criar novas formas. Juntando um arcabouço ele ganha um toque mais clássico”, cita a arquiteta. Mas é preciso que a estrutura permita e ter o auxílio de um profissional especializado para evitar que a peça renovada fique sem equilíbrio. “Sem proporção ela vai agredir ao olhar”, comenta.A interferência pode ser tão perfeita e bem sucedida que nem é possível perceber que o móvel foi reformado. “O importante é criar um peça com equilíbrio e com charme”, declara.Nova funçãoE se a peça não se aplica mais ao seu uso na decoração atual da casa, ela pode ser transformada e ganhar uma nova função.Que tal a antiga escrivaninha grande de escritório passar a cumprir o papel de bar da sala? O aparador da sala de jantar pode se tornar uma peça de apoio na varanda ou num quarto. Uma poltrona pode se unir ao um pufe e se transformar numa chaise para home. “Tudo se transforma desde que a pessoa tenha a assessoria de um bom marceneiro ou tapeceiro”, afirma a arquiteta.Ela cita que uma antiga cômoda pode se adequar a um ambiente jovem. “Pintando de branco e trocando os puxadores dourados por outros de murano pode ser colocado num quato de adolescente”, cita Gê.Super atualSabe aquela penteadeira que foi presente de casamento de alguém muito querido há 40 anos? Ela pode se tornar um móvel super atual. Uma idéia seria eliminar o espelho, dar um banho de tinta preta ou de algum tom forte e colocar puxadores mais modernos. “Ela pode virar uma cômoda, um apoio de televisão em um quarto, mas sempre irá acomodar objetos por conta das suas gavetas”, sugere.Dois pésEm um dos seus projetos a arquiteta aproveitou os dois pés para uma mesa retangular e depois de recortados ao meio eles se adaptaram a mesa redonda.Na oficina do empresário Daniel Baleia, que trabalha há mais de 20 anos com reforma e produção de móveis sob encomenda, o divã de uma cliente vai perder os braços laterais, ganhará um tecido mais moderno e passará a ser um pufe como peseira de uma cama de casal. A transformação ficará em torno de R$ 480.ContemporâneoUm sofá de mais de vinte anos, tecido xadrez e cinco lugares será transformado em um móvel menor e mais contemporâneo. Os pés de cebola em mogno serão substituídos e os braços arrendodados ganharam uma linha mais reta. “O trabalho sairá por R$ 2.800. Uma peça nova igual custaria cerca de R$ 5.800”, explica o empresário de Ribeirão Preto.Peças assim, que seriam descartadas, depois de transformadas podem ocupar um local até mesmo de destaque na decoração de qualquer residência.

20 de janeiro de 2008

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