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Tecnologia reforça tranqüilidade.

Há três meses o síndico Valmir Ruiz conseguiu realizar um desejo dos moradores do seu condomínio: instalar um Circuito Fechado de TV. Agora além da segurança patrimonial, os condôminos dos 60 apartamentos estão protegidos pela cerca elétrica e pelas câmeras internas. “O circuito fechado inibe assaltos e garante a conservação do patrimônio do condomínio”, garante Ruiz.O síndico afirma que o monitoramento transmite maior segurança aos 750 moradores. “ Eles ficam mais tranqüilos para desfrutar de toda a área de lazer. As crianças podem brincar à vontade”, comenta Ruiz. Os equipamentos de segurança nem sempre têm um custo baixo, mas quem utiliza garante que vale a pena.A advogada Gabriella Galli é dona de um restaurante. Desde a inauguração já foi instalado o sistema de alarme. Há cerca de seis meses ela foi vítima de uma tentativa de furto. Gabriella conta que os bandidos quebraram o vidro da porta e quando entraram no local, o alarme disparou. “Recebi uma chamada no meu celular com o alarme” relembra Gabriella. Para ela, o próprio alarme já impediu que se concretizasse o furto. Os bandidos chegaram a arrancar a tv do suporte, mas acabaram deixando no quintal do restaurante. “Tenho a segurança de que se houver alguma tentativa de furto, serei avisada a tempo de tomar as devidas providências”, avalia Gabriella.Para o síndico é um investimento que vale a pena. “O custo-benefício compensa”, conclui Ruiz.A onda de violência que tomou conta do Estado de São Paulo nos últimos dias tem levado as pessoas a procuraram mais segurança.Anderson Luiz Mendonça – consultor técnico da Extrema Serviços de Segurança Eletrônica, afirma que só neste mês houve um aumento de cerca de 20% na aquisição destes equipamentos.As cercas elétricas são as campeãs de vendas, seguidas dos sistemas de alarmes. Segundo o consultor a cerca elétrica é muito procurada devido ao preço mais acessível e ao poder de inibição “A presença dela inibe a ação do bandido. Se ele tiver de pular um muro, em 90% dos casos o assaltante acaba se deslocando para uma outra residência, que não tenha a cerca”, avalia Mendonça.Os CFTV – circuitos fechados de Tv são mais procurados por condomínios e empresas.“Os sistemas de segurança proporcionam tranqüilidade e proteção às pessoas. Elas sabem que em qualquer situação, terão um respaldo imediato”, conclui Mendonça.O mercado oferece várias opções em equipamentos de segurança. A escolha deve levar em consideração o valor a ser investido e o tipo de sistema que mais se adequa aos hábitos da família.Cerca elétrica: instaladas sobre o muro em toda a extensão do terreno, elas são ligadas a uma central de choque e a uma sirene. Se alguém tocar ou cortar o fio a sirene é acionada no mesmo instante. O preço médio para uma casa padrão, de 50 metros quadrados, é R$ 600.Sistema de alarme: pode ser instalado através de sensores de abertura e fechamento de portas e janelas, ou trabalhar apenas com o sensor de presença no interior do cômodo. Este último detecta movimentos no ambiente, que são comunicados a central de alarme. Mendonça comenta que o sensor de presença é mais eficiente e prático. Os analógicos são ligados a uma discadora que avisa a invasão por celular à pessoa. Já os digitais estão ligados a uma central de monitoramento. Jornal A Cidade - 28/05/2006

29 de maio de 2006

As ruas sem saída.

