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Condomínios Horizontais - Barcelona e Jacksonville.

Reportagem compara o crescimento urbano de Ribeirão Preto com cidades nos Estados Unidos e na Europa. Pensando em comparar o crescimento urbano de Ribeirão, que inclui a criação de cada vez mais condomínios fechados horizontais, com as tendências de outras cidades no mundo a Gazeta conversou com uma especialista no mercado imobiliário em Jacksonville, na Flórida, Estados Unidos, e com um publicitário de Barcelona, na Espanha.Jacksonville tem cerca de 800 mil habitantes e está no litoral da Flórida. Lá, a tendência é de criação de condomínios na área periférica da cidade, com preços mais baixos do que os encontrados na região central, segundo Krista Fracke, corretora que deu entrevista à Gazeta de RibeirãoEm Barcelona, uma das cidades mais visitadas do mundo, há um problema de espaço que restringe o crescimento para a periferia.A cidade tem 1,6 milhão de habitantes e apenas 100 quilômetros quadrados de área. Ribeirão, com 550 mil moradores, tem 651 quilômetros quadrados de área total.Além disso, Barcelona é “cercada” pelo mar de um lado e por montanhas do outro.Segundo o publicitário Lucas Ubach Corpas, com a constante procura da cidade por estudantes e jovens de todo o mundo, a expansão imobiliária é basicamente vertical e localizada na região central da cidade.Ele afirma que um apartamento de 35 metros quadrados na região pode chegar a custar 250 mil euros, ou algo em torno de R$ 700 mil.Veja abaixo um pouco mais informações sobre as duas cidades.JACKSONVILLE - BOAS OPORTUNIDADES DE NEGÓCIONa cidade de Jacksonville, na Flórida - EUA, os condomínios horizontais também são bastante procurados. O motivo é o preço mais acessível, diferente do que ocorre em Ribeirão Preto, onde a principal preocupação de quem mora em condomínios fechados é a segurança. "Até hoje não vi ninguém que esteja preocupado com a segurança quando busca uma casa em um condomínio", afirma a corretora de imóveis Krista Fracke. Jacksonville é uma cidade litorânea com 800 mil habitantes, sem predominância de faixa etária - a 14ª maior dos Estados Unidos - e, acostumada com casas de praia, também possui condomínios fechados, que estão instalados ao redor da cidade, principalmente. De acordo com Krista, são cerca de 18 deles dentro da cidade - com vários outros projetos sendo construídos - e mais de 100 ao redor. "Geralmente as casas dos condomínios são menores do que as residências comuns e também obedecem a um padrão. Por isso, é mais comum haver interessados em comprar imóveis do que alugar, o preço dessas casas é um pouco mais baixo", diz, afirmando que os preços imobiliários em geral de Jacksonville são sempre mais baixos do que de outras cidades litorâneas. Enquanto o metro quadrado no centro da cidade está avaliado em aproximadamente US$400, os condomínios fechados na área sul de Jacksonville - a 20 minutos do centro - oferecem o metro quadrado por US$ 160. "Como o mercado aqui é muito forte, são possíveis grandes oportunidades de negócios", afirma Krista. (Gazeta de Ribeirão)BARCELONA - ALTO CUSTO DE VIDAEnquanto Ribeirão Preto, com seus 600 mil habitantes distribuídos em 651 quilômetros quadrados, Barcelona, na Espanha, apresenta uma situação bastante diferente. Dona do mais alto custo de vida da Europa, Barcelona possui 1.600.000 habitantes, e espreme-se entre o oceano e as montanhas em apenas 100 metros quadrados. Ou seja, com mais que o dobro dos habitantes de Ribeirão Preto, em um espaço seis vezes menor. A tendência, diante dessa situação é o crescimento vertical, o que provocou um boom na oferta de apartamentos por preços exorbitantes. "Lá você encontra apartamentos de 60 metros quadrados por um aluguel de 800 euros ou, se quiser comprar, tem alguns de 35 metros quadrados por 250 mil euros", conta o publicitário espanhol Lucas Ubach Corpas, acostumado a morar sozinho e a transitar pelas ofertas de mercado da cidade. Ele ainda lembra que o salário médio de um trabalhador comum em Barcelona é de 1.200 euros. A cidade é hoje um pólo educacional europeu e atrai pessoas, a grande maioria jovens, de todos os cantos do mundo. "Lá as pessoas não andam de carro porque não há lugar para estacionar. Todos utilizam o transporte coletivo", diz. As diferentes circunstâncias é que estimulam as reações sociais nas cidades. Em Barcelona, por exemplo, é possível depender dos serviços públicos como saúde, educação e transporte, por serem altamente qualificados. O professor de psicologia social da USP, Sérgio Kodato, é categórico ao explicar o fenômeno dos condomínios horizontais no Brasil. "As pessoas vão buscar por si o que o poder público não oferece. A segurança é uma delas".

