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Achei que me convinha mais correr perigo com o que era justo, que, por medo da morte e do cárcere, concordar com o injusto.

25 de abril de 2011

Sem mão de obra, construção recruta até morador de rua

Albergues de Ribeirão e Rio Preto são procurados por empresas, que buscam recrutar pedreiros e serventes. Segundo empresário, dos 150 funcionários de sua empreiteira, 60% são do Cetrem; para ele, recrutamento é filão. A falta de mão de obra na construção civil tem levado as empresas a procurarem operários em albergues noturnos e centros de migrantes, frequentados principalmente por moradores de rua. Com a escassez de trabalhadores, cerca de 20 empresas já procuraram a Cetrem (Central de Triagem e Encaminhamento ao Migrante de Ribeirão). Em São José do Rio Preto, acontece o mesmo. O empresário Denis da Silva Gonçalves, que terceiriza mão de obra para construtoras de São Paulo, Taboão da Serra e Ribeirão Preto, afirma que 60% dos 150 funcionários de sua empresa são recrutados nesses locais. Ele diz que passou a fazer esse recrutamento há três meses, depois que ficou sabendo que havia muita gente qualificada em albergues. Segundo ele, algumas empresas têm atraído nos últimos anos mão de obra de outros Estados e, ao fim do serviço, esses funcionários optam por ficar na cidade em busca de novos empregos. "Foi assim que descobrimos esse filão nos albergues", afirmou Gonçalves. A assistente social do Cetrem, Ana Luiza Gouveia, disse que 90% das pessoas que chegam ao alojamento são encaminhadas para a construção civil. "São cerca de 90 pessoas por mês em média para as obras", contou. RAPIDEZ O servente de pedreiro Jaílson Rodrigues de Castro, 20, veio de Uberlândia (Minas Gerais) para Ribeirão Preto para tentar conseguir uma vaga na construção civil. Antes mesmo de procurar as empresas que terceirizam a mão de obra, acabou recrutado no próprio albergue. "Melhor porque, na verdade, eu tinha vergonha de dizer que residia em um albergue por temer preconceito." Hoje ele atua como servente de pedreiro em uma obra no conjunto habitacional Paulo Gomes Romeu e projeta retornar à sua cidade após o término da obra. Seu colega Delton Sales Barbosa, 24, também veio de Uberlândia acompanhado pela mulher, que está grávida de quatro meses. Ele continua morando no alojamento da Cetrem, mas foi informado de que a empresa está procurando uma casa de aluguel para o casal. A coordenadora da Cetrem, Cleide Cerqueira Mantovani, 44, vê essa procura com otimismo. "Eles recuperam a cidadania e ganham autoestima", conta. Em São José do Rio Preto, a psicóloga Soraia Sanches, da Fundação Riopretense de Assistência Social, conta que uma construtora procurou o albergue da entidade e selecionou dez pessoas em busca de mão de obra. "Mas, em geral, nem dá tempo para isso, pois todas as pessoas que procuram vagas na construção civil conseguem emprego na mesma hora", afirma. Veja Mais

25 de abril de 2011

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Achei que me convinha mais correr perigo com o que era justo, que, por medo da morte e do cárcere, concordar com o injusto.

