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Magia da luz: efeito cênico na decoração.

Imagine uma mesa de jantar montada cuidadosamente, quase na penumbra. Mas os olhares dos convidados são atraídos para um ponto de luz que os leva ao aparador, onde estão os quitutes preparados para a noite. Este cenário aconchegante, propício para um jantar entre amigos, foi criado pela magia da luz perfeita para a ocasião. Resultado de um projeto de iluminação adequado ao espaço, às funções do ambiente e à decoração.Para o arquiteto Eduardo Figueiredo, a luz é uma complementação do projeto arquitetônico e desenvolvimento do caráter cênico do espaço. Ela é capaz de proporcionar aconchego. “A luz tem a função de promover sensações diferentes no espaço de acordo com o momento”, analisa Figueiredo. No hall de entrada, por exemplo, a luz acalenta a recepção das pessoas, serve como cartão de entrada. Já em um quarto de casal a luz deve ser pensada para proporcionar os vários usos do espaço pelo homem e pela mulher. “O aconchego, o relaxamento, o encontro, a luxúria, a leitura. Todas as fontes de luz colocadas devem proporcionar a realização destas atividades”, conclui o arquiteto.A luz deve estar presente no ambiente para trazer bem-estar, conforto e aconchego.“A pessoa ter sensações com a luz é tudo. Luz é vida” ressalta Figueiredo.ESTUDOProjeto de iluminação depende do uso de cada ambienteCada ambiente exige um projeto especial de iluminação, de acordo com o uso e as atividades que serão desenvolvidas no local, afirma Kleber Denaday, gerente de uma loja de luminárias que trabalha com projetos de iluminação há 21 anos. “No projeto podemos explorar os diversos tipos de luz, direta, geral, embutida, e os designers das peças”, comenta Denaday. Uma infinidade de lustres, luminárias, spots e plafons que iluminam e valorizam o ambiente. Rústicos, modernos ou clássicos as peças são produzidas em ferro, fibras naturais, tecidos, pedras translúcidas e cristais de rocha.Um projeto bem elaborado, avaliando a distribuição dos pontos de iluminação, é fundamental para o resultado da decoração e o conforto no espaço. As pessoas buscam ter o uso dos ambientes com multiplicidade de funções. “O espaço deve se transformar de acordo com a luz que foi acesa” conclui o arquiteto.Luminárias antigasE mesmo com todas as inovações no mercado, usar uma luminária herdada da família pode enriquecer a decoração.Figueiredo comenta que acaba de concluir um projeto em Orlândia, em que a proprietária possuía luminárias antigas da família. “Lampiões de ferro de pendurar, peças belíssimas”, relembra. Ele decidiu usá-las na decoração.“A casa tem um projeto contemporâneo e possui uma galeria grande, as luminárias antigas ficaram evidentes e valorizaram o espaço”, revela Figueiredo.OPÇÕESNuances conforme os tonsNo mercado existe uma variedade de opções de temperatura de lâmpadas, que através das nuances diferentes de cor da luz, reproduzem mais fielmente os tons do ambiente. Segundo Denaday a escolha correta do IRC – Índice de reprodução de cor, valoriza o espaço, dá vida e brilho às cores da decoração.Por isso a lâmpada utilizada também é fundamental no resultado da iluminação.Tipos de lâmpadasIncandescentes - Essas lâmpadas são encontradas em vários formatos e têm IRC alto. São muito usadas em spots e plafons.Fluorescentes - Em algumas situações esta lâmpada está ganhando espaço das incandescentes, por estarem sendo fabricadas em diferentes formatos e cores.Halógenas - São lâmpadas usadas em iluminação de destaque, na valorização de uma peça decorativa ou para criar um ambiente mais intimista. As mais conhecidas são as dicróicas.Metálicas - Possuem alto poder de fluxo luminoso, podem ser usadas para uma luz geral e em ambientes com pé-direito mais alto.VALORIZAÇÃO - Este Pendente floral em ferro com pátina Provençal tem estilo rústico. Os oito braços são iluminados por lâmpadas incandescentes. A peça pode valorizar varandas, áreas de lazer ou uma sala de jantar. Neste ambiente de convívio ele ganha destaque na decoração. CLÁSSICO - Este lustre de barra cromada com multicristais lapidados, alia o designer moderno ao clássico dos cristais. A iluminação é feita com lâmpadas halógenas. Ele é ideal para ser usado em uma sala de jantar, como luz direta sobre a mesa. Mas também pode iluminar outros ambientes. Jornal A Cidade - 06/05/2006

08 de maio de 2006

Sinduscon quer lotear a Zona Leste.