Com 4 mil habitantes, Ribeirânia tem também 2 universidades, 1 estádio e algumas das melhores vistas de RP. ANGELA PEPE Com ruas sem saída, duas universidades, um estádio de futebol, algumas das vistas mais bonitas da cidade e padrão de classe média alta o bairro Ribeirânia, Zona Leste de Ribeirão, é considerado um dos locais com maior qualidade de vida no município.O bairro é cortado por uma das avenidas mais arborizadas da cidade, a Costábile Romano, e em seu projeto urbanístico a maioria das ruas foram previstas sem saída como forma de segurança.A Ribeirânia é o vigésimo na série "Bairros da Cidade" que a Gazeta faz em homenagem aos 150 anos que Ribeirão comemora em 19 de junho.Até a data do aniversário a série ainda vai falar dos bairros industriais, Alto da Boa Vista, Sumaré, Bonfim e Centro.De acordo com informações da Secretaria de Planejamento, a Ribeirânia foi aprovada em 1967 e a planta de seu projeto trazia uma proposta urbanística inovadora para a época.Segundo o diretor do Departamento de Urbanismo da Secretaria de Planejamento, José Anibal Laguna, o bairro previa quadras de faixas verdes entre um quarteirão e outro e casas de alto padrão.Ainda, diz que as servidões de água pluvial e esgoto foram planejadas de uma forma que pode ser econômica para quem constrói no bairro.Na planta da Ribeirânia estavam previstas ainda áreas reservadas exclusivamente para a construção da Unaerp (Universidade de Ribeirão Preto) e o estádio Santa Cruz. Além disso, o projeto prevê que o bairro seja estritamente residencial com apenas cinco áreas reservadas para a abertura de lojas de prestação de serviço.A professora Vera Regina Paro Ferreira conta que se sente tranqüila com a vida que o bairro lhe proporciona e afirma estar perto das facilidades que precisa como o Novo Shopping e supermercados. "Além disso, acho que os vizinhos são muito amigos, se preocupam uns com os outros", diz.Além das áreas verdes e o cultivo de algumas árvores pelos moradores, na Leão XIII existe um bosque de eucaliptos, na descida para a avenida Maurílio Biaggi.Na rua Angelo Zanello, paralela a avenida Costábile Romano, existe um mirante para onde jovens casais iam, anos atrás, para ver o pôr-do-sol e namorar em uma espécie de jardim.A delimitação geográfica da Ribeirânia fica entre a avenida Presidente Kennedy e as ruas Argeu Fuliotto, Abrahão Issa Halack e Pedro Pegoraro.De acordo com dados do último censo (2000) do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) o bairro apresentava aproximadamente 4 mil habitantes em quase mil residências.Segundo o IBGE, a Ribeirânia está no sub-setor Leste 6 ao lado da Nova Ribeirânia e parte da Lagoinha.O bairro é de classe média alta e, dos 995 chefes de família da região, cerca de 55% deles recebem acima de 15 salários mínimos, a partir de R$ 5,2 mil.PERSONAGENSSonia e Kenneth Swayze, aposentados. Ela é brasileira e ele, americano. Se conheceram no começo da vida adulta, se reencontraram após quase 40 anos e se casaram. "Aqui é o melhor lugar em que já morei", conta Kenneth.Tania Monteiro, dona-de-casa. Na rua em que ela mora foi montado um espaço de convivência bancado pelos vizinhos. "Conseguimos um fato inédito que é reunir as famílias, cerca de 50 pessoas", diz.Tadeu Bravo, farmacêutico bioquímico. Ele diz que a vantagem do local em que mora, a última casa da via sem saída, é não ter trânsito de carros. "Além de plantarmos nossas árvores, tem o canto dos pássaros", afirma.Conceição de Maria Barbosa Marques, pedagoga. Conta que veio de João Pessoa aos 22 anos e criou as raízes acadêmicas e profissionais aqui. "Me sinto privilegiada, principalmente quando olho a vista da minha janela", diz. Rita Carlucci, dona-de-casa. Diz que, apesar de estar em um bairro de classe alta, os vizinhos são pessoas bastante simples. "Aqui ninguém tem pose, todos se dão bem em comunidade, vivem tranquilos", diz.Duas entidades especiaisNo bairro estão sediadas duas instituições de atendimento ao aluno especial, a Egydio Pedreschi e a Apae (Associação de Pais e Amigos de Excepcionais).A Egydio Pedreschi, ao lado da Unaerp, é a única escola municipal de educação especial de Ribeirão.Ela foi criada em 1991 por pais de alunos deficientes que precisavam de atendimento especial. Atualmente a Egydio atende cerca de 400 alunos com programas de ensino fundamental e educação profissional básica. Além disso, também oferece projetos específicos por meio de convênios e parcerias. A Apae está sediada em um terreno de doação com 19 mil metros quadrados na rua Coracy de Toledo Piza.Em 2006 a associação faz 40 anos de atendimento pedagógico e terapêutico às pessoas portadoras de deficiência mental ou múltipla, sem restrição de idade. Atualmente a Apae de Ribeirão atende cerca de 350 alunos em vários programa que visam, principalmente, a integração do aluno especial na sociedade. (Gazeta de Ribeirão)Costábile foi prefeitoA avenida Costábile Romano, leva o nome de ex-prefeito que fez obras como o Mercado Municipal e o pavilhão do Museu do Café.Romano esteve à frente do executivo de 1956 a 1959 e organizou a festa do centenário da cidade quando trouxe o então presidente Juscelino Kubitscheck.De acordo com informações do arquivo público municipal, o prefeito foi quem criou a bandeira da cidade.Ainda no centenário organizou um concurso popular para oficializar o Hino a Ribeirão. O vencedor foi o poema de Saulo Ramos que foi musicado por Diva Tarlá. (Gazeta de Ribeirão)Comércio tem polêmicaPor lei a Ribeirânia não pode ter estabelecimentos comerciais construídos no loteamento, exceto em cinco áreas destinadas para esse fim.De acordo com a Amor (Associação de Moradores da Ribeirânia), que existe há 35 anos, há 60 lojas instaladas no bairro e 40 delas estão sem alvarás de funcionamento.Segundo o engenheiro e presidente da Amor, Ivens Delles Alves, a qualidade de vida no bairro só não é "excelente" por causa do comércio irregular. Moradores da rua João Nantes Junior afirmam concordar com a associação e dizem ser inaceitável a presença de comércio na Ribeirânia.

