Período da safra amplia os negócios, embora a geração de renda ocorra durante todo o ano. O setor imobiliário em Ribeirão Preto é um dos que ganham com a cana. Segundo João Paulo Fortes Guimarães, diretor da Imobiliária Fortes Guimarães, a safra da cana garante negócios aquecidos durante todo o ano e ganha força no período de moagem. "O pagamento na safra é feito paulatinamente: os fornecedores de peças recebem antes, os arrendatários de terras depois e funciona neste ciclo, intermitente", diz. Segundo ele, o fim do ano, quando termina a safra, responde pela maioria dos negócios do setor de imóveis em Ribeirão Preto. É nesta época que usineiros e outros investidores compram imóveis que servem como moradia ou como investimento para aluguel. "O setor sucroenergético garante boa parte dos movimentos das vendas e do aluguel de imóveis em Ribeirão Preto", diz. Quando a safra é favorável, o setor comercial também lucra. "Não é possível quantificar com precisão a relação do aumento no fluxo de clientes com o período da safra, mas quando há boa safra na região, seja de cana, café, laranja ou outra cultura, percebemos um aumento de clientes dentro do shopping, ainda mais visível nos aniversários das cidades vizinhas a Ribeirão", disse o superintendente do Shopping Santa Úrsula, Cleiton Martins. Reflexo junto ao comércio e à indústria "O setor produtivo está interligado e esse movimento se reflete positivamente nos prestadores de serviços, no comércio e na indústria. E há também toda a cadeia produtiva em torno da produção de etanol e do açúcar. Como o etanol deve continuar em patamares mais em conta para o consumidor, a tendência é de aquecimento. Mecânicos de automóveis, postos de combustíveis e o mercado imobiliário são alguns deles. De julho a dezembro, o etanol variou 27%, conforme o IPC, de janeiro a dezembro 18,10 e em janeiro e fevereiro deste ano a variação foi de - 10,5% ". Fred Guimarães Economista da Associação Comercial e Industrial de Ribeirão Preto Veja Mais
26 de março de 2012
Sobra de unidades e estratégia de marketing justificam reduções. Diante de ofertas assim, recomendação é resistir à compra por impulso e analisar se imóvel atende às necessidades A máxima de que o ano e os projetos sérios só começam depois do Carnaval parece o motivo ideal para quem quer comprar um imóvel. Construtoras estão concedendo descontos de até 15% para quem deseja adquirir a casa própria ou quer investir. Segundo o Secovi-SP (sindicato da habitação), há uma série de motivos para os saldões: sobra de unidades, estratégia de marketing, necessidade de caixa e desconto equiparado ao oferecido nas compras à vista. Para Emílio Kallas, vice-presidente de incorporação e terrenos do Secovi, o momento é ideal para a compra _e essa fase deve se estender pelos próximos cinco anos. "Somente 5% do PIB é de financiamento imobiliário, e os bancos têm margem de segurança para o crédito, o que garante um bom negócio." Kallas ressalta, contudo, que essa operação deve ser bem analisada e que as ofertas agressivas não devem ser a razão principal para adquirir um bem desse porte. "É preciso fazer as contas e ver se o imóvel atende às necessidades de toda a família." A Rossi Residencial é uma das empresas que oferecem descontos. Em 12 imóveis, a redução pode chegar a até R$ 150 mil. Tal oferta vale para o Reserva Espaço Cerâmica, em São Caetano do Sul, com apartamentos que custam mais de R$ 1 milhão. A MRV Engenharia admite que o objetivo é zerar estoques e dá descontos de até R$ 5.000. A maior parte dos empreendimentos custa até R$ 170 mil -o que possibilita a adesão ao programa Minha Casa, Minha Vida, do governo federal, que tem juros mais baixos do que os de financiamento com poupança. Já a Trisul pretende estender por mais dois meses a campanha que dá descontos entre 3% e 15%, mais escritura gratuita, em 34 imóveis. Na You, Inc, a redução é de 5% no empreendimento residencial You Vila Formosa. Quem comprar até 1º de abril ganhará uma televisão. Veja Mais
26 de março de 2012
