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Preços de imóveis nos EUA são risco à recuperação global

Robert Shiller, Economista da Universidade de Yale: Economista, célebre por apontar irracionalidade dos mercados, também vê sintomas de Fernando Dantas - No momento em que banqueiros, empresários e ministros das Finanças dos mais diversos países respiram aliviados e garantem que o pior da crise já passou, o economista Robert Shiller, da Universidade Yale, mantém o tom cauteloso. Ele é uma voz muito respeitada, como pioneiro na contestação da ideia de que os mercados são necessariamente eficientes, e criador do principal índice de valorização do mercado residencial americano. Sua crença na influência do comportamento irracional nas oscilações de mercado ganharam força com o crash da bolsa americana em 1987. Em best sellers, como Exuberância Irracional, lançado em 2000, e trabalhos acadêmicos, Shiller identificou, antes do estouro, as bolhas do mercado de ações de empresas de internet e alta tecnologia e do mercado residencial americano. Agora, Shiller preocupa-se com os efeitos das novas quedas dos preços residenciais americanos na recuperação global. Ele também indicou que vê sintomas de bolha na badalação em torno dos Brics (Brasil, Rússia, Índia e China). Como o sr. vê a situação da economia global? Tem havido um renovado crescimento econômico em boa parte do mundo. A crise extrema ficou para trás, mas ainda há fatores problemáticos. Quais? Os preços dos imóveis, pelo menos nos Estados Unidos, ainda estão caindo. Não muito, é verdade, mas me parece que o nosso sentimento de otimismo foi danificado. É uma espécie de modismo, as atitudes em geral movem-se na mesma direção durante alguns anos. Em nossas pesquisas temos notado um declínio na crença dos compradores de residências de que casas são um bom investimento. Havia antes a percepção de que não há realmente nenhum risco nos investimentos residenciais. Agora, as pessoas parecem mais ariscas. Os preços de casas passam por longas tendências, que podem durar décadas. Tem um declínio hoje, com o pico tendo ocorrido há cinco anos. Não sei se essa tendência vai continuar. Essa é uma das incertezas. Essa tendência pode puxar a economia americana para baixo de novo? Sim, pode, porque parte do problema que nós estamos enfrentando é que tantos proprietários de casas estão abaixo da linha d"água - há estimativas de que pelo menos 15 milhões estejam nessa situação. É claro que quando a sua casa vale menos do que a hipoteca - o que quero dizer com abaixo da linha d"água - há incentivos para dar o calote. E haverá repercussões por meio de todo o sistema financeiro, se isso acontecer. Isso não era para ter derrubado a economia dos EUA de novo? Ela está crescendo, mas abaixo do potencial. O PIB real está no mesmo nível em que estava antes da recessão. O fato de estarmos substancialmente abaixo do potencial (de crescimento da economia) explica a alta taxa de desemprego. O que causa bolhas imobiliárias? As bolhas têm a sua própria dinâmica interna. Altas de preços geram entusiasmo dos investidores, geram histórias de uma "nova era". Tudo isso encoraja os investidores, e faz com que comece a proliferar a ideia de que casas são o melhor investimento, que são um investimento seguro, que seus preços nunca caem. Isso aconteceu nessa crise. As pessoas queriam comprar a maior casa que pudessem. E talvez comprar duas casas, três casas. Eu gosto de pensar em bolhas como um epidemiologista pensa na disseminação de uma doença. Como assim? Você olha para a recente epidemia de gripe, e ela parece uma bolha, vai crescendo em todos os países do mundo. É um simples contágio, como também acontece com as bolhas. Elas têm a ver com mudanças nas taxas de contágio das ideias. São como novos vírus, a formação de novas ideias. A história dos Brics, por exemplo. Os Brics são uma bolha? Bem, é um tipo de história de "nova era", não é? É um símbolo, certo? Alguém teve o insight de juntar o Brasil com a China, e isso deu um impulso. Todo mundo está maravilhado com a China, e pensar que o Brasil é parte da mesma história impulsiona os espíritos animais no Brasil. O sr. não investiria no Brasil? Não estou dizendo isso. Eu seria cauteloso. De fato, não estou investindo no Brasil no momento. Não gosto de investir em mercados muito valorizados. Veja Mais  