27 de maio de 2006

Juliana expande a Zona Leste.

Eduardo Schiavoni foto: MATHEUS URENHAUma das poucas áreas de Ribeirão Preto com espaço livre para suportar o crescimento da cidade, a Zona Leste, apresenta problemas e virtudes únicas do município. Como toda região em expansão, ela ainda possui vazios urbanos que incomodam os moradores, mas a grande maioria não hesita em ressaltar que a realização do sonho da casa própria supera quaisquer dificuldades.“Aqui é muito bom, pois tenho minha casa e não pago aluguel. O comércio está crescendo e existe muita tranqüilidade”, informa Adilson Meira, 39 anos, que mora no Jardim Juliana.Os problemas da região, porém, também são lembrados pelos populares. “Tem pouca coisa aqui, e tudo é mais caro. E ainda tem a violência e a falta de atenção das autoridades. É preciso melhorar muito”, avalia Terezinha Siqueira, 49 anos, que está de mudança para o Parque dos Servidores.Já Miriam Camila Cor-deiro, 16 anos, que mora com a filha e o marido no vizinho Recreio Internacional, acredita a violência é a grande questão da região. “Aqui é bem mais calmo que em outras regiões da cidade, mas a violência incomoda e a distância da cidade e dos serviços é um empecilho”, afirma a jovem.A expansão da cidade em direção à zona Leste é apontada pelos construtores como a grande tendência de mercado. Mas o movimento pode ser suspenso, já que discussões sobre o Aqüífero Guarani, o manancial de águas que tem área de recarga na região, podem atravancar a autorização para novos empreendimentos.“Temos que resolver a questão, pois a zona Leste é a única opção para casas destinadas à classe média”, avalia José Batista Ferreira, diretor do SindusCon (Sindicato Indústria da Construção Civil) de São Paulo).Já os técnicos defendem um debate melhor sobre o tema. “Queremos entender como ocorre a recarga e programar a expansão sem prejudicar o aqüífero”, acredita Carlos Eduardo Alencastre, diretor regional do DAEE (Departamento de Águas e Energia Elétrica) de São PauloACORDO50 famílias devem sairAcordo realizado entre o Ministério Público e Cohab propõe a remoção de 50 famílias do Jardim Juliana. Destas, segundo a Companhia Habita-cional, 20 conseguiram habitações em outros bairros. “Esperamos que, em um prazo de 45 dias, consigamos remover todas as famílias dispostas a sair”, informa João Feres Sobrinho, diretor da Cohab. Publicação - 21/05/06

22 de maio de 2006

Vazios de RP podem acomodar até 200 mil.

