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Notícias

Aluguel sofre reajuste de até 10,76%

Mas aumento do valor depende do tipo de índice empregado nos contratos de locação. A oferta de imóveis para locação é alta em Ribeirão Preto. Os contratos de aluguel com data-base neste mês e vencimento em janeiro terão reajustes entre 5,6% a 10,76%. A variação depende do índice empregado nos contratos. O aumento menor é para quem aluga pelo IPCA, medido pelo IBGE. Já o maior percentual cabe ao IGP, medido pela FGV. O IGP é o índice mais empregado pelas imobiliárias em Ribeirão. Por ele, um aluguel de R$ 1 mil subirá para R$ 1.107 a partir de janeiro. Se o índice for o IPCA, a locação hoje de R$ 1 mil irá para R$ 1.056 em janeiro. Média Segundo o Grupo Setorial das Imobiliárias (GSI), da Associação Comercial e Industrial (Acirp), na ausência de índice específico é preciso usar a média entre o INPC, calculado pelo IBGE, e o IGP, medido pela FGV.   Veja Mais  

15 de dezembro de 2010

Empresa fica isenta dos juros do ITBI

A ação foi impetrada contra a Fazenda Pública e o 2º Cartório de Registro de Imóveis, mas cabe recurso. Uma empresa do ramo  imobiliário conseguiu um mandado de segurança para isenção do pagamento de juros, multas e encargos incidentes sobre o Imposto Territorial Sobre Bens Imóveis (ITBI). A sentença da juíza de Direito auxiliar da 2ª Vara da Fazenda Pública, Lucilene Canella de Melo, é de 30 de novembro último. A ação foi impetrada contra a Fazenda Pública e o 2º Cartório de Registro de Imóveis. Cabe recurso. O ITBI prevê a cobrança de 2% sobre o valor venal do imóvel nas transações imobiliárias intervivos. O tributo é de competência municipal. Em Ribeirão Preto, a cobrança está disciplinada na lei municipal 5430/89. A empresa entrou na Justiça em 2009 porque tentou regularizar a transferência de um imóvel que pertencia ao patrimônio pessoal e foi incorporado a um CNPJ. Conforme o processo, a escritura foi lavrada em novembro de 1991 e o processo de transferência definitiva começou em 2008. Em setembro do ano passado foi recolhido o ITBI proporcional. A conta,  com os juros, foi de   R$ 230 mil. O valor do imposto já recolhido é de R$ 73 mil. Segundo a magistrada, a lei não deve considerar que a transmissão ocorra no momento da lavratura da escritura, mas quando se dá o registro. Para a advogada Juliana Siqueira Pinheiro, responsável pela ação, o registro é que é o fato gerador do ITBI. A reportagem procurou a responsável do 2º Cartório de Imóveis, Marilucia Carraro, mas ela não foi encontrada. A prefeitura foi contatada por meio da assessoria, mas não retornou. Veja Mais

15 de dezembro de 2010

Cresce a participação do brasileiro na compra do segundo imóvel

Mesmo com a crise financeira deflagrada em 2008 e a alta dos preços no mercado imobiliário, a participação do brasileiro na compra do segundo imóvel aumentou. Em contrapartida, a aquisição de unidades para primeira residência apresentou queda. Relatório do Ipea sobre os dados da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) do IBGE, mostra que, em relação ao segundo imóvel, que inclui terrenos, casas para veraneio e unidades para investimento, a pesquisa registrou participação de 2,41% em 2002/2003, e de 2,64%, em 2008/2009. Já o volume do primeiro imóvel adquirido caiu de 2,21% para 2,07%. Vale ressaltar que o aumento da aquisição de segundo imóvel é reflexo principalmente da compra de terrenos, que passou de 0,32% no período de 2002/2003 para 1,21% em 2008/2009. O relatório mostra ainda que há mais gente comprando o segundo imóvel que, efetivamente, a casa própria. Entre os períodos 2002/2003 e 2008/2009, em média, 2,5% dos proprietários de domicílios compraram unidades para investimento ou veraneio, percentual maior do que os que compraram o primeiro imóvel, que foi de aproximadamente 2,1%. “A maior parte das pessoas que investe no segundo imóvel, de acordo com os dados da pesquisa, está entre os 25% mais ricos, ou seja, com renda acima de R$ 3 mil. Desse percentual, 17% têm renda mensal acima de R$ 9 mil”, explica. O proprietário da imobiliária Labanca, em Itaipava, Marcos Labanca, explica que a expansão do crédito imobiliário e a liberação do uso do FGTS para compra financiada do imóvel contribuem para a confirmação desta tendência. “Recentemente, nós vendemos, em apenas 15 dias, 60 apartamentos, com valores entre R$ 220 mil e R$ 350 mil, sendo 80% deles adquiridos por investidores. Isso nunca tinha acontecido em Itaipava. A alta dos preços dos imóveis não interferiu nessa procura”, diz Labanca. O Ipea também revelou que os gastos com aluguel pesam mais no orçamento das famílias do que as despesas com financiamento do imóvel. Pelo estudo, a despesa dos mutuários com financiamento consome 6,66% da sua renda. Já o gasto com aluguel compromete 12,14% da renda de quem tem esse custo no orçamento.  Veja Mais    