25 de abril de 2011

Justiça já dá parecer favorável a vítimas de atrasos

Em abril, a Justiça de São Paulo condenou duas construtoras a ressarcirem clientes por não entregarem os imóveis no prazo. Casado e com dois filhos, Marcos, de 41 anos, decidiu em 2008 que estava na hora de deixar a casa da mãe. Para apartar as brigas entre nora e sogra, comprou um apartamento em outro bairro de São Paulo e fez planos para se mudar em novembro do ano seguinte. Mas o projeto de apaziguar a família teve de ser adiado pelo boom imobiliário, do qual Marcos, a mulher e os filhos acabaram virando vítimas. Por problemas de gestão, falta de mão de obra e de materiais, o imóvel comprado por ele está com previsão de entrega para setembro de 2011: quase dois anos de atraso. Há duas semanas, a Justiça decidiu, em primeira instância, que o caso de Marcos merecia uma reparação e determinou que a incorporadora Ecoesfera, responsável pela obra, pagasse a ele uma indenização por danos morais e materiais, equivalente a mais de R$ 100 mil. A decisão é uma das primeiras a beneficiar as vítimas do chamado boom imobiliário. Na sentença, o juiz Carlos Eduardo Borges Fantacini exige da incorporadora o pagamento de 0,84% do valor do imóvel (R$ 213 mil) por mês de atraso até a entrega das chaves. A multa começa a valer em novembro de 2009, quando o empreendimento deveria ter sido concluído. Com isso, o juiz desconsiderou o prazo de seis meses garantido em contrato às construtoras para eventuais atrasos. "Apesar de estar previsto contratualmente, o atraso é incompreensível e inaceitável. Por isso, a Justiça ignorou o prazo de carência que resguarda a construtora", afirma Maria Inês Dolci, coordenadora institucional do Pro Teste. Ela aconselha os consumidores a tomarem providências judiciais assim que os 180 dias expirarem. "O comprador fica com a esperança de que o imóvel será entregue no mês seguinte e quando percebe já se passou mais de um ano", alerta. Transtornos. No caso de Marcos, como compensação pelos danos morais, o juiz determinou que 20% do valor do imóvel sejam abatidos do saldo devedor. "Estamos satisfeitos com a decisão, mas o transtorno não tem preço", diz Marcos. Esse é um nome fictício porque o cliente beneficiado pela ação pediu para não ser identificado com medo de represália por parte de consumidores que também estão esperando pelo imóvel. Segundo ele, alguns compradores temem que a incorporadora vá a falência caso os atrasos sejam divulgados. "Mas todos estamos vivendo um absurdo. Na esperança de me mudar este ano, matriculei meus filhos numa escola mais próxima da nova casa: além de a mensalidade ser mais cara, continuamos longe da escola e gastando com deslocamento." Em outra decisão, também de duas semanas atrás, a juíza Adriana Porto Mendes, condenou a construtora MVG, de Guarulhos, a indenizar em R$ 45 mil, um dos clientes que ainda espera para entrar no apartamento que deveria ter ficado pronto em dezembro de 2009. "Alguns dos moradores se mudaram em fevereiro, mas só vou quando tudo estiver no lugar", diz o cliente beneficiado pela Justiça, que também pediu para não ser identificado. "Eles estão vivendo numa obra e não num condomínio." Procurada, a MVG não retornou às ligações da reportagem e a Ecoesfera informou, por e-mail, que "os contratos, na sua quase totalidade, foram renegociados com sucesso e todos os clientes informados do novo cronograma de entrega". Decisões. Também chama a atenção outra manifestação recente da Justiça feita pelo juiz Danilo Mansoni Barioni, da 3.ª Vara Cível de São Paulo, num despacho anterior a uma sentença contra a Gafisa. Em resposta à defesa da construtora, que se compromete apenas a antecipar a vistoria das unidades, o juiz escreveu: "Noutras palavras, a ré diz que descumpriu o contrato, e para atenuar os transtornos decorrentes do descumprimento, vai tomar medidas que visem a atrasar um pouco menos. Seria cômico se não fosse triste". Para o advogado Marcelo Eduardo Tapai, que se dedica a ações de consumidores contra empresas do mercado imobiliário, as decisões são um sinal de como o judiciário está vendo os atrasos generalizados. "São três pareceres diferentes, de juízes diferentes, em fóruns diferentes, mas que demonstram uma harmonia da Justiça em torno dessa questão." É justamente para evitar esses desgastes que as empresas estão estendendo os prazos das obras. Até o início da década de 90, o período de espera superava 48 meses, porque o caixa dependia da parcela dos clientes. Após o Plano Real, o prazo foi sendo reduzido até atingir, em 2001, ciclos inferiores a 24 meses. Agora, mesmo com tecnologias mais avançadas de construção, os atrasos obrigaram as incorporadoras a colocar o pé no freio. Multa R$ 100 mil foi o valor de uma das indenizações por danos morais e materiais. A Justiça ignorou o prazo de 180 dias em que as construtoras podem atrasar Veja Mais

