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Síndico omisso responde por crime de condômino Síndico omisso responde por crime de condômino.

Responsabilidades são distribuir circular, aplicar multa e ir à polícia.Bituca de cigarro acesa atirada por uma janela queimou pedaço de cortina da sacada do apartamento de Aparecida dos Santos.Com a identidade do "arremessador de janela" escondida por trás da cortina, a punição pode sobrar para o síndico."Por omissão, o síndico pode ser réu em uma ação judicial desse tipo, com base nos códigos Civil e Penal", afirma a professora de administração condominial Rosely Schwartz.Caso note ou seja informado de casos de arremesso de objetos no condomínio, o síndico tem de comunicar aos moradores, por uma circular, as multas previstas na convenção do prédio."Além de preservativo usado, também atiraram um computador, mas esses atos de vandalismo não têm mais acontecido desde que alertamos os moradores sobre as penalidades para esse tipo de conduta", relata o subsíndico J.C.T.Se a advertência não resolver, o síndico deve seguir o exemplo da professora e levar o caso à polícia.Segundo a dona-de-casa Aparecida dos Santos, 45, quando uma guimba foi atirada na cortina de sua sacada, que começou a pegar fogo, a ex-síndica do prédio onde mora não distribuiu circular."Por sorte, eu estava em casa na hora. Se não fosse isso, nem imagino o que teria acontecido", narra Santos, que já recolheu lixo da área comum em frente à sacada."Outro dia atiraram um saco com sujeira de cachorro, que passou dias pendurado em um galho de árvore em frente ao apartamento", lamenta.Quando o síndico é omisso, advogados recomendam que o morador registre queixa contra o próprio condomínio. DENISE BRITOFolha de S.Paulo - 19/03/07

24 de março de 2007

Financiamento habitacional cresce 85,8% em fevereiro.

Contratações de novas operações de crédito imobiliário somaram R$ 888 milhões. Gustavo Freire BRASÍLIA - As contratações de novas operações de crédito imobiliário atingiram a marca dos R$ 888,89 milhões em fevereiro. O número, de acordo com informações da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), é 85,8% maior que os R$ 478,37 milhões de igual mês do ano passado. Em relação a janeiro último, a expansão dos financiamentos para a compra de imóveis foi de 26,2%. No primeiro bimestre do ano, os financiamentos habitacionais aumentaram 67% e saltaram dos R$ 953,89 milhões do ano passado para R$ 1,593 bilhão. As novas contratações feitas em 12 meses até fevereiro, de acordo com os dados da Abecip, atingiram a marca dos R$ 9,979 bilhões. O valor recorde corresponde a mais de 120 mil unidades habitacionais financiadas com recursos da caderneta de poupança.

20 de março de 2007

Mais rapidez na aprovação dos projetos.

foto: MATHEUS URENHAO tempo de espera que o proprietário enfrenta para iniciar as obras da sua casa pode diminuir a partir da vigência do Código de Obras, sancionado pelo prefeito Welson Gasparini em fevereiro. A nova regra estabelece que para aprovação do projeto de imóveis residenciais de até 750 metros quadrados o profissional só precisa apresentar uma planta simplificada.“A exigência apenas da planta simples vai agilizar a aprovação da prefeitura, que hoje leva em média dois meses para sair”, afirma o arquiteto Celso Santos. Não será mais exigida a planta completa, com detalhes como telhado e a distribuição interna dos cômodos para avaliação da Secretaria de Obras Públicas e Particulares. Serão necessários somente a taxa de ocupação e os recuos do terreno.O engenheiro civil da Divisão de Análise de Projetos, Nilton Bonagamba, informa que a Prefeitura pode exigir o projeto executivo durante a obra, para controle da Secretaria. Na sua opinião, precisa haver uma regulamentação específica que estabeleça parâmetros para vistoria.“Se tiver algum problema na obra como vamos conferir isso, já que só teremos o projeto simplificado?”, questiona.O diretor regional do Sinduscon (sindicato da indústria da construção), José Batista Ferreira, afirma que representa uma evolução no Código. “É uma valorização do setor de construção civil da cidade”.Já para o engenheiro civil Antônio Botelho, não haverá grandes mudanças, apenas vai tornar a avaliação mais rápida. “A grande maioria dos projetos está dentro desta metragem”.Para alguns profissionais, a regra vai possibilitar mais liberdade na concepção dos projetos, já que na fase inicial não é necessário o detalhamento. “Desburocratiza o processo. Além de impedir a avaliação paternalista que acontece em algumas situações, em que os técnicos da prefeitura acabam interferindo no projeto”, diz Santos.Um outro ponto positivo, segundo Ferreira é a exigência do acompanhamento de um profissional no processo construtivo. “O responsável terá de estar presente no local na hora em que o fiscal foi emitir o habite-se”, explica.O arquiteto cita que hoje algumas pessoas contratam o profissional para assinar a planta e depois ela é executada por pedreiros, com o projeto apresentado na prefeitura. “Acaba colocando em jogo a segurança e a qualidade da obra, pois essa planta não possui todos elementos técnicos necessários para a construção”, diz.Também vai aumentar a responsabilidade dos profissionais e exigir deles um nível de conhecimento maior da legislação municipal. Mas a regra ainda precisa ser regulamentada para entrar em vigência. “Será formada uma comissão do código de obras com entidades representativas do setor”, informa Bonagamba.Mas este acompanhamento tem um custo adicional. Para quem vai construir uma casa e pretende investir cerca de R$ 300 mil, por exemplo, o projeto sairá em torno de R$ 15 mil. “Em média é cobrado cerca de 5% do valor da obra”, esclarece Santos. Já o acompanhamento detalhado é cobrado em honorários. Numa obra de 300 m² isso teria um custo de três salários mínimos por mês. VALESKA MATEUS