07 de dezembro de 2010

Construtoras viram montadoras de imóveis

Para sobreviver no mercado imobiliário de baixa renda e driblar a falta de mão de obra, as construtoras brasileiras tiveram de revolucionar sua estratégia: estão mais próximas do setor automotivo do que da construção civil tradicional. Em alguns canteiros de obra, os pedreiros deram lugar a montadores de apartamentos, capazes de erguer uma unidade em menos de 24 horas. Condomínios que levavam 18 meses para serem entregues, agora, ficam prontos em menos de dez. Em vez de pá e argamassa, esses operários carregam placas de alumínio, que são encaixadas e preenchidas com concreto. Ou montam lajes e paredes pré fabricadas como se fossem peças de lego. Já existe até banheiro pronto: com revestimento, chuveiro, pia, espelho ? o ambiente chega completo, com a ajuda de um guindaste, dentro do imóvel. Os canteiros também estão mecanizados. Até outubro deste ano foram vendidos 17 mil equipamentos para a construção civil. No ano passado inteiro foram 13 mil. As tecnologias são diversas, mas todas têm objetivos comuns: padronizar para ganhar escala e reduzir custos. As novas técnicas começaram a ser estudadas em 2007, quando as grandes empresas do setor reforçaram o caixa com a abertura de capital. Elas já previam que não seria fácil acompanhar o ritmo da construção civil no Brasil com as mesmas práticas. Veio a crise no ano seguinte e os projetos ficaram engavetados. Agora, em 2010, eles deixaram o “plano piloto” para serem empregados de fato nos canteiros de obra. “É produção em série mesmo”, diz Eduardo Diniz, diretor de engenharia da Rossi ? construtora que optou pelo método de pré-moldados. A companhia investiu este ano R$ 20 milhões em fábricas de lajes e paredes. “Basta ter um galpão, formas horizontais e transporte”, explica Diniz. Com um quarto da mão de obra necessária, é possível colocar de pé um condomínio voltado para a população de baixa renda. No sistema convencional, com blocos de concreto, um prédio de cinco andares fica pronto em 95 dias. Com pré-moldados, o tempo cai para 31. A Brookfield, que mantém 20% de seus empreendimentos dentro do programa federal Minha Casa Minha Vida, também escolheu a estrutura pré-fabricada para “viabilizar” suas obras. O processo ainda depende de certificação da Caixa Econômica Federal para ganhar espaço nos canteiros da empresa voltados para baixa renda. Três das mais tradicionais construtoras com foco no segmento econômico seguiram um outro caminho, o das fôrmas de plástico ou alumínio ? técnica popular em países como a Colômbia e o México. Esse sistema funciona como uma forma de bolo: as placas são encaixadas e o espaço entre elas é preenchido com concreto. É só esperar secar e desenformar. A Rodobens faz 16 mil casas por ano com esse sistema: a cada três dias, seis unidades são “concretadas” e ficam à espera apenas de acabamento e dos telhados. A aposta no novo método é tanta que a empresa passou a produzir suas próprias fôrmas, numa fábrica em São José do Rio Preto. Há um ano, a Direcional, de Minas Gerais, investiu R$ 9 milhões na compra de fôrmas que podem ser usadas até 2 mil vezes. Veja Mais  