30 de setembro de 2006

Condomínios Horizontais - Leste recebe investimento.

Região tem série de lançamentos e enfrenta polêmica com preservação de área de recarga do Aquífero Guarani. FRANCINE MICHELI O desenvolvimento acelerado da Zona Leste de Ribeirão Preto tem atraído uma fatia específica e ampla do mercado: a classe média. A criação de vários novos acessos rodoviários e a valorização do comércio e dos bairros integrantes possibilitaram a instalação de 10 condomínios fechados que oferecem casas entre R$ 90 mil e R$ 130 mil, aproximadamente.Com base nos dados da PNAD - Pesquisa Nacional de Avaliação por Domicílio -, realizada pelo IBGE, a classe média pode ser definida em três níveis. A classe média alta, com renda familiar acima de R$ 5 mil mensais. Em seguida, a classe média média, com renda mensal entre R$ 2,5 mil e R$ 5 mil e a classe média baixa, com renda mensal de R$ 1 mil a R$ 2,5 mil.Em um dos condomínios de Ribeirão Preto cujo público-alvo é a classe média, o Ouro Verde, o comprador pode adquirir uma casa por cerca de R$ 99 mil. De acordo com Hugo Brandani, diretor da BCF - Empreendimentos, responsável pelos condomínios Ouro Verde e Ouro Branco, a região apresenta um alto potencial para novos empreendimentos."Além de possuir terrenos planos e altos, o preço do metro quadrado é mais barato. Também há as novas entradas para a cidade, com a entrega de novas rodovias. Isso valoriza e muito o local", afirma. O gerente de vendas Uassyr Pinheiro aproveitou as oportunidades dos condomínios da Zona Leste. Há um ano e meio adquiriu uma casa no Condomínio Ouro Verde por R$ 95 mil. Metade do valor, Pinheiro pagou com recursos próprios e a outra metade financiou em 48 vezes. "O preço e as condições me levaram a sair de um apartamento e a optar por uma casa em condomínio fechado. Além disso, tenho segurança e contato com o meio ambiente. É morar na cidade com cara de campo". Para Carlos Schummacher, coordenador de vendas da Construtora Itajaí, responsável pelos condomínios Jatobá e Jequitibá, acredita que a classe média representa um público em potencial."A concorrência é alta devido à grande oferta de condomínios horizontais na cidade. Mas a procura também está sendo grande, a classe média também precisa e está à procura de segurança", diz. Quando foi lançado, no ano passado, o residencial Jequitibá oferecia casas a R$ 99mil. Hoje, com uma valorização de quase 30%, o valor subiu para R$ 128 mil, sendo que a primeira etapa das vendas já foi totalmente vendida.Quem busca preços acessíveis em regiões super valorizadas, pode encontrar casas em torno de R$108 mil nos condomínios Jardim dos Gerânios e Jardim dos Hibiscos, duas exceções entre os altos valores da Zona Sul da cidade. Lançamentos vão esperar Novos empreendimentos terão de esperar para serem implantados na Zona Leste de Ribeirão Preto. É o que afirma Carlos Eduardo Alencastre, diretor do Departamento de Água e Energia Elétrica do Estado.Há cerca de um ano, uma reunião entre a diretoria, a Cetesb, Secretaria Municipal de Planejamento e promotoria pública, definiu que novos empreendimentos na Zona Leste deveriam ser evitados, até que saíssem os primeiros resultados do Projeto de Poluição Ambiental e Desenvolvimento Sustentável do Sistema Aqüífero Guarani. Subsidiado pelo Fundo Mundial de Meio Ambiente e pela Organização dos Estados Americanos - entidade ligada à ONU -, o projeto prevê quatro estudos piloto em diferentes áreas de abrangência do aqüífero. Um desses projetos pilotos tem como objetivo analisar o desenvolvimento e a ocupação urbana de Ribeirão Preto. A Zona Leste, no caso, está localizada em uma das áreas de recarga do Guarani que se estende em uma faixa de 50 quilômetros em Ribeirão, o que gerou preocupação no que diz respeito à implantação de novos empreendimentos. (Gazeta de Ribeirão)Não troco por nadaO preço acessível da casa no condomínio Jatobá foi um dos fatores que levaram a jornalista Fabiana Teixeira a comprar o imóvel à vista. Depois de vender o carro e retirar o dinheiro da poupança, Fabiana investiu R$ 95 mil em uma casa de 3 quartos, em 88 metros quadrados. Ela já morava no mesmo condomínio e, depois de casada, preferiu permanecer no local, já que o marido também era morador do residencial. A segurança foi uma das preocupações na hora da escolha. "Como meu marido é músico e sempre chega de madrugada de ônibus com o pessoal da banda e com os equipamentos, preferimos não arriscar e ficar por aqui". Fabiana, que sempre morou com os pais em casa comum, diz que não troca o condomínio fechado por nada. "A liberdade e a qualidade de vida também são prioridades, principalmente para quem tem ou quer ter filhos. Isso não tem preço. Se não estivesse em um condomínio, estaria gastando com cercas elétricas, vigilantes, alarmes e tantas outras coisas", diz, ressaltando que mudaria de casa, só se for de outro condomínio.

