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IGP-M cai 0,09% na primeira prévia de junho

Até a primeira prévia de junho, o índice acumula aumentos de 3,24% no ano, e de 8,75% em 12 meses. A queda registrada para a primeira prévia do IGP-M de junho deste ano foi a mais forte, para uma primeira prévia, desde dezembro de 2009, quando a prévia do indicador caiu 0,16%. A FGV informou ainda os resultados dos três indicadores que compõem a primeira prévia do IGP-M de junho. O IPA-M teve queda de 0,53% na primeira prévia do índice este mês, em comparação com a alta de 0,60% na primeira prévia de maio. A partir dos dados da série histórica, é possível perceber que o IPA-M registrou a menor taxa para este índice, dentro de uma primeira prévia, desde agosto de 2009, quando caiu 1,09%. Por sua vez, o IPC-M apresentou taxa negativa de 0,18% na prévia anunciada hoje, após subir 0,87% na primeira prévia do mês passado.O IPC-M apresentou a menor taxa  desde agosto de 2010, quando o IPC-M caiu 0,40%. Já o INCC-M teve elevação de 2,97% na primeira prévia deste mês, após registrar aumento de 0,94% na primeira prévia de maio. A trajetória mais atípica ficou com o INCC-M que teve a mais forte elevação desde setembro de 1997, quando subiu 8%. O IGP-M é muito usado para reajuste no preço do aluguel. Até a primeira prévia de junho, o índice acumula aumentos de 3,24% no ano, e de 8,75% em 12 meses. O período de coleta de preços para cálculo da primeira prévia do IGP-M de junho foi do dia 21 a 31 de maio. Atacado Até a primeira prévia do IGP-M de junho, a inflação atacadista medida pelo IPA-M registra aumentos acumulados de 2,41% no ano e de 9,57% em 12 meses. O IPA representa 60% do total do indicador. De acordo com a fundação, os preços dos produtos agrícolas no atacado acumulam taxas positivas de 0,40% no ano e de 18,88% em 12 meses, até a primeira prévia do IGP-M de junho. Já os preços dos produtos industriais no atacado mostraram altas de 3,13% no ano e de 6,64% em 12 meses, até a primeira prévia de junho. Dentro do Índice de Preços por Atacado segundo Estágios de Processamento (IPA-EP), que permite visualizar a transmissão de preços ao longo da cadeia produtiva, os preços dos bens finais acumulam aumentos de 1,13% no ano e de 4,25% em 12 meses até a primeira prévia do IGP-M de junho. Já os preços dos bens intermediários subiram 2,63% no ano, e avançaram 5,15% em 12 meses, até a primeira prévia do mês. Por fim, os preços das matérias-primas brutas registram aumento de 3,60% no ano, e acumulam alta de 23,51% em 12 meses, até a primeira prévia anunciada hoje. Entre os produtos pesquisados no atacado, as altas mais expressivas na primeira prévia do IGP-M de junho foram registradas em minério de ferro (9,38%); soja em grão (2,79%); e leite in natura (2,80%). Já as mais expressivas quedas de preço no atacado foram apuradas em algodão em caroço (-17,44%); álcool etílico anidro (-34,39%); e aves (-7,54%). Varejo A inflação varejista medida pelo IPC-M acumula altas de 3,93% no ano e de 6,22% em 12 meses, até a primeira prévia do IGP-M de junho. O IPC representa 30% do total do IGP-M. Segundo a FGV, o retorno à deflação na taxa do IPC, da primeira prévia do IGP-M de maio para igual prévia em junho (de 0,87% para -0,18%) foi causado por decréscimos nas taxas de variação de preços em todas as sete classes de despesa usadas para cálculo do indicador. Entre os destaques está o grupo Alimentação, cujos preços saíram de uma alta de 0,75% para uma queda de 0,82%, de abril para maio. Nesta classe de despesa, houve quedas e desacelerações de preços em produtos de peso no cálculo da inflação dos alimentos. É o caso de hortaliças e legumes (de 4,26% para -3,73%), frutas (de -1,45% para -1,42%), laticínios (de 2,18% para 0,98%) e pescados frescos (de -0,46% para -3,66%). As outras classes de despesa que também tiveram taxas de inflação menos intensas ou queda de preços foram Transportes (de 1,78% para -1,11%), Vestuário (de 1,91% para 0,54%), Saúde e Cuidados Pessoais (de 1,29% para 0,45%), Despesas Diversas (de 0,48% para 0,07%), Educação, Leitura e Recreação (de 0,38% para 0,16%) e Habitação (de 0,51% para 0,36%). Entre os produtos pesquisados no varejo, as altas de preço mais expressivas na primeira prévia do IGP-M de junho foram registradas em tomate (9,80%); aluguel residencial (0,46%); e alho (5,56%). Já as mais expressivas quedas de preço foram