Pela primeira vez desde julho do ano passado o aluguel residencial deve subir. O IGP-M, índice de inflação medido pela Fundação Getúlio Vargas - e o mais adotado para a correção dos valores - variou 1,18% em fevereiro, fazendo com que o acumulado dos últimos doze meses ficasse em 0,24%. Embora pequeno, o índice inverte uma tendência de sete meses. Os reajustes acontecem de acordo com a periodicidade determinada em contrato, que geralmente é de um ano. A correção se dá no mês em que o contrato completa um ano, baseada no índice acumulado nos 12 meses anteriores. Estima-se que 90% dos contratos residenciais sejam indexados ao IGP-M. Aplicando a correção de 0,24% ao mês, um aluguel de R$ 1 mil, passaria a R$ 1.002,40 a partir de março. A última vez que o IGP-M teve resultado positivo foi em junho do ano passado, elevando os alugueis reajustados em julho em 1,52%. De julho a janeiro, foram sete meses de deflação e, consequentemente, correções negativas nos valores que aniversariaram no período. Segundo o presidente do Conselho Regional de Corretores de Imóveis (Creci-SP), José Augusto Vianna Neto, o índice não assusta e pode até ser desprezado pelo locador. “Se o relacionamento é bom, o pagamento é em dia, pode até haver um acordo para não aumentar”, afirma ele. Mas, segundo o gerente do Departamento de Economia e Estatísticas, do Sindicato da Habitação (Secovi-SP), Roberto Akazawa, a fase de deflação nos aluguéis acabou. Ele se baseia nas previsões do Banco Central, que acredita que o IGP-M chegue a acumular 4,5% em 12 meses entre agosto e setembro, e chegue ao fim do ano com 5,3%. “De agora até o fim do ano, a tendência deve ser de pequenas altas, um pouco maiores a cada mês”, afirma. RENOVAÇÃO DE CONTRATO - Já nas correções na hora de renovar contrato de aluguel que chegou ao fim, os índices não têm influência. O que dita os novos valores é a tendência do mercado, atualmente, de alta. Viana diz que a oferta em São Paulo está escassa, e muitos proprietários aproveitam o fim dos contratos para aumentar os ganhos. ?Tem muito contrato que prevê aluguel de 0,5% do valor do imóvel no fim, que pode conseguir até 1,2%?, afirma. Lá vem mais polêmica Vendas têm aumento Imobiliárias se negam a baixar locação reajustada por variação negativa do IGP-M Empresas optam por manter valor sem deflação Imóveis usados no Rio: preços explodiram em 2009, mostra pesquisa do Secovi Valor do aluguel fica estável em janeiro Incentivo a criação de áreas verdes nos empreendimentos
27 de fevereiro de 2010
As vendas domésticas de materiais de construção tiveram alta de 2,61% em janeiro na comparação com o mês anterior e avançaram 13,84% em relação ao mesmo período do ano passado. Nos últimos 12 meses, o material de construção apresentou queda de 10,3% (Foto: Divulgação) Os dados foram divulgados nesta sexta-feira pela Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção (Abramat). Segundo a entidade, o resultado positivo no primeiro mês do ano está alinhado com as expectativas para o aumento do faturamento do setor em 2010, que deve ser de 15% sobre o ano passado. No acumulado dos últimos 12 meses, contudo, o varejo de material de construção apresenta queda de 10,3%. “Este foi o terceiro mês que apresentou variação positiva do faturamento deflacionado das vendas internas dos materiais de construção em relação ao mesmo mês do ano anterior, após 12 meses de valores negativos”, afirma a Abramat, em relatório. Se considerados os números deflacionados de janeiro, as vendas aumentaram 12,89% ante o mesmo mês em 2009 e subiram 2,89 sobre dezembro. Nos últimos 12 meses, a queda acumulada é de 13,55%. (Com Reuters/Brasil Online) Mais Reforma e Construção...
