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Revitalizar o centro.

José Antonio Lanchoti, arquiteto e professor, defende parceria entre prefeitura e iniciativa privada na cidade. JOSÉ ANTONIO BONATO A região central deveria passar por uma revitalização que envolvesse uma parceria entre o Poder Público e a iniciativa privada para voltar a ser o "coração ardente" de Ribeirão Preto.A proposta é do arquiteto e urbanista José Antonio Lanchoti, professor do Centro Universitário Moura Lacerda e doutor pela FAU (Faculdade Arquitetura e Urbanismo) pela USP (Universidade de São Paulo). Uma alternativa para os casarões na região da Baixada, que hoje se encontram em processo de deterioração, seria sua transformação em moradia de estudantes. Lanchoti coordena as discussões de uma das leis complementares do Plano Diretor, a de Mobiliário Urbano. Entre as questões do Mobiliário Urbano está a relacionada à acessibilidade, assunto no qual o arquiteto se especializou.Em 1994, Lanchoti fez alunos utilizarem o espaço público em cadeiras de rodas, com os olhos vendados e com muletas, para que eles sentissem as dificuldades que os deficientes têm no seu dia-a-dia.Para o arquiteto, que é funcionário da Secretaria Municipal de Planejamento e Gestão Ambiental, Ribeirão deixa a desejar do ponto de vista da acessibilidade. Mas vê avanço na exigência, por parte da prefeitura, que as construções, desde 2000, garantam acessibilidade com segurança e autonomia.Lanchoti está otimista em relação às discussões do Plano Diretor, mas alerta que 150 anos de problemas não serão resolvidos com a sua aprovação, prevista para acontecer até outubro.Outra observação feita por Lanchoti diz respeito às discussões, em audiências públicas, sobre o Plano Diretor, que estariam muito mais voltadas aos interesses particulares do que aos interesses coletivos.Um exemplo da predominância de interesses particulares em detrimento da cidade está na arborização. Comerciantes, para Lanchoti, acreditam que, sem árvores em frente a seus estabelecimentos, melhoram o desempenho das vendas. Lanchoti cita também a regularização, mediante pressão de maus vereadores, de obras irregulares.José Antonio Lanchoti é o entrevistado desta semana da Agenda Ribeirão, espaço semanal no qual são debatidos os problemas da cidade e feitas sugestões para sua solução. Leia, abaixo, a entrevista, feita por email.Gazeta - O que você, um arquiteto e urbanista, se pudesse, mudaria em Ribeirão Preto?José Antonio Lanchoti - Inicialmente faria um trabalho sócio-cultural buscando resgatar na sociedade ribeirãopretana o antigo espírito comunitário e entender que a cidade é de todos e que qualquer benefício pessoal e individual que se queira ter da cidade refletirá em um incômodo a várias outras pessoas. Desta maneira estaríamos contribuindo para implantar a cultura do planejamento, tão necessária para a compreensão do futuro da cidade ou do seu completo mergulho no descaso e na degradação. Pensando em termos de intervenção física, lançaria uma megaoperação urbana na região central da cidade, buscando resgatar sua força e sua imponência como o coração ardente de Ribeirão Preto. Não a limitaria à mera reforma de calçadão ou de passeios públicos nas avenidas Nove de Julho ou Jerônimo Gonçalves. Acredito que uma intervenção consciente nessa região da cidade poderá gerar novas iniciativas e parcerias entre Poder Público e iniciativa privada em outras regiões da cidade como as avenidas Saudade, dom Pedro, Via do Café, etc.Gazeta - Você desenvolveu um projeto sobre acessibilidade para o Ministério das Cidades. Como foi essa experiência?Lanchoti - A experiência com o Ministério das Cidades nasceu de um antigo projeto feito com alunos de arquitetura e urbanismo do Centro Universitário Moura Lacerda, em 1994, quando iniciei levá-los ao espaço urbano usando cadeira de rodas, olhos vendados, muletas e outros instrumentos que os colocassem em condições de mobilidade reduzida ou comprometida. A experiência de fazê-los compreender as dificuldades das pessoas com deficiência tem sido altamente recompensada quando encontro com ex-alunos e percebo a contribuição que demos. Esse trabalho foi apresentado naquele ano em um congresso internacional e daí para a frente estivemos em vários eventos voltados à discussão da acessibilidade. Em 2000 recebi o convite de membros da ABNT para compor a equipe técnica de apoio para a revisão da Norma de Acessibilidade (NBR-9050). Eu era o único membro do interior e também o único representante de Instituição de Ensino