31 de janeiro de 2011

Contratos novos de aluguel sobem 13,4% em 2010; alta é recorde

A economia aquecida levou a reajustes mais altos dos aluguéis em 2010. Os contratos novos de locação residencial na capital paulista tiveram aumento médio de 13,4% no ano passado em relação aos valores negociados em 2009, a maior alta em um ano desde o início da série histórica do Secovi-SP (sindicato da habitação), em 2005. Em dezembro, o resultado também foi recorde para o mês, com elevação de 1,9% ante novembro. Entre os motivos apontados para a aceleração no ano está a procura superior à oferta. "Nos últimos dois anos, com o aquecimento da economia, o número de pessoas interessadas em alugar foi superior ao total de imóveis disponíveis, o que pressionou os preços. Ao mesmo tempo, o mercado precisava se recuperar dos anos anteriores, quando os valores estavam muito baixos", afirma Francisco Crestana, vice-presidente de gestão patrimonial e locação da entidade. Em relação à variação em dezembro, Crestana explica que fatores sazonais pressionam os preços neste período. "Há, por exemplo, uma busca maior para locação por causa da vinda de estudantes de universidades para a cidade com o início do período escolar no ano seguinte", detalha. Os dados dizem respeito apenas os contratos novos de locação. No caso daqueles em andamento e reajuste atrelado ao IGP-M (Índice Geral de Preços - Mercado), da FGV (Fundação Getulio Vargas), a elevação no ano passado foi de 11,32%. Para o vice-presidente de locação do Secovi, a expectativa é de que em 2011 a alta nos contratos novos passem a acompanhar mais de perto os índices de inflação. "A tendência agora é de equilíbrio porque há muitas facilidades para financiar a compra de imóveis, o que reduz a pressão sobre os aluguéis", explica. DETALHES No mês passado, as moradias de um dormitório foram as que tiveram maior alta no aluguel, de 3,5%, seguidas pelas de três dormitórios (1,3%) e de dois (0,8%). Em relação ao tipo de garantia, o fiador foi a mais utilizada, em metade dos contratos. O depósito foi usado por outros 30% e 20% optaram pelo seguro-fiança. O tempo de locação foi menor para os sobrados e casas, que levaram entre 12 e 28 dias. Já o IVL (Índice de Velocidade de Locação) dos apartamentos, que mede em número de dias quanto tempo demora um imóvel vago para estar locado, ficou entre 18 e 37 dias. Veja Mais  

31 de janeiro de 2011

Projeto extingue tributo sobre valorização por melhorias em imóveis

A Contribuição de Melhoria, tributo cobrado de donos de imóveis que são valorizados por obras públicas no entorno -como o asfaltamento de ruas e a reforma de calçadas-, pode deixar de existir na cidade de São Paulo. No ano passado, o prefeito Gilberto Kassab apresentou projeto de lei que prevê sua extinção, com a anistia de todos os que deixaram de pagá-lo. A proposta está em votação na Câmara Municipal, sem data para ser aprovada. A prefeitura, que desde 2009 não emite novas cobranças da contribuição, diz não poder informar o número de obras que ela financiou. Mas, segundo a Secretaria Municipal de Finanças, a arrecadação do tributo tem sido irrisória -R$ 5.000 em 2009; R$ 1.000 em 2010. Do lado de quem o paga, a percepção é diferente. Há reclamações sobre seu valor, que não deveria ultrapassar o da valorização do imóvel após as obras. A dificuldade ao cobrá-lo, dizem especialistas consultados pela Folha, é justamente comprovar essa valorização. Em Guarulhos (Grande SP), moradores se queixam das diferenças nos valores cobrados pela pavimentação de vias -de R$ 3.000 a R$ 24 mil, segundo o tamanho da frente de cada imóvel. "Na minha rua eles cobraram pela galeria e pela sarjeta, que já existem há 20 anos. Em outras ruas, o valor foi mais baixo", diz a dona de casa Josete da Silva, 27. Para uma Contribuição de Melhoria ser considerada legal, existem alguns requisitos a serem cumpridos. Os moradores, por exemplo, devem ser informados sobre o custo da obra e a forma de rateio entre os beneficiados . O problema é que essa notificação inicialmente só é feita por edital publicado no "Diário Oficial" e em jornal de circulação local. A notificação pessoal já chega com o carnê para pagamento. No bairro Jardim Álamo, em Guarulhos (Grande SP), os habitantes da rua José de Souza Abrantes contam que só descobriram o que essa contribuição significava depois que chegou a conta. A obra foi feita em 2007. Só em 2009 começaram a chegar os boletos. "Nós não vimos nem sequer uma placa com o valor do asfaltamento", reclama a servente Irani Vieira Cruz, 51. Os moradores pretendem mover uma ação para rever os valores. Eles se queixam de que foram cobradas obras de galerias e sarjetas que já existiam. O município já havia revogado a lei que institui a Contribuição de Melhoria, mas uma liminar da Justiça autorizou a sua aplicação. Segundo Paulo Henrique Batista, assessor da Câmara Municipal de Guarulhos, há um projeto de lei para novamente oficializar o tributo. Se aprovado, permitirá esse tipo de cobrança até nos casos de uma poda de árvore e da colocação de um poste de luz. Em razão das dificuldades técnicas de usar a Contribuição de Melhoria, algumas cidades têm lançado mão de outro expediente para viabilizar melhorias públicas. Trata-se do PCM (Plano Comunitário de Melhoria), adotado pela Prefeitura de Bauru (329 km a noroeste de São Paulo) para pavimentar ruas. Diferentemente de um tributo imposto pelo governo, o PCM é um contrato de adesão voluntária intermediada pela prefeitura, que escolhe uma empresa por licitação para executar obras rateadas entre beneficiados e município. Em Bauru, 75% do plano são pagos pelos moradores, e 25%, pela prefeitura. "Nas empresas, entendeu-se que o empresário podia ter esse ônus, valorizando seu imóvel. Houve casos em que a valorização foi de 30%", explica o secretário de Obras de Bauru, Eliseu Areco Neto. NEGOCIAÇÃO DIRETA Uma das vantagens do PCM frente à Contribuição de Melhoria é a negociação dos proprietários diretamente com a prestadora de serviço. "Há casos de parcelamento em 12 vezes no cartão", cita. Para as prefeituras, ele apresenta desvantagens: não permite uma execução fiscal como a contribuição -nela, se o morador não concorda com o valor, é obrigado a depositá-lo para só depois discuti-lo na Justiça. E, por o PCM ser optativo, pode fazer com que a prefeitura arque com os não pagantes, o que, para o professor da USP (Universidade de São Paulo) Eduardo de Lima Caldas, tem um motivo. "Quando o morador não assina, a prefeitura precisa gastar a diferença. Como as áreas centrais em geral são pavimentadas com o imposto de todo mundo, por que a periferia tem de pagar [um tributo extra]?", diz Veja Mais  

