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Imóvel mal conservado é o mais difícil de alugar, diz pesquisa.

O mau estado de conservação de um imóvel é o principal motivo para que os interessados em alugá-lo desistam de fechar o contrato.Segundo levantamento realizado pela administradora de imóveis Lello na cidade de São Paulo, 34% das recusas têm como causa as condições de habitabilidade da casa ou apartamento.Segundo o estudo, outros fatores que dificultam a locação são o valor de aluguel acima da média do mercado --responsável por 20% das desistências-- e a falta de exclusividade de uma só imobiliária na intermediação da locação --motivo que gera 15% dos negócios iniciados e não-concretizados.Para a gerente da Lello Intermediadora de Negócios, Roseli Hernandes, a velocidade de locação de uma unidade residencial depende de vários fatores, como o estado do imóvel, equipamentos existentes, localização, infra-estrutura e, no caso de prédios de apartamentos, opções de lazer.Ela também explica a razão pela qual o proprietário de um imóvel deve evitar contratar mais de uma administradora ou corretora para alugá-lo. "O excesso de placas dá a impressão de que o imóvel está encalhado ou em mau estado de conservação."

23 de maio de 2005

Entulho reciclável.

foto: PC Falseti/A CIDADETudo leva a crer que o problema do entulho produzido nas obras de construção civil em Ribeirão Preto pode estar caminhando para uma solução definitiva. Há negociações em curso para transformar todo a parte orgânica do entulho em biomassa para geração elétrica e os resíduos sólidos em material reutilizável através de seu processamento.A Regional Norte do Sindicato da Construção Civil do Estado de São Paulo, Sinduscon, que abrange a região de Ribeirão Preto, esteve essa semana reunida com o PIERP (Produtores Indepen-dentes de Energia de Ribeirão Preto), empresa que funciona nas antigas instalações da Usina Santa Lídia e que gera 20 MW de energia elétrica através da queima do bagaço da cana-de-açúcar.Segundo José Batista Ferreira, diretor regional do Sinduscon, a cidade de Ribeirão Preto produz 4 mil caçambas de entulho por dia, o que equivale a mil toneladas/dia. “Faltam espaços para depositar o entulho, o que se fizer em termos de legalização de terreno para servir de depósito será um paliativo”.Em 30 de junho do ano passado, a Câmara de Vereadores aprovou o projeto de lei 1.704, do Executivo, que determina o gerenciamento, disciplina a coleta, o transporte e a deposição final do entulho. O objetivo era acabar com o problema de deposição do entulho, que se arrasta há vários anos. “Até hoje, no entanto, essa lei não pode ser aplicada por falta de regu-lamentação”, avisa Ferreira.A legislação federal determina que a respon-sabilidade da destinação do entulho é do gerador, ou seja, das empresas de construção civil. Mas para isso, precisam que haja locais determinados que sirvam de depósito.A Usina da Via Norte, que voltou a funcionar, não consegue dar destinação total ao entulho e o problema persiste. “O interesse da PIERP em processar todo o resíduo sólido produzido na cidade, como lixo doméstico e entulho, surge como uma solução definitiva”. Até porque o material será utilizado na produção de energia elétrica, com aproveitamento do material orgânico que será separado. O material sólido do entulho, como tijolos, cimento, areia, será triturado para permitir o reuso na fabricação de blocos, contra-piso ou reboco.“É o caminho natural. Hoje ninguém vê latinha de cerveja ou refrigerante na rua, nem papelão. Tudo é reciclável e o lixo com o entulho, também pode ser reciclável”, afirma Hilário Cavalheiro, diretor operacional do PIERP.As caldeiras do PIERP, que geram energia a partir da biomassa, podem aproveitar madeiras, galhos e outros resíduos orgânicos dos entulhos. Para processar os demais materiais seriam necessários R$ 15 milhões de investimentos em britadeiras para triturar o entulho e na aquisição de filtros de gases para tratamento da fumaça da queima da biomassa.Segundo Cavalheiro, as 500 toneladas diárias de lixo doméstico que a cidade produz são suficientes para gerar 10 MW de energia. “Com o material orgânico do entulho, acredito que seja possível produzir 3 MW de energia. A capacidade líquida do PIERP é para 20 MW.Entulho custa R$ 800 mil à Prefeitura por anoOs gastos públicos municipais anuais de Ribeirão Preto chegam a R$ 800 mil com a questão do entulho da construção civil. A conclusão é de um estudo elaborado pelo Grupo Técnico de Estudos dos Resíduos Sólidos, GTRS, formado por representantes da iniciativa privada, poder público e organizações sociais do município. No início do ano, o GTRS entregou documento ao prefeito Welson Gasparini, recém empossado no cargo, com uma radiografia da situação dos entulhos no município e apontando soluções como a liberação imediata de uma área na estrada para Cruz das Posses, onde funcionava a antiga pedreira Ortolan. Segundo o documento a área seria “a única alternativa emergencial para o problema da deposição”. A área já teve sua autorização concedida na lei complementar 1.536, de 9 de setembro de 2003. Hoje, há apenas duas áreas autorizadas para deposição, na Via Norte e Anel Viário Sul, com esgotamento de capacidade. Pelo estudo, apenas em 1995 a Prefeitura contratou consultoria para estudar a situação. De acordo com o documento, “na época foram identificadas 176 áreas de descarte de resíduos, o que já provocava contaminação ambiental do solo e da água, desvalorização imobiliária no entorno das áreas, degradação visual e despesas de saneamento e manutenção”.Atualmente existe uma usina de reciclagem em atividade parcial, com capacidade de trituração de 240 toneladas/dia (25% do volume gerado de 1.000 toneladas/dia ou cerca de 400 caçambas/dia). Para atender ao grande volume de entulho produzido, o estudo propõe a implantação de mais três unidades de reciclagem.A Prefeitura, através do Departamento de Fiscalização Geral, quando pode disponibilizar seus fiscais para o serviço, sai em busca de irregularidades do despejo do entulho junto com a Guarda Municipal. Segundo o diretor do Departamento, Vanderci Faustino, a multa chega a R$ 170 para cada caçamba que despeja o entulho em local não permitido.Faustino adiantou que há a perspectiva de se realizar um seminário na cidade, envolvendo o setor da construção civil, do PIERP, Câmara de Vereadores e representantes da Prefeitura para se discutir a questão e encontrar a solução. Ele não descarta a idéia de centralizar a entrega do entulho no PIERP, e também de todo o lixo produzido na cidade, para que seja processado e reaproveitado. “Teríamos um controle maior sobre a destinação do entulho porque seria conduzido a um único lugar que faria sua transformação”. O que se pretende em Ribeirão Preto não é novidade em São Paulo. “Podemos nos inspirar no modelo que está dando certo em Piracicaba”.