Privada (Moura Lacerda). Na seqüência participei de uma concorrência pública para redigir o Caderno do Ministério das Cidades sobre Acessibilidade - "Construindo a Cidade Acessível". Foi uma experiência ímpar trabalhar com o governo federal. Independentemente de partidos políticos, temos que reconhecer a importância de pela primeira vez na história do país termos um ministério preocupado com as políticas públicas dos municípios, entre elas a que está voltada às pessoas com deficiência e com mobilidade reduzida. Na seqüência do Caderno, compus a equipe que definiu o Programa Brasileiro de Acessibilidade - Brasil Acessível, também do Ministério das Cidades e também na elaboração do decreto federal n.° 5.296/04, que trata de acessibilidade, elaborado pela Casa Civil.Gazeta - Os deficientes físicos de Ribeirão Preto podem se dar por satisfeitos com a cidade no que tange à acessibilidade?Lanchoti - De maneira alguma. Em 1995 quando foram feitas as primeiras mil rampas na cidade podíamos dizer que éramos pioneiros na questão de acessibilidade. Tínhamos, também, as primeiras 4 vans adaptadas, coisa quase que inédita em todo o país. O que temos dez anos depois? Umas 1.500 rampas a mais (feitas em 1996/97) e 3 ou 4 vans a mais... Isso é muito pouco. O que podemos dizer que é um grande avanço é a política de tratamento por parte do Departamento de Obras Particulares, que exige de todas as obras, desde 2000, que as mesmas tenham acessibilidade com segurança e autonomia. Nossa lei municipal (também pioneira) é de 1995, mas é com a aprovação do decreto federal n° 5.296, em 2004, que esta postura tomou mais força e respeitabilidade entre os profissionais da construção civil. Entendo que estamos retomando uma preocupação nacional, buscando inserir com o apoio de entidades como a Aeaarp, o Crea e as universidades esse conceito de direito universal a todos os cidadãos, por uma simples questão de cidadania. Temos que entender que essa preocupação deve ser de todos a todo momento, e não apenas do Poder Público. E, para isso dar resultado com eficiência e rapidez, nada melhor que vocês - a imprensa - para colaborar.Gazeta - Você está otimista com as discussões a respeito do Plano Diretor de Ribeirão Preto?Lanchoti - Claro que sim. Faço parte dessa discussão há pelo menos 10 anos. Lido com esse assunto na universidade onde sou professor e coordeno uma das leis complementares - a do Mobiliário Urbano. Hoje a discussão tem sido feita por diversos meios da imprensa como o simples atendimento da lei Federal do Estatuto da Cidade. Não estamos preocupados com as exigências legais porque para elas tivemos, em 2003, a aprovação da alteração da Lei Complementar que instituiu o Plano Diretor. Nossa preocupação maior é com os benefícios necessários que a aprovação das leis complementares trarão para o futuro da cidade. Temos que discutir com a população o que queremos para a Ribeirão Preto para daqui 20, 30 anos. Estamos hoje pagando o preço das enchentes pela ausência de preocupação com a natureza ocorrida há 10, 20 anos atrás.O que sentimos é que ainda não conseguimos instituir a cultura do planejamento e a preocupação da sociedade com a totalidade do município. Vemos grupos de pessoas discutindo os interesses de sua rua ou de sua casa. O individual e o interesse de um grupo não pode sobrepor em hipótese alguma o interesse da sociedade, assim sendo, gostaríamos que mais e mais pessoas remetessem aos nossos e-mails sugestões e solicitações para as discussões do Plano Diretor. Estamos assistindo um desinteresse da sociedade por assuntos de suma importância, mas que não agüenta mais a discussão... é a sociedade respondendo à falta de movimentação.Gazeta - A cidade, na sua opinião, vai dar um salto de qualidade quando todas as leis complementares forem aprovadas?Lanchoti - Temos que entender que nem o Plano Diretor nem as leis complementares são "varinhas de condão" que, como num passe de mágica, resolverão problemas produzidos nesses últimos 150 anos. Porém esses documentos estabelecerão o compromisso pela cidade que se quer para os próximos "150 anos". A função social da cidade e da propriedade estabelecerá parâmetros da construção da cidade democrática e mais justa a todos. Distribuirá os ônus e o bônus do seu progresso. Para isso é necessário que a sociedade esteja atenta e presente nas discussões e nas aprovações na Câmara dessas leis, pois os políticos vêm e vão, e a comunidade fica. Assim, cabe a ela cobrar dos novos políticos o compromisso construído e aprovado por todos.