30 de setembro de 2006

Sem fiador, candidatos fecham contrato em nome de terceiros.

GIOVANNY GEROLLAO número de dificuldades encontradas por quem caminha em busca de um imóvel para alugar pode ser proporcional à quantidade de placas que anunciam vagas para locação nas ruas de São Paulo --sobretudo se o pretendente vem de outra cidade ou Estado.Apesar da crescente opção de garantias locatícias, o candidato a locatário também tem à sua disposição um grande leque de entraves para conseguir viabilizá-las.O problema "mais comum" é a falta do fiador, pondera José Augusto Viana Neto, presidente do Creci-SP (Conselho Regional de Corretores de Imóveis do Estado de São Paulo).Para quem vem de outras localidades, a saga é ainda mais dramática, pois as imobiliárias geralmente só aceitam um fiador que seja proprietário de um imóvel na mesma localidade do que se quer alugar.NômadeFoi o que aconteceu com o designer gráfico José Maia, 22, que trouxe sua mudança de Brasília (DF) há cinco anos e ainda não se estabeleceu."Já morei em oito endereços, mas só consegui parar em um flat, porque a caução era só de um mês de aluguel. O problema era a mensalidade, de R$ 1.500", lamenta."Tentei uma vez indicar minha mãe como fiadora, mas o medo dos locadores são os custos altos caso ela tenha de ser acionada em Brasília", justifica."Para esse tipo de situação, há o seguro-fiança", receita o presidente da Abami (Associação Brasileira de Advogados do Mercado Imobiliário), Geraldo Beire Simões, 76."O locatário paga uma taxa anual de 80% a 100% do valor de um mês de aluguel."Mas, para essa opção, também há uma grande barreira: nem todos conseguem driblar a burocracia para ter cadastro aprovado nas seguradoras.Maia, por exemplo, revela que não possui carteira de trabalho assinada, tipo de comprovante de renda mais requisitado para ter aval de crédito."Sou free-lancer e não aceitam meus recibos de movimentação da conta corrente como comprovação", afirma.Outro brasiliense, o fotógrafo Marcelo Barbosa, 35, trouxe mala, cuia e seus dois gatos para São Paulo, mas não tinha poupança para pagar caução ou crédito para um seguro-fiança."Eu passava cada semana na casa de um conhecido diferente", lembra. "Uma amiga, que pretendia se mudar, ofereceu-me o apartamento onde estou agora. O contrato ainda está no nome dela", declara, aliviado.Laranja"Mas isso é muito arriscado", alerta o advogado Cristiano de Souza Oliveira, 34. "Se acontecer algo ao imóvel ou se o morador tiver problemas de conduta no condomínio, responderá o proprietário, que vai pressionar quem assinou o contrato."O último recurso para o designer F. B., 23, foi "chamar a mamãe" --ou melhor, a irmã dela. Com contas a prestar ao Serviço de Proteção ao Crédito, não conseguia alugar, mesmo tendo o avô como fiador. "A solução foi pedir para minha tia assinar o contrato", conta.

25 de setembro de 2006

Locador escolhe o tipo de garantia.

