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Notícias

Centro volta a atrair.

Investidores de imóveis estão optando por comprar apartamentos no Centro de Ribeirão Preto por causa do preço convidativo e o fácil acesso às áreas de compras e lazer. A diferença de preços entre as unidades disponíveis na área central e outras similares construídas em locais em expansão imobiliária, como a Zona Sul, pode chegar a 50%.Embora o projeto arquitetônico não seja moderno, os compradores apontam vantagens como o espaço interno e o conforto de ter por perto lojas, lanchonetes, choperias e um shopping center.Segundo levantamento feito pelo Guia Centro, da Associação Comercial e Industrial de Ribeirão Preto (Acirp), são 2,2 mil empresas no quadrilátero central, nas quais os moradores podem encontra muitos serviços sem ter que utilizar veículo para se locomover.Mas, por se tratar de imóveis usados, o proprietário pode ter desconfortos ao longo do tempo. Via Norte se torna um corredor comercialA avenida Eduardo Andréa Matarazzo, a Via Norte, está sendo considerada o mais novo corredor industrial e comercial de Ribeirão Preto. Empresas estão procurando áreas para construção devido ao baixo custo do metro quadrado e a acessibilidade a pontos comerciais como as avenidas Dom Pedro I e Francisco Junqueira, o distrito industrial e a rodovia Anhanguera. Essa posição deve ser ainda mais consolidada com uma ampla obra do segmento educacional que ainda está em fase de terraplanagem. O terreno mede 35 mil metros quadrados e fica no trecho entre a rua Américo Batista e a rotatória Amim Calil. Primeiro andar pode ser boa opção em RPMudar para um prédio remete à idéia de morar na cobertura, ter uma bela vista, abrir a janela e ver o céu todas as manhãs. Mas algumas pessoas quando acordam costumam ter a garagem ou a própria rua como paisagens da janela do apartamento. Os imóveis de primeiro andar podem não ser a melhor escolha estética, mas sem dúvida apresentam vantagens para os habitantes. Primeiro pela facilidade de acesso. Os imóveis no primeiro andar evitam uso de escadas ou elevadores, ideais para portadores de necessidades especiais que dependem de muletas ou de cadeiras de rodas. Pessoas com idade mais avançada também gostam da escolha, já que não precisam encarar fileiras inteiras de degraus.Faltam praças na FiúsaUrbanistas de Ribeirão consultados pela Gazeta criticaram a falta de previsão de praças para a região da Zona Sul entre as avenidas João Fiúsa, Wladimir M. Ferreira e Carlos Eduardo Consoni. A área é cercada de condomínios e prédios e atualmente um dos pontos em expansão mais valorizados da cidade.Segundo levantamento da Gazeta, não há uma área na região que tenha sido planejada como praça. As áreas de lazer e convivência dos bairros ficam dentro dos condomínios, embora o Código de Obras do Município determine que pelo menos metade dos 20% de área dos empreendimentos destinados para uso comum estejam do lado externo.O engenheiro Lucas Miranca, da Secretaria de Obras, confirma os dados. Para a arquiteta e urbanista Cláudia Perencin, os condomínios estão investindo em áreas verdes, mas somente no interior de suas construções.Empreendimentos movimentam avenidaDois empreendimentos devem movimentar a economia da avenida Maria de Jesus Condeixa, no Jardim Palma Travassos, Zona Leste de Ribeirão. Um deles é uma concessionária de veículos, cuja obra já está em andamento. O empreendimento está situado logo no início da avenida, partindo da Francisco Junqueira. O prédio fica exatamente em frente à uma outra concessionária de veículos da cidade, o que deve aquecer ainda mais a concorrência do setor em Ribeirão.Amin Calil terá nova cara após obrasNovos empreendimentos na região da rotatória Amin Calil, que fica na região entre o centro, a Vila Tibério e os Campos Elíseos. estão alavancando a revitalização e vão dar uma nova cara ao local, que tem andado esquecido. Localizada em frente à Amin Calil, um novo prédio está sendo construído no terreno onde funcionou a loja A Modelar. O local vai abrigar uma concessionária de veículos, mas a empresa não quis confirmar oficialmente os investimentos para a reportagem.

