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Notícias

Lançamento-fantasma desaparece do mercado

Há sete anos, a comerciante A.A., 56 (que não quis se identificar), comprou um apartamento de dois dormitórios na planta em São Paulo. Até hoje, não viu nada mais do que a estrutura do prédio."Disseram que houve inadimplência dos compradores. Perdi mais de R$ 20 mil, entrei com uma ação na Justiça, mas desisti, pois não estava dando retorno."Casos como esse, em que o que foi anunciado não saiu do papel por mau planejamento ou problemas financeiros do incorporador, são cada vez mais escassos. No ano passado, isso ocorreu só uma vez, queda de 93% em comparação com o registrado em 1994, na Grande São Paulo, segundo levantamento do Datafolha.Nesse período, 128 lançamentos anunciados foram abortados, 24 deles só em 1997, o ano líder do ranking desse tipo de ocorrência.PlanejamentoVários motivos contribuíram para essa queda, segundo especialistas. O principal deles foi a intensificação da etapa de planejamento por parte dos incorporadores."Eles têm procurado lançar o produto mais adequado possível à demanda existente", pontua Luiz Paulo Pompéia, 52, diretor da Embraesp (Empresa Brasileira de Estudos de Patrimônio)."Antes, confiavam muito no "feeling" e às vezes erravam no perfil do produto ou no preço", diz Pompéia, que cita uma construtora que lançou no Cambuci um empreendimento com o preço acima do de mercado.Não encontrou demanda e, para piorar, sofreu concorrência de uma grande construtora, que fez na mesma região um condomínio adequado ao comprador local.Segundo Francisco José Toledo, 64, diretor-geral da Toledo & Associados, empresa especializada em pesquisa imobiliária, características culturais, de tradição e de etnia também influenciam o fracasso de um lançamento."Não adianta querer vender imóvel na zona oeste para pessoas ricas que moram na zona leste, porque elas estão enraizadas."Uma superoferta em determinado segmento também pode fazer com que a conclusão de um empreendimento lançado se inviabilize. "Pode até ser o produto certo e o preço adequado, mas, com a concorrência, a velocidade das vendas é menor que a imaginada", comenta Luiz Fernando Ribeiro, 38, diretor da Via Empreendimentos Imobiliários.Pesquisa em cartórioDessa forma, uma nova arma tornou-se imprescindível para a viabilização de lançamentos: o estudo de mercado. "Sempre contratamos uma empresa de pesquisa", destaca Ribeiro.Ao comprador cabe a mesma tarefa, para evitar o "lançamento-fantasma". "É preciso checar, no cartório de registro de imóveis da região, se a incorporação foi registrada", orienta Paulo Arthur Góes, 32, assistente técnico do Procon-SP (Fundação de Proteção e Defesa do Consumidor).Segundo o órgão, o documento de inscrição geralmente prevê um prazo de carência de 180 dias a partir do dia do registro. Isso significa que, nesse período, o incorporador pode desistir do empreendimento, mas deve restituir tudo o que foi pago pelo comprador, com correção monetária. Depois dos seis meses, a empresa pode também sofrer uma ação por perdas e danos.Outra dica é fechar negócio com construtoras e incorporadoras com maior capacidade financeira, para tornar o investimento mais seguro. Essas empresas tiveram que racionalizar o processo construtivo. "Os órgãos financiadores exigem isso", observa Lair Krähenbühl, 54, presidente da comissão da indústria imobiliária da CBIC (Câmara Brasileira da Indústria da Construção).

13 de junho de 2005

Favela terá material do Daerp para rede de esgoto.

