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Chegada do AlphaVille valoriza mercado imobiliário.

foto: F.L.Píton/A CIDADEEstá cada vez mais perto a chegada do condomínio AlphaVille em Ribeirão Preto. Depois de cinco anos de estudos, pesquisa de mercado, elaboração de projetos e alterações para adequação à legislação vigente, a empresa AlphaVille Urbanismo anuncia para o primeiro semestre de 2006 o lançamento da primeira etapa do condomínio de alto luxo da rede na cidade, com a comercialização de 540 lotes para serem entregues em 2008. O investimento total será de R$.. 50 milhões na instalação de infra-estrutura para um total de 1650 mil lotes residenciais, 120 lotes empresariais e um clube com 140 mil m2. A chegada do empreendimento tem impacto direto no mercado. Corretores de algumas imobiliárias comentam que terrenos próximos à área da Fazenda Boa Esperança, em Bonfim Paulista, onde vai ser implantado o AlphaVille, já começam a ser adquiridos por construtoras que esperam o lançamento para “pegar carona” e anunciar seus próprios empreendimentos. Um novo impulso imobiliário pode estar em curso na zona sul da cidade.A gerente comercial da Rossi Incorporadora e Construtora, de São Paulo, que já investiu R$.. 50 milhões em três condomínios de luxo na cidade nos últimos três anos, vê com bons olhos a chegada do AlphaVille na cidade. Segundo Andréa Nascimento, haverá um ganho muito grande para a cidade. “O imóvel em condomínio fechado será mais valorizado em Ribeirão Preto”, analisa. “Até porque, a AlphaVille costuma vender seus lotes tendo como base os preços do mercado”, afirma.Essa é uma política da empresa, de acordo com Marcelo Willer, diretor de projetos da AlphaVille Urbanismo. “Há uma oferta razoável de condomínios com bons padrões em Ribeirão Preto, mas nosso estudo de demanda confirma que há espaço para investirmos,” analisa Willer. Ele garante que não existe concorrência para o conceito AlphaVille de condomínio, de unir moradia, lazer e serviços, incluindo bancos, e comércio.Para Eduardo Nogueira, diretor da Stéfani Nogueira, o impacto na concorrência vai ser positivo. “Quando se vê bons profissionais atuando no mercado, a exigência do consumidor aumenta e nossas qualidades serão aprimoradas para atender a essa demanda”, afirma.De acordo com Vicente Golfeto, do Instituto de Economia Maurílio Biagi da ACI-RP (Associação Comercial e Industrial de Ribeirão Preto), a valorização dos terrenos, principalmente na zona sul da cidade, voltará aos bons níveis dos anos 70. “Investir em terreno vai ser um bom negócio. É como investir em boi magro. Quem comprar em terreno vai ser um parceiro do desenvolvimento”, sentencia.Meio AmbienteOs primeiros rumores de que seria implantado um AlphaVille em Ribeirão Preto surgiram em 2000, quando os empreendedores chegaram a anunciar o projeto. “De lá para cá tivemos que adequar o projeto às exigências legais, principalmente no que se refere às questões ambientais”, afirma Willer. Segundo ele, o ano passado inteiro foi dedicado à adequação do projeto ao Código do Meio Ambiente do município. “Segundo o código, a área de preservação permanente dos cursos d’água tem que contemplar 60 metros a partir de cada margem. No terreno existem dois cursos d’água e precisamos adequar o projeto”, revela. O projeto definitivo foi apresentado no final de março ao prefeito Welson Gasparini. “Estamos aguardando agora a liberação do relatório de impacto ambiental (EIA-RIMA), a ser liberado pelo Governo do Estado”, afirma. Após a liberação do relatório, as obras devem ter início, no segundo semestre.Condomínio se espalha pelo paísO Condomínio AlphaVille em Ribeirão Preto será construído na Fazenda Boa Esperança, em Bonfim Paulista. Uma área de 2 milhões de m2, com preservação de 700 mil m2 de mata nativa. A infra-estrutura prevista contém cerca de 1650 lotes residenciais, com área média de 450m2, um clube com 140 mil m2, o AlphaVille Ribeirão Preto Clube, de uso exclusivo para proprietários. Serão também cerca de 120 lotes empresariais, que ocuparão área de 85 mil m2. “O mix de áreas residenciais, comerciais e estruturas de lazer permite fazer com que o morador evite se deslocar muito, proporcionando mais conforto em seu dia-a-dia”, afirma Marcelo Willer, diretor de projetos da AlphaVille Urbanismo. Segundo Willer, o projeto está dividido em três fases. A primeira será lançada em 2006 e disponibilizará 540 lotes, que devem ser entregues em 2008. Serão gerados 600 empregos durante a implantação e mais 8.000 na construção das casas.Em 1994, os empreendedores do Condomínio AlphaVille, em Barueri, região metropolitana de São Paulo, decidiram investir em outras localidades. Para isso foi criada a empresa AlphaVille Urbanismo, com o intuito de detectar mercados compatíveis com o nível do empreendimento.A partir de então o conceito se espalhou pelo país e hoje é possível encontrar Condomínio AlphaVille em todas as regiões do país, sendo oito na região Sul, 12 na região Sudeste, oito no Nordeste, três no Centro-Oeste e um em Manaus. A escolha por Ribeirão Preto se deu em função de sua pujança econômica que faz a cidade ser mais forte que muitas capitais nordestinas, por exemplo”, conclui Willer.Ferraz Jr.