A regional de Ribeirão Preto do Sinduscon (Sindicato das Indústrias de Construção Civil do Estado de São Paulo) defende a ocupação da zona leste, área de recarga do Aqüífero Guarani, com loteamentos.O ponto de vista da entidade foi formalmente apresentado ao Ministério Público na última sexta-feira. O MP de Ribeirão Preto é o principal obstáculo para a implantação de novos bairros na zona leste.O argumento do promotor Marcelo Goulart, do Meio Ambiente, é que é necessário conhecer o impacto que eventuais loteamentos terão sobre o futuro abastecimento de água da cidade. Por isso, loteamentos na zona leste estão suspensos.Novos bairros na região, na opinião do promotor, impedem que as águas das chuvas se infiltrem no solo e o abastecimento do aqüífero, um depósito subterrâneo.Para o presidente do Sinduscon, José Ferreira Batista, a tese do MP é discutível. Ele defende loteamentos populares e de classe média na zona leste.Batista também não concorda que loteadores tenham que destinar 35% da área total dos loteamentos para praças.Na legislação federal, essa área é de 20% do total a ser loteado. Os 35% são exigência do Código Municipal de Meio Ambiente de Ribeirão Preto, para garantir a infiltração de água no solo.Recentemente, a Câmara aprovou, e a prefeitura sancionou, lei que considera a zona leste área de expansão urbana.A decisão está sob questionamento do Ministério Público Federal, que poderá questionar a inconstitucionalidade da lei perante a Justiça.Se fossem implantados loteamentos em todas as áreas de expansão urbana, a ocupação do solo equivaleria a 55% do município de Ribeirão. 30/04/2006

02 de maio de 2006

Vazios urbanos.

Prefeitura de Ribeirão Preto poderá usar IPTU progressivo para combater a especulação imobiliária. JOSÉ ANTONIO BONATO Proprietários de áreas urbanas de grandes dimensões em Ribeirão Preto, chamadas de "vazios urbanos", correm o risco de sofrer reajustes progressivos no IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano) se não destinarem seus imóveis para habitação.A aplicação do IPTU progressivo como medida para desestimular a especulação imobiliária é um dos assuntos que estão em pauta nas discussões sobre o Plano Diretor da cidade, cuja aprovação não pode ultrapassar o mês de outubro.Segundo o engenheiro José Aníbal Laguna, diretor de urbanismo da Secretaria Municipal de Planejamento e Gestão Ambiental, a Prefeitura de Ribeirão Preto deverá usar o IPTU progressivo como instrumento para estimular a ocupação dos vazios urbanos existentes dentro do anel viário."O IPTU progressivo é um mecanismo muito utilizado para acelerar o processo de urbanização. Vamos usá-lo assim que for consolidado o novo Plano Diretor. Mas haverá muita análise antes, para que haja um uso criterioso desse instrumento", declara.Segundo relatório da Comissão Especial de Estudo do Plano Diretor da Câmara, as áreas vazias dentro do perímetro urbano somam 25 quilômetros quadrados, ou o equivalente a 3,9% do território de Ribeirão Preto (651 quilômetros quadrados).Para o arquiteto e urbanista Mauro Castro Freitas, que participou da elaboração do relatório do Plano Diretor da Câmara, a existência dos vazios urbanos