20 de março de 2007

Construtoras respondem pelas obras.

foto: WEBER SIANVocê se muda para um imóvel e depois de algum tempo surgem problemas relativos à construção, como descolamento de azulejos e fissuras por deslocamento do solo. O reparo deles pode ser responsabilidade da construtora, mesmo depois do imóvel entregue.Segundo o advogado especialista em Direito Imobiliário, Roberto Guimarães, o Código Civil estabelece cinco anos o prazo de garantia da edificação. “Se há um prejuízo da estrutura do prédio, esta garantia vale a partir da expedição do habite-se”, explica. Já a troca de acessórios está respaldada pelo Código do Consumidor. A pessoa tem trinta dias para comunicar o problema desde o momento em que ele é detectado. A construtora ou responsável tem o mesmo período para passar uma posição.“Passado o prazo, o morador pode entrar com uma medida judicial pedindo a reparação, a substituição do bem ou abatimento proporcional do preço”, afirma.Em algumas situações será necessário uma perícia para avaliar o que causou de fato o dano. “A partir dos cinco anos, se o dano surgiu por conta de um desgaste natural a responsabilidade passa a ser dos proprietários ou do condomínio”, diz.Guimarães comenta que pode ter havido inclusive uma negligência da prefeitura por ter liberado a obra, podendo também ela ser acionada.Segundo o advogado, são processos demorados que levam em média seis anos para uma decisão final.Mas para lutar pelos seus direitos, o proprietário deve estar com a documentação regular. Muitas pessoas mudam sem ter em mãos o habite-se. Erro que pode custar caro, pois caso aconteça problemas deste tipo o proprietário pode ser considerado co-responsável.Sem escrituraOutro problema comum que os proprietários passam é não conseguir a escritura definitiva do imóvel, devido a pendências financeiras da construtora, como débitos com uma instituição financeira ou com encargos trabalhistas.“Incorporadoras que não são idôneas começam a vender unidades sem estar legitimada a negociá-las. Pois não tinham depositado no cartório os documentos necessários”, cita.A lei exige que no transcorrer da obra a construtora apresente aos proprietários das unidades um relatório se está cumprindo com o gronograma de construção e recolhimento do INSS, para fazer jus a regularidade do pagamento das obrigações tributárias.“O fato da empresa não entregar isso periodicamente já justifica a pessoa suspender o pagamento das parcelas”, ressalta o advogado.Caso a incorporadora apresente falhas ou esteja inadimplente, outro mecanismo jurídico de quem comprou um imóvel é montar uma comissão de representantes que vão assumir a obra.“Em situações mais extremas os adquirentes podem retomar a obrigação e dar continuidade à construção”, explica Guimarães.Quando se compra um imóvel na planta a pessoa se planeja para entregar o antigo de acordo com o prazo de entrega da obra.As construtoras se compromete por uma cláusula contratual a data de entrega das chaves, mas em algumas situações a empresa não consegue cumpri-la. “Se configura como perdas e danos,” diz.Existe um prazo de carência em que ocorre uma antecipação ou prorrogação, mas o advogado ressalta que precisa ser uma concordância de ambas às partes.Mas mesmos com imprevistos como fatores climáticos que não foram previamente calculados pela construtora no momento de estabelecer a data, o atraso é cabível de indenização.Segundo Guimarães é uma atividade que depende de fatores externos por isso a empresa já deve prever uma margem grande.“Se a pessoa fez um investimento prevendo contar com aquele imóvel para ficar livre do encargo locatício, é justo que a construtora arque com o aluguel. Essa tem sido a compreensão do Judiciário”, explica. Desta forma a construtora vai pagar a moradia do proprietário até que a obra seja entregue.DICASPanfleto publicitário deve conter o número do registroO advogado ressalta que os panfletos publicitários dos empreendimentos devem constar o registro da obra no cartório de imóveis. Caso não haja, a pessoa já deve ficar atenta.“Lá estará o número de matrícula da incorporação, com o qual a pessoa poderá checar todas as informações relativas ao empreendimento”, comenta.Isso é uma forma da pessoa se respaldar. Mas o advogado alerta que é preciso ficar atento a duas fases. A incorporação, em que a empresa conseguiu a liberação para a construção da obra, e a instituição que mostra se a documentação está em ordem e o habite-se liberado.Guimarães cita que algumas construtoras criam mecanismos para evitar indenizações e seguram um saldo para entrega das chaves. Mas isso pode não significar que você já poderá se mudar. “Não pague o saldo ou receba as chaves sem consultar no cartório se já foi feita a instituição”, aconselha.VALESKA MATEUS