23 de maio de 2005

Esmeralda, a grama da vez.

foto: Weber Sian/A CIDADEÉ a bola da vez. As lojas especializadas garantem. A grama Esmeralda é a preferida entre as pessoas que querem fazer um paisagismo no jardim de casa, do escritório ou de uma área comercial aberta. De origem japonesa, a Esmeralda tem como nome científico, Zoysia japonica Steud. Ela se caracteriza pelas folhas em forma de lança, pequenas, estreitas, muito densas e pilosas que oferecem grande densidade, forma um tapete verde muito uniforme e ornamental.Essa é uma das razões que faz o sucesso da Esmeralda. “Foi uma grama que se adaptou muito bem ao clima de Ribeirão Preto”, diz a comerciante Patrícia Junqueira Bizarro da Cruz que vende em média dois caminhões da grama por semana. De acordo com o comerciante Diego Paiva, que vende cerca de três caminhões por semana, é a grama ideal para o sol, muito embora chegue a tolerar um pequeno período de sombra. “A venda da Batatais não chega a 1% da Esmeralda”. Em locais muito sombreados, a Esmeralda fica rala. “Por isso é bom usar esse tipo de grama em projeto de paisagismo a céu aberto, com muita irrigação”. Devido à sua natureza, essa grama é receptiva à água. “Onde há Esmeralda, o ambiente fica úmido porque ela consome bastante água”, explica. Com manutenção adequada, apenas água e sol são suficientes para manter a qualidade do gramado.Entre as principais vantagens, estão seu grande efeito ornamental, baixo índice de infestação de plantas daninhas, a baixa manutenção, a facilidade do plantio e a alta resposta à adubação nitrogenada.PlantioDe acordo com Paiva, para plantar a grama, qualquer que seja ela, é preciso limpar todo o terreno retirando todas e quaisquer plantas existentes. “Se houver erva daninha, ela perfura o tapete original da grama e cresce junto com a nova planta, dificultando a manutenção e limpeza”. O primeiro passo, então, é preparar adequadamente o solo, o que implica em eliminar totalmente pedras, entulhos, ervas daninhas e pragas como cupins e formigas no local onde se pretende gramar. Dependendo do nível de infestação de ervas daninhas devem-se aplicar herbicidas específicos. Depois da limpeza, uma rápida verificação no terreno pode ser suficiente para identificar a necessidade de trato do solo, basicamente à base de NPK. Recomendada para gramados residEnciais e áreas verdes nobres, a Esmeralda tem média resistência ao pisoteio e não exige podas tão freqüentes quanto sua principal concorrente na região, a grama Batatais, o que barateia a manutenção.“Se fizermos uma projeção, para cada 10 mil m² de Esmeralda, o cliente gasta R$ 30 mil no plantio, contra R$ 20 mil se optar pela grama Batatais”, explica Paiva. Apesar da diferença de um terço no valor do plantio, a manutenção acaba revertendo a relação custo-benefício. “Esse plantio vai exigir da Batatais três manutenções que custam R$ 6 mil no total contra apenas uma da Esmeralda, a R$ 2 mil”. Com terreno limpo e solo preparado, a grama ganha densidade desejada o que garante baixa incidência de ervas daninhas, que acabam aparecendo apenas perto da época do plantio, diminuindo depois conforme a grama vai adensando. “É comum trabalharmos em jardins para trocar a grama Batatais pela Esmeralda”, asseguram os comerciantes. Em um desses trabalhos, Paiva trocou toda a grama de um haras. “Os cavalos fazem o mesmo caminho na grama e, com a Batatais, o caminho acaba virando trilha porque a grama morre e não cresce mais”. Foi o pai dele, por exemplo, quem fez os reparos do gramado do Estádio Santa Cruz, ao ser recém coberto pela Esmeralda. Outras gramas comuns em Ribeirão Preto são a São Carlos e a Santo Agostinho, mais utilizadas, segundo Paiva, em ambientes em que há maior incidência de sombras. Publicado em 15/05/05