prejudica a população. "Os ônibus têm que desviar do trajeto e as pessoas demoram mais para ir e voltar do trabalho", afirma.A mesma opinião tem Laguna. "Precisamos preencher os vazios urbanos para evitar que a cidade ande aos saltos em direção a distâncias inconvenientes, onerando o transporte público, os serviços públicos e agravando a infra-estrutura, que vai ficando cada vez mais ampla e difícil de ser mantida", fala.Para Freitas, com o IPTU progressivo primeiro os donos de grandes áreas ociosas serão notificados a urbanizá-las. "O prazo é de dois anos. Se esse prazo não for respeitado, a alíquota sofre majoração a cada ano. Se em cinco anos não houver o parcelamento do solo, a prefeitura poderá fazer a desapropriação e pagar pelo imóvel com títulos da União", diz.Os locais onde se concentram esses vazios urbanos, segundo Freitas e Laguna, são as zonas norte, leste e oeste de Ribeirão Preto. Freitas afirma que, se todos os grandes terrenos ociosos na zona norte, por exemplo, fossem urbanizados, ali poderiam ser construídas moradias para todos os 22 mil moradores de favelas de Ribeirão."É claro que o ideal não é concentrar toda essa população da favela em um único local. Em Ribeirão Preto está ocorrendo um fenômeno muito preocupante, com a concentração dos bairros ricos numa região e os de baixa renda em outra."Para José Batista Ferreira, diretor regional do Sinduscon (Sindicato das Indústrias da Construção Civil do Estado de São Paulo), o IPTU progressivo existe para que a propriedade cumpra sua função social. "O que não pode é o IPTU progressivo ser usado contra quem tem, por exemplo, mais de dez imóveis. Ribeirão Preto comete esse erro", declara.Constituição prevê a cobrançaA cobrança do IPTU progressivo está prevista no artigo 182 da Constituição Federal, que foi regulamentado pelo Estatuto da Cidade, em 2001.Os donos de imóveis de vazios urbanos que não promoverem sua ocupação estão sujeitos, além da majoração progressiva do IPTU, ao parcelamento ou edificação compulsórios e também à desapropriação com pagamento mediante títulos da dívida pública.A existência de vazios urbanos força a expansão da cidade para "distâncias inconvenientes", conforme José Aníbal Laguna, diretor de urbanismo da Secretaria de Planejamento e Gestão Ambiental de Ribeirão.A expansão para regiões distantes, normalmente na zona rural, prejudica os produtores, principalmente os de produtos hortifrutigranjeiros.É o caso de Iossiu Nicaido, 55 anos, um dos donos da Granja Vieira, localizada no km 3 da rodovia Ribeirão-Dumont, nas proximidades do Jardim Recreio. O IPTU da propriedade de Nicaido saltou de R$ 1.700,00 para R$ 8.000,00. "É muito alto esse valor. Não nego pagar imposto, mas desse jeito teremos que vender nossa propriedade porque esse valor inviabiliza nosso negócio", diz.Nicaido é sócio da granja com outros quatro irmãos. Todos trabalham no local. Eles colhem de 1.500 a 2.000 maços de verduras por mês.Segundo o arquiteto Mauro de Castro Freitas, na zona sul de Ribeirão esse fenômeno vêm ocorrendo com freqüência. "Os produtores não suportam o aumento do IPTU e acabam vendendo seus imóveis para especuladores." (Gazeta de Ribeirão) 23/04/2006