apuradas em batata-inglesa (-22,80%); álcool combustível (-16,28%); e gasolina (-2,15%). Desaceleração Quedas e desacelerações de preços espalhadas no atacado e no varejo levaram à taxa negativa de 0,09% da primeira prévia do IGP-M de junho - e ajudaram a conter o impacto, na inflação medida pelo indicador, do avanço intenso de preços na construção civil, no período. A análise partiu do coordenador de Análises Econômicas da FGV, Salomão Quadros. Ele comentou não ser possível afirmar que tenha ocorrido uma "queda de preços generalizada" na primeira prévia de junho. "Ainda é possível encontrar exemplos de elevações no atacado", lembrou o especialista. Entre estas elevações está a do minério de ferro, cujo preço é reajustado trimestralmente pela Vale e que subiu 9,38% no atacado, na primeira prévia. Mas considerou que o movimento de preços registrado na primeira prévia de junho mostrou sinais de trajetória descendente em várias cadeias de produtos diferentes, tanto no setor varejista quanto no setor atacadista. "O que podemos dizer, no momento, é que a desaceleração de preços na primeira prévia de junho é visível em todas as classes de despesa do varejo; e em todos os estágios de produção pesquisados no atacado", resumiu o especialista. No setor agropecuário atacadista, os destaques entre as quedas de preço ficaram com as commodities, como os recuos registrados em bovinos (-2,59%); e algodão em caroço (-17,44%). No setor industrial no atacado, a contribuição da queda do álcool etílico anidro (-34,39%) foi preponderante. "O álcool foi destaque, mas não é o único a registrar queda de preços. Outros itens de peso no cálculo da inflação, originados da cadeia siderúrgica e petroquímica, também mostram quedas e desaceleração de preços", afirmou. Já no varejo, uma das maiores contribuições para a queda de preços percebida pelo consumidor na primeira prévia foram os alimentos in natura, que estão em forte queda, atualmente. É o caso de hortaliças e legumes (-3,73%); e frutas (-1,42%). Sobre a construção civil, Quadros lembrou que, assim como já apurado no Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI) de maio divulgado esta semana, os preços no setor foram puxados para cima devido ao reajuste nos preços de mão de obra, realizados nesta época do ano. "Mas mesmo com o avanço mais intenso na construção, isso não foi tão preponderante na primeira prévia, que foi norteada mesmo pelas taxas negativas de preço no atacado e no varejo", afirmou. Construção A inflação na construção civil apurada pelo INCC-M acumula elevações de 7,13% no ano e de 9,45% em 12 meses até primeira prévia do IGP-M de junho. O INCC representa 10% do total do IGP-M. De acordo com a fundação, a forte aceleração na taxa do INCC, da primeira prévia de maio para igual prévia em junho (de 0,94% para 2,97%) foi influenciada principalmente por taxa de inflação mais forte nos preços de mão de obra (de 1,55% para 5,54%) no mesmo período. Na análise por produtos, as altas de preço mais expressivas na construção civil na primeira prévia deste mês foram registradas em ajudante especializado (5,11%); servente (5,35%); e carpinteiro - forma, esquadria e telhado (5,76%). Já as mais expressivas quedas de preço foram apuradas em condutores elétricos (-6,31%); argamassa (-0,11%); e madeira para telhados (-0,03%). Setores A deflação agropecuária se intensificou no atacado. Os preços dos produtos agrícolas atacadistas caíram 2,78% na primeira prévia do IGP-M de junho, em comparação com a queda de 0,02% na primeira prévia do mesmo índice em maio. A FGV divulgou ainda que os preços dos produtos industriais no atacado tiveram alta de 0,29% na primeira prévia do índice deste mês, em comparação com a elevação mais intensa, de 0,83%, na primeira prévia de maio. Dentro do Índice de Preços por Atacado segundo Estágios de Processamento (IPA-EP), que permite visualizar a transmissão de preços ao longo da cadeia produtiva, os preços dos bens finais tiveram queda de 0,50% na primeira prévia de junho, em comparação com o avanço de 0,14% na primeira prévia de maio. Por sua vez, os preços dos bens intermediários tiveram taxa negativa de 0,52% na primeira prévia de junho, após subirem 0,80% na primeira prévia de maio. Já os preços das matérias-primas brutas tiveram queda de 0,57% na primeira prévia de junho, em comparação com a alta de 0,87% na primeira prévia do indicador de maio. Veja Mais