Em 2010, a administradora de empresas Luciane Rodrigues vendeu o apartamento que tinha na Tijuca para comprar outro em Botafogo. Parte do valor foi financiado. Negócio fechado, obras feitas, mudança realizada. Quando finalmente pensou que ia curtir a casa nova, era hora de prestar contas à Receita. E, novamente, lá estava ela rodeada de documentos, notas fiscais e com uma avalanche de dúvidas: devo declarar o valor total ou apenas o pago no ano? Os gastos com obras devem ser acrescentados? Vou pagar Imposto de Renda (IR) pelo ganho de capital resultante da venda na Tijuca? Questões relacionadas a financiamento, benefício fiscal e imóvel comprado na planta são algumas das que mais dão dor de cabeça aos contribuintes. “Muitos proprietários, basicamente por desconhecimento das regras, acabam surpreendidos com uma autuação da Receita Federal”, ressalta Carlos Martins, sócio da empresa de consultoria Ernst & Young Terco. Para não correr esse risco, Luciane optou por contratar um contador. E nós pedimos aos consultores da Ernst & Young Terco para responderem as dez dúvidas mais frequentes entre os contribuintes. Benefícios só podem ser usados uma vez a cada cinco anos – Não é só quem acaba de comprar, ou trocar, um imóvel que fica perdido na hora de fazer sua declaração. Mesmo quem já possui o bem há muito tempo, pode ficar confuso. E uma das questões mais comuns, ainda mais em tempos de boom imobiliário, é justamente a atualização do valor do imóvel, que na maioria das vezes está mesmo defasado. “Os bens adquiridos devem ser declarados pelo valor efetivamente pago, ainda que seu valor de mercado seja superior. Isto porque, quando o imóvel for vendido, será possível verificar o real ganho do contribuinte com a venda”, esclarece Carlos Martins, sócio da empresa de consultoria Ernst & Young Terco. Contudo, imóveis adquiridos até 31 de dezembro de 1995 podem ter seus valores atualizados pela “Tabela de Atualização do Custo de Bens e Direitos”, disponível no site da Receita. Já quem comprou imóvel a partir de 1 de janeiro de 1996, deve manter o valor pago na época. Mesmo que hoje ele pareça muito baixo. Isso não quer dizer, entretanto, que todas as vendas terão imposto a pagar, já que a legislação tributária prevê reduções e até isenções de imposto em alguns casos. Um deles é para imóveis adquiridos até 1969, que são completamente isentos de imposto de renda no momento da venda, independentemente do custo de aquisição, valor da venda ou ganho obtido. Outra possibilidade de isenção é para contribuintes que tenham um único imóvel. Mas, nesse caso, ele só estará isento de imposto se o valor do bem for inferior a R$ 440 mil e se ele não tiver vendido outro imóvel nos últimos cinco anos. Finalmente, as pessoas que adquirirem, em até 180 dias, um ou mais imóveis residenciais, utilizando todo o valor da venda de outro imóvel também estarão isentas do imposto – mesmo que a compra se dê no ano calendário seguinte. Mas, novamente neste caso, o benefício só pode ser usado uma vez a cada cinco anos e desde que o imóvel tenha sido vendido a partir do dia 16 de junho de 2005. “Isso foi um incentivo dado pelo governo por conta da nova realidade brasileira, em que as transações imobiliárias aumentaram muito. Mas, ao mesmo tempo, evita a especulação”, explica Martins. Em todos os outros casos de venda com ganho de capital, o contribuinte deverá pagar 15% sobre o lucro obtido. O recolhimento do imposto deve ser feito até o último dia útil do mês seguinte à venda. Quem muda de país, pode pagar imposto maior – Outra questão que poucos sabem: ao sair do país para trabalhar ou estudar fora, o contribuinte deixa de ter sua residência fiscal aqui e pode perder isenções e benefícios só concedidos a residentes. Por isso, quem pretende sair do país e vender um imóvel, deve se planejar para que a venda ocorra antes da mudança. “Há isenções e reduções de ganho de capital previstas em lei que consideram o tempo de propriedade do imóvel. Mas o contribuinte que não tenha residência fiscal no país pode perder o direito a elas e acabar pagando mais imposto sobre o lucro obtido do que se tivesse vendido o bem antes de sair do país”, explica Martins. Veja Mais
23 de março de 2012