11 de março de 2007

Comércio no edifício.

Estudantes universitários fazem surgir um novo conceito em RP: prédios residenciais com áreas comerciais. A tradição de Ribeirão Preto em receber, todo ano, milhares de estudantes universitários de outras regiões do Estado e até do país está fazendo surgir um novo conceito em empreendimentos imobiliários na cidade: edifícios residenciais agregados a estabelecimentos comerciais. No térreo dos prédios, são implantadas padarias, locadoras, restaurantes, salões de beleza, academias e lojas de roupas para jovens. Um exemplo é o Residencial Villagio Belluno, lançado pela Construtora Maistro, a menos de 100 metros da Unaerp (Universidade de Ribeirão Preto). O lugar é novo. Vai completar um ano em maio. Mais de 90% dos moradores são estudantes ou profissionais liberais. De acordo com o zelador do edifício, Marco Antônio, a construção de uma área comercial em conjunto com o prédio visa atender, principalmente, os donos e locatários dos apartamentos."Como a maioria das pessoas que reside aqui é de estudantes, que não têm tempo para ir a lojas no centro da cidade ou cozinhar, a presença de serviços de alimentação e vestuário, por exemplo, facilita muito a vida de todo mundo. Acredito que isso pode se tornar uma tendência daqui para frente", avalia. "Todos os apartamentos têm à disposição um interfone que serve para se comunicar diretamente com o comércio. Os moradores podem fazer o pedido e receber a entrega com comodidade", declara o zelador. O Villagio Belluno tem 330 apartamentos, todos ocupados, e 19 estabelecimentos comerciais. É o segundo nos mesmos moldes em Ribeirão. O primeiro, o Villagio Modena, da mesma construtora, fica próximo à Unip (Universidade Paulista), com uma diferença: a área comercial é interna. No Belluno, o comércio funciona das 6h às 2h do dia seguinte. Apesar de grande parte dos freqüentadores residir no próprio edifício, o local é aberto ao público. Estudantes de quase todas as universidades de Ribeirão marcam presença. Segundo o gerente de vendas da Maistro, José Carlos Rosa, a construtora apostou num novo filão, que deu certo. "Percebemos que construir perto das universidades daria resultado, ainda mais com serviços agregados, que permitem aos estudantes fazer compras onde moram", diz. Uma das características do empreendimento é que a área comercial deve seguir as regras de comportamento e convivência vigentes no condomínio. O zelador explica que o som alto não é permitido. "Música, só ambiente, para não atrapalhar aqueles que precisam estudar para provas na faculdade", declara Antônio. Para a estudante Ana Flávia da Cunha Azevedo, que terminou de fazer especialização em fisioterapia, o local é agradável. Ela diz que, no final do ano passado, pensou em ir embora de Ribeirão, mas mudou de idéia porque gosta do ambiente do edifício e pretende fazer novos cursos na cidade. "É um conceito diferente. No centro de Ribeirão, alguns prédios antigos tem comércio no térreo, mas lá existe uma característica diferente: o público-alvo são consumidores em geral. Aqui, o serviço prioriza a necessidade dos moradores". Fabiano Bazan Cancian, que em meados do ano passado abriu uma videolocadora no edifício, afirma que, pelo fato de ter muitos apartamentos, a clientela é grande. Nas férias, quando os estudantes voltam para suas cidades, ele trabalha para atrair gente do bairro. "Aqui na redondeza, quase não existe locadora. Então, recebo pessoas que não moram no prédio em busca de filmes, apesar de ser a minoria. A maior parte é mesmo dos moradores daqui, que somam mais de 60% dos clientes". Outro que investiu para implantar um estabelecimento no lugar foi Christiano Wakita, que em sociedade com o amigo Victor Hugo Brandani montou o Sushi Bar, especializado em servir comida japonesa. Eles apostam que os moradores do prédio podem colaborar na divulgação do produto. "Como há uma rotatividade grande, os moradores indo e vindo a todo momento, a propaganda acaba sendo boca a boca. Quem mora aqui traz amigos e movimenta o bar", afirma. IGOR SAVENHAGO