09 de junho de 2011

Saiba o que valoriza um imóvel

Na hora de vender ou comprar um imóvel o que mais influencia no preço do bem? A localização, o tamanho e a infraestrutura do bairro somam, é claro, muitos pontos na hora de definir o valor do bem, pois uma coisa é comprar um apartamento de 150 metros quadrados no interior e outra bem diferente é adquirir um imóvel parecido na Avenida Paulista. Além do endereço, outras características também elevam valor na negociação ou podem até, em alguns casos, depreciar a casa ou o apartamento. De acordo com corretores e fontes do setor, itens com garagem e banheiro privativo são as “vedetes” da valorização de imóveis da capital paulista. “A existência de uma vaga a mais de garagem num imóvel pode acrescentar de 10% a 15% ao preço final e, ainda, aumenta a velocidade da venda do bem”, destaca José Augusto Viana Neto, presidente do Conselho Regional dos Corretores de Imóveis do Estado de São Paulo (Creci-SP). “O banheiro privativo em ao menos um quarto também é fator de valorização que confere maior liquidez à moradia”, completa o dirigente do Creci-SP. Na opinião de Reimes Rodrigues, gerente da Forte Imóveis, ao dar preferência por residência com essas características, as pessoas buscam praticidade para o dia a dia. “A garagem é fundamental para assegurar um bem importante como o carro e o banheiro privativo facilita a rotina da família que acorda no mesmo horário para seus compromissos e precisa ficar pronta para sair sem perder tempo.” Apartamentos menores - Espaços de convivência são outros itens muito valorizados. “Os apartamentos são cada vez menores e, por isso, o comprador valoriza cada vez mais áreas de lazer como varandas gourmet, espaços gourmet, playgrounds, piscinas e salão de festas, entre outros. Isso porque a convivência em família ou entre amigos é um fator importante”, diz a professora de finanças Angela Menezes, do Instituto Insper. Em casas, esses espaços também são muito procurados. “Residências com quintal grande, gramado ou jardim, e com espaço com churrasqueira causam boa impressão e são vendáveis, pois são locais aconchegantes onde os moradores receberão as visitas. Mas esses espaços devem estar bem cuidados”, ressalta José Américo Tavares corretor e proprietário imobiliária Fernandes Tavares Imóveis. Quanto mais facilidades e itens de bem-estar, mais valor terá o imóvel, conta Viana Neto. “Um apartamento com banheiro privativo, garagem para dois carros, uma boa varanda e área de serviço arejada pode valer até 30% mais que um imóvel semelhante que não tenha esses itens ou com apenas um deles.” O que pode depreciar? Excesso de personalidade em partes estruturais do imóvel podem ser um tiro no pé na hora de negociar o bem. Isso significa que investir milhares de reais naquele revestimento caríssimo nem sempre agregará valor à casa ou ao apartamento. “Muitos acham que gastar dinheiro com reformas caras valoriza o imóvel, mas, embora para o gosto pessoal dele seja algo interessante, nem sempre é para o comprador”, explica o professor Ricardo Almeida, coordenador da pós-graduação em Negócios Imobiliários da Faap (Fundação Armando Alvares Penteado). Armários, por exemplo, podem facilitar ou ser um empecilho, explica ele. “Se forem armários novos, bem conservados e com acabamentos discretos, ajudam a vender, pois são práticos para quem compra. Porém, caso sejam velhos ou forem de cores fortes, certamente vão representar um gasto ao comprador que, normalmente, retira tudo.” Revestimentos também podem espantar compradores. “Tive um cliente que mandou colocar mármore rosa em toda a casa, gastando quase R$ 20 mil. Ele achava que isso valorizaria o imóvel, traria estilo, mas além de não agregar valor ao preço do bem, foi a primeira coisa que o comprador mandou arrancar”, conta o professor. “Quem pretende usar o imóvel como investimento, ao reformá-lo, deve optar por materiais neutros e que não imprimam muito seu estilo pessoal na construção. Assim, ele fica mais valorizado porque o futuro comprador o considera pronto para morar sem necessidade de mais gastos.” Ver Mais ...