Antes de assinar o contrato, o candidato a locatário tem de "comer na mão" do locador. "Como a lei protege o proprietário até o momento em que o documento é assinado, ele tem direito de exigir a garantia que preferir entre as previstas na legislação", orienta o advogado Cristiano Oliveira."Só depois da mudança para o imóvel é que o inquilino passa a ser prioridade para a lei." Mas não é permitido escolher mais de uma modalidade para o mesmo contrato.Todas as opções têm seus prós e contras, para ambos os lados. O fiador representa maior segurança para o locador do que a caução, que pode ser de valor máximo equivalente a três meses do aluguel."Normalmente as ações de despejo se estendem por mais de três meses", explica o diretor do Secovi-SP (sindicato da habitação) Jaques Bushatsky.Uma alternativa que dispensa a caça ao fiador é o seguro-fiança. "O locatário não pedirá favor a ninguém, e a segurança é a ideal para o locador", complementa Bushatsky.Mas, para o locatário, essa vantagem é desequilibrada pelo peso adicional no seu bolso.A gerente de atendimento da Coutinho Amaral Corretora de Seguros, Eliana Oliveira Rosado, 33, lembra que a maior viabilidade do seguro-fiança está nos contratos de curto prazo, já que "quem fica dez anos no imóvel pagará o seguro também por dez anos".Se nenhuma dessas alternativas burlou deficiências financeiras ou restrições cadastrais, ainda há chance de o "sem-aluguel" sair da rua da amargura.Opções extras"Além de títulos de capitalização, é previsto pela lei 11.196 [novembro de 2005] um fundo de investimento para garantia da locação", afirma Bushatsky."O acordo autoriza o banco a transferir o dinheiro do fundo para a conta do locador, caso o inquilino não pague o aluguel."Outra alternativa, boa para quem vem de fora e melhor que a do fiador, é indicar um imóvel próprio como garantia."O bem pode estar em outro município, só é preciso registrá-lo, no cartório onde está matriculado, como garantia de dívida", declara Bushatsky.A imobiliária Lello anuncia ainda a Rede Avançada de Locação, que reúne empresas em 13 capitais brasileiras."As associadas assumem a avaliação de fiadores em outras cidades. Em caso de processo judicial em que o fiador deva ser procurado, a empresa local assume a responsabilidade", diz José Roberto de Toledo, 53, diretor da Lello.O programa não tem custos adicionais ao cliente, mas só pode ser utilizado para locação de imóveis anunciados pelas empresas associadas.

25 de setembro de 2006

Locador escolhe o tipo de garantia.

Antes de assinar o contrato, o candidato a locatário tem de "comer na mão" do locador. "Como a lei protege o proprietário até o momento em que o documento é assinado, ele tem direito de exigir a garantia que preferir entre as previstas na legislação", orienta o advogado Cristiano Oliveira."Só depois da mudança para o imóvel é que o inquilino passa a ser prioridade para a lei." Mas não é permitido escolher mais de uma modalidade para o mesmo contrato.Todas as opções têm seus prós e contras, para ambos os lados. O fiador representa maior segurança para o locador do que a caução, que pode ser de valor máximo equivalente a três meses do aluguel."Normalmente as ações de despejo se estendem por mais de três meses", explica o diretor do Secovi-SP (sindicato da habitação) Jaques Bushatsky.Uma alternativa que dispensa a caça ao fiador é o seguro-fiança. "O locatário não pedirá favor a ninguém, e a segurança é a ideal para o locador", complementa Bushatsky.Mas, para o locatário, essa vantagem é desequilibrada pelo peso adicional no seu bolso.A gerente de atendimento da Coutinho Amaral Corretora de Seguros, Eliana Oliveira Rosado, 33, lembra que a maior viabilidade do seguro-fiança está nos contratos de curto prazo, já que "quem fica dez anos no imóvel pagará o seguro também por dez anos".Se nenhuma dessas alternativas burlou deficiências financeiras ou restrições cadastrais, ainda há chance de o "sem-aluguel" sair da rua da amargura.Opções extras"Além de títulos de capitalização, é previsto pela lei 11.196 [novembro de 2005] um fundo de investimento para garantia da locação", afirma Bushatsky."O acordo autoriza o banco a transferir o dinheiro do fundo para a conta do locador, caso o inquilino não pague o aluguel."Outra alternativa, boa para quem vem de fora e melhor que a do fiador, é indicar um imóvel próprio como garantia."O bem pode estar em outro município, só é preciso registrá-lo, no cartório onde está matriculado, como garantia de dívida", declara Bushatsky.A imobiliária Lello anuncia ainda a Rede Avançada de Locação, que reúne empresas em 13 capitais brasileiras."As associadas assumem a avaliação de fiadores em outras cidades. Em caso de processo judicial em que o fiador deva ser procurado, a empresa local assume a responsabilidade", diz José Roberto de Toledo, 53, diretor da Lello.O programa não tem custos adicionais ao cliente, mas só pode ser utilizado para locação de imóveis anunciados pelas empresas associadas. da Folha de S.Paulo - 24/09/06

25 de setembro de 2006

Plano Diretor "velho" pode valer.