25 de abril de 2006

Casas e indústrias.

Economista afirma que parque industrial do bairro projeta Ribeirão Preto no mercado externo. ANGELA PEPEO bairro é conhecido por abrigar uma das mais antigas regiões industriais da cidade e casas de alto padrão, na Zona Leste de Ribeirão, próximo à rodovia Anhangüera.Oficialmente chamado de Parque Cidade Industrial Lagoinha, o bairro é cortado pela praça da Paz, uma das maiores implantadas na cidade, com cerca de 40 mil metros quadrados, onde há eucaliptos, parquinhos infantis e uma miniferroviária.Na parte de cima da praça estão sediadas indústrias de diversos segmentos, 106 delas associadas à ACI-RP (Associação Comercial e Industrial de Ribeirão Preto), que atendem não só o mercado brasileiro, mas o internacional.Com a Lagoinha, a Gazeta completa a décima reportagem em homenagem ao aniversário de 150 anos de Ribeirão, em 19 de junho.Para o economista Antonio Vicente Golfeto, existe uma relevante representação da Lagoinha por causa do parque industrial. Ele diz que, por causa das fábricas, o bairro projetou a cidade no mercado de importação e exportação."Isso aconteceu bem antes da moda da globalização, na década de 80. A Lagoinha foi a ponte que passou a ligar Ribeirão Preto ao comércio exterior. Além disso, o bairro concilia de forma pacífica o centro empresarial às residências", diz.A Lagoinha foi instituída em 1967 como bairro e seus limites são a rodovia Anhangüera, a avenida Presidente Castelo Branco, a rua Francisco Otávio Pacca e a avenida Antônio Gomes da Silva Júnior. A quantidade da população local, levantada pelo último censo (2000) do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), é de 5.267 pessoas em cerca de 1,5 mil casas. Essa contagem é referente aos bairros do subsetor Leste 8, que engloba o Parque Industrial Lagoinha, Jardim Vista Alegre, Jardim Lacerda, Vila Fernandes e parte do Parque Industrial Anhangüera.O perfil socioeconômico das famílias residentes nesse subsetor está acima da média da cidade. Cerca de 20% dos chefes de família da região recebem mais do que vinte salários mínimos mensalmente, enquanto que só 7,4% das famílias de toda a cidade recebem o mesmo. Segundo o historiador José Antonio Lages, que estuda uma das hipóteses de surgimento da Lagoinha, o bairro existe desde 1830. Os estudos de Lages apontam que o nome do bairro aparece em documentos relacionados a um dos lugares mais antigos de que se tem notícia em Ribeirão Preto. Segundo ele, existiu um Libelo de Esbulho de Terras - nome dado a um documento de divisão de terras - dizendo que a Lagoinha teria sido alvo de disputa das famílias Dias Campos e Reis de Araújo, ambas de Batatais.Bar é point de casaisO Parque Bar, de 36 anos, já teve nomes como Lanchorama Lagoinha, Barzinho da Lagoinha, mas sempre foi o point de encontro de namorados e amigos de várias partes da cidade.O bar fica em frente à rotatória da praça Sir Winston Churchill e, além da cerveja e da música ao vivo, tem uma área verde remanescente do cerrado ribeirãopretano que encanta os freqüentadores fiéis.De acordo com o administrador do bar, Haifis Chedick Junior, o local está sediado na extensão de um terreno que foi de um dos primeiros donos das terras do local, onde está a mata. Segundo Junior, isso faz o diferencial do bar.Ele é responsável pelo empreendimento que foi realizado por seu pai em 1970. Junior lembra que a família era dona de dois restaurantes no centro e decidiu abrir o bar na Lagoinha por se tratar de algo inusitado e inexistente em Ribeirão. "O local não era só mais um bar cercado por quatro paredes, mas um espaço arborizado e agradável", diz. (Gazeta de Ribeirão)Praça conta a história da ferroviaA paixão do metalúrgico José Leonel Damasceno Filho, desde criança, é o trem e tudo que diz respeito à ferrovia.Ele conta que o sentimento surgiu a partir de uma viagem que fez de Ribeirão para Franca aos oito anos, partindo da estação da Mogiana.Por causa disso, Léo, como é conhecido, fez um projeto cultural e, desde 2002, instalou uma miniferrovia na praça da Paz, perto de sua casa.O projeto inclui uma ferrovia de 400 metros em parte da área verde. Segundo Filho, essa é a primeira miniferrovia do Brasil e tem o objetivo de levar informações sobre o sistema ferroviário brasileiro às pessoas.Aos domingos, das 9h às 13h, Léo e mais dois colaboradores se reúnem para fazer demonstrações da expedição e contar um pouco da história e da realidade dos trens no Brasil.Quem vai ao local assiste à apresentação de graça. O maquinista, responsável pela locomotiva é Josué, um garoto de 8 anos, que usa uniforme e até um quepe para lembrar dos velhos tempos de quando existia transporte de passageiros nos trens da Mogiana.O jardineiro da praça, aos domingos, se transforma em chefe da estação ao lado do idealizador da miniferrovia e a memória ferroviária é reconstituída.O percurso do trem leva cerca de 15 minutos e, após a viagem, que passa por três estações nomeadas em homenagem a antigos ferroviários, é feita uma palestra sobre as ferrovias do Brasil."O meu propósito com esse projeto é simplesmente cultural.” (Gazeta de Ribeirão)PERSONAGEMMadalena Garcia Soares, 55, contadora. Ela mora numa casa com 22 cômodos. Ela conta que se mudou para lá quando os filhos ainda eram pequenos e queriam espaço para brincar.Wellinton Rogério Pelegrino da Silva, 29, comerciante. Em ponto próximo às indústrias diz ter feito clientes fiéis com o comércio de brinquedos, bijouteria e mel.Renata Cristina Silva Narozny, 32, comerciante. Por causa da quantidade de trabalhadores atraídos pelas empresas do bairro Renata viu uma possibilidade de comércio.Francisco Leone Tincani Filho, 21, estudante. Ele conta que não deixa de passar na área verde do Parque Bar nem um dia sequer, além de aproveitar para namorar.Aloysio José Velloso Teixeira, 65, juiz de casamento. Teixeira diz que a mudança para o bairro foi um ótimo acontecimento em sua vida. "Aqui não se precisa ter passarinho na gaiola.”