23 de maio de 2005

Arquitetura do Ser.

foto: Weber Sian/A CIDADEO século XIX foi o da colonização, o XX foi do desenvolvimento tecnológico e o século XXI, que se inicia, precisa ser o da sustentabilidade. Nessa linha de raciocínio, uma vertente da arquitetura questiona a solução dada ao equacionamento do espaço que não tenha como premissa a utilização racional de materiais, o suprimento das necessidades básicas do ser humano, como satisfação e bem-estar e a interatividade com meio ambiente.Para discutir esses parâmetros, a Sala Cultural Design Brasil elaborou um ciclo de palestras sob o rótulo “Arquitetura do Ser”. O objetivo é levar as pessoas a analisarem e estudarem a arquitetura do ser humano, esclarecendo e cultivando os conceitos vitais do ser humano, pessoal e social. Segundo a organizadora do evento, a arquiteta Inês Aquino, “todos nós participamos dessa diluição de referências e valores, dentro da qual tendemos a ficar paralisados. Mas parar significa ser arrastados e não é isso o que queremos. Queremos exercer a liberdade e a faculdade humana de construir, com humildade e paixão, nossa casa, nossa convivência”, analisa. As palestras, conduzidas pelo professor de filosofia Nestor Müller, abordam essa questão a partir de quatro preocupações básicas: ética, liberdade, poder e paixão. “Ética, por exemplo, é uma palavra de raíz grega, ‘ethos’, que significa ‘casa’”, explica. Para ele o debate surgiu da constatação de como se vive mal, se mora mal.Ele mostra como. “A sala da casa ou do apartamento é construída para o aparelho de tv, anulando a convivência familiar e social. Os apartamentos são cada vez menores dificultando aos moradores a sensação do bem-estar”, exemplifica. “Outro dia fui ver um condomínio de alto padrão em construção na zona sul da cidade e vi duas coisas completamente erradas. A primeira é que as casas são conjugadas, ou seja, a privacidade dos moradores fica muito restrita. Outro problema foi que a construção das casas não permite o desfrute do sol matinal, que é o melhor sol, o mais saudável. Um paredão nas casas foi construído do lado do sol nascente, o que é um erro”, explica.SustentabilidadeO morar bem e o morar mal, hoje, na concepção dos que atuam nessa vertente, não depende exclusivamente da condição social das pessoas. Passa pelo conceito de aproveitamento de tudo o que for “passivo”, na visão da arquiteta de interiores Zelena Rivabem. Para ela, deve-se aproveitar ao máximo a luz solar, os ventos, e se adequar ao que a natureza oferece, criando uma sinergia com meio ambiente que permita o melhor usufruto aliado à conservação. “A sustentabilidade não deve se encerrar na questão ambiental, mas deve ser atemporal, com uso de material em obras e objetos em decoração que respondam às necessidades de aproveitamento mas também de satisfação. Não é porque um objeto é antigo e está ‘fora de moda’ que a pessoa deve se desfazer dele se há uma relação de prazer e bem-estar com ele. Outra ótica da sustentabilidade é nos problemas sociais, como emprego e renda”, afirma. Reflexo dessa discrepância são os condomínios fechados. “São guetos construídos em nome, principalmente, de uma segurança, mas que elimina as transparências. Muros altos impedem o acesso de pessoas, até mesmo o acesso visual. Lá existem casas lindíssimas que ninguém pode admirar porque ficam escondidas. Na convivência social, traz seqüelas porque sei de casos de crianças que crescem fechadas nesses condomínios e enfrentam sérios problemas de sociabilização”, afirma.Imaginação“A arquitetura é o exercício da imaginação e sobre ela é preciso pensar na convivência das pessoas pacificamente”, explica. Para ela, uma premissa para criar um projeto é refletir como as pessoas utilizariam os espaços. Especializada em projetar áreas térreas de edifícios, Zelena combate ferozmente o desperdício, seja de espaço, de ambiente, de material e, principalmente, de oportunidade. “Aprender a técnica da arquitetura é fácil, o difícil é renovar-se. O projeto bom é aquele que dá mais oportunidade ao conforto, à qualidade de vida. As pessoas sentem-se bem no lugar e muitas vezes nem sabem traduzir essa sensação”, afirma. Quando fala em Arquitetura do Ser, ela, o professor Müller e Inês Aquino, traduzem, na verdade, a necessidade de organização do espaço de forma orgânica. Nada muito longe da Arquitetura Antroposófica, conceito elaborado pelo arquiteto croata Rudolf Steiner no início do século passado.Ao defender a arquitetura sustentável, Zelena propõe aproveitamento de material reciclável, entre outras coisas. “Começam a surgir bolsões de carência de fontes de recursos naturais em diversas partes do mundo além da falta de espaço nas grandes cidades, como em São Paulo, por exemplo”, diz. Ao se discutir a arquitetura sob a ótica da filosofia, o que se pretende é rever conceitos. “Não adianta fazer casas populares com telhas de amianto. O calor é insuportável, gerando desconforto para todo mundo. Não se pode fazer um projeto de uma sala e colocar uma lâmpada próxima à janela sem que tenha um interruptor independente das demais lâmpadas. É preciso usufrir da luz natural e economizar a luz elétrica”, ensina. “São atitudes simples, óbvias, que estão aí para serem adotadas e que melhoram a vida das pessoas mas que quase ninguém enxerga”, conclui Inês. Informações sobre o ciclo de palestras: 16 – 3911-9394. Publicação em 01/05/05