11 de julho de 2006

Plano de parcela fixa é até 29% mais caro.

Fazer um financiamento com parcelas fixas por até 20 anos é a nova aposta dos bancos. Desde que o Santander lançou sua linha no ano passado, outros três --Bradesco, Itaú e agora Real ABN Amro-- seguiram esse passo, e o HSBC pretende se juntar a eles no fim do mês.Apesar de parecer uma opção segura, especialistas ouvidos pela Folha não acham esse tipo de crédito um bom negócio. "Os juros são altos", crava o economista Miguel de Oliveira, 44, vice-presidente da Anefac (Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade). Eles vão de 16% a 18% anuais.Há um agravante. Prefixados, serão pagos nos próximos cinco, dez, 15 ou 20 anos, período para o qual economistas prevêem economia estável e queda dos juros, o que tornará o financiamento de parcelas fixas mais caro do que é hoje.Atualmente, esse plano custa até 29% a mais do que o de mensalidades variáveis, segundo simulação feita pelo vice-presidente da Anefac. Ele só é vantajoso quando há inflação alta, que não pode ser repassada para as parcelas."Sempre há um risco, pois o prazo é longo. Mas a tendência é que não haja inflação", diz Oliveira. "Se os bancos temessem economia instável, não o fariam, teriam prejuízo."Alexandre Glüher, 45, diretor de empréstimos e financiamentos do Bradesco, pondera que, "se os juros caírem rapidamente no país, a taxa fixa ficará cara. Se subirem, barateará". O banco prevê estabilidade e queda de juros a longo prazo.Por segurança, a consultora de vendas Silvana dos Santos, 38, financiou um três-quartos na Vila Andrade (zona sul)."Mesmo pagando juros não muito baixos, optei por esse plano para não correr riscos", avalia. Ela escolheu um prazo mais curto (cinco anos) e diz que, se saldar a dívida depois de dois ou três anos, terá um "desconto legal", o que não ocorre com parcelas variáveis. "Eles abatem parte dos encargos já pagos se o financiamento é quitado antecipadamente.""Efeito Casas Bahia"O efeito explorado pelos bancos é o "Casas Bahia". "Quem vive de salário sabe qual será o valor de todas as parcelas até o final do plano", reforça Keyler Rocha, 66, vice-presidente do Ibef (Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças)."Mas o cliente paga um preço por isso, o de proteção para o banco", admite Hus Morgan Daroque, 37, superintendente de crédito imobiliário do Real ABN Amro. "Quem financia tem de se precaver de variações da economia", concorda Rocha.Os bancos também exploram um fantasma do imaginário do mutuário: o do saldo da dívida que cada vez crescia mais, mesmo com o prazo do financiamento perto do fim.Porém, dizem os economistas, esse tipo de problema só surge quando há inflação alta, que descompensa os reajustes das parcelas e do saldo devedor.Em linhas de parcelas variáveis, corrigidas por índices inflacionários, há até planos de prestações decrescentes (a inicial é maior que a final). da Folha de S.Paulo -09/07/06

09 de julho de 2006

Reformas sem dores de cabeça.