Jucimara de Pauda foto: F.L.Piton/A CIDADEOs moradores da favela Itápolis, localizada no Jardim Aeroporto, deverão receber do Daerp (Departamento de Água e Esgotos de Ribeirão Preto) canos de PVC e todo o material necessário para a implantação de rede de esgoto no local. A informação é do superintendente do Daerp, Darvin José Alves. “Um engenheiro nosso também vai orientar os moradores para que eles façam as ligações de maneira correta”, explica.Segundo Alves, a rede de esgoto já existe, mas não atingiu a todos os barracos porque as máquinas do departamento não conseguiram entrar nas ruas estreitas da favela. “Os moradores se dispuseram a entrar com a mão-de-obra e nós vamos entrar com o material para ajudar a sanear a área”, enfatiza.A favela Itápolis foi construída em uma área destinada ao lazer dos moradores do Jardim Aeroporto. No local a prefeitura deveria ter construído uma praça. Uma ação da Promotoria da Habitação e Urbanismo pede que as famílias daquela área sejam removidas e assentadas.“Ali é área verde de exclusão de ruído do aeroporto Leite Lopes e não tem como as pessoas ficarem no local”, diz o promotor Antônio Alberto Machado.“Mas têm algumas situações emergenciais e agudas pelas quais é preciso socorrer a população e, por isto, a gente entende a situação destas famílias que precisam da rede de esgoto com urgência”, salienta Três mil pessoas Um levantamento realizado pela Secretaria Municipal da Cidadania de Ribeirão Preto mostra que a cidade possui 19 mil pessoas vivendo em 31 núcleos de favelas.Pesquisa feita pela Associação dos Moradores das favelas da Mata e Itápolis constatou que nos dois complexos habitacionais moram cerca de três mil pessoas. No ano passado a rede de esgoto e de energia elétrica foi instalada na favela da Mata, que fica ao lado do aeroporto Leite Lopes, local considerado de risco e de preservação ambiental.“Sofremos muito, mas hoje vivemos com um pouco de dignidade. Queremos estender esta dignidade para as pessoas que moram na favela Itápolis também”, diz o presidente da Associação de Moradores, Clodoaldo Marques.A maioria dos moradores das duas favelas veio do Nordeste em busca de uma vida melhor e eles têm consciência que moram em área proibida por lei.“Sabemos que podem pedir a reintegração de posse a qualquer momento, mas estamos aqui porque não temos onde morar. O ideal é que a prefeitura urbanize esta área”, ressalta Marques.CompartilhamentoEste mesmo sentimento é compartilhado pelo maranhense Manuel Teixeira Cunha que está em Ribeirão Preto há sete anos.“Vim para cá em busca de um sonho. Já trabalhei muito em Ribeirão e agora estou desempregado por isto moro na favela. O mínimo que precisamos é de condições dignas de moradia”, diz Cunha.Riscos de doenças e de contaminaçãoQuem caminha pela favela Itápolis se depara com as crianças que brincam e pisam o tempo todo no esgoto que corre a céu aberto pelas ruas da localidade. Muitas crianças ficam doentes por causa da falta de saneamento básico.“Aqui na minha casa o esgoto volta para o banheiro e o odor invade tudo”, afirma Edna Aparecida Alves. “Minha filha está sempre doente, ela vive com diarréia”.Em alguns trechos da favela canos com água tratada se encontram com o esgoto. “Aqui tem um sério risco de contaminação”, salienta o presidente da Associação de Moradores, Clodoaldo Marques.Em algumas casas que têm fossas elas já estão cheias e correm o risco de desbarrancar. É o que acontece na casa da Lucineide Maria do Nascimento.“Já não tem mais onde furar o quintal para fazer fossa. A que eu tenho está caindo há meses e até a estrutura da minha casa já foi afetada”, diz ela.Os moradores também explicam que as fossas representam um perigo constante para as crianças. “O meu neto quase caiu na fossa e se isto tivesse acontecido ele poderia ter morrido”, desabafa Maria Geralda Teixeira Andrade, que mora com quatro filhos e um neto na favela Itápolis.Por todos estes motivos os moradores alegam que precisam com urgência da rede de esgoto.“Se o Daerp realmente entrar com o material a gente vai cavar os buracos e fazer a rede de esgoto porque é a nossa maior necessidade”, afirma Lucineide.

06 de junho de 2005

Reurbanização na Baixada.