Crédito mais barato ajuda as vendas de lojas, eleva lucros dos bancos e estimula a compra da casa própria. Risco maior de inflação pode reduzir margem de ganho de empresas de setores competitivos como bens de consumo. Os juros de um dígito devem impulsionar a valorização de ações de empresas que se beneficiam do crédito farto para as vendas, como varejo, bancos e construtoras. Também devem ganhar setores como infraestrutura (usinas, estradas, aeroportos etc), que têm projetos que só se viabilizam com juro baixo. Para Antenor Gomes Fernandes, sócio da gestora STK Capital, o ambiente de juros baixos terá impacto decisivo nos negócios voltados à economia doméstica. "Os juros são indutores da economia como um todo. Ganha quem precisa de dinheiro para se financiar como consumo e varejo", disse. Com os juros líquidos da renda fixa abaixo de 8%, também devem se sobressair as ações de empresas que pagam dividendos. É o caso de concessionárias de rodovias e de distribuidoras de energia, cujos dividendos anuais atingem 9%. "Dividendos são comparados com a remuneração por juros, mas não têm impostos e a ação ainda se valoriza", lembrou Fernandes. INFLAÇÃO O maior risco da política de juro baixo é o descontrole da inflação. Nesse caso, saem ganhando investimentos em renda fixa atrelados aos índices de preços e as ações de concessionárias de serviços indexados, como energia. Na outra ponta, empresas que não conseguem repassar eventual aumento de custo para os consumidores podem ter perdas em suas margens de lucro. Setores de alta concorrência, como produtores de bens de consumo, e a construção civil poderão ter dificuldades. Em 2010, as construtoras não conseguiram repassar aumento de custo com a falta de mão de obra e com a elevação nos preços de insumos como cimento. Veja Mais
12 de março de 2012
Com valorização imobiliária, Banco do Brasil e Itaú mais do que dobram o teto para empréstimos na modalidade. Proprietário que quer mudar para unidade melhor localizada também é alvo das empresas do setor O segmento de consórcios está se adaptando ao boom do mercado imobiliário. Os dois maiores bancos do país, Banco do Brasil e Itaú Unibanco, mais que dobraram o valor máximo da carta de crédito, passando de R$ 300 mil e R$ 250 mil, respectivamente, para R$ 700 mil. "Os clientes procuravam contratar mais de uma carta de crédito para adquirir um imóvel. Criamos esse grupo para atender a essa demanda", afirma Luis Matias, vice-presidente de consórcios do Itaú Unibanco. Segundo o executivo, houve uma "forte adesão" em São Paulo, que responde por 35% dessas cotas. "A valorização imobiliária no Estado naturalmente proporcionou essa demanda por grupos com valores mais altos". O preço médio do metro quadrado de lançamentos com dois dormitórios teve alta de 112% na capital paulista nos últimos cinco anos, segundo dados da Embraesp (Empresa Brasileira de Estudos de Patrimônio). O diretor de empréstimos e financiamentos do BB, Marcelo Augusto Dutra Labuto, também aponta que o público-alvo são clientes que vivem em regiões onde o preço dos imóveis teve forte alta. "Além disso, foi identificado um crescente interesse na aquisição de imóveis comerciais, que possuem geralmente um custo total mais elevado", acrescenta. Outros bancos que atuam no setor -Bradesco, Caixa Econômica Federal, HSBC, Santander- mantêm produtos até R$ 300 mil. Mais...
12 de março de 2012
A cláusula resolutiva expressa constitui um reforço aos contratos bilaterais, oferecendo uma segurança a mais ao vendedor e ao comprador. VANTAGENS AO VENDEDOR: 1. de romper de pleno direito o vínculo contratual, desfazendo-se o contrato pela simples inadimplência do comprador. 2. desnecessidade de ação judicial para a rescisão do contrato porque este se extingue automaticamente, e caso vá para a órbita judicial, o juiz somente declarará o efeito já produzido, ou seja, a extinção do negócio em sentença declaratória, sem qualquer discussão sobre o desfazimento ou não do negócio (sentença constitutiva). VANTAGENS AO COMPRADOR: 1. Terá o domínio da propriedade transferido com o título na matrícula do imóvel, tornando-se oponível contra terceiros. 2. Economia pelo pagamento de apenas um ato notarial para a lavratura da escritura. 3. Economia pelo pagamento de apenas um ato no BDI. 4. Não terá as despesas como a de registrar previamente um compromisso de compra e venda sem a cláusula resolutiva, para valer contra terceiros.