  Perante o Ministério das Cidades, Ribeirão Preto já tem um Plano Diretor atualizado. A revisão das leis elaboradas em 1995 já foi feita em 2003 e, em tese, o município não precisaria se preocupar em ter as leis complementares aprovadas pelo Legislativo até o dia 10 de outubro, como exige o Estatuto das Cidades de municípios com mais de 20 mil habitantes. Qual seria, portanto, o motivo para tanta correria e debates a respeito do assunto? Segundo o arquiteto da Secretaria Municipal do Planejamento, José Antônio Lanchoti, não há como projetar e planejar o desenvolvimento do município só com a revisão feita há três anos. “Pode parecer redundante, mas sem as Leis Complementares o Plano Diretor fica incompleto”, afirma. “Em 2003 avançamos e conseguimos criar figuras jurídicas que não existiam em 1995. Mas serão as leis complementares que darão instrumento para a aplicação prática dessas figuras”, observa.Entre os exemplos do que pode ser considerado “avanço”, Lanchoti cita a criação em 2003 do chamado “estudo de impacto de vizinhança”. “Desde 2003, qualquer empreendimento urbano de grande porte que possa alterar o entorno só pode ser feito após um estudo indicando como isso vai alterar a vida das pessoas e após uma consulta da população. Esse foi um avanço. Mas as Leis complementares é que vão dizer de que forma o estudo deve ser feito, o que deve ser levado em consideração”, explicou. Até a segunda-feira, os vereadores devem receber quatro peças complementares ao Plano Diretor: Plano Viário, Mobiliário Urbano, Código de Obras e Lei de Uso e Ocupação do Solo.CASORodoviária é bom exemploHá pelo menos cinco anos, a Prefeitura discute se o Terminal Rodoviário de Ribeirão Preto continuará no Centro. Como há necessidade de reforma e ampliação do prédio, chegou-se a cogitar a possibilidade de transferir a rodoviária. Campos Elíseos e uma área próxima ao Educandário foram dois pontos considerados. “Isso não poderia acontecer se não houvesse estudo de impacto de vizinhança. Por isso houve mobilização da população na época”, diz Lanchoti. Hoje a tendência é de que o terminal continue no mesmo local.VERIDIANA RIBEIRO

24 de setembro de 2006

Conheça as 7 certidões necessárias para "exorcizar os pecados" do ex-dono do imóvel.

  DÉBORA FANTINIUm dos fantasmas mais temidos na compra da casa própria é descobrir, depois do negócio fechado, que o imóvel adquirido é mal-assombrado por dívidas do ex-dono.Tributos municipais, como o IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano) e a extinta taxa do lixo, e despesas com luz, água, gás e condomínio são sombras do imóvel, e, por lei, débitos são responsabilidade do atual proprietário.Já a sombra do ex-dono pode se projetar sobre o imóvel de forma ainda mais assustadora, como ação de penhora.Assombrações como essas precisam ser exorcizadas antes da compra, com certidões negativas de débito --comprovantes de que não há contas pendentes nem correm ações contra o vendedor que possam alcançar o imóvel.No total, são pelo menos sete documentos, emitidos por diferentes órgãos: cartórios, prefeitura e fóruns. O projeto de lei nº 3.057, que está na Câmara dos Deputados desde 2000, prevê a inclusão de dados dos cartórios de protesto, do fisco e da Justiça do Trabalho na matrícula do imóvel, mas não estipula o custo da facilidade.Hoje o preço mínimo, em São Paulo, de todas as certidões negativas de débito é de R$ 187,61 .Esse valor aumentará se houver mais de um proprietário ou se ele responder como pessoa jurídica. Nesse caso, será preciso pedir também certidões da empresa e de sócios.Se for um apartamento, será necessário verificar as contas do condomínio para não ser surpreendido por um rateio extra em caso de dívida pendente.A advogada Mirelle Ottoni aconselha ainda a obter a cópia com reconhecimento de firma da ata da eleição do síndico.Prazo de validadeQuem financia em banco tem de apresentar as certidões emitidas há, no máximo, 30 dias.Para não desperdiçar dinheiro com documentos vencidos, a dica é fazer os pedidos na mesma data ou em datas próximas, observando os prazos de emissão, e não protelar a entrega.Uma certidão que os bancos nem exigem é a de recolhimento da taxa de resíduos sólidos domiciliares. Extinta neste ano, a taxa do lixo pode ressurgir para dar as "más-vindas" ao novo proprietário, que pode deixá-la "passar batido" em meio a tantas certidões.A certidão pode ser obtida gratuitamente no site da Prefeitura de São Paulo (www.prefeitura.sp.gov.br).Investigação pode dobrarSe a escritura do imóvel que se quer comprar tiver sido passada há menos de 18 meses, o penúltimo dono também deve ser investigado.