27 de outubro de 2007

AlphaVille será lançado em 2008.

Os primeiros lotes do AlphaVille de Bonfim Paulista devem ser comercializados a partir de outubro do próximo ano. A expectativa é do diretor de projetos da AlphaVille Urbanismo S/A, Marcelo Willer, que esteve ontem em Ribeirão Preto participando da audiência pública que discutiu o Estudo de Impacto Ambiental (EIA-RIMA) do empreendimento.O prazo é uma estimativa do tempo que o empreendedor vai levar para conseguir obter o licenciamento ambiental para iniciar a construção do condomínio.“Serão mais 12 meses para concluirmos o licenciamento, mais 24 meses para a implantação de toda a infra-estrutura e mais 12 meses para o início da ocupação dos lotes. Acredito que os primeiros moradores cheguem daqui a quatro anos”, declarou Willer.A área total do empreendimento, situado na Fazenda Boa Esperança, é de 1.593.106 metros quadrados, onde serão instalados três condomínios residenciais e três áreas comerciais. O tamanho mínimo dos lotes para comercialização será de 450 metros quadrados.Audiência tranqüilaPresidida pelo secretário-executivo do Conselho Estadual do Meio Ambiente (Consema), Germano Seara Filho, a audiência transcorreu tranqüilamente ontem. A partir de hoje, o Consema dá prazo de cinco dias para o envio de dúvidas e sugestões ao EIA-RIMA. Quando aprovado pelo conselho, o empreendedor já obtém o licenciamento prévio para iniciar as obras. Barragem segura chuva ‘de 100 anos’Uma das principais preocupações relacionadas ao novo empreendimento levantadas durante a audiência pública estava relacionada à capacidade de contenção de uma barragem antienchente que vai ser construída no AlphaVille. De acordo com Marcelo Willer, a barragem terá capacidade para segurar as águas da chuva mais forte ocorrida nos últimos 100 anos, mesmo se todos os lotes estiverem ocupados. “Mesmo assim, nós temos um manual de boas práticas construtivas que recomenda a instalação de cisternas nas casas para a utilização da água das chuvas”, explicou. 25/10/07 - Jornal A CidadeDA REPORTAGEM

27 de outubro de 2007

Vai comprar? Antes faça uma investigação geral.