Valeska Mateus “Estouro” no orçamento, atraso no término da obra, problemas com materiais e resultado diferente do previsto são fatos comuns em reformas que não foram cuidadosamente planejadas. As pessoas nem sempre fazem um projeto da reforma e contratam um profissional da área para executá-lo. Até mesmo os acabamentos, que só são executados no final, devem ser previamente definidos e orçados. Já demolições de paredes exigem um estudo cuidadoso da planta estrutural.O vendedor Sávio Penha acaba de investir em uma reforma em sua nova residência. Ele morava num apartamento e mudou-se para uma casa em condomínio fechado. Antes de mudar com a família, resolveu fazer algumas melhorias no imóvel.Mas a pequena reforma prevista para terminar em uma semana, durou quatro vezes o tempo previsto, cerca de um mês. “Você está na expectativa de mudar. As crianças ficam ansiosas para ir para a casa nova”, comenta Penha. Ele reformou os dois banheiros e a sala. Segundo Penha, o pedreiro passou um orçamento sem contar com os imprevistos, e no final teve um custo e um tempo maior. Durante a retirada das louças antigas do banheiro, a parede do quarto foi afetada. “Tive de arrumar a parede, não contava com isso”, diz Penha. Um mês depois e a obra estava finalizada. O resultado ficou como ele esperava. “Acabei gastando 60% a mais do orçamento inicial. Além disso, por conta do atraso, tive de pagar um condomínio a mais do apartamento em que morávamos”, conclui. O casal Lybia e Nagib Barquete j+á fez várias reformas com pedreiro ou mestre de obras. Desta vez resolveram contratar um engenheiro. O apartamento está sendo todo reformado, com troca de revestimentos e acabamentos, alterações de paredes. Para o casal, o serviço de um especialista garante segurança. “Certas coisas o pedreiro não tem habilidade para fazer e, como já está no meio da obra, você não pode mudar de profissional”, analisa Lybia. “Gasta-se um pouco mais contratando uma empresa, mas se tem menos dores de cabeça”, conclui o médico Barquete. DICASPasso a passo para o planejamento eficazPara o engenheiro civil Antônio Botelho, reforma é algo complicado e por menor que seja é preciso um planejamento detalhado. O primeiro fator a ser observado é a localização do imóvel. Propriedades no centro da cidade têm maior dificuldade de acesso de materiais.No caso de apartamentos, por exemplo, as normas do condomínio devem ser rigorosamente respeitadas. A obra não pode atrapalhar o bom andamento do prédio. Os horários de trabalho, de descarga do material, de retirada de entulho devem ser respeitados. Deve ser feita uma análise da rotina do edifício e da planta estrutural.A retirada de paredes pode interferir na estrutura, por isso a observação de vigas e pilares é essencial. A parte hidráulica pode trazer sérios problemas se não for pensada anteriormente. Às vezes um cano que quebra pode provocar interrupção no fornecimento de água ou entupimento de esgoto. Problemas que podem vir a ocorrer depois da obra terminada.

02 de julho de 2006

Reformas sem dores de cabeça.

Estouro” no orçamento, atraso no término da obra, problemas com materiais e resultado diferente do previsto são fatos comuns em reformas que não foram cuidadosamente planejadas. As pessoas nem sempre fazem um projeto da reforma e contratam um profissional da área para executá-lo. Até mesmo os acabamentos, que só são executados no final, devem ser previamente definidos e orçados. Já demolições de paredes exigem um estudo cuidadoso da planta estrutural.O vendedor Sávio Penha acaba de investir em uma reforma em sua nova residência. Ele morava num apartamento e mudou-se para uma casa em condomínio fechado. Antes de mudar com a família, resolveu fazer algumas melhorias no imóvel.Mas a pequena reforma prevista para terminar em uma semana, durou quatro vezes o tempo previsto, cerca de um mês. “Você está na expectativa de mudar. As crianças ficam ansiosas para ir para a casa nova”, comenta Penha. Ele reformou os dois banheiros e a sala. Segundo Penha, o pedreiro passou um orçamento sem contar com os imprevistos, e no final teve um custo e um tempo maior. Durante a retirada das louças antigas do banheiro, a parede do quarto foi afetada. “Tive de arrumar a parede, não contava com isso”, diz Penha. Um mês depois e a obra estava finalizada. O resultado ficou como ele esperava. “Acabei gastando 60% a mais do orçamento inicial. Além disso, por conta do atraso, tive de pagar um condomínio a mais do apartamento em que morávamos”, conclui. O casal Lybia e Nagib Barquete j+á fez várias reformas com pedreiro ou mestre de obras. Desta vez resolveram contratar um engenheiro. O apartamento está sendo todo reformado, com troca de revestimentos e acabamentos, alterações de paredes. Para o casal, o serviço de um especialista garante segurança. “Certas coisas o pedreiro não tem habilidade para fazer e, como já está no meio da obra, você não pode mudar de profissional”, analisa Lybia. “Gasta-se um pouco mais contratando uma empresa, mas se tem menos dores de cabeça”, conclui o médico Barquete. DICASPasso a passo para o planejamento eficazPara o engenheiro civil Antônio Botelho, reforma é algo complicado e por menor que seja é preciso um planejamento detalhado. O primeiro fator a ser observado é a localização do imóvel. Propriedades no centro da cidade têm maior dificuldade de acesso de materiais.No caso de apartamentos, por exemplo, as normas do condomínio devem ser rigorosamente respeitadas. A obra não pode atrapalhar o bom andamento do prédio. Os horários de trabalho, de descarga do material, de retirada de entulho devem ser respeitados. Deve ser feita uma análise da rotina do edifício e da planta estrutural.A retirada de paredes pode interferir na estrutura, por isso a observação de vigas e pilares é essencial. A parte hidráulica pode trazer sérios problemas se não for pensada anteriormente. Às vezes um cano que quebra pode provocar interrupção no fornecimento de água ou entupimento de esgoto. Problemas que podem vir a ocorrer depois da obra terminada. Jornal A Cidade - 02/07/2006