07 de junho de 2011

Aumentos nos preços dos aluguéis são golpes no bolso. Veja como negociar

Conseguir alugar um imóvel no Rio já se tornou sinônimo de peregrinação e alto golpe no orçamento, com a chegada das Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) e eventos como a Copa de 2014 - que supervalorizaram o mercado imobiliário. Mas a situação piora quando o contrato acaba e o proprietário pede até o dobro para o inquilino continuar na residência. Pagando R$ 1.195 por um apartamento de dois quartos próximo à Ladeira dos Tabajaras, em Copacabana, o aposentado Océlio Pavão, de 66 anos, sofre com o dilema. O dono quer R$ 2.300: “Se ele pedir mais de R$ 2 mil, não posso ficar.” Océlio tem um apartamento alugado no mesmo bairro e, pegando carona na onda de aumentos, subiu de R$ 1.504 para R$ 2 mil o aluguel. Como existe um contrato vigente, terá de esperar para pedi-lo, caso a negociação com o proprietário seja malsucedida. O vice-presidente do Secovi Rio, Manoel Maia, afirma que os preços estão subindo muito, mas os inquilinos devem negociar antes do fim do contrato: “O locatário deve argumentar que é bom pagador e, conserva o imóvel. Mostrar que o proprietário corre um risco com o novo inquilino.” O taxista Sérgio Vieira, de 61 anos, é proprietário de um apartamento de dois quartos na Tijuca. Cobra por ele R$ 669 de aluguel, tendo aumentado R$ 69 em janeiro. A média na região chega a R$ 1 mil: “Não adianta crescer o olho. Eles cuidam do meu apartamento. Já fui inquilino e sei como é duro pagar aluguel.” Acordo antes do fim de contrato -  Dois meses antes do término do contrato de locação do apartamento onde mora na Tijuca, o designer Marcelo Orue, de 25 anos, começou a fazer pesquisas e cálculos para estudar qual seria o aumento justo para o imóvel de três quartos. O proprietário queria elevar o preço do aluguel de R$ 850 para R$ 1400. Entretanto, mesmo sabendo que a Tijuca é uma das regiões mais valorizadas ? segundo o Secovi Rio, os preços médios para locação na região subiram 69,76%, no último ano ?, ele e os amigos não aceitaram o valor e contra-argumentaram: “Tínhamos consciência de que, para um três quartos na Tijuca, estava barato. Mas o aumento não era coerente com as condições do apartamento. Enviamos um e-mail para o dono com todas as avaliações e o panorama dos imóveis próximos. Ele nem questionou e chegamos a um valor bom para todos”, afirmou o designer, que acredita, ainda, que o cuidado dos jovens com o imóvel contribuiu para que a negociação fosse bem sucedida. Dicas: Antecipação - O inquilino deve negociar a renovação antes de o contrato terminar. Pesquisa - Para evitar aumentos absurdos, deve se informar dos preços na região, comparando com a condição do imóvel e a infraestrutura do prédio. Argumentos - O inquilino deve mostrar que é bom pagador, não há reclamações contra ele e conserva o imóvel, convencendo o proprietário de que não corre um risco ao mantê-lo no imóvel. Desocupação - Se nenhum acordo for feito, em caso de contrato com tempo determinado, o proprietário pode entrar com ação de denúncia vazia, pedindo a desocupação em 30 dias. Para contratos de tempo indeterminado, o prazo é de 90 dias, segundo a advogada Tatiana Queiroz. Saber mais...