Na hora de comprar um imóvel, no mínimo, desconfie. Por trás de um belos folhetos imobiliários coloridos, com preços convidativos, podem se esconder empresas despreparadas e sem idoneidade. Especialistas, advogados e gente que caiu no conto do vigário têm a mesma opinião: “é necessário investigar”.                                                                       EM BUSCA DE DADOS O Fórum estadual de Ribeirão Preto é um dos endereços que o futuro comprador deve ir para obter certidões negativas De acordo com o diretor presidente do Instituto Brasileiro de Estudo e Defesa das Relações de Consumo (Ibedec), José Geraldo Tardin, o alvo preferido das construtoras sem escrúpulos são as pessoas de baixa renda. “Pessoas mais simples e ingênuas normalmente não tomam as precauções necessárias. Compram os terrenos baratos, sonhando com a casa própria. Mas esse sonho acaba virando pesadelo”, conta.Tardin, que é advogado, afirma que a compra de um imóvel requer muita pesquisa, cautela e atenção. Segundo ele, a incorporadora, o corretor ou vendedor particular do imóvel têm a obrigação de prestar todas as informações solicitadas pelo comprador. “Quem compra também precisa ficar alerta e saber quais documentos pedir”.Em qualquer situação, seja negociação de loteamentos, casas e apartamentos usados ou imóveis na planta, o comprador deve se informar ao máximo sobre a saúde financeira do vendedor, pessoa física ou jurídica, e até mesmo da vida pessoal de corretores ou intermediários. Fórum, Justiça Federal, cartórios de Protesto, Justiça do Trabalho, Receita Federal e cartórios de Registro de Imóveis devem ser consultados. CustosCertidões negativas de ações cíveis, fiscais e criminais do vendedor podem ser obtidas no Fórum e na Justiça Federal. O Fórum de RP cobra uma taxa de R$ 18,00 pelos documentos. Já a Justiça Federal oferece um serviço de consulta on-line, gratuitamente.Na Justiça do Trabalho, por uma taxa de R$ 5,53, o comprador obtém certidão negativa para saber se o vendedor responde por ações trabalhistas. Vale investigar também os dois Cartórios de Protesto da cidade. A taxa é de 13,70 por certidão negativa.Nos dois Cartórios de Registro de Imóveis de RP é possível conseguir as certidões de propriedade com negativa de ônus. O documento custa R$ 27,19. No local, a certidão negativa de débito do IPTU é gratuita para proprietário pessoa física. Se for jurídica, o custo é de R$ 7,19. DeclaraçãoO vendedor é casado? Peça a ele a certidão de casamento. Vale também a certidão de nascimento atualizada, para verificar se tem capacidade jurídica para o negócio. Se o imóvel for em condomínio, o síndico pode emitir uma declaração dizendo que as taxas mensais estão em dia. A consulta ao INSS e Receita Federal são on-line e gratuitas.Os gastos com as certidões são responsabilidade do vendedor. “Outras certidões poderão ser requeridas pelo advogado conforme a peculiaridade de cada negócio. É preciso lembrar que a solicitação desses documentos atrasa o processo, porém evita um prejuízo que pode custar uma vida de trabalho e sacrifícios”, diz o advogado Tardin.À espera da infra-estruturaCompradores do loteamento Parque das Oliveiras, na zona oeste de Ribeirão Preto, não podem construir suas casas porque a empresa responsável não concluiu as obras de infra-estrutura. Os 950 lotes de 8m x 20m foram lançados em 1998 por um preço de R$ 8 mil, com a promessa de que, 30 meses após o contrato, os proprietários poderiam começar a construir. Até hoje isso não aconteceu.O técnico em manutenção Carlos Alberto Petean é um dos prejudicados. Atraído pelo preço popular, comprou um lote, com entrada de R$ 250 e prestações de R$ 217. “Pareceu um bom negócio, mas acabei me dando mal”. Depois de 28 parcelas, sem poder iniciar a construção da casa, ele parou de pagar as mensalidades.O advogado Lino Ignácio de Souza, diretor da Associação Comunitária de Defesa da Cidadania de Ribeirão Preto, já protocolou 150 ações contra a construtora. “Se metade dos proprietários, mais um, tivessem interesse no processo, nós poderíamos requerer o loteamento para finalizar as obras”, conta. De acordo com o empresário Antônio Carlos Maçonetto, membro do Grupo Setorial das Imobiliárias de RP, algumas empresas comercializam terrenos em loteamentos mesmo antes da regularização completa, através de contrato particular. O objetivo é levantar recursos para seguir as obras de infra-estrutura. Jornal A Cidade - 27/10/07ALEXANDRE CAROLO

27 de outubro de 2007

Crescem opções para ser vizinho de RP.