foto: WEBER SIANSe ainda há expressivos vazios urbanos em Ribeirão Preto, hoje eles são proporcionalmente bem menores do que há 30 anos. E daqui mais 30 anos serão menores ainda. É o processo de mudança no perfil da cidade. Lento, mas contínuo. As causas até agora foram as alterações no comportamento dos investidores, por conta da economia vigente, mas, para frente, pode haver também influência da legislação. O Plano Diretor, que se espera seja aprovado este ano, deverá contribuir para a ocupação de áreas ociosas no perímetro urbano, considera o diretor do Departamento de Urbanismo da Secretaria Municipal de Planejamento e Gestão Ambiental, engenheiro José Aníbal Laguna, que cita como principais exemplos de vazios urbanos em Ribeirão Preto a fazenda da Fundação Educandário Quito Junqueira (mais de 100 alqueires) e a gleba localizada entre a Ribeirânia e o Iguatemi, perto do Parque Curupira.Estes e outros vazios da mesma ordem (e sem considerar os terrenos baldios das áreas urbanizadas) somam área de 8,29 km2 dentro dos 149,16 km2 do perímetro urbano de Ribeirão Preto. Se fossem utilizados, só as áreas brutas de vazios urbanos poderiam acomodar cerca de 50 mil moradores. UrbanizaçãoSeria o mesmo processo que houve com a urbanização da Fazenda Baixadão, onde hoje se encontram vários conjuntos residenciais, acolhendo mais de 10 mil pessoas.Até aqui não houve uma legislação de incentivo ao preenchimento dos vazios urbanos. Ocorreu tudo por conta da iniciativa particular. Um bom exemplo é a zona leste da cidade. Quando o bairro Lagoinha surgiu, havia um enorme espaço sem loteamento urbano dali até o Jardim Paulista. Depois é que surgiram o Castelo Branco, Vista Alegre do Alto, Jardim Lacerda e os condomínios fechados.Mais de 50 mil terrenos baldios: uma área onde caberiam duzentos mil habitantes Os técnicos da Secre-taria do Planejamento da Prefeitura de Ribeirão Preto não definem como vazios urbanos as dezenas de milhares de terrenos baldios dentro da área urbanizada. E são muitos espaços vagos no contexto de áreas residenciais. São cerca de 14 km2, além dos 8,29 km2 dos vazios urbanos propriamente ditos. Nesse total de 22 km2 vazios, caberiam cerca de 200 mil habitantes. Terrenos baldiosPara se ter idéia do que representam os terrenos baldios, basta citar o dado obtido junto à Secretaria Municipal da Fazenda: no lançamento da cobrança do IPTU deste ano, para 172.217 unidades residenciais, aparecem 52.627 lotes sem construção, o que corresponde a 23,4% do total de 224.843 lotes espalhados pelos bairros de Ribeirão Preto.Se esses lotes vazios fossem ocupados com construção, a população de Ribeirão Preto poderia crescer sem que houvesse necessidade de investir na expansão de redes de água e esgotos, de novas unidades de ensino e saúde (só precisaria haver ampliação das atuais), de pavimentação de novas vias e de outros serviços públicos prestados pela Prefeitura.CARLOS ALBERTO NONINOEspecial para A CIDADE Publicação 21/05/2006

22 de maio de 2006

Vale a pena sair do banco?