25 de abril de 2006

Investindo em imóveis: riscos e garantias.

Valeska Mateus foto: Weber Sian/A CIDADEInvestir as reservas em títulos financeiros ou em um imóvel? Dúvida que atormenta algumas pessoas na hora de aplicar um dinheiro extra. Com tantas opções em papéis financeiros e diante da rentabilidade que alguns deles oferecem a tentação é grande, mas muitos ainda optam por investir na compra de um imóvel, e ter uma renda garantida com a sua locação.Nesta decisão, devem pesar fatores como a rentabilidade a médio e longo prazo, a estabilidade do mercado financeiro, o ônus de taxas condominiais e impostos, a degradação e a manutenção do imóvel. Esta avaliação minuciosa pode garantir o sucesso na obtenção da renda.Para a economista e coordenadora do curso de Administração de Empresas da Unaerp, Rosalinda Chedian Pimentel, o primeiro passo é avaliar o retorno financeiro do investimento num imóvel levando em consideração todos os seus encargos.DICASNem sempre a liquidez é imediata para quem compraQuando uma pessoa se predispõe a investir num imóvel, já deve estar a par de todos as preocupações com a manutenção do mesmo e com o inquilino. Como a falta de comprometimento do locatário na conservação do imóvel, a possível quebra de contrato e os encargos de um imóvel parado e a questão de que nem sempre a liquidez é imediata.Diante desta avaliação é vantajoso investir num imóvel?A economista Rosalinda Chedian Pimentel afirma que a depender do perfil da pessoa, esta é a melhor opção. É uma atitude comum em pessoas de faixa etária mais avançada, devido a segurança. A própria Rosalinda afirma que investiria num imóvel, tomando todos os cuidados e precauções “Minha opção seria conservadora. Compraria um imóvel pela segurança da propriedade” conclui. Comercial ou residencialNa decisão, a finalidade do imóvel já é um diferencial a ser levado em conta: residencial ou comercial?Para o diretor de imobiliária, César Paschoal, o imóvel residencial tem um giro maior de mercado. A locação é mais fácil e na situação do imóvel ficar fechado a perda monetária é menor.Já a economista Rosalinda Pimentel sugere o investimento num imóvel comercial pela garantia de estabilidade prevista no contrato, que varia de 36 a 60 meses. Escolha do imóvelObservar alguns pontos, no momento de escolher o imóvel para investir, pode facilitar a locação e garantir a renda. César Paschoal afirma que a localização, a construtora responsável pelo empreendimento, a idoneidade do imóvel e a taxa de condomínio são os fatores fundamentais. Também é preciso observar as características econômicas da cidade. Como Ribeirão Preto é voltada a prestação de serviços e possui muitas universidades, os bairros de maior movimentação, são os próximos às faculdades e aos shoppings. Os apartamentos de um e dois dormitórios têm maior procura. Outra dica é nunca deixar de obter certidões negativas dos imóveis nos cartórios e verificar se há taxas de condomínio em atraso, antes de comprá-lo.DIFERENCIALEncargos x rentabilidadeSegundo a economista Rosalinda Chedian Pimentel, se compramos um imóvel residencial para fins de renda, a locação gira em torno de 0,5% a 1% do valor total de compra. Mas aqui entram as taxas de condomínios, que por serem altas em muitas situações, acabam onerando para o locatário. Se fizermos uma conta matemática com base num apartamento de R$ 100.000, por exemplo, caso não existisse nenhuma intermediação na hora de alugá-lo, o valor da locação seria em torno de R$ 1.000. Mas isso nem sempre acontece na prática. Rosalinda analisa que hoje muitos proprietários têm de diminuir o valor do aluguel cobrado, por conta da taxa de condomínio praticada. Ou seja, ele está bancando parte do aluguel, para que seu imóvel não fique parado, desalugado. “Ao invés do locador ter um retorno de 1% com o aluguel, ele receberá em torno de 0,7% do valor do imóvel”, calcula a economista. Paralelo Traçando um paralelo entre a rentabilidade de alguns títulos financeiros e da locação do imóvel, haveria praticamente um empate de valores, afirma Rosalinda.A caderneta de poupança rendeu em torno de 0,5% no mês anterior, um valor próximo aos 0,7% calculado. “Neste investimento não há pagamento de imposto de renda sobre o rendimento livre, não há desgaste do imóvel e nem possíveis preocupações com inquilinos”, comenta a economista. Os fundos de renda fixa como CDBs pagam em torno de 1,3% a 1,5%, mas ainda existem as várias taxas a serem descontadas, como Imposto de Renda, entre outras, que resulta num retorno de cerca de 0,9%. Segundo a economista, depois de fazermos estes cálculos, apesar de financeiramente ser mais atraente, existe a vulnerabilidade e a oscilação do mercado.O imóvel é um patrimônio, uma garantia contínua “Há a vantagem da estabilidade, é dinheiro edificado” avalia Rosalinda.