02 de julho de 2006

Informal vira formal quando na superfície.

Antônio Vicente Golfeto Economia informal é também chamada de economia não registrada. Vale dizer: é a economia que existe mas que o poder público de todos os níveis não a conhece. Nem a reconhece. Ambos se ignoram. Mas se ignoram até que a informalidade venha à superfície. Aí é que aparece o ilícito que pode ser tanto o civil (nele incluído o fiscal do qual a sonegação tributária é a mais visível) como o penal. No caso, devem ser considerado o amplo espectro e o largo leque do crime em suas diversas modalidades.Estamos falando agora apenas e tão somente do ilícito civil. Que também não é pequeno e tem, quando se trata de setores das atividades produtivas, na indústria da construção civil um de seus esconderijos mais conhecidos. Encanadores, pedreiros, serventes, azulejistas, pintores de parede – dentre outros – são os profissionais da construção civil que todos conhecemos. Quando, claro, não temos pelo menos um na nossa própria família.Há muitas e extraordinárias empresas no ramo da construção civil. Algumas, brasileiras, são inclusive muito agressivas no próprio mercado internacional. Pertencem ao rol das indústria de construção pesada. Mas há também muitos empreendedores e microempresários que sequer legalizam sua atividade. Mas prestam serviços. Exercem atividade econômica importante inclusive porque reduzem as crises de insuficiência de emprego. Numa palavra: são fundamentais econômica e socialmente falando. Mas não emitem nota fiscal. Vivem, em boa parte, na informalidade.Vivemos tempo oportuno para iniciar reformas de imóveis. Ou ampliação. Em outras palavras: mexer em imóveis já construídos.A cultura é feita de hábitos. Pois bem, é da nossa cultura encontrar - sobretudo para reformas – profissionais competentes do ponto de vista técnico mas que nem sempre estão legalizados. São informais. Como naturalmente somos otimistas, não pensamos nas conseqüências de atos deste porte. Se houver acidente de trabalho com qualquer dos profissionais que estejam atuando em imóvel nosso, a responsabilidade é nossa. E não do pedreiro que, por conta dele, contratou os seus serviços. O mesmo vale para questões trabalhistas e previdenciárias.

02 de julho de 2006

Informal vira formal quando na superfície.