23 de maio de 2005

Venda de novas cotas de consórcio é a maior desde 2000.

Os consórcios de imóveis registraram, de janeiro a março de 2005, o maior volume de vendas de novas cotas dos últimos seis anos no país, segundo dados divulgados pela Abac (Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios).O número de transações realizadas (30,2 mil) superou em 25,8% o do mesmo período em 2004 (24 mil) e em 243,1% o do primeiro trimestre de 2000 (8.800), com um total de 7.200 contemplados, 14,3% mais que de janeiro a março de 2004 (6.300).Em março deste ano, havia um total de 237,9 mil participantes ativos, 31,8% mais que em março de 2004 (180,5 mil). Esse sistema existe há 15 anos e permite usar o FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço).

16 de maio de 2005

Hora extra e água são os grandes vilões da taxa condominial em SP .

O pagamento de horas extras e o consumo de água são os grandes vilões da taxa de condomínio paga pelo moradores de edifícios residenciais de São Paulo. É o que aponta um levantamento feito pela Lello Condomínios.De acordo com o estudo, a análise das folhas de pagamento apontou que pelo menos 25% dos edifícios da região metropolitana gastam com horas extras mais do que se recorressem à contratação de folguistas."Normalmente o zelador, que tem o maior salário, acaba sendo escalado para cumprir a jornada de porteiros em folga, inflando a folha", explica o gerente administrativa da Lello Condomínios, José Maria Bamonde. Nesses prédios, segundo ele, o gasto com funcionários representa 60% do valor do condomínio, quando o ideal seria entre 45% e 50%.Outro fator que incide diretamente no valor da taxa de condomínio é conta de fornecimento de água. Segundo a empresa, em alguns casos ela chega a representar até 15% do valor da quota condominial. "O aceitável é entre 9% e 11%", afirma o gerente.Para Bamonde, isso acontece porque o consumo dos apartamentos é rateado entre todos os condôminos nos prédios em que não há medidores individuais, que são a maioria.O levantamento foi feito com os condomínios que adotaram o Programa de Redução de Custos oferecido pela empresa, que administra 1.080 condomínios, sendo 90% residenciais, onde moram cerca de 270.000 pessoas e trabalham 7.000 funcionários.