25 de abril de 2011

Prazo mais longo provoca aumento de preço

Naquela pequena reforma da casa já é assim: quanto mais tempo leva, mais cara fica. Na construção civil, a lógica não poderia ser outra. A dilatação dos prazos de entrega das chaves vai se refletir, necessariamente, no custo das obras e, como consequência, no preço dos imóveis. "Obras mais lentas consomem mais custos fixos: é preciso pagar o engenheiro ou o pedreiro por mais tempo, por exemplo", explica João da Rocha Lima, pesquisador do Núcleo de Real Estate da USP. "Uma grua acaba ficando parada no canteiro. No fim, paga-se pela ineficiência das equipes e dos equipamentos." Ainda não é possível saber quanto a dilatação dos prazos pode impactar os preços dos imóveis, que já dispararam nos últimos anos. De acordo com o índice FipeZap, o valor do metro quadrado teve uma elevação de 82%, ao se comparar o mês de janeiro de 2008 a janeiro deste ano. Parte desse aumento é justificada pelo Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), que mede a inflação do setor. Os empresários reclamam, no entanto, que o indicador não reflete a realidade, por ignorar, entre outros fatores, o encarecimento dos terrenos e a "improdutividade" da mão de obra. A espera por documentação é outro argumento do setor. "Os cartórios e órgãos públicos não fizeram IPO (oferta inicial de ações)", justifica Eduardo Zaidan, diretor de economia do Sinduscon-SP, ao repetir uma frase dita à exaustão por empresários para justificar atrasos nas obras e aumento de custos. Uma pesquisa do Núcleo de Real Estate da USP mostra que, em alguns casos, o prazo para obter o licenciamento do empreendimento saltou de seis meses para até dois anos. "Um acréscimo de 12 meses nesse prazo, com o terreno estocado e pago, exige 12% a mais no preço para pagar a taxa de retorno do investimento", explica João da Rocha Lima. Desaquecimento. Os primeiros dados de 2011 mostram um mercado menos eufórico, o que poderia significar preços mais estáveis. A venda de imóveis novos na capital paulista recuou 34,6% em fevereiro deste ano em relação ao mesmo mês do ano passado, segundo levantamento feito pelo Secovi-SP. No setor e entre estudiosos do mercado imobiliário, a interpretação não é de que esses números indicam a iminência de uma crise de demanda. O que se afirma é que o crescimento vai continuar, mas será, a partir de agora, apenas orgânico. "No ano passado, tivemos uma explosão de vendas, porque a demanda natural se somou à demanda reprimida na época da crise", diz João da Rocha Lima. O setor, portanto, vive um dilema: ao mesmo tempo que se fala de uma acomodação dos preços, por causa de uma natural redução da demanda, as empresas imobiliárias têm se deparado com resultados que começam a preocupar. A margem Ebitda das companhias de capital aberto do setor caiu de 22% para 18% entre 2009 e 2010. "Os estouros de obra admitidos pela Cyrela e pela MRV no último balanço podem ser generalizados", disse um analista do setor. A busca por margens melhores e a pressão dos custos podem levar novamente os preços para cima. Na ponta, os corretores de imóveis veem os prazos maiores como um benefício para o consumidor, já que as parcelas seriam divididas em mais vezes. "As construtoras não estão mais vendendo produtos e sim formas de pagamento. Ao ampliar o prazo conseguem fazer com que as prestações fiquem mais acessíveis", diz Luiz Carlos Rechichian, conselheiro do Conselho Regional de Corretores de Imóveis (Creci-SP). GLOSSÁRIO Margem Ebitda É um indicador de rentabilidade que mostra o quanto variou o lucro antes do pagamento dos juros, impostos, depreciação e amortização. Veja Mais  

25 de abril de 2011

Procura por de imóveis cai 34% em fevereiro

No mês, foram vendidas 1.869 unidades em SP e no acumulado do bimestre a queda foi de 38,2% ante igual período de 2010. A venda de imóveis novos na capital paulista recuou 34,6% em fevereiro ante o mesmo período do ano anterior, passando de 2.858 para 1.869 imóveis, conforme pesquisa mensal do Sindicato das Empresas de Compra, Venda, Locação e Administração de Imóveis Comerciais de São Paulo (Secovi-SP). Em relação a janeiro, porém, houve expansão de 125,2%. Os números, segundo o Secovi, refletem a esperada retração sazonal que marca os primeiros meses do ano. Na região metropolitana, as vendas somaram 3.728 unidades em fevereiro, com queda de 31,7% ante o mesmo período do ano anterior e alta de 47,1% em relação a janeiro, Já os lançamentos na capital paulista aumentaram 76,5% no período em relação a um ano antes e 383% ante janeiro, somando 2.902 unidades. De acordo com Celso Petrucci, economista-chefe do Secovi-SP, as medidas para frear a aceleração do crescimento e as tentativas de conter a entrada de recursos externos para limitar indiretamente o crédito não atingiram o setor. De acordo com o Departamento de Economia e Estatística, responsável pela pesquisa, o indicador de Venda Sobre Oferta (VSO) acompanhou em fevereiro a evolução das vendas em unidades. Na comparação com igual período do ano anterior, o VSO médio da capital paulista desacelerou de 21,1% para 13,2%. Em janeiro, estava em 6,7%. Em fevereiro, 86,4% das vendas na capital foram realizadas durante a fase de lançamento. O segmento dois dormitórios se manteve na liderança, respondendo por 41,6% do total comercializado no período, seguido pelos imóveis de três dormitórios, com 32,3%. Das unidades negociadas, 89,1% tinham área útil de até 130m². Bimestre. No primeiro bimestre, as vendas na capital caíram 38,2% ante igual período do ano anterior, somando 2.699 unidades. Com isso, a velocidade de vendas desacelerou de 16,2% para 10%. Em nota, a entidade atribuiu a retração ao desempenho inexpressivo de janeiro e ao fato de fevereiro não ter repetido o desempenho do ano anterior. Segundo levantamento da Empresa Brasileira de Estudos de Patrimônio (Embraesp), foram lançadas 3.503 moradias na cidade no bimestre. O resultado representa um salto de 56,8% em relação a igual período do ano anterior e se deve ao volume considerável de imóveis lançados no mercado em fevereiro. Nos últimos 12 meses foram lançadas 38.573 unidades na capital paulista, mostrando acréscimo de 20% sobre os 12 meses anteriores. Na opinião de Petrucci, ainda é prematuro afirmar que o desaquecimento nas vendas no primeiro bimestre vai se consolidar nos próximos meses. Lançamentos 76,5% foi o aumento no número de lançamentos em São Paulo em relação a fevereiro de 2010 e 383% ante janeiro de 2011. Veja Mais  