07 de abril de 2005

Restaurantes disputam a região do Fórum de RP.

foto: F.L.Píton/A CIDADEAnna Regina TomiciolliColaboração para A CIDADEEntre tantas leis que eles lidam durante todo o dia, uma não pode ser violada: comer. Promotores, juizes, advogados, procuradores, enfim, todos os profissionais de Direito que trabalham na região da Ribeirânia e Nova Ribeirânia podem contar com múltiplas opções na hora de fazer suas refeições sem ter que ir para casa ou se deslocar a um ponto distante. Bairro tradicionalmente residencial, a Ribeirânia se expandiu – acabou se desmenbrando na vizinha e mais recente Nova Ribeirânia – e se consagrou como o território jurídico da cidade.A região hoje abriga os fóruns Federal e Estadual, a Procuradoria do Estado, o Ministério Público Federal, o Ministério Público Estadual, o Ministério do Trabalho, a sede da Associação Paulista dos Magistrados, a Associação dos Advogados de Ribeirão Preto, um escritório da Ordem dos Advogados do Brasil e muitos, muitos escritórios de advocacia.O desenvolvimento do bairro resultou na estruturação de uma rede de serviços de alimentação nos arredores. As alternativas vão desde um rodízio de carnes completo com farto e variado bufê de saladas e guarnições até um rápido lanche ou salgado entregue quentinho no escritório. LanchesSebastiana Conceição Alexandre, a “Tianinha”, foi funcionária pública do Estado durante 30 anos. Copeira do Fórum, após se aposentar ela decidiu abrir um carrinho de lanches bem em frente ao lugar onde trabalhava.Por dia, fornece em média 100 lanches e salgados, entre 12h e 18h. Como o seu forte é o serviço “delivery”, Tianinha até contratou duas ajudantes para auxiliá-la, além da ajudante de cozinha que mantém em sua residência. O carrinho não tem telefone, mas o orelhão ao lado funciona como disque-pedidos.Os lanches variam de R$ 1,50 (hambúrguer) a R$ 4 (x-tudo) e os salgados custam todos R$ 1,20 a unidade. “Faço tudo em minha casa e trago para cá. Tenho muito cuidado com o manuseio dos alimentos e a higiene do local. A Vigilância (Sanitária) já esteve em minha casa e aqui e sempre encontrou tudo em ordem e limpo”, orgulha-se a quituteira. Comprovando sua preocupação com a aparência do estabelecimento, Sebastiana programou uma reserva no carrinho para o feriado da Semana Santa. “Vou aproveitar o recesso para fazer uma reforma no carrinho e pintar a calçada”, informa. Atrativos Ar-condicionado, american bar com telão, sala de espera, serviço de manobrista gratuito são as armas usadas pela Churrascaria Coxilha dos Pampas para seduzir os clientes que podem desembolsar um valor maior em troca de uma refeição mais farta e demorada. A casa, que fica na Avenida Castelo Branco, oferece almoço e jantar no sistema rodízio com o diferencial que no jantar, o casal (R$ 29,90) sai quase pelo preço do almoço individual (R$ 21,90). São cerca de 70 tipos de saladas e frios, 40 tipos de carnes e mais pratos quentes (acompanhamentos). Destaque para os sushis e sashimis do bufê de saladas. Para quem gosta de churrasco mas quer economizar no tempo e no dinheiro, a Coqueiros Churrascaria também oferece rodízio no almoço e no jantar por R$ 8,90. Localizado algumas quadras à frente da Coxilha, a Coqueiros é muitas vezes a opção do advogado Rodrigo Giannasi. “É uma comida boa por um preço barato”, avalia ele, que diz não ter tempo suficiente para ir até sua casa fazer as refeições. Ele considera a região bem abastecida de lanchonetes e restaurantes. “Tem opções para todas as preferências e orçamentos”. Na balança A comida por quilo se apresenta como opção para quer fugir do lanche mas não pretende perder muito tempo durante a refeição ou quer economizar nos gastos. Sob nova direção há quatro semanas, a cantina Mais Sabor do Fórum Estadual fornece almoço diariamente, de segunda a sexta. Neste primeiro mês de atividades, o consumo médio têm sido 250 refeições diárias, informa o funcionário José Barbosa.O volume abastece tanto o público do Fórum Estadual como do Fórum Federal, já que este último prédio não possui restaurante nem lanchonete. O quilo de comida custa R$ 11,50 e para fidelizar o cliente o restaurante está com uma promoção: 5% de desconto a cada R$ 50 gastos no local. Outra estratégia para seduzir o consumidor é oferecer desconto para quem comprar quilos antecipados. No Célia´s Restaurante, situado na avenida Costábile Romano, o preço de R$ 14,80 cai para R$ 10,80 para quem paga antes mesmo de comer. E o cafezinho e sobremesa ainda saem como cortesias da casa. Bem eclética, a praça de alimentação do Novo Shopping traz 26 estabelecimentos em que “falam” várias “línguas”: comida árabe, chinesa, japonesa, italiana, além do sabor bem brasileiro do churrasco e das culinárias paulista e mineira. Outra vantagem é o estacionamento gratuito do shopping. Pratos executivos, à la carte, comida a quilo e fast food satisfazem todos os bolsos e gostos, com a vantagem de que as refeições podem ser feitas a qualquer momento das dez às vinte e duas horas, horário de funcionamento do estabelecimento. PreparoOs advogados Fabrício Abrahão Crivelente e Luis Ernesto Abib moram e trabalham juntos em um escritório de advocacia na avenida Costábile Romano. Pelas dificuldades em ir para casa e preparar a própria refeição, eles elegem o shopping quase que diariamente para almoçar. “É mais prático e mais rápido”, acreditam.Também no shopping, o Chopp Time prepara diariamente almoço self-service a preço único por pessoa. Com uma oferta de 12 pratos quentes e 15 tipos de saladas, a refeição sai por R$ 14,90. Também há opções à la carte. No jantar, a casa serve pratos, porções frias e quentes em sistema à la carte e ambiente com música ao vivo.