                                                                  LOTES DE MIL M2 Recanto do Rio Pardo: espaços internos generosos Jardinópolis, Cravinhos, Bonfim Paulista, Araraquara. A partir de Ribeirão Preto, seja qual for o caminho, é fácil encontrar condomínios construídos ou em fase de projeto. A procura é grande, pela proximidade, segurança, conforto e preço. O cenário econômico permite melhores linhas de financiamento. Por conta disso, arquitetos e engenheiros não dão folga à prancheta.O vice-presidente do Conselho Regional dos Corretores de Imóveis (Creci), Walter Alves de Oliveira, afirma que o preço é o principal atrativo dos condomínios mais afastados. “Em Ribeirão Preto, os terrenos bem localizados, ou em condomínios fechados, custam caro. Os loteamentos residenciais fora da cidade oferecem as mesmas condições, porém com valores mais baixos”, diz.Há quem busque o condomínio como espaço ideal para criar os filhos. É o caso do fotógrafo Jefferson Barcellos, 37 anos, pai há pouco mais de um ano. Ele vive há dois anos no condomínio Villa Real, perto do Bonfim Paulista. “Posso dizer que a principal motivação para morar em condomínio é minha filha, que poderá dar os primeiros passos numa área próxima ao verde”, conta.Para outros, a segurança é primeiro ponto a ser observado. De acordo com o soldado Galante, da Polícia Militar de Jardinópolis, são raras as ocorrências nos principais condomínios próximos àquela cidade. “Temos aqui a Estância Beira Rio, o Village 1 e 2 e o condomínio Haras. Todos murados, protegidos com cerca elétrica e com portaria 24 horas. É tranqüilo”, diz.SegurançaA psicóloga Eliane de Mello Andrade, 31 anos, escolheu viver no residencial Caimbé, próximo à avenida Celso Charuri, por conta da segurança. “Temos uma ótima convivência com os vizinhos e espaço para a criançada brincar com tranqüilidade. Até o clima é melhor. A temperatura é três ou quatro graus mais baixa em relação ao Centro”, conta.Na próxima quinta-feira, a construtora paulista Vitor Darkoubi vai lançar oficialmente um novo empreendimento, na Anhangüera, próximo ao trevo de Jardinópolis. O terreno do residencial Recanto do Rio Pardo já está sendo preparado. Serão vendidos 142 lotes de 1000 m² a 1,2 mil m² numa área total de 840 mil m².EcologicamenteO loteamento, num terreno plano, fica a 800 metros do leito do Rio Pardo, separada por uma área de várzea de 372 mil m². De acordo com o empresário Cristian Darkoubi, o empreendimento é “ecologicamente correto”, uma vez que vai preservar uma área de Mata Atlântica com 97 mil m². “Também vamos recuperar uma reserva legal de 168 mil m² já doada ao Ibama”, conta. Os terrenos de, no mínimo, 20 x 50 metros começarão a ser formatados a partir de novembro. Segundo o engenheiro Claudio Ezequiel da Costa, responsável pela implantação da obra, o loteamento contará com um sistema de esgoto por fossa séptica. “Os resíduos serão tratados e limpos. Nada chegará ao lençol freático ou ao Rio Pardo”, conta.As ruas, que já estão sendo abertas, terão oito metros de largura, medida pouco maior do que o padrão utilizado em cidades. As avenidas principais terão 10 metros, com calçadas de dois metros. O sistema de eletrificação será o tradicional, aéreo. Segundo Cláudio, a conclusão das obras está prevista para meados de 2008.A construtora possui uma lista de 90 pessoas interessadas nos lotes. De acordo com o gerente de vendas da Darkoubi, Antônio Miguel Cavalieri, os terrenos terão preços que variam de R$ 60 mil a R$ 72 mil. “Os terrenos são grandes, com liberdade total para construção das residências. Também será seguro, por causa da portaria 24 horas”, disse. O Recanto do Rio Pardo é o segundo empreendimento da construtora paulista em Ribeirão Preto. Em 1990, a Darkoubi lançou a primeira etapa do loteamento Planalto Verde, com 3,3 mil lotes em 110 quadras. “Temos planos de lançar um centro comercial no bairro a partir do ano que vem. Serão 75 lojas de 40 m² para locação”, adiantou Cristian Darkoubi.Lotes generosos permitem execução de projetos variadosLote comprado, hora de investir. Terrenos grandes, de 1000 m², como os do Recanto do Rio Pardo, permitem projetos variados. Para economizar, o proprietário pode optar por um imóvel térreo, mesmo que queira espaços internos generosos. Quem dispõe de mais recursos, tem a possibilidade de construir a casa dos sonhos.Segundo o arquiteto Marco Castro, da C4, o custo de uma construção de qualidade pode variar de R$ 1.000 a R$ 1,2 mil por metro quadrado, já incluso o projeto. Em um lote de 20 x 50 metros, um imóvel térreo de médio porte, com 300 m², custaria R$ 300 mil. E ainda sobraria mais de dois terços do terreno para uma área de lazer.Já o Construtor João Batista Ferreira, com 31 anos de experiência em construção civil, afirma que o custo do metro quadrado de uma obra de padrão médio pode variar de R$ 500 a R$ 700, fora o custo do projeto. “A variação do valor depende muito do material de acabamento. A construção pode até custar R$ 400 por metro quadrado, mas o acabamento será mais simples”, conta.AberturasPara terrenos grandes, próximos de áreas verdes, Marco Castro sugere a construção de um sobrado para valorizar a vista. “Grandes aberturas de vidro permitem uma vista panorâmica para as áreas verdes. Usa-se muito o pé-direito duplo, com altura de seis metros, para facilitar a ventilação. Madeira e tijolos dão uma aparência rústica e fica muito bom”, sugere.Área de lazer é quase obrigatória. O custo também varia muito, de R$ 300 a R$ 1.200 por metro quadrado. “Apesar de ser uma construção mais simples, os detalhes acabam definindo o orçamento da área”. Se o proprietário quiser piscina, vai pagar aproximadamente R$ 6 mil por uma de vinil com 3 x 5 metros, completa.Alexandre CaroloEspecial para A Cidade