19 de abril de 2011

"República" é opção para enfrentar preços altos

Os altos valores de aluguel têm incentivado a prática de dividir a moradia para economizar nas despesas. Nos Estados Unidos, é comum jovens saírem da casa dos pais para morar com outros estudantes. No Brasil, isso ocorre na maioria das vezes com pessoas que deixam suas cidades em busca de melhores oportunidades de trabalho ou de estudo em uma metrópole como São Paulo. Mas quem vai compartilhar um apartamento precisa tomar algumas precauções. "A responsabilidade civil e jurídica pelo uso do imóvel é sempre de quem assinou o contrato", destaca José Augusto Viana Neto, presidente do Creci-SP (conselho regional de corretores). Isso geralmente é feito por apenas um dos moradores. Os condomínios, porém, exigem uma lista de todos que irão habitar o imóvel. O fiador precisará também estar atento às regras. A nova Lei do Inquilinato permite que ele desista da incumbência após um ano de contrato; ainda assim, terá de esperar mais quatro meses para o total desligamento. Independentemente de quantas pessoas irão morar juntas, só é preciso um garantidor para assinar o documento. Quem não tem fiador, que é a única forma de garantia que não requer despesa financeira, pode repartir também os gastos das alternativas que são onerosas. Caso do seguro-fiança, que exige cadastro na seguradora e corresponde a um valor aproximado de um aluguel e meio por ano. Ou do depósito caução, que equivale à antecipação de três meses de aluguel. Outra possibilidade é garantir a locação com um título de capitalização cujo valor deve ser combinado entre locador e locatário. CONDOMÍNIO Há casos em que a divisão do aluguel de um imóvel fica em família. Vanessa Hamazaki, 29, designer gráfica, morava sozinha em um imóvel pequeno, longe do trabalho. Além disso, conta que não estava feliz com o bairro. "Mudei para um apartamento na Vila Guarani [distrito do Jabaquara] e, apesar de pagar R$ 400 a mais, hoje disponho de salão de festas, piscina, três dormitórios, uma cozinha grande e uma varanda", elenca. Vanessa divide o apartamento com a irmã. Além disso, aluga as duas vagas na garagem para economizar na despesa do condomínio. O valor dessa mensalidade, aliás, é uma das variáveis a serem levadas em conta ao escolher um imóvel para alugar. Em prédios mais novos, por exemplo, o condomínio pode ficar mais barato devido aos custos menores de manutenção. Em residenciais com muitos apartamentos, por sua vez, as despesas são rateadas por mais gente, o que reduz o valor a ser pago por cada unidade. Veja Mais  

19 de abril de 2011

Aluguéis inflacionados deslocam locatários em SP

Na cidade de São Paulo, a falta de imóveis para alugar inflaciona o mercado de locação (reajuste de 10,95% em abril pelo IGP-M, Índice Geral de Preços - Mercado) e faz locatários buscarem opções mais em conta em bairros menos valorizados, porém bem localizados. A carência é sobretudo de unidades de um e de dois dormitórios bem servidas por transporte público. "Há uma procura grande por bairros de fácil acesso ao metrô, como Vila Mariana, Bosque da Saúde, Vila Clementino e aqueles nas redondezas da estação Santa Cruz [todos na zona sul]", exemplifica Hilton Baptista, diretor de locação de imóveis residenciais do Secovi-SP (sindicato do setor imobiliário) e dono da PB Imóveis. Embora a maioria queira morar perto do trabalho, da escola dos filhos e de serviços e comércio, a saída para achar aluguéis mais em conta é relativizar a localização estratégica do imóvel. Uma alternativa é buscar regiões que, embora possuam boa infraestrutura de transporte, não são tão valorizadas pelo mercado imobiliário. É o caso dos distritos Liberdade, Santa Cecília e Consolação, no centro. "As pessoas querem morar na região da avenida Paulista, principalmente estudantes. Ali não há muitas oportunidades baratas, e o que existe já está alugado", observa a diretora comercial da Lello Imóveis, Roseli Hernandes. Ela cita a zona leste como outra boa opção. "Com a inauguração do metrô Vila Prudente, bairros próximos têm sido muito procurados." Veja Mais

19 de abril de 2011

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