27 de fevereiro de 2010
Quanto mais velho for o mutuário, mais ele vai ganhar com as mudanças no prazo máximo de financiamento da casa própria que acabam de ser feitas por bancos como Bradesco, Itaú Unibanco e Banco do Brasil. Os agentes financeiros fizeram ajustes nos prazos após a entrada em vigor, mês passado, de novas regras para o seguro imobiliário. Todas as seguradoras vão ter que ofertar o prazo mínimo de 80 anos e 6 meses (Foto: Divulgação) Na maioria dos agentes financeiros, até agora, o somatório da idade do mutuário com o prazo do empréstimo habitacional não ultrapassava 75 anos. Isso porque esse era o prazo de cobertura praxe no mercado, segundo a maioria das seguradoras. Mas, de acordo com a resolução CNSP nº 205, da Superintendência de Seguros Privados (Susep), as empresas não podem recusar cobertura de seguro a clientes cuja idade, somada ao prazo de financiamento, seja de até 80 anos e seis meses. Além disso, passa a ser obrigatório que o contrato de seguro tenha o mesmo prazo de vigência do empréstimo. “A maioria das seguradoras trabalhava com prazo de 75 anos, mas isso variava, não havia regras. E agora isso se uniformizou. Todas as seguradoras vão ter que ofertar o prazo mínimo de 80 anos e 6 meses. Houve uma conjugação de fatores para essa mudança, que inclui o aumento da expectativa de vida e uma política de fomento ao financiamento habitacional”, explica Armando Grasso, presidente da comissão técnica de Seguro Habitacional da Federação Nacional de Seguros Gerais (Fenseg), lembrando que o que não mudou foi uma norma do mercado: quanto mais alta a idade do proponente à tomada de crédito, mais altas são as taxas do seguro. No Bradesco e no Itaú Unibanco, o somatório da idade do mutuário mais o prazo do empréstimo seguia o padrão de 75 anos. Agora, esse período subiu para 80 anos e seis meses. Isso significa que um mutuário com 60 anos, que só conseguia financiar um imóvel por 15 anos nos dois bancos, agora poderá se beneficiar de um prazo de até 20 anos e seis meses. Quem tem 50 anos, pode chegar ao prazo máximo de 30 anos para pagamento. “Nos últimos anos, o setor já vinha aumentando os prazos das operações, de 15, pra 20, 25, e hoje chega a 30 anos. E agora uma pessoa com 50 anos pode usufruir desse prazo de 30 anos. Tudo isso está sendo muito favorável ao crédito imobiliário”, afirma Osmar Roncolato Pinho, diretor do departamento de Empréstimos e Financiamentos do Bradesco. O Banco do Brasil também alterou o prazo, mas só em seis meses, já que o anterior era de 79 anos, 11 meses e 29 dias, e passou para 80 anos, cinco meses e 29 dias. O HSBC não fez alteração e mantém os 75 anos. A assessoria de imprensa do banco informou, no entanto, que a política de prazo de financiamento habitacional em virtude das mudanças nas regras de seguro ainda não foi atualizada. Essa alteração depende somente de negociações com a área, em andamento. A Caixa Econômica Federal, o Santander e o Real já operavam com prazo de 80 anos e seis meses antes mesmo das mudanças nas regras do seguro e por isso não fizeram alterações. Aluguel pode ter a 1ª alta desde julho Lá vem mais polêmica Vendas têm aumento Imobiliárias se negam a baixar locação reajustada por variação negativa do IGP-M Empresas optam por manter valor sem deflação Imóveis usados no Rio: preços explodiram em 2009, mostra pesquisa do Secovi Valor do aluguel fica estável em janeiro
27 de fevereiro de 2010