31 de janeiro de 2011

Falta de espaço trava expansão e eleva metro quadrado em SP

A expansão imobiliária na cidade de São Paulo, destino de boa parte dos investimentos aplicados na capital paulista, está ameaçada pela falta de espaço. Segundo o secretário municipal de Desenvolvimento Econômico e do Trabalho, Marcos Cintra, a zona leste de São Paulo é a única região com alguma folga para expansão imobiliária nos próximos anos. É a região escolhida para a construção do estádio do Corinthians, arena prometida para a abertura da Copa do Mundo, em 2014. "Para a região norte, temos os limites da serra da Cantareira. Na região sul, há limitações ambientais. Na oeste, não há mais espaços. A zona leste é a única, ainda, como alguma disponibilidade de área. É uma carência crônica a que vivemos", afirma Cintra. Segundo Fábio Pina, assessor econômico da Fecomercio, esse problema tem inflacionado o custo do metro quadrado em São Paulo e promovido a expulsão da indústria. O novo ciclo de investimento imobiliário tem transformado antigas áreas industriais, como a Vila Leopoldina, a Mooca e a Barra Funda, em espaços para projetos habitacionais e comerciais. DEFICIT Segundo Simone Santos, diretora de serviços corporativos da Herzog, uma das maiores imobiliárias do país, a cidade vive um deficit de novas ofertas para locação comercial. O ritmo da economia local é tão forte que o percentual de imóveis desocupados é um dos menores dos últimos anos. Segundo Simone, atualmente o índice de vacância dos imóveis, comerciais e industriais, é de apenas 5%. "O nível normal seria o dobro", diz. A situação começa a melhorar apenas em 2013, quando 600 mil metros quadrados serão ofertados no mercado. Folha Online - 25/01/2011 Veja Mais      

31 de janeiro de 2011

Mercado de locação comercial no Centro continua aquecido

Pesquisa constatou desaceleração em dezembro de 2010, mas não afetou o Centro da cidade. Comerciantes disputam os consumidores no Centro e praticamente não há imóveis vagos. O mercado de locação de imóveis comerciais em Ribeirão Preto se manteve em alta durante todo o ano passado. O setor só teve uma inflexão em dezembro, segundo levantamento do Instituto de Pesquisas Econômicas "Maurílio Biagi", da Associação Comercial e Industrial de Ribeirão Preto (Acirp). A desaceleração não afetou a região central. O instituto, porém, acredita que a desaceleração foi um episódio pontual, e que o ritmo de abertura de novas empresas voltará a crescer nesse início de 2011. Segundo o instituto, até novembro o mercado apresentou um saldo de em média 100 locações/mês - cerca de 150 imóveis comerciais alugados e 50 entregues. Em dezembro, o saldo foi menor, de 40 locações, diferença entre 80 imóveis alugados e 40 entregues.  O diretor do instituto, Antônio Vicente Golfeto, diz que a menor procura por imóveis comerciais, constatada nas mais diferentes regiões da cidade, só não foi observada no quadrilátero central, formado pelas avenidas Francisco Junqueira, Independência, Nove de Julho e Jerônimo Gonçalves, e no corredor comercial da avenida Dom Pedro I, no Ipiranga. Veja Mais

31 de janeiro de 2011

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É possível mudar nossas vidas e a atitude dos que nos cercam simplesmente mudando a nós mesmos.

24 de janeiro de 2011

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É possível mudar nossas vidas e a atitude dos que nos cercam simplesmente mudando a nós mesmos.

24 de janeiro de 2011

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É possível mudar nossas vidas e a atitude dos que nos cercam simplesmente mudando a nós mesmos.

24 de janeiro de 2011

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