foto: PC Falseti/A CIDADEArquitetos, engenheiros, fotógrafos, artistas plásticos e outros interessados terão a oportunidade de participar com sugestões e projetos para a reurbanização da avenida Jerônimo Gonçalves. Os organizadores fizeram na tarde de quarta-feira a primeira reunião para dar início ao trabalho, que terá duração de um ano. A intenção é entregar os projetos em junho do ano que vem, quando a cidade comemora 150 anos.Segundo Onésimo de Carvalho Lima, presidente do núcleo de Ribeirão Preto do IAB (Instituto dos Arquitetos do Brasil), um dos parceiros do trabalho, a pretensão é que sejam formados de cinco a seis grupos de trabalhos para a discussão de idéias e projetos voltados para o local, um dos primeiros da cidade a receber urbanização.A avenida foi a escolhida justamente por ter sido o local onde a cidade primeiro se desenvolveu, com a estrada de ferro e suas pontes, ligando o que na época poderia ser considerado duas cidades, a Vila Tibério e o Centro da cidade. Estava ali, às margens do ribeirão Preto a demonstração de pujança econômica da cidade. O projeto se propõe a trabalhar não apenas a reurbanização do local, mas resgatar a história do local ao longo destes 150 anos.Local de enchentes que mereceram e merecem muitas discussões, a Jerônimo Gonçalves tem também muita beleza emprestada por suas palmeiras imperiais e suas largas calçadas em alguns pontos. O projeto “Ribeirão Preto 149 / 150 anos” leva em consideração o valor histórico da avenida. “A memória, elemento fundamental na formação da identidade cultural individual e coletiva deve ser valorizada e preservada; no contexto de uma sociedade, esta preservação não significa seu atrelamento ao passado e um impeditivo ao seu desenvolvimento, mas sim a conservação de seus pilares constituintes a fim de não perder conhecimentos e identidades”, registra o documento de apresentação do projeto.“À medida em que os avanços da tecnologia se instauram e com eles novos paradigmas, valores e linguagens, é quase que inevitável uma ruptura com o passado. Com isto o homem perde seus parâmetros culturais, esquece suas tradições e rompe com suas raízes, ficando alienado da realidade”, prossegue a justificativa.“O projeto ora proposto pretende ser o start para futuras discussões sobre o resgate da memória patrimonial e cultural de nossa cidade, assim como seus baluartes e precursores, mostrando à população atual que a história é composta de acontecimentos e personagens que não podem ser esquecidos, sob pena da perda de identidade”.Sobre os 150 anos de vida da cidade, o documento aponta: “talvez este seja este o momento de refletir sobre nossa história, sobre o que se tem feito para protegê-la, e aos nossos bens patrimoniais.ObjetivosOs parceiros no projeto estabeleceram alguns objetivos a serem perseguidos com o trabalho. São eles:• homenagear a cidade e seus habitantes com uma programação diversificada, que atenda a vários setores da comunidade;• refletir sobre a nossa realidade• estabelecer um paralelo sobre o passado e o presente, através de depoimentos de moradores, historiadores e pesquisadores• propor ações que tenham em seu conteúdo, o caráter educacional e de mudanças sócio-comportamentais;O trabalho tem como parceiros o Centro de Convenções Ribeirão Preto, a Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, da USP (Universidade de São Paulo), o IAB (Instituto de Arquitetos do Brasil) - Núcleo Ribeirão Preto, Marp (Museu de Arte de Ribeirão Preto), MIS (Museu da Imagem e do Som de Ribeirão Preto), Prefeitura Municipal de Ribeirão Preto, Secretaria Municipal da Cultura e Sesc (Serviço Social do Comércio) Ribeirão Preto.ProgramaçãoDia 03/06Avenida Jerônimo Gonçalves/Intervenções Urbanas – Apresentação dos objetivos do workshop e da problemática do objeto de intervenção/IAB - Instituto de Arquitetos do Brasil, Núcleo Ribeirão Preto.Local: Auditório do SESC Ribeirão Preto, às 18h30. Rua Tibiriçá, 50, Ribeirão Preto-SP. Informações no IAB (16) 620- 0571.Dia 15/06Sala de Exposições - instalação Jerônimo com a General / Arquitetos Adriano Canas, Onésimo Carvalho e Rita Fantini. Exposição do workshop Avenida Jerônimo Gonçalves / Intervenções Urbanas.No SESC Ribeirão Preto, coquetel de abertura às 21h. Rua Tibiriçá, 50, Ribeirão Preto-SP. Visitação de terça a sexta-feira, das 13h às 18h e das 19h às 21h30; sábados, domingos e feriados, das 9h às 12h horas e das 13h às 17h30. Permanência até 30/06/05. Informações no SESC Ribeirão Preto (16) 3977-4477.Dia 18/06Avenida Jerônimo Gonçalves/Intervenções Urbanas – Apresentação das propostas de Intervenção/IAB - Instituto de Arquitetos do Brasil, Núcleo Ribeirão Preto.Módulo I, às 9h30Módulo II, às 14hConferência de encerramento “Leitura da Cidade Contemporânea”, com o arquiteto Milton Esteves Júnior, às 16hMediação Onésimo Carvalho. Auditório do SESC Ribeirão Preto. Evento gratuito, aberto a interessados. Informações SESC Ribeirão Preto (16) 3977-4477 e IAB 620-0571UFSCar indica normas e procedimentos para melhorar construçõesO fenômeno de retração em alvenarias de blocos de concreto é um problema enfrentado freqüentemente na construção civil, podendo causar fissuras nas paredes quando não devidamente compreendido. “A retração sempre existe em blocos de concreto. É preciso controlar esse processo na fabricação do produto”, explica o professor do Laboratório de Sistemas Estruturais do DECiv (Departamento de Engenharia Civil) da UFSCar (Universidade Federal de São Carlos), Guilherme Aris Parsekian. Assim sendo, um projeto de pesquisa orientado por ele, realizado em parceria com a ABCP (Associação Brasileira de Cimento Portland), com apoio da Fapesp e Capes, cujo nome é “Avaliação Experimental do Fenômeno de Retração em Alvenaria de Blocos de Concreto”, avaliou, junto a pequenos e grandes fabricantes de blocos, cuidados a serem tomados na produção dos blocos e na obra que poderiam resultar em uma melhor qualidade do produto final.O pesquisador afirma que foram avaliados, através de ensaios, procedimentos de cura e estocagem dos blocos após sua fabricação que podem afetar a retração levando a um maior ou menor potencial de aparecimento de fissuras. O produto final das empresas de maior porte com cuidadoso processo de fabricação, segundo ele, apresenta um melhor resultado. “Em empresas de pequeno porte, quando a cura não é bem feita por exemplo, deve-se estocar os blocos em um período de tempo maior para evitar que o processo de retração ocorra quando o bloco já está na construção”, afirma.As análises revelaram, entre outras adequações das normas existentes, que um período bom para a secagem dos blocos de forma a reduzir a retração quando na parede, é de 21 dias, quando a cura não é adequada, ou seja, sem o uso de câmaras a vapor. “No entanto, é comum esse período ser reduzido para menos de uma semana nas construções, sendo essa a causa de muitas fissuras”. As alterações sugeridas pelo projeto de pesquisa foram encaminhadas para os comitês de normas nacionais de construção civil, e tem o objetivo principal o aprimoramento da qualidade dos blocos e das técnicas construtivas.LajesO Laboratório de Sistemas Estruturais do DECiv também está desenvolvendo um projeto de pesquisa, coordenado pelo professor Roberto Chust Carvalho, que visa determinar quanto uma laje pré-moldada deforma (quanto a laje “sela” no jargão de obra) ao longo do tempo. Para tanto, foram construídas lajes com determinadas características em laboratório, submetidas a um peso estável por um longo período, sendo monitorado o quanto à deformação vai aumentando ao longo dos anos. Segundo Parsekian, todas essas pesquisas buscam um melhor entendimento de produtos e elementos construtivos, e através desse entendimento melhorar a qualidade das obras.