Expansão imobiliária Alphaville inicia obras em Bonfim Paulista com destino incerto para moradores da Favela Faiane. Depois de muita polêmica, o Alphaville de Ribeirão Preto finalmente saiu do papel. As obras da via de acesso rodoviário que dará acesso ao condomínio de luxo, que será erguido no distrito de Bonfim Paulista, começaram há uma semana. Porém, ainda existe um ponto delicado no caminho da construção: a Favela Faiane, que fica no mesmo terreno onde está sendo erguida a alça viária. Cerca de 200 pessoas moram no local. As obras começaram com os moradores ainda vivendo na favela, o que deixou a comunidade aflita em relação ao seu futuro habitacional. A preocupação se estende à segurança física dos moradores, principalmente das crianças. Isso porque retroescavadeiras, rolos compressores, tratores e outras máquinas de grande porte trabalham quase 12 horas por dia a cerca de 130 metros das dezenas de barracos. Ontem, a Gazeta esteve na favela. Segundo os moradores ouvidos, desde quando começaram as obras de construção do acesso viário, nenhum representante do Alphaville nem das entidades públicas que se comprometeram a retirá-los do local apareceu para dar explicações sobre porquê as obras começaram com a comunidade ainda no terreno. No ano passado, com o objetivo de transferir os moradores da favela para 44 casas populares, foi anunciada uma parceria entre o Alphaville, a Cohab, a Secretaria de Planejamento e o Programa Moradia Legal. “Estamos sem saber o que vai ser da gente. Às vezes, aparece um pessoal aqui, fala que vai tirar todos da favela mas, de concreto, nada”, disse o morador Leonardo da Silva. “Agora, estamos ficando cada vez mais preocupados porque as obras começaram para valer. É preciso redobrar a atenção com as crianças. Caso contrário, pode ocorrer algum tipo de acidente. A quantidade de máquinas e buracos fundos ao redor da favela é enorme”, disse o aposentado João Ginato, ao lado de sua neta de cinco anos. Segundo um dos engenheiros responsáveis pela obra, Alexandre Schimming, o cronograma prevê a entrega da alça viária para 10 de março. “Mas é bem provável que, devido às condições meteorológicas, o prazo seja prorrogado.” RAIO X Números do empreendimento 200 Pessoas vivem na Favela Faiane, que terá de ser desocupada para as obras R$ 85 mi Valor total do investimento do Alphaville para a construção do empreendimento em Ribeirão Alphaville diz que cumpre diretrizes municipais de expansão Diversas vezes durante a tarde de ontem, a Cohab de Ribeirão Preto foi procurada para explicar por que as obras do Alphaville da cidade começaram mesmo com os moradores da favela Faiane ainda morando no terreno. Inicialmente, estava prevista uma entrevista com o presidente da entidade, Rodrigo Iglesias Arenas. Porém, somente por volta das 18h, a Gazeta foi informada de que quem poderia falar sobre o assunto era o secretário municipal de Planejamento, Ivo Colichio Júnior. No entanto, as cinco ligações feitas para o celular do secretário, a última às 19h, deram caixa postal. A assessoria de imprensa do AlphaVille informou que as obras do acesso viário estão sendo realizadas “de acordo com as diretrizes municipais de expansão urbana”. O Alphaville Ribeirão terá 1.467 lotes (1.387 residenciais e 80 comerciais) em uma área de aproximadamente 1,6 milhão de metros quadrados. O investimento total na infraestrutura será de R$ 85 milhões. (EA) Vendas têm aumento Imobiliárias se negam a baixar locação reajustada por variação negativa do IGP-M Empresas optam por manter valor sem deflação Imóveis usados no Rio: preços explodiram em 2009, mostra pesquisa do Secovi Valor do aluguel fica estável em janeiro Incentivo a criação de áreas verdes nos empreendimentos
25 de fevereiro de 2010