Economia informal é também chamada de economia não registrada. Vale dizer: é a economia que existe mas que o poder público de todos os níveis não a conhece. Nem a reconhece. Ambos se ignoram. Mas se ignoram até que a informalidade venha à superfície. Aí é que aparece o ilícito que pode ser tanto o civil (nele incluído o fiscal do qual a sonegação tributária é a mais visível) como o penal. No caso, devem ser considerado o amplo espectro e o largo leque do crime em suas diversas modalidades.Estamos falando agora apenas e tão somente do ilícito civil. Que também não é pequeno e tem, quando se trata de setores das atividades produtivas, na indústria da construção civil um de seus esconderijos mais conhecidos. Encanadores, pedreiros, serventes, azulejistas, pintores de parede – dentre outros – são os profissionais da construção civil que todos conhecemos. Quando, claro, não temos pelo menos um na nossa própria família.Há muitas e extraordinárias empresas no ramo da construção civil. Algumas, brasileiras, são inclusive muito agressivas no próprio mercado internacional. Pertencem ao rol das indústria de construção pesada. Mas há também muitos empreendedores e microempresários que sequer legalizam sua atividade. Mas prestam serviços. Exercem atividade econômica importante inclusive porque reduzem as crises de insuficiência de emprego. Numa palavra: são fundamentais econômica e socialmente falando. Mas não emitem nota fiscal. Vivem, em boa parte, na informalidade.Vivemos tempo oportuno para iniciar reformas de imóveis. Ou ampliação. Em outras palavras: mexer em imóveis já construídos.A cultura é feita de hábitos. Pois bem, é da nossa cultura encontrar - sobretudo para reformas – profissionais competentes do ponto de vista técnico mas que nem sempre estão legalizados. São informais. Como naturalmente somos otimistas, não pensamos nas conseqüências de atos deste porte. Se houver acidente de trabalho com qualquer dos profissionais que estejam atuando em imóvel nosso, a responsabilidade é nossa. E não do pedreiro que, por conta dele, contratou os seus serviços. O mesmo vale para questões trabalhistas e previdenciárias. Jornal A Cidade - 02/07/2006 - Antônio Vicente Golfeto

02 de julho de 2006

Eventos revelam sofisticação e tendências.

Uma sala de imprensa com o conforto e praticidade necessários para as entrevistas dos jornalistas. Assim foi pensado o projeto dos decoradores Anderson Machado e Sérgio Gomes, e dos arquitetos Valéria Armindo e Marcelo Lanfrede. Valorização do designer de peças e a prevalência do preto num espaço contemporâneo. “No feng shui, o preto é a cor do trabalho”, diz Machado. A iluminação foi trabalhada para garantir a atividade de jornalistas. Na parede, uma escultura e rodas de bicicletas. Segundo ele, as rodas fazem referência à manutenção da saúde, tão em voga na mídia. “A imprensa não é convencional, queríamos recriar este clima”, define.No living-jantar uma decoração que concilia os conceitos de sofisticação e descontração. Os arquitetos Fátima Brandani e Antônio Betarello usaram a escala de cores para manter o clássico do ambiente. Os móveis em linha reta e os painéis garantem o clima contemporâneo. “As pessoas querem ambientes que as deixem à vontade, sem perder o requinte”, comenta Betarello. “Criamos um espaço em que a pessoa possa desfrutar da casa e do convívio dos amigos”, completa Fátima.Um quarto inusitado inspirado na paixão de um adolescente pelo futebol e que faz referência à Copa do Mundo. A intervenção do grafite nas paredes traz um aspecto informal e despojado ao ambiente. O requinte italiano está presente nos detalhes em couro, no revestimento dos móveis. “ Criei um espaço com um perfil jovem, em homenagem ao meu sobrinho, que joga futebol”, comenta Vinícius de Mello, que assina o projeto.Estes cômodos estão entre os quinze ambientes expostos na DecoraLíder. A mostra permite que a pessoa passeie por diferentes estilos. Do clássico ao contemporâneo, o visitante pode experimentar a sensação de estar em cada espaço. Em sua segunda edição a mostra reúne projetos de 23 profissionais da cidade. “Estamos antecipando as tendências de mercado. Através do ambientes criados pelos profissionais renomados de Ribeirão Preto. As novidades expostas na feira de Milão, em março, estão na mostra”, comenta Jussara Aguiar Ribeiro, uma das organizadoras do evento. Para Kleison Ribeiro organizador da mostra, a cidade vêm crescendo muito e o público está cada vez mais exigente. “Um evento como este permite ao público conhecer o trabalho dos arquitetos e as tendências em móveis”, conclui Ribeiro.ENTIDADEPólo AD avalia novidades em congresso Entre quarta-feira e quinta-feira últimas, Ribeirão Preto foi palco de debates e palestras na área de arquitetura, designer, engenharia e decoração. As novidades e tendências de mercado foram abordadas no Congresso do Pólo AD – Associação de Arquitetura, Decoração e Engenharia.Os participantes puderam conferir palestras de profissionais renomados do setor. A arquiteta paulistana, especialista em projetos de iluminação, Esther Stiller, falou sobre a importância de um projeto de iluminação, a luz como instrumento de desenho dos espaços e da paisagem urbana. “A iluminação do ambiente deve levar em consideração o atendimento do conforto visual, a economia e o alcance das expectativas emocionais, estéticas e psicológicas do usuário do ambiente. Além de facilitar os aspectos fisiológicos do ser humano”, afirma Esther. O diretor da faculdade de Artes Plásticas da Faap (Fundação Armando Alvares Penteado), Sílvio Passarelli, traçou um panorama da gestão do luxo.Agenda:AraraquaraA Casa Cor Interior SP vai até 13 de agosto. Terça-feira a sexta-feira das 16h às 23h. Sábados e domingos das 12h às 23h. No Condomínio Nascentes do Jaraguá, Av. José Barbante Neto, s/nº Jardim Schoelten. O convite custa R$ 16.Ribeirão PretoA mostra DecoraLíder pode ser visitada até 21 de agosto. De segunda à sexta das 9h às 19h, e aos sábados das 9h às 15h. Na avenida Treze de Maio, 1445. Aberta ao público. Jornal A Cidade - 02/07/2006