10 de março de 2007

Menos burocracia.

Regra do Código de Obras deve reduzir o tempo de aprovação de projetos de imóveis com até 750 metros quadrados. A aprovação de projetos de construção de imóveis com área de até 750 m2 deverá ficar mais ágil em Ribeirão Preto com a vigência do Código de Obras, uma das cinco leis complementares do Plano Diretor. O Código de Obras foi sancionado no mês passado pelo prefeito Welson Gasparini (PSDB).Os projetos não precisarão ser detalhados, mostrando, por exemplo, as divisões internas do imóvel a ser construído, mas apenas conter taxa de ocupação do terreno, recuos frontais e laterais.Segundo o arquiteto Fernando Freire, presidente do Comur (Conselho Municipal de Urbanismo), os detalhamentos do projeto deixarão de ser requeridos na fase inicial para serem exigidos na fase final da obra. Freire estima que a economia de tempo chegue a 40 dias.Se a mudança, por um lado, confere mais agilidade na aprovação dos projetos, ela cria mais responsabilidades para o dono do imóvel e para o profissional responsável, afirma o presidente do Comur."Essa mudança valoriza os profissionais sérios. Eles terão que construir atendendo à legislação. Se a legislação não for respeitada, terão que se responsabilizar por isso", diz. Entre as punições pelo descumprimento do Código de Obras estão previstas multas.Freire sugere que arquitetos e engenheiros, durante a execução de projetos, consultem permanentemente a Secretaria de Obras Públicas e Particulares, já que essa regra do Código de Obras, extraída da Constituição do Estado de São Paulo, é novidade.Essa inovação tem a aprovação do Sinduscon (Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo). Segundo José Batista Ferreira, diretor regional do órgão, haverá economia para quem constrói e valorização dos arquitetos e engenheiros, que terão que acompanhar a execução da obra."O profissional vai ter que estar presente à obra quando houver a fiscalização para a emissão do Habite-se", declara.Na opinião de Ferreira, o dono do imóvel também é beneficiado com essa regra do Código de Obras porque a obra será mais segura e terá que ser bem feita do ponto de vista técnico.Para o engenheiro civil Alexandre Henriques, é difícil afirmar, no momento, se essa regra do Código de Obras será benéfica ou não. Ele diz que, pelo fato de o projeto, na fase inicial, ser menos detalhado, haverá menos itens para conferir pela Secretaria de Obras Públicas e Particulares, o que, admite, pode tornar a aprovação mais rápida. Outra aparente vantagem, diz, será a liberdade no ato de projetar.A Secretaria de Obras Públicas e Particulares informou que essa regra do Código de Obras precisará ser regulamentada para entrar em vigência. A secretaria declarou que, por se tratar de uma novidade, não poderia comentá-la sem uma discussão interna entre os profissionais da secretaria.Nilton Bonagamba, engenheiro da secretaria, afirma que, em 2006, a maioria dos 2.120 projetos de obras aprovados era de imóveis com menos de 750 metros quadrados (96,5%).A área total de construção aprovada em 2006 foi de 910.841,95 metros quadrados, dos quais 40% correspondem a projetos de imóveis com mais de 750 metros quadrados.