Economia e consumo Comércio de Ribeirão registra alta em janeiro e confirma recuperação no período pós-crise. As vendas no comércio de Ribeirão Preto cresceram 5% em janeiro. O número é uma comparação com o mesmo mês do ano passado e, de acordo com o economista do Sindicato do Comércio Varejista de Ribeirão Preto (Sincovarp), Marcelo Bosi Rodrigues, a quantia expressa a tendência para o mercado da cidade em 2010. “Janeiro é tradicionalmente um mês de pouco movimento. No ano passado, o movimento foi bom, então é um crescimento sobre um período que já tinha crescido. E é expressivo em uma época em que as vendas não são tão fortes”, disse. Ainda de acordo com Rodrigues, o resultado apresenta um desenho de como será o ano. “O consumidor está voltando às compras e as empresas estão voltando a investir. A expectativa das pessoas é boa, estão confiantes no País e na economia”, afirmou. E o resultado dessa soma é o consumo, já que o investimento das empresas é embalado pela procura dos consumidores por mercadoria. O setor do comércio que mais teve alta em janeiro foi o segmento de móveis, com crescimento de 14,2%. A explicação, segundo o economista Jair Casquel Jr., pode estar ligada ao crescimento do mercado imobiliário. “A entrega de apartamentos e unidades habitacionais envolve bastante o mercado de móveis. Em geral a pessoa que muda vai comprar algo novo”, analisa. Rodrigues concorda com o motivo e acredita que, há um ano e meio, a venda de imóveis em ribeirão tem apresentado bons resultados. EMPREGO. Já o número de empregados no comércio caiu apenas 0,4% em Ribeirão. O esperado, segundo Rodrigues, era uma queda de 2% a 3% no mês. O setor que mais demitiu foi o de calçados, que cortou o número de funcionários em 7,8%. Já o setor que mais contratou no mês foi o de livraria e papelaria, com crescimento de 5,1%. Preço em loja compensa O casal Lucas Canto de Sousa e Daniela Baptista estão com casamento marcado para o meio do ano. Ontem, eles estavam pesquisando preço de sofá, guarda-roupas e mesa. “Os preços parecem estar aceitáveis. Está saindo mais barato comprar móveis em lojas do que encomendar com marceneiro”, disse Lucas. A vendedora de móveis de um shopping de Ribeirão, Sueli Cristina Rodrigues, disse que este ano os domingos estão bem mais movimentados. “Este ano já teve domingo que tinha congestionamento de gente na loja.” (EA) Imobiliárias se negam a baixar locação reajustada por variação negativa do IGP-M Empresas optam por manter valor sem deflação Imóveis usados no Rio: preços explodiram em 2009, mostra pesquisa do Secovi Valor do aluguel fica estável em janeiro Incentivo a criação de áreas verdes nos empreendimentos Imóvel é opção para diversificar a aposentadoria Espaço limitado
24 de fevereiro de 2010
Já estão em vigor as novas regras do seguro habitacional. Agora, os mutuários poderão escolher entre três propostas de apólice, duas oferecidas pelo banco e uma terceira apurada por ele. Além disso, ao contratar o serviço, o mutuário saberá exatamente quanto pagará até o fim do empréstimo. Isso impede que as seguradoras aumentem os valores ou desistam de cobrir a apólice, caso o mutuário fique doente, por exemplo. Antes da alteração, a renovação automática, sem reajustes, ocorria apenas no primeiro ano. O Instituto Brasileiro de Estudo e Defesa das Relações de Consumo (Ibedec) alerta, entretanto, que os consumidores fiquem atentos para evitar a chamada “venda casada”. “Será grande a pressão dos bancos para que os candidatos a mutuário fechem com a seguradora indicada por eles, com o pretexto de que assim os clientes poderão ganhar pontos na aprovação do financiamento”, disse José Geraldo Tardin, presidente do instituto, ressaltando ainda que quem já tem contrato em andamento pode pesquisar e trocar a apólice. “Se o banco negar, o mutuário deve recorrer ao Judiciário.” Casa própria: Mais opções de seguro Apólice de seguro de financiamento de imóvel deve discriminar valores Bancos deverão ter mais opções de seguro para financiamento de imóvel Casa própria: prestação pode chegar a até 35 porcento da renda Financiamento da casa terá opção de seguro Caixa empresta mais com recurso da poupança do que com FGTS Transferir financiamento esbarra na falta de informação dos bancos
24 de fevereiro de 2010