06 de junho de 2005

Jardins, flores e gramados no inverno*.

No Brasil, quando falamos em inverno a imagem que criamos é muito mais agradável do que uma paisagem coberta de neve, árvores com galhos secos e desfolhados e ausência completa de flores. Com os devidos cuidados, as plantas dos jardins e dos vasos podem resistir bem aos efeitos do frio, chegando bonitas e sadias na primavera. Além disso, muitas espécies enfeitam e colorem nosso inverno, pois florescem nesta época. As plantas de interior devem ter suas regas reduzidas. Nesta época do ano, com a redução do calor, diminui também a necessidade de água nas plantas. Todo o excesso de umidade acaba sendo convertido em problemas: apodrecimento das raízes, proliferação de fungos e insetos sugadores, etc. Quanto às adubações, são recomendadas apenas para as plantas que se desenvolvem e florescem no inverno. Árvores, arbustos e cercas-vivas podem ser podados nesta época, desde que não estejam florindo. O período também é bom para fazer o transplante de trepadeiras, arbustos e árvores que estiverem em seu período de dormência. Em julho e agosto, as roseiras devem ser podadas e adubadas com adubo orgânico. É a chamada poda anual das roseiras. A sabedoria popular afirma, que o período mais propício para a poda, é a lua minguante, quando o fluxo de energia da planta se volta para as raízes (na dúvida, não custa tentar). Em regiões mais frias, é recomendável aguardar a passagem das geadas sendo, portanto, o final do inverno o período mais indicado. Já nas regiões mais quentes, onde as geadas são quase raras, a poda pode ser feita no mês de julho. De qualquer forma, é importante saber que as podas são muito importantes para as roseiras, para incentivar o surgimento de novos brotos e aumentar a floração. E atenção: o corte deve ser feito em diagonal, sempre 1 cm acima da gema mais próxima. E ainda falando sobre as roseiras, por ocasião da poda recomenda-se uma adubação, aplicando a seguinte mistura: 20 litros de esterco curtido ou composto orgânico, 200 g de farinha de osso e 100 g de torta de mamona. Espalhe a mistura em volta das plantas e incorpórea ao solo.GramadosUm capítulo à parte. Muita gente fica preocupada com o gramado durante o inverno e, às vezes, exagera nos cuidados. Nos meses frios, a grama merece realmente alguns cuidados: limpeza, aeração e cobertura, mas sem dramas! 1. Limpeza: Deve começar com a retirada das ervas daninhas, de preferência manualmente para que sejam extirpadas as raízes. Depois disso, a grama pode ser aparada. 2. Aeração: Após o corte, é recomendável recolher o excesso de aparas, pois durante o inverno é preciso garantir a aeração do gramado. Retire os restos do corte com um ancinho ou uma vassoura de arame, a tarefa vai melhorar a aeração e a luminosidade e, ainda, diminuir a temperatura e umidade junto à grama, fatores que facilitam o surgimento de doenças. Outra medida que contribui para aumentar a circulação de ar entre as raízes da grama é fazer perfurações finas e profundas no solo, manualmente, usando uma ferramenta apropriada. É preciso, entretanto, tomar cuidado para não perfurar e danificar demais as folhas. 3. Cobertura: Em algumas regiões onde o inverno não é muito rigoroso, costuma-se dispensar a cobertura do gramado. Entretanto a prática não é indicada apenas como proteção contra o frio e geadas. A cobertura com terra vegetal incorpora ao solo alguns nutrientes e também ajuda a nivelar o gramado, cobrindo eventuais buracos. Não é preciso adicionar adubo à terra, nesta época a grama está em estado de repouso e a adubação não será bem aproveitada. Também não é preciso “soterrar’ a grama: uma camada de no máximo 1 cm de altura é suficiente para cumprir a função. Caso o gramado apresente falhas, aproveite para corrigi-Ias antes da cobertura, completando as áreas com pedaços de placas de grama da mesma espécie. Após a cobertura, regue o gramado para ajudar a incorporar a terra.

06 de junho de 2005

Prédios começam a adotar corte de gás.