21 de outubro de 2007

Mercado de usados tem importância singular.

Os técnicos consideram que, quando parado, o mercado imobiliário começa a se movimentar na razão direta: 1- da recuperação do mercado de locação; 2- da retomada dos negócios com imóveis usados.O argumento tem razão de ser.Um bem vale pelo que ele rende. Assim, se ele não rende nada é porque não vale nada. É o que ocorre com imóveis postos em oferta no mercado para locação. E a assertiva vale tanto para imóveis residenciais quanto para imóveis não residenciais. As placas de “aluga-se”, que tanto os proprietários individualmente considerados quanto as imobiliárias colocam nos imóveis oferecidos para locação, comprovam o que se afirma.Se o imóvel fica exposto mas não tem oferta e – o que é pior – chega a ser rejeitado, seu valor de mercado se deprecia. Além dos dispêndios naturais que acarreta. Durante o tempo em que está em oferta, o imóvel gera gastos com tarifa de água e esgoto, com IPTU – se for construído e não apenas um terreno – com depreciação. Em vez de renda positiva, gera renda negativa que se conhece como gastos.Outro indicador, que antecipa retomada de negócios no mercado imobiliário como um todo, é o que diz respeito às transações com imóveis usados. É um mercado pouco noticiado pela mídia. E as empresas de construção civil dele não participam porque estas oferecem apenas para venda imóveis novos. Mas o mercado de imóveis usados tem importância singular no total das transações imobiliárias. E, quando os negócios são retomados nesta fração do todo, imediatamente o mercado inteiro se movimenta. “Para entender o todo é preciso conhecer as partes”, dizia Aristóteles.Pois bem, depois de falarmos da, embora tímida, retomada do mercado de locação em nossa região – conseqüência da abertura de novas empresas e do crescimento um pouco menos vagaroso do PIB – agora a mídia da capital do Estado anota retomada de negócios envolvendo imóveis usados. O primeiro semestre deste ano de 2007 – de janeiro a junho – em confronto com igual período do ano passado, acusou expansão de mais de 3% nos negócios com imóveis usados. Esta percentagem não é confirmada por profissionais do mercado em nossa cidade. São os corretores de imóveis. Mas todos confirmam uma expansão cuja percentagem, entretanto, eles pretendem ainda medir.Bom lembrar que o mercado formal é aquele que pode perfeitamente ser medido por meio das anotações nos cartórios de registro de imóveis. Mas o mercado informal é muito maior. Não raro, a transação ocorre numa época mas a lavratura da escritura e o registro, em outra época. Em termos econômicos vale o primeiro tempo. Juridicamente, o segundo.VICENTE GOLFETO

21 de outubro de 2007

Número em azulejo.