Afinal de contas, com a taxa de juros remunerando razoavelmente bem o aplicador nas alternativas existentes no mercado financeiro – fundos de renda fixa, fundos DI, fundos de ações, caderneta de poupança, dentre outras – vale a pena usar o capital financeiro para comprar imóveis – novos e/ou usados – para alugar e por conseguinte obter uma renda mensal?Estamos diante de uma pergunta muito constante, freqüente mesmo, feita por pessoas que têm reservas financeiras: deixar sendo remuneradas em banco ou aplicar em imóveis para, como remuneração, receber mensalmente um aluguel?AplicaçõesBem, no que toca a imóveis, há aplicações e aplicações. Há imóveis e imóveis. No momento em que se faz a opção por imóveis, mesmo terrenos que não geram renda, o investidor opta em primeiro lugar por segurança muito antes que por rentabilidade. Esta, não raro, é embutida na valorização do imóvel e não vem sob a forma de renda de locação. A liquidez, é, não raro, pequena. Certos imóveis têm liquidez quase nula. Já o mercado financeiro – centrado no banco - oferece pronta e imediata liquidez. A segurança e a rentabilidade são menores. Menores do que a liquidez. É que boa parte da rentabilidade é corroída pela inflação. Renda mensalDe qualquer forma, se a pergunta for feita a um conservador, certamente ele vai dizer que é melhor aplicar em imóveis. E, de preferência, que renda mensalmente um aluguel. Mais: que sobre este imóvel não haja incidência de taxa de condomínio.Se a pergunta for a um empresário, que gosta de correr risco, ele vai dizer que “o melhor investimento será sempre o feito em sua empresa”. A aplicação no sistema financeiro será apenas um stand-by, um aguardo, uma espera de melhor oportunidade, até que ele possa ampliar sua unidade de produção. Investir nela o que, convenhamos, ele faz muito bem.Agora, alguém menos conservador e não empresário e que não são poucos - ficará com o amplo mercado financeiro, sobretudo aplicando em quotas de fundos de investimento.Cada cabeça, uma sentença. Antônio Vicente Golfeto - Jornal A Cidade 21/05/06

21 de maio de 2006

Vale a pena sair do banco?

Antônio Vicente Golfeto Afinal de contas, com a taxa de juros remunerando razoavelmente bem o aplicador nas alternativas existentes no mercado financeiro – fundos de renda fixa, fundos DI, fundos de ações, caderneta de poupança, dentre outras – vale a pena usar o capital financeiro para comprar imóveis – novos e/ou usados – para alugar e por conseguinte obter uma renda mensal?Estamos diante de uma pergunta muito constante, freqüente mesmo, feita por pessoas que têm reservas financeiras: deixar sendo remuneradas em banco ou aplicar em imóveis para, como remuneração, receber mensalmente um aluguel?AplicaçõesBem, no que toca a imóveis, há aplicações e aplicações. Há imóveis e imóveis. No momento em que se faz a opção por imóveis, mesmo terrenos que não geram renda, o investidor opta em primeiro lugar por segurança muito antes que por rentabilidade. Esta, não raro, é embutida na valorização do imóvel e não vem sob a forma de renda de locação. A liquidez, é, não raro, pequena. Certos imóveis têm liquidez quase nula. Já o mercado financeiro – centrado no banco - oferece pronta e imediata liquidez. A segurança e a rentabilidade são menores. Menores do que a liquidez. É que boa parte da rentabilidade é corroída pela inflação. Renda mensalDe qualquer forma, se a pergunta for feita a um conservador, certamente ele vai dizer que é melhor aplicar em imóveis. E, de preferência, que renda mensalmente um aluguel. Mais: que sobre este imóvel não haja incidência de taxa de condomínio.Se a pergunta for a um empresário, que gosta de correr risco, ele vai dizer que “o melhor investimento será sempre o feito em sua empresa”. A aplicação no sistema financeiro será apenas um stand-by, um aguardo, uma espera de melhor oportunidade, até que ele possa ampliar sua unidade de produção. Investir nela o que, convenhamos, ele faz muito bem.Agora, alguém menos conservador e não empresário e que não são poucos - ficará com o amplo mercado financeiro, sobretudo aplicando em quotas de fundos de investimento.Cada cabeça, uma sentença.

21 de maio de 2006

FGTS barrado.