07 de junho de 2011

Falta de imóveis e de mão de obra atrasa expansão de supermercados

A falta de terrenos e de mão de obra atrasou os planos de expansão dos supermercados nas grandes cidades do País. Essas dificuldades deixaram o setor numa situação inusitada. Hoje as redes varejistas têm dinheiro para fazer investimentos, o mercado de consumo está pujante, mas os projetos de crescimento não podem ser plenamente executados pela escassez de fatores de produção. "Este será mais um ano de frustração", diz o presidente da Coop Cooperativa de Consumo, Antonio José Monte. "Está difícil crescer", acrescenta ele. A rede, que tem 29 lojas de supermercados no ABC paulista, São José dos Campos, Sorocaba, Piracicaba, Tatuí e São Vicente, enfrenta problemas para executar o plano de investimentos. Em 2010, faturou R$ 1,522 bilhão, com expansão real de vendas 9%, ante 7% real, que foi a média do setor. No ano passado, por exemplo, a empresa queria abrir cinco lojas, mas conseguiu inaugurar só duas. Para este ano, o plano é novamente abrir cinco lojas. Pelo desenrolar de negociações, está assegurada, no entanto, a abertura de apenas uma loja fora do ABC e a reforma de outra em funcionamento, conta o executivo. "De quatro anos para cá, o preço do metro quadrado de áreas com 10 mil metros quadrados, adequadas para construção de grandes lojas, mais que triplicou", afirma André Simon Cywinski, sócio da consultoria Tecnovarejo. A empresa é especializada em traçar planos de expansão para redes varejistas. O preço do metro quadrado desses terrenos, que era de R$ 300 em 2007, hoje não se encontra por menos de R$ 1mil. Mesmo assim, está difícil arranjar uma área com essa dimensão. "Estamos tendo de trabalhar dez vezes mais para desenrolar os projetos", diz o consultor. Para Peter Hardtmeir, também sócio da consultoria, a dificuldade é generalizada. "Todas as redes de supermercados têm planos de expansão e não conseguem executá-los." Procuradas, as gigantes do setor, Carrefour, Pão de Açúcar e Walmart, não quiseram comentar as dificuldades imobiliárias enfrentadas. Minha Casa. Hardtmeir observa que a sequência de grandes eventos, como Copa do Mundo de 2014 e Olimpíadas de 2016, já fez crescer a demanda por grandes terrenos para erguer hotéis e hospitais, por exemplo. Isso inflacionou o preço do metro quadrado dos terrenos nas grandes cidades. "O programa habitacional Minha Casa Minha Vida também ajudou a encarecer o custo de metro quadrado das grandes áreas porque compete com as lojas de supermercados", ressalta. O Lopes Supermercados, com 20 lojas, a maioria em Guarulhos (SP) e que faturou R$ 502 milhões, é outra rede que enfrenta problemas para crescer. Mauro Augusto Rodrigues, diretor de Operações e Expansão da empresa, constatou aumento de até 50% do preços dos grandes terrenos últimos seis meses. A rede, que planeja abrir cinco lojas este ano num raio de 200 quilômetros da matriz em Guarulhos, buscou alternativas de novos formatos de negócio que compatibilizem a elevação do custo imobiliário com as margens apertadas de rentabilidade dos supermercados. "Uma das saídas é o power center", diz Rodrigues. Trata-se de modelo de negócio no qual o supermercado divide o mesmo terreno com galeria de lojas alugadas, cuja receita de locação ajuda a amortizar o elevado custo de investimento no terreno. "Temos oito lojas nesse formato", diz o executivo. Ele conta que a outra alternativa estudada pela empresa é encontrar um investidor imobiliário interessado em construir loja acoplada com torres de apartamentos residenciais. Nesse modelo, a rede de supermercado se compromete a alugar a loja por 20 anos. A rede Savegnago, de Sertãozinho, com 22 lojas e vendas de quase R$ 1 bilhão em 2010, sentiu os entraves na expansão nos últimos 12 meses, por causa do boom imobiliário no interior do Estado de São Paulo. Murilo Savegnago, coordenador de Marketing, relata que a empresa comprou um grupo de casas por valor muito acima do de marcado para garantir a expansão da empresa em Ribeirão Preto (SP).  Veja Mais