07 de dezembro de 2010

Gastos com aluguel pesam mais que financiamento da casa própria, diz Ipea

Os gastos com aluguel pesam bem mais no orçamento das famílias do que as despesas com financiamento do imóvel. É o que aponta estudo do Ipea sobre os dados das Pesquisas de Orçamentos Familiares (POF) do IBGE, referentes aos períodos 2002/2003 e 2008/2009. Pelo estudo, a despesa dos mutuários com financiamento consome 6,66% da sua renda anual. Já o gasto com aluguel compromete quase o dobro do orçamento do ano, 12,14% da renda de quem tem esse custo. “Está mais barato financiar um imóvel do que pagar o aluguel. Os preços dos aluguéis têm subido absurdamente, a partir de contratos curtos, de 30 meses, que não trazem qualquer proteção ao consumidor. Já o sistema de crédito imobiliário tende a proteger mais o consumidor, inclusive contra especulações. Além disso, o valor das prestações já está estabelecido, mesmo que haja valorização do imóvel”, diz Pedro Humberto Carvalho, pesquisador do Ipea, para quem o Minha Casa, Minha Vida procura aumentar o crédito para a população de baixa renda. Apesar da participação do aluguel no orçamento das famílias ter se mantido praticamente estável, mais brasileiros estão pagando aluguel. De acordo com o Ipea, a proporção das famílias que têm aluguel a pagar subiu de 13% para 17% entre os períodos de 2002/2003 e 2008/2009. Contudo, a desigualdade também aparece nesse quesito. Os dados mostram que o aluguel representa de 15% a 20% da renda familiar dos pagantes mais pobres (renda familiar mensal de até R$ 913,09). E apenas de 5% a 7% dos mais ricos (com renda familiar mensal de até R$ 117.219,20). Como efeito dessa distorção, há, para o Instituto, incentivo à informalidade urbana e à autoconstrução ilegal. O médico Alexandre Marques ainda não tem como fugir do aluguel, mas sonha em ter uma casa própria: “Amanhã mesmo (hoje) vou ao banco pedir um empréstimo para comprar um apartamento. Os preços de aluguel estão muito altos.” O garçom Antônio Marcos Batista e a balconista Luciana Salkine pensam em dar entrada em um imóvel no futuro. Hoje, alugam um conjugado por R$ 450. “Pagamos aluguel há cinco meses. Mas estamos economizando para comprar uma casa”, diz Luciana. publicado em 2/12/2010| Fonte: O Globo Veja Mais  

07 de dezembro de 2010

Minha Casa poderá usar terreno irregular

O governo federal permitiu o uso de terrenos pendentes de regularização para fazer com que Programa Minha Casa, Minha Vida chegue às favelas no próximo ano. A Medida Provisória, publicada ontem no Diário Oficial da União, fez uma série de mudanças no programa para acelerar a construção de moradias para famílias com renda de até 10 salários mínimos a partir de 2011. Um dos compromissos de campanha da presidente eleita Dilma Rousseff é construir dois milhões de unidades habitacionais para a baixa renda. A secretária nacional de Habitação do Ministério das Cidades, Inês Magalhães, explicou que o uso de terrenos em processo de regularização só será permitido para os casos de reassentamento nas favelas. Segundo a secretária, o governo construía moradias em favelas, mas estas não faziam parte do programa habitacional. “Será uma forma de garantir homogeneidade. Vai dar mais celeridade às construções”, afirmou Inês. Com essa possibilidade, ela acredita que pode haver um número maior de áreas em grandes municípios para a implementação do programa. Também foi desenvolvido pelo ministério um mecanismo específico para facilitar o registro em cartório dos imóveis, que ainda estão em processo de regularização. Isso dificulta a possibilidade de um beneficiário revender o imóvel para outra pessoa. Áreas comerciais. A medida provisória também abriu a possibilidade de construção de áreas comerciais nos condomínios do Minha Casa, Minha Vida. Essa foi a saída encontrada para financiar custos, por exemplo, da instalação de elevadores em alguns empreendimentos. Como o governo considera a possibilidade de instalar elevadores nos edifícios para utilizar melhor os terrenos, principalmente nos grandes centros urbanos onde o preço do metro quadrado é alto, o dinheiro recebido com o aluguel seria usado para bancar essas despesas adicionais. Na avaliação da secretária, se não for pensado em algo nessa linha, as famílias de baixa renda acabam abandonando o local devido aos custos de manutenção. “As famílias que recebem dois salários mínimos, por exemplo, não conseguem pagar prestação e condomínio”, explicou Inês. Como também serão utilizados prédios abandonados nas grandes cidades para atender o publico do Minha Casa, Minha Vida, existe a previsão de criar áreas comerciais nesses prédios. O objetivo também é cobrir o custo de condomínio com o valor do aluguel arrecadado. A MP estabelece ainda que as faixas de renda das famílias beneficiadas pelo programa serão feitas pelo Poder Executivo, apesar de especificar que o teto é de até 10 salários mínimos. Ou seja, o governo federal vai decidir como quer qual será o reajuste das faixas de renda. O critério será dificultado depois. Existe um entendimento de que o reajuste das faixas não pode ser vinculado ao aumento do salário mínimo. Atualmente, apenas as famílias com renda de até R$ 4.650 podem ser contempladas pelo programa. Se fosse considerado o valor do mínimo em vigor, esse valor subiria para R$ 5.100. Na primeira etapa do programa, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva se comprometeu a construir um milhão de casas. publicado em 3/12/2010 | Fonte: O Estado de S. Paulo Veja Mais  