Para gerar economia de 15% a 20% em despesas do condomínio, os síndicos optam não só pela instalação de medidores individuais de água mas também de gás.No caso deste insumo, o equipamento é usado para reduzir a inadimplência e uma distribuidora (que pediu para não ser identificada) corta o fornecimento de quem não paga a conta. O corte de água não pode ser legalmente adotado, mas o de gás sim.Em um ano e meio, esse sistema, que custa cerca de R$ 750 por apartamento, foi colocado em cerca de 20 condomínios da cidade, segundo a Blockar do Brasil, que faz a instalação. Mas a distribuidora de gás quer implantá-lo em mais 300 nos próximos dois anos. A conta é enviada individualmente para cada morador.O condomínio do gerente comercial Marcos Jordão, 39, recebeu o medidor individual de gás há pouco mais de um ano. O sistema fez com que a inadimplência caísse de cinco apartamentos para um. "Quem tem o imóvel fechado e não consume me agradeceu, e quem não paga fica sem gás."O custo de um sistema de medição individual de água ou de gás ainda assusta compradores e sua instalação só é viável em edifícios novos, que tenham até sete anos.As maiores administradoras identificam crescimento na procura. "Em 2004, foi colocado em 12 dos 280 condomínios que administramos", diz Nathalie Gretillat, 28, gerente ambiental da Hubert. Mas nem todo pedido de orçamento se transforma em implantação. "Muitos síndicos pedem, mas depois percebem que o valor é mais alto do que imaginavam ", conta Gretillat."Não é todo prédio que pode bancar o equipamento, mas percebemos que os condomínios de classes B e C começaram a instalá-lo neste ano, o que não acontecia. Só era pedido pela classe A."Economia de 18%A instalação de medidores individuais de água está condicionada à estrutura do edifício. "A média de custo, por apartamento, é de R$ 300 a R$ 500", dimensiona Luís Ramalho, 35, diretor da administradora Itambé.A economia chega a 35% no consumo de água e a 18% no de gás. Segundo administradoras, moradores racionalizam o consumo quando cada um passa a pagar pelo que usa. Em prédios antigos, o sistema se torna inviável porque há muitas prumadas por onde passa água, o que exigiria a instalação de medidores em cada uma delas. "O custo seria proibitivo", diz Patrícia Rodrigues, diretora da Blockar do Brasil.Há dois tipos de sistema disponíveis. O mais simples custa de R$ 300 a R$ 500 e o zelador ou porteiro percorre todo o condomínio para anotar o consumo de cada apartamento. O mais moderno faz o rateio automaticamente, e os dados são transmitidos por rede de telefonia celular."O consumo de um determinado morador pode ser medido a qualquer momento", explica Domingos Iorio, 51, diretor de marketing e produto da CAS Tecnologia, que desenvolveu o sistema. Com a instalação de uma válvula chamada solenóide, ele interrompe o fornecimento de gás para os inadimplentes.

06 de junho de 2005

Prefeitura engaveta decreto de loteamento.

Folhapress) - Pressionada pelo Ministério Público Estadual, a Prefeitura de Ribeirão engavetou, temporariamente, os decretos que permitem fechar ruas e loteamentos com base em lei criada pelo ex-prefeito Gilberto Maggioni (PT). Os primeiros decretos, que beneficiam cinco loteamentos e uma rua de Ribeirão, estavam prontos para serem publicados no “Diário Oficial” quando a Promotoria de Justiça da Cidadania enviou ofício pedindo à prefeitura que segurasse os decretos. O Ministério Público decidiu interromper o processo porque investiga se Maggioni se beneficiou da criação da lei. O ex-prefeito é proprietário de dois terrenos no Royal Park, loteamento de alto padrão em Bonfim Paulista, um dos beneficiários da lei. Conforme denúncia revelada com exclusividade pela Folha de S.Paulo em 8 de maio, o ex-prefeito começou as obras de uma casa no residencial quatro meses antes de propor a lei. O petista foi ouvido ontem no Ministério Público sobre o caso. A publicação dos decretos é o último passo para tornar legais, aos olhos do município, esses empreendimentos. Além do Royal Park, pediram o fechamento o loteamento Itanhangá, onde mora o presidente da Câmara, Cícero Gomes da Silva (PMDB), dois trechos do residencial Aliança Sul, o Jardim Botânico e a rua Inácio Ferreira. Os empreendimentos argumentam que a falta de segurança é o principal motivo para o fechamento. “O promotor pediu [para analisar]. Então não vamos tirar o direito dele, como promotor da Cidadania, de estudar”, afirmou o secretário de Governo, Rogélio Genari. Ele disse não crer que Maggioni tenha criado a lei em favorecimento próprio. De acordo com Genari, aguardar a Promotoria não significa que a prefeitura tenha de acatar um eventual pedido para barrar os decretos. A lei é considerada constitucional e não há impedimento a sua execução, segundo o secretário de Governo. Nesse caso, se o Ministério Público pretender pôr fim a decretos do tipo, terá de propor uma ação na Justiça. A Promotoria de Habitação sustenta que, diferentemente de condomínios, loteamentos contêm áreas públicas e, por isso, não podem ser fechados.O promotor Antonio Alberto Machado chegou a propor ação na Justiça pedindo a derrubada dos muros existentes no Royal Park, mas ainda não houve sentença.

02 de junho de 2005

Rumo ao Centro.