04 de março de 2007

Menos burocracia.

Regra do Código de Obras deve reduzir o tempo de aprovação de projetos de imóveis com até 750 metros quadrados. A aprovação de projetos de construção de imóveis com área de até 750 m2 deverá ficar mais ágil em Ribeirão Preto com a vigência do Código de Obras, uma das cinco leis complementares do Plano Diretor. O Código de Obras foi sancionado no mês passado pelo prefeito Welson Gasparini (PSDB).Os projetos não precisarão ser detalhados, mostrando, por exemplo, as divisões internas do imóvel a ser construído, mas apenas conter taxa de ocupação do terreno, recuos frontais e laterais.Segundo o arquiteto Fernando Freire, presidente do Comur (Conselho Municipal de Urbanismo), os detalhamentos do projeto deixarão de ser requeridos na fase inicial para serem exigidos na fase final da obra. Freire estima que a economia de tempo chegue a 40 dias.Se a mudança, por um lado, confere mais agilidade na aprovação dos projetos, ela cria mais responsabilidades para o dono do imóvel e para o profissional responsável, afirma o presidente do Comur."Essa mudança valoriza os profissionais sérios. Eles terão que construir atendendo à legislação. Se a legislação não for respeitada, terão que se responsabilizar por isso", diz. Entre as punições pelo descumprimento do Código de Obras estão previstas multas.Freire sugere que arquitetos e engenheiros, durante a execução de projetos, consultem permanentemente a Secretaria de Obras Públicas e Particulares, já que essa regra do Código de Obras, extraída da Constituição do Estado de São Paulo, é novidade.Essa inovação tem a aprovação do Sinduscon (Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo). Segundo José Batista Ferreira, diretor regional do órgão, haverá economia para quem constrói e valorização dos arquitetos e engenheiros, que terão que acompanhar a execução da obra."O profissional vai ter que estar presente à obra quando houver a fiscalização para a emissão do Habite-se", declara.Na opinião de Ferreira, o dono do imóvel também é beneficiado com essa regra do Código de Obras porque a obra será mais segura e terá que ser bem feita do ponto de vista técnico.Para o engenheiro civil Alexandre Henriques, é difícil afirmar, no momento, se essa regra do Código de Obras será benéfica ou não. Ele diz que, pelo fato de o projeto, na fase inicial, ser menos detalhado, haverá menos itens para conferir pela Secretaria de Obras Públicas e Particulares, o que, admite, pode tornar a aprovação mais rápida. Outra aparente vantagem, diz, será a liberdade no ato de projetar.A Secretaria de Obras Públicas e Particulares informou que essa regra do Código de Obras precisará ser regulamentada para entrar em vigência. A secretaria declarou que, por se tratar de uma novidade, não poderia comentá-la sem uma discussão interna entre os profissionais da secretaria.Nilton Bonagamba, engenheiro da secretaria, afirma que, em 2006, a maioria dos 2.120 projetos de obras aprovados era de imóveis com menos de 750 metros quadrados (96,5%).A área total de construção aprovada em 2006 foi de 910.841,95 metros quadrados, dos quais 40% correspondem a projetos de imóveis com mais de 750 metros quadrados. Gazeta de Ribeirão - 04/03/07 function MM_openBrWindow(theURL,winName,features) { window.open(theURL,winName,features); }

04 de março de 2007

Vocação universitária atrai investidores.