07 de dezembro de 2010

São Paulo tem 290 mil imóveis sem moradores, diz IBGE

O número de domicílios vagos na cidade de São Paulo seria suficiente para atender toda a população paulistana que vive hoje em áreas de risco, cerca de 130 mil famílias. Há na capital paulista cerca de 290 mil imóveis que não são habitados, segundo dados preliminares do Censo 2010 divulgados ontem. O déficit habitacional, no entanto, é bem maior - são 712 mil famílias, incluindo habitações irregulares ou precárias, como favelas e cortiços. Os recenseadores do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) encontraram 3,9 milhões de domicílios residenciais na capital, onde vivem 11,2 milhões de pessoas. "Foram contabilizadas cerca de 107 mil casas fechadas, que são aquelas em que alguém vive lá e não foi encontrado para responder ao questionário, mesmo após exaustivas tentativas", diz a coordenadora técnica do Censo 2010, Rosemary Utida. Já as 290 mil residências classificadas como vazias não têm moradores. O Censo de 2000 já mostrava que a capital tinha mais casas vazias do que gente precisando de um lugar para morar, segundo a urbanista Raquel Rolnik, relatora especial da Organização das Nações Unidas (ONU) para o direito à moradia adequada e professora da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAU-USP). "Em 2000, tínhamos cerca de 420 mil domicílios vagos para um déficit de pouco mais de 203 mil moradias. A oferta de casas vazias era quase o dobro", afirma Raquel. Moradia popular A relatora da ONU avalia que, mesmo que parte desses imóveis precisasse passar por reforma antes de ser destinada à moradia popular, seria possível, pelo menos, reduzir o número de sem-teto. Outros especialistas discordam. "Esses imóveis vagos, mesmo que sejam reformados, não seriam destinados para habitação popular, não seriam para essa faixa da população, mas para renda mais alta", diz a arquiteta Heloísa Proença, ex-secretária de Planejamento Urbano da Prefeitura. O secretário municipal de Habitação, Ricardo Pereira Leite, afirma que os imóveis vazios se devem a "um fenômeno que os urbanistas chamam de vacância de equilíbrio". "Quando você se muda, seu imóvel antigo está vazio, e o novo também. No Brasil, urbanistas da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU) estimam que a vacância de equilíbrio deve ser em torno de 8%. Se for analisar, os 290 mil imóveis vão dar 7,9% do total de domicílios da capital. Em Nova York, uma cidade em que todo mundo quer morar, essa taxa é de 6%", diz. Veja Mais    