EDSON VALENTENa hora de dar o golpe final na dívida de um financiamento, a primeira arma é sacar o saldo do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço).Mas muitos só descobrem no final que não podem usá-lo para amortizar ou quitar o que devem. "Na maioria dos casos, há empecilho legal que não foi percebido antes", avalia a advogada Mirelle Ottoni, 35.A principal controvérsia é a do segundo saque: o comprador usa o FGTS para saldar uma parcela maior (como a das chaves) e não consegue sacar de novo para quitar ou amortizar o financiamento, mesmo com dois anos entre as duas operações, como manda a lei.No primeiro saque, o comprador lavra escritura ou assina compromisso de compra e venda em cartório. "Depois, a Caixa Econômica Federal não libera o dinheiro. Diz que já há imóvel em seu nome", exemplifica Marcia Padulla, da Gouveia e Padulla Advogados.Para o gerente do FGTS da CEF em São Paulo Gildásio Freitas Silveira, 45, a escritura não é obstáculo para o segundo saque, e sim o financiamento fora das regras do SFH (Sistema Financeiro da Habitação). "Não aceitamos que seja feito com a construtora", crava.Advogados interpretam que o segundo saque é possível mesmo quando o financiamento é feito com bancos. Para obter o dinheiro, a alternativa mais eficaz é recorrer à Justiça, como fez a profissional de marketing Natalie Adler, 33. "Retiramos para as chaves, mas não conseguimos sacar para quitar a dívida. A CEF disse que já havia um imóvel em nosso nome."Ela conta que, em 60 dias, conseguiu o dinheiro. No processo, sustentou que havia dívida e hipoteca e que o imóvel foi financiado nas regras do SFH.O secretário da Comissão de Direito Imobiliário da OAB-SP (Ordem dos Advogados do Brasil), Edwin Britto, 56, sugere que o mutuário seja claro ao declarar o objetivo da primeira retirada para obter as chaves. "Ele às vezes diz que vai quitar o imóvel, pois é o meio mais rápido de obter a liberação."Regras pulverizadasOutro fator que complica é que as regras são "pulverizadas", diz Marcel Cordeiro, 35, da Pompeu, Longo, Kignel e Cipullo Advogados. "É preciso vasculhar a legislação."O gerente-geral da CEF Elimar Sousa Oliveira, 54, admite que há muitas regras e condições. "São específicas para cada caso." A legislação está no site da CEF.O ideal é consultar o banco antes de financiar, para saber como poderá usar o FGTS. Linhas com mensalidades pré-fixadas só o aceitam para quitar parcelas, não o saldo devedor.Para quitar uma obra, o banco permite o saque, mas exige financiamento. Foi o que ocorreu com um cliente de Paulo Roberto Teixeira da Silva, 36, da Albino Advogados Associados. "Interpreto como "venda casada": só liberam o que é seu se contratar o produto. Preocupado com a demora do Judiciário, ele se curvou à exigência."Quem tiver terreno pode usar o FGTS para comprar um imóvel se provar que não há edificação no lote.

21 de maio de 2006

Medidor individual de água estanca consumo em grupo.

RENATA DE GÁSPARI VALDEJÃOAo rachar a segunda maior conta do condomínio, a de água, há moradores que se sentem desfavorecidos por acharem que pagam pelo consumo do vizinho que desperdiça.Para encerrar a desconfiança, entra em cena o medidor individual. Por lei, sua instalação (e a possibilidade de reúso da água) deve ser prevista em todo novo projeto de prédio.Em cada apartamento, um hidrômetro mede o consumo. O sistema calcula quanto cada unidade gastou e gera cobranças individuais. Dá até para monitorar os dados pela internet.O custo, com equipamentos e instalação, é de R$ 550 a R$ 650 por unidade. A economia na conta de água varia de 20% a 40% -além de os moradores ficarem menos esbanjadores, o medidor permite localizar defeitos na instalação hidráulica, como vazamentos.O sistema reduz em até 10% a taxa de condomínio, pois a administradora transfere o pagamento aos condôminos.Mas nem todo mundo paga menos. No Le Quartier, em Perdizes (zona oeste), alguns moradores afirmam que não houve redução. "Teve gente que não achou vantajoso", conta o gerente do condomínio, Fernando Marques. Mas o conjunto, que gastava de R$ 13 mil a R$ 14 mil com a conta de água e só via o valor crescer, teve o gasto estabilizado em R$ 11 mil."No meu apartamento, onde moram quatro adultos e uma criança, o gasto continua o mesmo", calcula o síndico, Eduardo Borklian, 41. Ele diz que, apesar de justo, o sistema só faz diferença para quem consome pouca água.A instalação, no entanto, não é viável para todos. "Prédios mais velhos têm várias colunas por apartamento para a distribuição da água", avalia Waldir Albieri, vice-presidente da Aabic (Associação das Administradoras de Bens Imóveis e Condomínios de São Paulo).

21 de maio de 2006

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