Ferraz Jr. foto: F.L.Piton/A CIDADEO movimento ainda é discreto mas existe. Aos poucos, profissionais liberais começam a escolher o centro da cidade para estabelecer seus negócios. Algumas imobiliárias ainda não sentem esse refluxo, mas há quem aposte numa lenta recuperação do centro como um novo foco de prestação de serviços para médicos e advogados, por exemplo.O presidente da regional da Ordem dos Advogados do Brasil – OAB, Jorge Marcos Souza, é o mais novo integrante dessa turma que vê na região central da cidade uma boa oportunidade para aumentar a demanda de clientes. “A maioria dos meus clientes são de trabalhadores, por isso o centro da cidade é uma boa opção. É verdade que fico longe do Fórum, mas é um problema meu. Se eu me estabelecesse perto do Fórum, o problema seria dos meus clientes.”Há 15 dias, o advogado voltou para o conjunto de 100 metros quadrados que possui em um edifício no centro da cidade, que inclui seis salas. Ele ocupou o espaço até 2000 quando resolveu mudar o escritório para os Campos Elísíos, onde alugou uma casa espaçosa por R$ 500 mensais.Agora decidiu retornar. Ele aposta na localização para aumentar sua carteira de clientes, mas confessa que a questão do custo pela localização também pesou na decisão.A questão do custo para instalação do consultório também levou a dermatologista Silvia Derenzo a optar pelo investimento no centro da cidade.Ela atendia em uma sala alugada numa clínica instalada na Bernardino de Campos, em Higienópolis. Pagava R$ 300 e quando decidiu ter o próprio consultório fez pesquisa de mercado.Descobriu que em uma área nobre, perto do RibeirãoShopping, por exemplo, um conjunto comercial custa o dobro e com metragem menor do que a área que optou por comprar no centro da cidade.Instalada num conjunto que tem três salas e dois banheiros, ela investiu R$ 45 mil na compra e reforma do atual consultório.“A relação custo-benefício é muito melhor. O edifício é bom, tem porteiro 24 horas e circuito de tv nos corredores que dá uma segurança muito boa”.No mesmo prédio, o dentista Tabajara Sabbag Fonseca instalou seu consultório. Além da questão do preço tem também a facilidade de acesso dos clientes. “A região central tem muitos estacionamentos, o que permite o acesso de pessoas de todas as camadas sociais, que usam carro ou ônibus. Para nós, isso é muito bom”.A problemática do estacionamento é uma das principais questões que pesam na hora de escolher um ponto para montar um escritório ou consultório, na opinião de José Luiz Zanato, diretor da Magna Imóveis. Há nove anos, a própria imobiliária, instalada nas esquinas das ruas Florêncio de Abreu com a Barão do Amazonas, resolveu subir para a Barão, na altura do número 1562, em pleno Boulevard.“Nossos clientes simplesmente não conseguiam estacionar o carro e viemos para uma área em que eles param tranqüilamente”. Hoje, ele reconhece que o êxodo que ocorreu desde meados da década de 90 começa a reverter. “Ofertas no calçadão ainda estão caras. Nas ruas adjacentes, é possível encontrar imóveis a preços acessíveis”.Walter Roberto Maria, diretor da Dínamo Imóveis concorda. Segundo estimativa dele, no calçadão, o metro quadrado para compra custa em média de R$ 2 a R$ 3 mil. Fora do calçadão, mas no centro da cidade, o preço cai para algo em torno de R$ 600 a R$ 800 e no Boulevard, algo em torno de R$ 1 mil. “Naturalmente que o preço varia em função do que está construído sobre esse terreno”.

02 de junho de 2005

Microcâmera e controle remoto anticlonagem "invadem" prédios.

Em tempos de arrastão, a Exposeg 2005 (Feira Internacional de Segurança), que começa na próxima terça-feira, apresenta soluções para proteger condomínios.Alguns dos itens se adaptaram para o novo filão, como as microcâmeras sem fio da Missão Impossível (0/xx/11/3333-3911). Comuns em lapelas de detetives, agora são escondidas em lâmpadas de emergência ou até mesmo no corpo do porteiro. Uma de 1,5 cm2, com transmissor e receptor, custa cerca de R$ 3.000.A Linear-HCS (0/xx/11/4226-3535) mostrará um controle remoto que não pode ser clonado: o sistema modifica os códigos do aparelho a cada acionamento. Instalado, custa R$ 1.000 (e R$ 35 por controle). O receptor toca um "bip" a cada 15 minutos, para acordar porteiros dorminhocos.

30 de maio de 2005

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