07 de dezembro de 2010

BTG Pactual anuncia aporte de US$ 1,8 bilhão de sócios estrangeiros

André Esteves, presidente do banco, diz que recursos não têm destino setorial carimbado, mas afirma que o perfil dos fundos soberanos da China, de Cingapura e de Abu Dabi serve 'como uma luva' às necessidades da área de infraestrutura no Brasil. O BTG Pactual confirmou ontem um aporte de recursos de US$ 1,8 bilhão que trará um heterogêneo grupo de investidores para o rol de sócios do banco. O consórcio formado para elevar o capital do BTG de US$ 2,5 bilhões para US$ 4,3 bilhões inclui fundos soberanos da China, de Cingapura e de Abu Dabi, além de famílias da Itália e da Colômbia. Os recursos serão usados para investimentos no Brasil e na América Latina. O presidente do BTG, André Esteves, disse ontem que os recursos vão ser aplicados em todas as operações do banco - sem "carimbo" para setores específicos. Entretanto, afirmou que os fundos soberanos - que entraram com a maior parte do capital novo injetado na instituição - "caem como uma luva" para o investimento em infraestrutura. "(Os fundos) oferecem capital de alta qualidade, sem intenção de deter controle e com a intenção de ficar no País no longo prazo", disse o banqueiro. Esteves afirmou também que o segmento imobiliário, no qual o BTG Pactual vem apostando alto nos últimos meses - com especial atenção ao ramo de escritórios de alto padrão em grandes cidades brasileiras -, também é atraente para o investidor institucional. "Certamente é uma das áreas de interesse (dos fundos soberanos), pois tem preço saudável e atraente taxa de retorno", disse Esteves, lembrando que alguns dos novos sócios já têm dinheiro aplicado no segmento no País. O BTG tem atualmente cinco fundos imobiliários voltados para escritórios de alto padrão em aprovação na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), que totalizam R$ 5 bilhões. Em setembro de 2009, segundo o órgão, toda a carteira de fundos do gênero no País somava R$ 7 bilhões. Esteves ressalvou, no entanto, que a entrada dos sócios no BTG não tem relação específica com os fundos em aprovação na CVM. Negociação. Por conta da quantidade de instituições envolvidas, a negociação com os fundos e investidores que formaram o consórcio demorou seis meses para ser concluída. O banqueiro diz que a negociação envolveu "velhos conhecidos" - que já tinham parcerias de longa data com o banco - e investidores que foram apresentados ao BTG à medida em que a estrutura do negócio foi sendo costurada. A atração dos novos sócios, de acordo com o banqueiro, está diretamente relacionada com o bom momento econômico vivido pelo Brasil - o BTG foi visto como uma boa porta de entrada para o mercado nacional. "Pela primeira vez, existem mais oportunidades do que capital para investir no País. É uma novidade positiva para o Brasil", afirmou o presidente do BTG. O dinheiro novo, disse Esteves, poderá ajudar também na ampliação da franquia de banco de investimentos do BTG na América Latina e na área de gestão de recursos em mercados emergentes. O aporte de US$ 1,8 bilhão, equivalente a uma participação de 18,65% na instituição, inclui também investimento minoritário dos atuais sócios - por isso, o banqueiro explicou que a participação do consórcio internacional na instituição ficará "um pouco abaixo" de 18%, sem revelar o porcentual exato. "A contrapartida dos sócios (atuais) é pequena. É mais uma demonstração de confiança nos novos parceiros." Questionado sobre a possibilidade de aquisição de um banco de varejo no País, Esteves foi direto em afirmar que o BTG Pactual não tem interesse em comprar a operação do Banco Panamericano, do Grupo Silvio Santos, que recentemente foi alvo de fraudes que causaram um rombo de R$ 2,5 bilhões ao controlador. "Não temos interesse em adquirir o Panamericano, como disseram notinhas que saíram na imprensa. Isso realmente não irá acontecer." Abertura de capital. O ingresso do consórcio de investidores foi uma alternativa à abertura de capital do BTG Pactual - possibilidade que foi alvo de especulações no mercado nos últimos meses. Entretanto, de acordo com Esteves, uma oferta de ações estaria descartada apenas no "curtíssimo prazo". "O IPO é o futuro natural de uma empresa que está crescendo e quer se perpetuar. Num horizonte de médio prazo, continua a fazer sentido sermos uma empresa de capital aberto", afirmou. OS PRINCIPAIS PASSOS A volta Em abril do ano passado, dois anos depois de vender o Pactual para o suíço UBS, André Esteves e seus sócios recompraram o banco, por US$ 2,5 bilhões. Nova estrutura O Pactual foi incorporado à BTG, uma gestora de recursos internacional, que Esteves tinha montado havia pouco tempo com os sócios. Agressividade Usando recursos próprios e de clientes, o novo BTG Pactual sai à caça de oportunidades fora do setor financeiro. Em dois anos, investe mais de R$ 850 milhões em estacionamentos, farmácias, hospitais e nas montadoras de veículos Mitsubishi e Suzuki. Sócios estrangeiros Ontem, o BTG anunciou acordo com investidores internacionais, que colocaram US$ 1,8 bilhão no banco brasileiro. Veja Mais 

07 de dezembro de 2010

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