Moradores de Ribeirão deixam de usar metais após sequência de furtos em vários bairros da cidade. Moradores de Ribeirão estão substituindo os tradicionais números de metal (alumínio, cobre e ferro) que identificam suas residências por pequenas obras de arte feitas em mosaico (técnica que produz uma espécie de quadro usando azulejos quebrados como matéria-prima).Os números de metal são alvos constantes de furtos na cidade, muitas vezes com objetivo de troca por pequenas porções de droga. É comum encontrar moradores de Ribeirão que já passaram pelo inconveniente de terem as peças levadas.As peças de metal são vendidas a casas de fundição ou ferros-velhos, que chegam a pagar até R$ 8,50 peloo quilo de alumínio e até R$ 7 pelo quilo de latão - os materiais mais comuns que compõem as peças.O artista plástico Rinart di Romano, 38, produz os números de mosaico em sua oficina e eles são uma opção contra a ação dos ladrões. Ele conta que é possível ganhar até R$ 400 por mês com a venda das peças "quando o movimento está bom”. Cada algarismo custa R$ 6.Há cinco anos ele trabalha com esse tipo de produção, além dos vasos, bandejas e quadros que também vende. "Completo minha renda com todo o tipo de arte que faço, assim como aerografia e malabarismo na porta de bares e restaurantes", afirma.Romano diz que já perdeu as contas de quantos números de mosaico já colocou nas casas dos bairros onde mora - Monte Alegre. "Aqui, esse tipo de ação é comum e as pessoas dão preferência para esse tipo de material." O artista também desenvolveu um chassi de ferro que coloca os números para serem fixados melhor nas fachadas das residências - que ele vende por R$ 10 cada (sem os números).Nas lojas de Ribeirão, cada algarismo de metal pode ser encontrado pelo preço médio de R$ 2,50 (alumínio) e R$ 5 (bronze), mas podem chegar a R$ 50 dependendo do tamanho e do material.A moradora do Jardim Independência Márcia Ferreira, 30, teve que buscar esse tipo de alternativa. Há oito meses o número 389 da frente de sua casa foi levado - eram feitos de bronze. No lugar, ela teve que colocar azulejos com a identificação, e gastou cerca de R$ 40. "Assim evito que eles sejam levados novamente", afirma. Ela conta que não viu a ação dos ladrões e também só notou a falta dos algarismos dias depois.A falta de identificação nas residências podem gerar uma série de inconvenientes. Há três meses, uma placa de bronze com o número 258 marcava o endereço da residência de Maria Amália dos Santos Boaretto, 55, moradora do Jardim Independência há 34 anos. Hoje um buraco na parede denuncia o furto da peça de metal. Ela conta que tem que dar instruções para os entregadores de pizza ou de farmácias. "Peço para entregarem na casa que tem um buraco na parede", afirma. Ela diz ter comprado novos números de azulejos para colocar no local e deve instalá-los na próxima semana.Moradora do Jardim Paulistano há mais de 20 anos, Aparecida Zuchermaglio Pinto, 60, também foi vítima de furto. As peças de bronze que marcavam o número 1.351 na porta de sua casa desapareceram durante um feriado prolongado que a família esteve viajando. "Vou ter que colocar algo que não chame a atenção, senão serei roubada novamente." Ela está pensando em colocar peças de madeira - que não podem ser trocadas ou vendidas pelas mesmas finalidades dos furtos dos algarismos de metal.A polícia aponta principalmente duas situações para explicar esses casos: pessoas que furtam as peças de metal para conseguir dinheiro - para diversas finalidades, inclusive para comprar drogas - e atos de vandalismo praticados por jovens.A polícia afirma que essas situações são difíceis de serem identificadas, principalmente pela falta de denúncia. "Na maioria das vezes os furtos ocorrem e os moradores não tomam conhecimento imediato, só percebem depois de alguns dias e não acionam a polícia", afirma o tenente Eliabe Guedes Furtado, relações públicas da Polícia Militar de Ribeirão Preto. Ele diz que a polícia faz trabalhos preventivos para combater as ações de furtos, mas pede para que os moradores acionem a polícia através do 190 se perceberem algum tipo de atitude suspeita.O tenente ainda orienta os moradores a utilizarem materiais que não sejam de metal, como madeira ou porcelana. No caso de preferirem a utilização dos números de metal, é melhor instalá-los em locais mais altos, de difícil acesso. GUILHERME TAVARES

20 de outubro de 2007

Vizinhos valorizam ou causam prejuízos.