08 de março de 2012
Em meados de 2008, a consultora ambiental Sandra Satim comprou um apartamento de dois dormitórios no bairro de Vila Carrão, na zona leste de São Paulo. O imóvel tinha entrega prometida para abril de 2010, mas ela só recebeu as chaves no mês passado, quase dois anos depois. "Todos os meses eles mudavam a data de entrega e não davam nenhuma justificativa. Hoje me arrependo de ter comprado o imóvel na planta e de não ter tomado alguns cuidados. Deveria ter investigado melhor a construtora", diz Sandra Satim, que entrou na Justiça para pedir indenização por danos morais e o pagamento dos valores gastos com a prorrogação do contrato de aluguel. O empreendimento em que a compra foi feita, o Ecoway Carrão, pertence à Ecoesfera Empreendimentos Imobiliários. Em nota, a empresa diz que o atraso "não foi diferente do que tem ocorrido no setor de incorporação e construção imobiliária". Segundo a Ecoesfera, o problema foi "causado principalmente por falta de mão de obra especializada e excesso de chuvas". Queixas sobre não cumprimento de contrato subiram 237% Desde o início do boom imobiliário no país, em 2008, até o ano passado, a quantidade de reclamações contra as construtoras aumentou quase quatro vezes em São Paulo, segundo o Procon, de 1.110 para 4.357. A maior parte delas se refere ao não cumprimento do contrato, especialmente por conta do atraso na entrega. Foram 1.420 queixas do tipo no ano passado, ante 421 em 2008. O aumento no período foi de 237%. Nas associações de mutuários, as queixas também têm se multiplicado. Segundo levantamento da AMSPA (Associação dos Mutuários de São Paulo e Adjacências), o número de reclamações sobre atraso na entrega da obra em São Paulo foi de aproximadamente 1.920 entre janeiro e novembro de 2011. O resultado representa uma elevação de 45% em relação ao mesmo período de 2010, quando foram registrados 1.324 casos. Sindicato admite ‘erros de planejamento’ Em nota, o SindusCon-SP (Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo) admite que "um pequeno número de empresas pode ter cometido erros de planejamento". Para o sindicato, no entanto, na maior parte dos casos o aumento no número de atrasos está ligado ao próprio crescimento do mercado. Entre outros motivos estariam, também, os já citados pela Ecoesfera: a falta de mão de obra especializada, que teria levado à contratação de pessoal não qualificado (o que diminuiu a produtividade), as chuvas fortes de 2011, o aumento da burocracia e o custo do material. "Além disso, houve a crise financeira de 2008 para 2009", diz o vice-presidente imobiliário do Sinduscon, Odair Senra. Especialistas criticam falta de planejamento Para os especialistas em direito imobiliário, no entanto, esses argumentos não explicam tudo. "Os reais motivos são a falta de planejamento e a busca cega pelo lucro sem se preocupar com a entrega", diz o advogado especializado em direito imobiliário Marcelo Tapai. O advogado da advogado da ABMH (Associação Brasileira dos Mutuários da Habitação), Leandro Pacífico, concorda. "Elas tentam se eximir de responsabilidade, mas esses são todos riscos do próprio negócio." Segundo os especialistas, evitar esse tipo de dor de cabeça não tem sido fácil. Eles sugerem que o consumidor guarde toda a publicidade sobre o imóvel e faça uma pesquisa sobre a empresa antes de fechar negócio. Senra, do Sinduscon, tenta tranquilizar quem já fez a compra e está à espera da entrega. "As obras que foram planejadas a partir de 2010 já consideraram um cenário diferente da economia, e acredito que isso vai fazer com que a questão dos atrasos volte à normalidade." Veja Mais
07 de março de 2012
O ritmo do aumento no preço dos aluguéis está desacelerando. Em janeiro, o valor dos novos contratos de locação em São Paulo foi 0,7% mais alto do que em dezembro, quando o preço tinha subido 0,8% em relação a novembro. A constatação, antecipada ao JT, será divulgada hoje pelo Sindicato da Habitação de São Paulo (Secovi-SP). Cícero Yagi, consultor do Secovi-SP, garante que a menor variação de janeiro não representa um desaquecimento do setor imobiliário. Para ele, há uma certa acomodação nos preços, que deve continuar nos próximos meses. “Nos últimos três anos, os aluguéis subiram em parte por causa da forte demanda e outra parte porque o preços dos imóveis usados também subiu”, argumenta Yagi. A alta de 0,7%, no entanto, ainda está bem acima da média histórica – que exclui os últimos três anos quando o setor passou por um superaquecimento. Em geral, o preços dos aluguéis deveriam subir o mesmo que a inflação – ou um pouco mais, se o mercado estiver valorizado. Nos últimos 12 meses, porém, o valor da locação subiu quase três vezes a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Levando o período de fevereiro de 2011 até janeiro de 2012, os preços das locações subiram 17,9% na capital paulista. O IPCA, porém, ficou em 6,2%. Roberto Akazawa, gerente do departamento de Economia e Estatística do Secovi-SP, reforça que a oferta de imóveis menor que a demanda é o causador de tamanha valorização. “Hoje, um imóvel mal é desocupado e as imobiliárias já têm diversos interessados em ocupá-lo”, afirma ele, que prevê ser pouco provável no curto prazo a reversão dessa tendência. Mais procurados Os imóveis de um e dois dormitórios continuam a ser os mais procurados pela clientela. Com a demanda ainda mais forte que a média, o preço dos novos contratos de locação para as casas de um quarto subiram 1%. O valor para os imóveis de dois quartos aumentou 0,7%, ao passo que o das moradias de três dormitórios ficou 0,2% mais caro. O Secovi-SP também constatou que as casas e os sobrados foram as modalidades alugadas com mais rapidez em janeiro – de 13 a 30 dias. Veja Mais
07 de março de 2012