18 de setembro de 2006

Evite armadilhas ao comprar o terreno.

O primeiro passo de quem vai construir é a escolha do terreno. Uma decisão que deve ser bem analisada . Não observar pontos fundamentais no loteamento podem até inviabilizar o projeto.Questões legais e físicas devem ser analisadas. Desde a verificação se o terreno ou loteamento está legalizado até o recuo necessário na construção. “Um engenheiro ou arquiteto pode lhe auxiliar na análise. A maioria dos profissionais não cobra por este serviço, se for executar o projeto”, explica o engenheiro civil Antônio Botelho.Segundo ele, é muito comum a pessoa gostar de um terreno e acabar comprando sem fazer uma avaliação profunda.Verifique se o terreno está legalizado e se não há débitos ou penhora. “E faça o registro assim que efetuar a compra passando a escritura para seu nome”, alerta Botelho.Já na escolha da localização o que será construído é determinante. Cada cidade possui uma legislação específica, que determina as áreas residenciais e comerciais. Por isso, é preciso verificar na Prefeitura Municipal se o bairro permite a construção do seu projeto. Os recuos obrigatórios também limitam a construção. Para isso, deve-se verificar se a área real é suficiente para o seu objetivo. Botelho alerta que um levantamento topográfio pode impedir alguém de comprar um terreno errado, se não há demarcação no loteamento. “Às vezes a pessoa compra, mura o terreno e só depois descobre que o seu lote era outro. Isso acontece muito. Há casos em que se perde até R$ 10 mil gastos na execução do muro”, ressalta Botelho.Terrenos com desníveis podem aumentar o custo da obra. “Grande aclives ou declives algumas vezes exigem muro de arrimo ou aterros. Já quem quer uma casa com níveis diferentes isso acaba sendo um ponto positivo”, fala o engenheiro. Outra dica do engenheiro é que a pessoa visite o local em diferentes horário do dia para ter percepção exata do movimento na região. “Geralmente o comprador vai até o local em horário comercial, mas à noite o comportamento da região pode não ser satisfatório”, fala.Se há árvores no terreno, é preciso ficar atento. Algumas não podem ser retiradas, pois o Ibama não permite. Seu sonho de churrasqueira ou piscina pode ir por água abaixo. Em bairros novos a pessoa deve analisar também a infra-estrutura e serviços previstos para serem implantados.E se você pretende economizar no IPTU, evite os terrenos de esquina. “A testada para rua é mais extensa, por isso o imposto é mais alto”, avisa Botelho.INVESTIMENTODe olho na valorizaçãoA zona sul de Ribeirão Preto e os loteamentos em condomínios fechados são os que terão maior valorização. Mas se você não planeja construir agora, por exemplo, somente daqui a uns três anos o terreno num condomínio fechado pode sair caro. “Você terá que bancar com a taxa de condomínio durante todo este período”, lembra Botelho.Outro ponto que pode desvaloriozar o local é a existência de edifícios próximos. Como hoje há uma grande valorização das áreas de lazer nos projetos, um prédio próximo pode tirar a privacidade dos moradores”, explica o engenheiro. Por isso é importante verificar se há projetos para a construção de edifícios na região.A existência de comércio em bairros residenciais também pode interferir no valor. “Algumas pessoas não gostam, por exemplo, de bares perto de casa por conta do movimento e barulho”, alerta Botelho. VALESKA MATEUS - Jornal A Cidade - 17-09-06

18 de setembro de 2006

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