24 de abril de 2006

Cor e Textura: percepção visual.

O advogado Aguinaldo Alves Biffi, decidiu, há cinco anos, que iria redecorar o escritório. “Queria uma decoração que trouxesse a mim e as pessoas que vêm aqui uma visão diferente” relembra. Ele procurou fugir um pouco do padrão de escritórios de advocacia que, segundo ele, geralmente são ambientes fechados, pesados e com cores neutras. “Um espaço que garantisse segurança, como exige a profissão, mas que quebrasse um pouco o estigma da cor sóbria. Voltado à prosperidade”. Este era o desejo de Biffi. A proposta da designer de interiores de inserir cores no ambiente causou um impacto, um receio inicial, mas o resultado superou as expectativas do advogado. Ele comenta que sentiu mudanças tanto na estética quanto na produtividade “Trouxe nova vida ao dia a dia, modernidade e conforto ao escritório” avalia Biffi.Tanto que, dois anos depois, as cores invadiram também a residência. Um consenso familiar decidiu inserir cores e texturas na decoração da casa, conta. EmoçõesPara a designer de interiores Maitê Orsi, as cores e as texturas mexem com as nossas emoções, com as nossas energias e provocam sensações que podem chegar a alterar nossa fisiologia. “Cor é relacionamento emocional com o ambiente” explica Maitê. A cor atua na nossa percepção sem intermediação nenhuma. É uma reação automática e sem questionamento, um forte apelo visual. Por isso ela é tão importante dentro da comunicação emocional da pessoa em relação ao espaço. Já a textura trabalha a percepção táctil e visual. A depender da textura de um objeto ou material despertamos na nossa memória lembranças e desejos diferentes. A designer cita, por exemplo, um cacto. A primeira impressão que nos causa é de medo de tocá-lo, devido há possibilidade de nos ferirmos. Já no caso de um veludo, a reação é oposta. Desejamos tocá-lo por ser uma textura macia e gostosa. Maitê afirma que a excelência na decoração é atingida quando se consegue casar cores, texturas e formas. “O conceito atual de decoração é vivenciar a casa de maneira afetuosa” conclui.SEGMENTOUma nova tendência na decoraçãoAs texturas podem estar em pinturas, tramas de tecidos, cortinas, tecidos para tapeçaria ou materiais de revestimentos. Ganham espaço em pisos e paredes. Além das tradicionais texturas, há cerca de dois anos a indústria de revestimentos passou a investir no resultado têxtil dos materiais, correspondendo a uma tendência na decoração. “Através de incrementos tecnológicos, a indústria desenvolveu processos que enganam os sentidos e provocam emoções muito interessantes”, comenta a designer de interiores Maitê Orsi. Hoje, existem produtos com texturas que se assemelham à madeira, ao couro, às pedras, com toques aveludados, aos metais e até mesmo a textura de areia. Uma união entre natureza e tecnologia. O mercado oferece várias alternativas para personalizar as superfícies, de acordo com o ambiente, o perfil da pessoa e a criatividade. “Os produtos estão sendo desenvolvidos com o objetivo de fazer a pessoa se sentir melhor no ambiente, provocando sensações agradáveis e conforto visual e táctil” avalia Maitê. Na hora de fazer a escolha é preciso levar em conta o local onde será aplicada, a manutenção e o custo. SIGNIFICADOCores e sensações despertam as pessoasDecifre um pouco o significado das cores e as reações que elas podem despertar nas pessoas, quando usadas nos ambientes.Amarelo - O amarelo proporciona concentração, atenção. É excelente para ambientes onde serão desenvolvidas atividades intelectuais, como salas de estudo e escritórios.Vermelho - Por ser uma cor quente ela não é tão apreciada pela a maioria das pessoas. Representa vida, atividade, energia. Pode ser usada em salas de estar, detalhes ou valorização de uma parede.Laranja - O tom desperta o apetite e a ajuda a amenizar a dificuldade de comunicação. Traz aconchego. As pessoas que entram num ambiente com tons alaranjados tendem a se sentir acolhidas.Verde - Enseja tranqüilidade, mas de forma ativa. Também provoca sensação de frescor e limpeza. Pode ser explorado em salas, cozinhas e banheiros.Azul - Diferente do verde, a cor azul provoca uma tranqüilidade passiva, leva a uma introspecção profunda, é ideal para ambientes onde as pessoas pretendem relaxar, como quartos, salas de relaxamento e clínicas. É um tom altamente calmante.Lilás - As várias matizes do roxo representam sofisticação e denotam espiritualidade. Segundo a designer, é uma cor preciosa, luxuosa e que pode ser usada, sem restrições, tanto em quartos como em salas.Preto - Este tom, que representa a ausência de cor ou de luz, demonstra poder e elegância. Mas deve ser usado numa elaboração bem feita. Valeska Mateus - Jornal A Cidade -  23/04/2006