06 de junho de 2011

Valor do aluguel sobe em ritmo menor

O preço dos imóveis disparou na maioria das capitais e grandes cidades brasileiras, mas o valor dos aluguéis residenciais não acompanhou essa valorização. Esse descompasso pune o investidor que decide tirar o dinheiro do banco para imobilizá-lo em um segundo imóvel. Na cidade de São Paulo, enquanto o metro quadrado dos lançamentos saltou 34,4% no ano passado, segundo a consultoria Embraesp, o valor da locação apurado pelo Secovi-SP (sindicato da construção de São Paulo) aumentou só 13,44%. No final de 2009, um apartamento novo de dois dormitórios avaliado em R$ 300 mil poderia ser alugado por R$ 1.800 na capital paulista -0,6% do valor "imobilizado", praticamente o mesmo ganho à época na poupança. Um ano depois, pelos números da Embraesp e do Secovi, esse mesmo apartamento custaria R$ 403,2 mil, mas o valor do aluguel não teria passado de R$ 2.041,92 -0,51% do capital investido, abaixo do ganho da poupança e dos índices de inflação no final de 2010. E isso se fosse um contrato novo de locação, onde prevalece a livre negociação; um acordo em vigor teria reajuste anual linear de 11,32% -o IGP-M de 2010. No banco, esse mesmo investidor teria obtido um ganho mensal médio de 0,92% num fundo de renda fixa e de 0,79% num fundo DI, sem descontar o Imposto de Renda, segundo a Anbima (associação das entidades do mercado de capitais). APLICAÇÕES "O investidor do residencial vai ter que prestar muita atenção para comprar um imóvel, porque ele não vai conseguir ganhar tanto quanto ganhava antes com o aluguel", diz Luiz Paulo Pompeia, da Embraesp. "Por conta da subida dos valores de venda, o aluguel demora um pouco mais para ter reflexo. Quem paga aluguel não dá 30% a mais de um ano para outro", afirma. Em Belo Horizonte, o aluguel residencial subiu em média 13% no ano passado, enquanto o valor dos imóveis lançados tiveram alta de mais de 30%, segundo o Creci (Conselho Regional dos Corretores) de Minas Gerais. Nos últimos cinco anos, a valorização dos imóveis lançados atingiu 600%. "O preço dos aluguéis subiu bastante em todo o país, mas não acompanhou a alta acentuada que tiveram os imóveis. Esses preços tendem agora a se equilibrar. Diria que veremos uma acomodação no valor de venda e, possivelmente, um aumento maior no preço da locação", diz Paulo José Vieira Tavares, presidente do Creci de Minas. ALUGUEL COMERCIAL Para Pompeia, quem pretende obter renda com aluguel de imóveis deve apostar na locação de salas e de conjuntos comerciais. Enquanto o aluguel de um imóvel residencial gira em torno de 0,5% e 0,6% do valor "imobilizado" ao mês, as salas comerciais conseguem locatários que pagam entre 0,83% e 1%. O economista lembra que na Barra da Tijuca (zona oeste do Rio), o metro quadrado da locação subiu de R$ 60 para R$ 120 em um ano. Veja Mais

06 de junho de 2011

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Deixo de pensar, mergulho em profundo silêncio e a solução me é revelada.