                                                                                        NO CENTRO DE RP Nileide, síndica e moradora em prédio da rua Saldanha Marinho vizinho de construção abandonada: vizinho incômodo Vizinhança é loteria. É imprevisível. Porém, alguns cuidados devem ser tomados na hora de escolher um imóvel para morar. Um passeio a pé pelos arredores do futuro patrimônio, com ouvidos e olhos bem abertos, pode ajudar a identificar se a convivência no bairro será tranqüila ou uma verdadeira dor-de-cabeça.A analista de sistemas Nileide Penna, 30 anos, testemunha da janela do apartamento onde mora há quatro anos um processo de degradação que já dura uma década. O prédio vizinho, que seria um edifício residencial de classe média, na rua Amador Bueno, no Centro de RP, hoje é apenas um esqueleto de ferro e concreto abandonado que serve de dormitório para moradores de rua e como local para consumo de drogas.A obra do prédio foi interrompida há dez anos por conta da falência da Encol, até então uma das maiores ex-construtoras de imóveis residenciais do Brasil. Com uma dívida de R$ 800 milhões, deixou 710 empreendimentos em 65 cidades do País. Parte do legado da ex-gigante do setor imobiliário agora apodrece fisicamente e ajuda a revelar cicatrizes sociais.Síndica do edifício Regency Home Service, na rua Saldanha Marinho, no Centro, Nileide lamenta o fato de que jovens freqüentam o antigo prédio para comprar e consumir drogas. “Aquilo é uma baderna. A prefeitura coloca tapumes para impedir a entrada, mas não adianta nada. O local serve como motel e ponto de tráfico”, conta.Moradora do segundo andar, Nileide reclama da desvalorização imobiliária provocada pelo vizinho indesejado e outras casas próximas que também são freqüentemente invadidas. “O valor de mercado do meu apartamento é R$ 50 mil. Porém, seu eu quiser vender, vou conseguir R$ 40 mil ou R$ 45 mil, no máximo”, conta.O Regency possui dez andares com 40 apartamentos de um dormitório. Conta com portaria 24 horas e sistema de segurança com câmeras de monitoramento. O valor do condomínio, R$ 300, supera o preço do aluguel, que varia de R$ 200 a R$ 250. “Aqui vivem na maioria estudantes ou casais sem filhos”, conta Nileide, que mora com o marido.O vizinho bomFeliz vive o síndico do edifício Palácio dos Comerciários, Nivaldo Tavares de Oliveira, que é vizinho ao prédio da Prefeitura de Ribeirão Preto, na rua General Osório, no Centro. Segundo ele, um dos poucos locais da cidade onde se pode ficar na rua dia e noite, sem se preocupar com a violência. “Os guardas civis que fazem a segurança do Palácio Rio Branco garantem a tranqüilidade”, conta. O edifício de Nivaldo possui 27 apartamentos de 146 m², com três dormitórios, garagem, portaria 24 horas e vista privilegiada. Os moradores contam com mercados, farmácias, bares, hotéis e outros serviços nas proximidades. “Um apartamento aqui vale R$ 120 mil. Só não vale mais porque divide espaço com o Sindicado dos Comerciários”, afirma.Para o arquiteto urbanista Claudio Bauso, a conservação do patrimônio histórico pode influenciar no valor imobiliário da região onde está situado. Porém, afirma que não é um fator determinante e justifica dando como exemplo algumas áreas ainda degradadas do Centro de Ribeirão Preto, mal iluminadas, com imóveis abandonados e invadidos.“É muito ruim morar próximo a imóveis mal cuidados. Algumas áreas do Centro, principalmente na região da baixada, precisam ser melhor consideradas no processo de revitalização. Só assim o valor imobiliário pode aumentar”, conta ele, que é membro do Conselho de Preservação do Patrimônio Cultural (Conppac). Perto da Catedral, da padaria e até de shoppingcenterA vista é privilegiada para a Catedral de Ribeirão Preto. A confeitaria, com pãozinho de primeira, fica logo ao lado, assim como o mercado, colégios, posto de combustível 24 horas, a Sociedade Recreativa e a arborizada Praça Luiz de Camões. O entorno é salpicado de prédios históricos conservados. Tudo a “um pulinho” do Shopping Santa Úrsula. A descrição do local é um sonho para quem quer morar na região central da cidade. Valorizado tanto pela amplitude do apartamento quanto pela qualidade da vizinhança, o edifício Alberto Coselli é o mais novo endereço da bancária aposentada Maria Helena Paschoal. Ela mora no local há dois meses é já comemora. “Foi um dos melhores investimentos que fiz”.O edifício possui 11 andares com apartamentos de três dormitórios, sendo uma suíte. Portaria e vigilância monitorada nos corredores e garagem funcionam 24 horas. São dois apartamentos por andar, o que leva o valor do condomínio para R$ 500 por mês. “Pelo conforto e a segurança do prédio é um valor justo”, conta Maria Helena.Segundo a corretora Maria Aparecida de Oliveira, da imobiliária Habiteto, apartamentos desde padrão naquela área custam em média R$ 150 mil. Porém o valor pode variar de acordo com o acabamento do imóvel, nível de segurança, área de lazer, entre outros aspectos.Alexandre CaroloEspecial para A Cidade