foto: WEBER SIANO mercado de locação de imóveis para estudantes em Ribeirão Preto se tornou um ponto de atração para investidores de outros estados. O engenheiro Arlindo Zaroni mora em Passos (MG) e possui sete apartamentos de um e dois dormitórios em RP, todos alugados para estudantes. Ele possuía imóveis em São José do Rio Preto e há alguns anos decidiu vendê-los e concentrar os investimentos em Ribeirão. “Enxerguei um mercado promissor e com facilidade de negociação”, explica. Ele comenta que é um investimento garantido, apesar da rentabilidade não ser tão alta, já que o valor do aluguel é baixo. “As cidades que são centros universitários são garantia de retorno. Os imóveis estão sempre alugados e nunca tive problemas com inadimplência de estudantes”, afirma. Segundo o diretor de Imobiliária Elizeu Rocha, nos anos 80 grandes investidores compravam imóveis na cidade para especulação, para revender em um curto espaço de tempo. Mas houve uma mudança de foco.“A valorização imobiliária de Ribeirão Preto sempre foi alta. Mas hoje as pessoas que moram em estados distantes estão explorando este potencial para o público estudantil”, comenta.Segundo Rocha, isso vem se intensificando nos últimos seis anos, devido à característica da cidade como pólo regional de estudantes. O seu escritório administra imóveis de investidores que moram até mesmo fora do país. Um público bem diversificado: são investidores de Goiás, Minas Gerais, Acre, Mato Grosso.Rocha comenta que muitas dessas pessoas são profissionais autônomos ou que vivem em regiões com potencial genuinamente agrícola.“Este aluguel passa a ser um complemento de renda da pessoa. Ela diversifica seus investimentos, comprando apartamentos de um e dois dormitórios, de rápida liquidez e grande demanda de locação”, avalia.O ginecologista Francisco Mendes Filho descobriu essa característica de Ribeirão há muitos anos quando veio à cidade fazer um curso na sua área.O primeiro apartamento ele comprou quando decidiu mandar os filhos estudarem na cidade e, mesmo depois que eles se mudaram, continuou investindo em imóveis do mesmo padrão.“Senti que a cidade era uma atração para estudantes devido às universidades e à freqüência de cursos de especialização oferecidos pelas instituições”, conta.Mendes Filho pretende adquirir outros apartamentos, quando tiver capital disponível, sempre com o foco no público estudantil.“Além da valorização do patrimônio, é fácil vender caso seja necessário”, justifica.Rocha comenta que é um investimento de retorno garantido, pois no início do ano chega a faltar imóveis para estudantes. Quem investe comenta que a única dificuldade é quando o contrato termina no meio do semestre letivo, como em agosto, por exemplo. Neste caso o imóvel pode ficar uns dois meses parado.“Mas não é comum, pois as imobiliárias têm uma lista de espera”, ressalta Zaroni.Internet A conquista destes investidores tem ocorrido com um trabalho de divulgação das imobiliárias, principalmente através dos sites.“Mandamos material para alguns cursinhos de outros estados. É assim que esses clientes despertam o interesse por este tipo de investimento”, comenta o diretor de imobiliária.Valor do investimentoQuanto custa em média esta opção de investimento?Os apartamentos de um dormitório, bem localizado, custam a partir de R$ 60 mil. Já os de dois dormitórios ficam entre R$ 80 e R$ 100 mil. O retorno mensal vai variar entre R$ 350,00 e R$ 500,00 de aluguel.FIQUE DE OLHOInvestindo certo: localização e consultoria Para garantir o sucesso do investimento, alguns pontos são fundamentais. A localização deve ser o primeiro critério a ser observado na escolha do imóvel. Quanto mais próximo a uma universidade maior a demanda de locação.“Os estudantes querem morar aonde possam ir a pé para a faculdade, muitos se mudam sem carro para Ribeirão”, explica o diretor de Imobiliária Elizeu Rocha.Os bairros mais procurados são a Ribeirânia, Iguatemi, Monte Alegre, Ana Maria, Jardim Paulista, e Jardim Irajá.O valor do condomínio também deve ser visto pelo investidor, pois isso acaba sendo o empecilho no momento da locação. A existência de garagem costuma ser uma exigência.“Os prédios mais baixos, sem elevador têm uma taxa condominial em torno de R$ 80,00 e são bem aceitos”, comenta Rocha.Segundo o investidor Arlindo Zaroni, para aplicar em imóveis em outro estado é essencial buscar a assessoria de uma imobiliária tradicional na cidade.“Isso vai garantir que não haverá problemas, já que você vai entregar a administração do imóvel a terceiros”, diz.O ginecologista Francisco Mendes Filho já trocou de imobiliária duas vezes porque perdeu a confiança. Para ele, que mora em Belém, por conta da distância uma relação de transparência com a imobiliária é essencial. “Se surgir problemas ou algum imóvel estiver desalugado o corretor precisa nos comunicar”, ressalta.VALESKA MATHEUS

04 de março de 2007

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