06 de junho de 2011

Indústria da entrega injeta R$ 100 milhões até dezembro

O ritmo aquecido da construção civil em Ribeirão Preto integra lançamentos, empreendimentos em obras e outros em fase final. A indústria da pós-construção está aquecida em Ribeirão Preto. Até dezembro próximo, lojas e profissionais especializados em acabamentos, decoração e design deverão registrar movimentação de R$ 100 milhões. O montante representa os investimentos após as entregas das chaves dos 2 mil imóveis acima de R$ 250 mil que  devem ficar prontos na cidade. Especialistas ouvidos pelo A Cidade calculam um mínimo de 10% do valor de cada imóvel em investimentos pós-entrega. O dinheiro é para  equipar um apartamento ou casa com móveis, cortinas, tapetes, ar-condicionado, montagem de cozinha, dormitórios, sala de estar, áreas de lazer e outras dependências. Esse percentual pode chegar a 20% ou ser até maior. "Depende do padrão e do quanto o dono pretende gastar de imediato. Há pessoas que gastam de R$ 80 mil a R$ 100 mil em armários e cozinhas em projetos de extremo bom gosto", diz  Jussara Aguiar Ribeiro, que tem duas lojas de design em interiores, ambas na zona sul. Quase metade dos clientes das classes A e B prefere pagar à vista. Geralmente, o primeiro investimento vai para o mobiliário e depois vem a decoração. Juliana Santos, gerente de uma loja especializada em tapetes contemporâneos e tradicionais no Jardim Sumaré, garante que as vendas aumentaram nos últimos três meses. "A maioria dos clientes vem orientada e prefere objetos personalizados e mais valiosos", diz. Segundo a arquiteta e urbanista Fernanda Antoniassi Evarini, de loja especializada em iluminação, ambientes sociais como a sala de estar, jantar e o hall recebem investimentos maiores. "Para os demais ambientes da casa os gastos são menores", conta. Mais Para Stélio Robusti, executivo de loja especializada em móveis e decoração, o segmento está aquecido desde 2010 com as entregas de imóveis cujas obras começaram  em 2008 e 2009. "O aumento nas vendas foi de 30% com os imóveis que serão entregues já e esperamos outros 20% até o final do ano", garante. Nem todos os imóveis serão ocupados de imediato, informa Robusti. Por causa da valorização do mercado, apartamentos e casas comprados podem ficar vazios e ser alugados. Consumidor faz fila para garantir móveis Quem comprou um imóvel e pretende equipá-lo conforme o seu gosto deve fazer encomenda antes. A maioria das lojas pede de 30 até 50 dias para a entrega e a instalação. Claudinei Caromori, sócio-proprietário de uma loja de móveis projetados, entregou mais de 20 apartamentos completos nos últimos quatro anos. Todos os projetos foram encomendados antes. "Quem vai receber as chaves em agosto, por exemplo, deve encomendar agora em maio", diz. Preço Outro motivo para a antecipação, lembra o economista Marcelo Bosi Rodrigues, do Sincovarp, é garantir preço menor. Por causa da inflação, artigos de acabamento, decoração e design também foram pressionados para cima. "Assim como aconteceu como a mão de obra e insumos, que encareceram a construção", compara. Compras precisam de planejamento Equipar a casa ou o apartamento depois de pronta exatamente como se programou deve ser de maneira programada. O alerta é do economista  e especialista em indicadores econômicos, Flavio Antunes Estaiano. "Às vezes é melhor vender um bem para investir no acabamento em lugar de contrair empréstimo", alerta. O mercado oferece opções de pagamento parcelado em até 36 vezes e há linhas de crédito no setor financeiro. Algumas lojas trabalham com financeira própria em até 15 vezes, com juros de mercado. O especialista lembra que é preciso ter prudência na hora de usar o cartão de crédito e que isso exige uma pesquisa de juros. "O consumidor pode se esquecer de que há encargos quando ele recebe a chave e é um custo que precisa estar no orçamento", complementa. Veja Mais

24 de maio de 2011

Feirão da Casa Própria tem vendas de R$ 105,6 mi em um dia

O Feirão Caixa da Casa Própria movimentou nesta sexta-feira (20) R$ 105,6 milhões, entre negócios contratados, encaminhados e assinados. O valor integra balanço parcial até as 18h. Apenas a Incorporadora Vitta Residencial, que oferece imóveis a partir de R$ 83 mil, comercializou 20 apartamentos nas primeiras seis horas do evento. O Feirão termina neste sábado (21) no Novo Shopping Center, em Ribeirão Preto, com a previsão de chegar a R$ 200 milhões em vendas nos dois dias. O horário de visitação é entre 10h e 22h. Oferta Desde sexta-feira, são oferecidos mais de 6 mil imóveis novos, usados e na planta. Do total, 1,5 mil deles estão inseridos no Programa Minha Casa, Minha Vida, com residências de até R$ 130 mil. A expectativa da Caixa é de atrair 15 mil visitantes nos dois dias. Já a feira de 2010 registrou mais de 13 mil visitantes e alcançou R$ 191,3 milhões em negócios. O evento reúne, em um único espaço, representantes de construtoras, incorporadoras e de imobiliárias. No local, o cliente pode conhecer o imóvel, dar entrada na documentação necessária ao financiamento e até fechar o negócio. "Oferecemos uma estrutura de atendimento com 150 colaboradores da Caixa, que estarão a serviço apenas para atender os visitantes", diz o gerente regional da instituição, Alfredo Eduardo dos Santos. Segundo ele, a Caixa também promete até 30 dias para liberar o contrato de financiamento dos negócios feitos no Feirão. É que a carta de crédito sai no próprio evento, dependendo da aprovação da documentação apresentada pelo cliente (RG e CPF, e comprovantes atuais de renda e de residência).  O financiamento pode chegar a até 100% do imóvel. As linhas para aquisição atendem a todas as faixas de renda familiar e preveem prazo de pagamento de até 30 anos. Veja Mais

24 de maio de 2011

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