14 de outubro de 2007

Depois de Bonfim, Cravinhos.

O simpático distrito de Bonfim Paulista não é toda a zona sul de Ribeirão Preto mas é parte importante desta zona sul, exatamente a que mais expressão imobiliária tem em toda região. Quando falamos de expressão imobiliária, falamos de valorização monetária dos terrenos e das construções nela contidos. Aplicar recursos finaceiros em imóveis na zona sul de Ribeirão Preto – claro que falamos a respeito de boa compra, de quem sabe comprar e não de qualquer aquisição – é certeza de se ter um excelente retorno.Em sendo zona sul – portanto, o futuro – Bonfim Paulista tem ares claros, do ponto de vista urbanístico, do passado. Assim, concilia o passado com o futuro, o que lhe confere um presente em condições de permitir melhor exploração disto que poderíamos dizer ser seu charme.O desenvolvimento urbano da sede do município está fazendo com que Ribeirão Preto literalmente abrace Bonfim Paulista. Depois de abraçá-lo, a cidade deve prosseguir seu desenvolvimento territorial rumo ao que recentemente denominamos de extremo sul de Ribeirão Preto. E aí, já estamos falando do dinâmico município de Cravinhos.Poucos se lembram – ou sabem – mas Ribeirão Preto já foi distrito de São Simão. Como Dumont e Guatapará já foram distritos de Ribeirão Preto. Como Sertãozinho já fez parte do território físico de Ribeirão Preto.A economia soma enquanto a Política divide, separa. Quando nós passamos por rodovias nós lemos “divisa de tal município”. A partir daquela fronteira, inicia-se outro município. Pois bem, todos os municípios acima relacionados – isto para ficarmos apenas com São Simão, RP, Dumont, Pontal, Sertãozinho e Guatapará – já foram um único espaço físico sob um único governo local. O que a Política fez – parcelar o solo e dividir o território acima em municípios – a Economia tem feito na linha oposta, isto é, tem somado.É a partir daí que se nota a geração de: 1- aglomerados urbanos; 2- uma região metropolitana em gestação; 3- conurbação em todas as suas modalidades, isto é, física, cultural e econômica. No extremo norte de Ribeirão Preto fica o simpático município de Jardinópolis, contraponto de Cravinhos, no extremo sul. Esta seqüência territorial já nos permite vislumbrar que, em breve, estes três municípios – e ficamos apenas com estes exemplos, por enquanto – estarão unidos territorialmente, já que estão entrelaçados em termos definitivos do ponto de vista econômico. Eles seguem Bonfim Paulista, com sua característica especial: é marcado pelo dinamismo da zona sul de RP mas, pela sua arquitetura, mostra um conservadorismo que precisa de ser melhor explorado do ângulo econômico.Jurucê – em tupi-guarani, boca doce – simpático distrito de Jardinópolis, está desenvolvendo um tipo de empreendedorismo baseado na gastronomia. Bonfim Paulista tem tudo para ser contraponto. Mas com mais alternativas econômicas, assentadas em empresas de pequeno porte mas situadas dentro de seu espaço físico. VICENTE GOLFETO

14 de outubro de 2007

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