02 de julho de 2006

Terraço cresce em apartamentos e cobre área de lazer.

No chão, áreas de lazer ganham tantos anexos cobertos --desde vastas academias até "garage bands"-- que parecem clubes. No alto, os terraços ficam cada vez maiores, tão vastos quanto um apartamento.Apesar da distância que os separa, os dois têm uma relação direta. A grandeza do living suspenso depende da amplitude do espaço de lazer, e os dois, juntos, valorizam o imóvel aos olhos --e ao bolso-- do cliente."Quanto maior a área comum coberta, maior o tamanho máximo do terraço", explica o arquiteto Wilson Marchi Júnior, da EGC Arquitetura.O tamanho do terraço pode ser de até 10% da área projetada do lote, segundo o Código de Obras e Edificações, de 1992. Esse espaço inclui o tamanho das lajes dos andares do prédio mais os itens de lazer do térreo que sejam cobertos."Por isso os incorporadores têm preferido fazer piscina coberta em vez de descoberta", argumenta Marchi Júnior. "Além de itens como "LAN house", "garage band" [espaço para jovens tocarem], cozinha gourmet e "pet care", lista.Bônus da prefeituraAumentar o terraço tem um benefício econômico importante para o incorporador. A varanda não é totalmente computada como área construída na hora de calcular o quanto foi edificado no terreno.Sobre ela não incide o custo da outorga onerosa, valor que o incorporador paga à prefeitura para construir além do que a Lei do Zoneamento permite.A outorga aumenta o custo de cada metro quadrado construído, mas não tem esse efeito sobre os metros quadrados do terraço, pois ele não é computado como área útil do imóvel."A prefeitura dá esse "bônus", e o terraço aumenta a área do apartamento ao ser vendido como mais uma área de estar e de convívio da família", observa o arquiteto da EGC. Um imóvel que tenha 400 m2 de área útil e um terraço de 70 m2, por exemplo, figura nas peças de propaganda como um apartamento de 470 m2.Para quem constrói, não é caro encorpar a varanda. "Entre fazer um terraço pouco utilizável, de 1,20 m de profundidade, e um maior, de 3 m, o custo aumenta muito pouco", diz o arquiteto Roberto Candusso, sócio da Candusso Arquitetos.Na outra ponta, o efeito dá resultado. "A velocidade de vendas aumenta, e o incorporador consegue um preço de venda melhor. O custo/benefício vale a pena", explica Gilberto Benevides, 54, diretor comercial da construtora Company."São itens de desejo dos compradores que tivemos de viabilizar economicamente", reforça Antonio Ferreira, 34, diretor de novos negócios da incorporadora Gafisa.Douglas Duarte, 41, diretor comercial da construtora Tecnisa, defende que o terraço custa tanto quanto a sala para ser construído. Reconhece, porém, que o conceito de grande varanda partiu "mais dos incorporadores" que da demanda. da Folha de S.Paulo -25/07/2006

02 de julho de 2006

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