24 de abril de 2006

Caixa oferta mais de 10 mil imóveis.

EDSON VALENTEA Caixa Econômica Federal realizará o Segundo Feirão da Casa Própria, de 27 a 30 de abril, em São Paulo. Serão negociados imóveis novos --prontos, em construção ou na planta--, usados e retomados por inadimplência.Não foi fechado ainda o número total de bens, mas só os novos somarão pelo menos 10 mil.Para Flávio Prando, 49, diretor de programas habitacionais do Secovi-SP (sindicato da habitação), é uma boa oportunidade para quem busca a casa própria."Todos os empreendimentos passaram por rigorosa análise comercial e jurídica da Caixa, o que propicia a qualidade do bem e a da construtora", avalia. "E as condições de venda poderão ser melhores que as dos plantões."Munidos de documentação --RG, CPF, comprovantes de residência e de renda, carteira de trabalho e certidão de casamento--, os compradores poderão ter crédito aprovado para financiamento no próprio feirão.Em um setor específico da feira, os imóveis comercializados foram retomados de outros compradores por inadimplência. Nesses casos, o interessado deve se ater à possibilidade de eles ainda estarem ocupados pelo antigo proprietário, uma vez que o novo comprador geralmente fica responsável por desalojá-lo.Haverá também usados negociados pelo Creci-SP (conselho de corretores).

24 de abril de 2006

Peritos ensinam a procurar os defeitos menos ocultos.

GIOVANNY GEROLLAMesmo sem contar com um perito, o interessado em comprar um imóvel usado deve atentar para pontos que geralmente requerem reformas custosas."Em casas velhas, as instalações elétricas são subdimensionadas para agüentar ar-condicionado, microondas e computador", exemplifica o engenheiro Eymard Pinheiro da Silva. Às vezes, chegam a faltar até tomadas.Além disso, disjuntores ligados a vários fusíveis e fiação antiga podem causar curtos-circuitos.A tubulação hidráulica de ferro às vezes conduz problemas. "Abrindo a torneira, pode-se, nos prédios com caixa suspensa, verificar a cor enferrujada da água e sua pressão", indica o engenheiro Luiz Roberto Rocha."Hoje em dia, opta-se pela tubulação de PVC, enquanto o problema de ter pouca pressão pode ser solucionado com uma bomba ou subindo o nível da caixa", revela.Rachaduras na alvenaria também são um sinal de alerta para o comprador. "Os custos da reforma são altos", aponta Luciana Oliveira, 32, engenheira do Centro Tecnológico do Ambiente Construído do IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo).Trincas e revestimentosAlguns defeitos, mascarados, passam despercebidos até pelo perito -se uma trinca estiver coberta com massa e pintura, por exemplo. Mas esses casos são menos comuns. "As rachaduras que chegam à estrutura são visíveis, causadas por desnível no terreno ou baixa qualidade na execução da obra", explica Silva.Janelas velhas, sem manutenção ou vedação, abrem espaço para a umidade. O mofo se abriga na cobertura com acúmulo de água da chuva ou vazamentos.Por fim, os peritos checam a qualidade de revestimentos e da execução da obra. "É preciso haver pias na cozinha e no banheiro, vaso sanitário, cano para chuveiro e tanque", indica a perita Ana Maria Fernandes Cooke. "O imóvel deve ser, antes de tudo, habitável."

24 de abril de 2006

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