11 de maio de 2005

Indenização por gastos é direito legal do comprador.

A lei nº 4.591, de incorporações imobiliárias, não prevê multa específica para o empreendedor que exceder o prazo de entrega estipulado no contrato, mas especialistas orientam os compradores a procurar o Procon-SP (Fundação de Proteção e Defesa do Consumidor) ou mesmo a Justiça comum caso não ha- ja acordo. Outra sugestão é efetuar o pagamento de parcelas de financiamento em juízo.A primeira atitude a tomar é enviar uma carta à construtora e à incorporadora pedindo providências com relação à impontualidade. "Qualquer outra empresa que tenha participado do negócio [como a imobiliária] pode ser acionada", diz o advogado José Eduardo Tavolieri, da OAB-SP.Se, dentro de dez dias, não houver resposta ou acordo, o Procon-SP deverá ser acionado. "Segundo o Código de Defesa do Consumidor, o cliente tem o direito de solicitar o cancelamento da compra e o dinheiro de volta", explica Leila Cordeiro, 45, assistente de direção do Procon-SP."E pode exigir na Justiça uma indenização por perdas e danos, como o pagamento de aluguel até a entrega do imóvel", acrescenta Marcos Diegues, gerente jurídico do Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor).Uma alternativa para quem ainda não quitou todas as parcelas de um financiamento imobiliário é depositar as parcelas restantes em juízo -o pagamento, então, fica condicionado à entrega.Outra opção, preventiva, é convencer o incorporador a incluir uma cláusula no contrato que estipule uma multa por dia de atraso. "É difícil, pois esse tipo de contrato é de adesão. O cliente tem de aceitar as condições determinadas", observa Ademar Koga, especialista em direito imobiliário.

11 de maio de 2005

Sai do papel o subsídio para financiamento de imóveis populares.

O subsídio aos financiamentos agora é direto e voltado para famílias com renda mensal de até cinco salários mínimos, que concentram, 92% do déficit habitacional do País. Quanto menor a renda das famílias, maior poderá ser o subsídio. Brasília - O ministro das Cidades, Olívio Dutra, anunciou nesta quinta-feira que a ampliação dos subsídios para a aquisição da casa própria por trabalhadores de baixa renda será válida para as contratações que derem entrada na Caixa Econômica Federal a partir de 1º de maio. Trata-se de uma medida aprovada há quatro meses Conselho Curador do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e que agora, finalmente o governo vai colocar em prática. O governo vai dispor neste ano de R$ 1,2 bilhão para subsidiar a moradia das famílias mais pobres. Segundo Olívio Dutra, o montante é o dobro do valor do passado e suficiente para atender 150 mil famílias em todo o País. O governo também mudou a forma de concessão do benefício e o público alvo da medida. O subsídio agora é direto e voltado para famílias com renda mensal de até cinco salários mínimos, que concentram, 92% do déficit habitacional do País. Pelas novas regras, quanto menor a renda das famílias, maior poderá ser o subsídio. O benefício máximo chega a R$ 12 mil para famílias com renda de apenas um salário mínimo (R$ 300,00 a partir de 1º de maio). Exemplos O secretário Nacional de Habitação, Jorge Hereda, explicou que uma família como essa só teria condições de pegar um financiamento de R$ 2 mil, insuficiente para a compra de casa própria nas grandes cidades, como Rio de Janeiro e São Paulo. Com o programa, essa família pode ser beneficiada com um financiamento de até R$ 14 mil, sendo R$ 12 mil de subsídio a fundo perdido. Ela só pagará prestações mensais em torno de R$ 50,00 por 72 meses, referente aos R$ 2 mil. Os subsídios diminuem nas faixas de renda mais alta. Uma família com renda de até três salários mínimos, por exemplo, pode pegar R$ 12 mil de financiamento e ter R$ 7,4 mil de subsídio. O recurso a fundo perdido cai para R$ 3 mil num financiamento de R$ 30 mil para uma família com renda mensal de R$ 1,5 mil. As prefeituras, associações de moradores e cooperativas vão definir os programas prioritários para os quais serão concedidos os subsídios. Esses programas podem ser, por exemplo, a remoção de habitações de área de risco. Vânia Cristino

03 de maio de 2005

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