03 de abril de 2005

STJ esclarece decisão sobre pagamento de IPTU.

Decisão de que o tributo é obrigação do proprietário foi para um caso específico de cessão do imóvel, e não de aluguel, diz o tribunal Brasília - O Superior Tribunal de Justiça (STJ) informou nesta segunda-feira que o Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) deve ser pago por quem aluga o imóvel, conforme previsto nas relações contratuais entre proprietário e inquilino. O STJ fez o esclarecimento por causa das interpretações de que o pagamento do IPTU deveria ser feito pelo dono do imóvel. Segundo o tribunal, essa interpretação de uma decisão sobre uma ação específica foi equivocada e não cria jurisprudência sobre o assunto. O STJ disse que, na realidade, a decisão que previu que o dono deveria pagar o imposto envolvia um contrato de cessão. De acordo com o STJ, o entendimento para esse caso específico é de que o tributo deve ser cobrado do proprietário do imóvel e não de uma revendedora de carros, cessionária de imóvel da Infraero. Ou seja, a Infraero, dona do imóvel, deve pagar o IPTU. Ao decidirem, os ministros do STJ basearam-se no Código Tributário Nacional (CTB), de 1996, que trata das relações do fisco com o contribuinte. Relator do recurso julgado pelo STJ, o ministro José de Castro Meira explicou a diferença entre os contratos de aluguel e os de cessão. "São relações regidas, no primeiro caso, pelo direito privado e, no segundo, pelo direito público", disse o ministro. A assessoria de comunicação social do STJ afirmou que "não há motivo para reações por parte do mercado imobiliário nacional, pois o julgamento tratou de um caso que difere da relação proprietário/inquilino no âmbito do direito privado. Tampouco a decisão abre jurisprudência ou cria precedente para o pagamento do IPTU", disse.

03 de abril de 2005

Fábricas antigas viram novos prédios.

A sirene que anunciava o fim do turno de trabalho nas antigas fábricas paulistanas, aposentada há anos, começa a dar lugar aos sons dos canteiros de obras.Esse é o panorama em antigos distritos industriais, como Barra Funda, Ipiranga e Mooca, já que o Plano Diretor e a Lei de Zoneamento incentivam sua ocupação com empreendimentos maiores do que no resto da cidade.Quando as indústrias migraram, deixaram um rastro de galpões abandonados. Hoje, a maioria deles está no perímetro das operações urbanas previstas pelo Plano Diretor.Nessas áreas, que também oferecem espaços grandes e mais baratos, as construções podem ter até quatro vezes o tamanho do terreno, diferentemente do que ocorre na maioria dos lotes da cidade, onde a área dos edifícios é de duas vezes a metragem do lote.Por enquanto, os distritos mais visados são a Mooca, que teve o maior crescimento (233%) em número de lançamentos residenciais, e a Barra Funda, onde o preço dos terrenos já começa a subir. No Ipiranga, o maior atrativo são as novas estações de metrô.

01 de abril de 2005

Governo eleva limite de renda para compra de imóvel com FGTS.

O Ministério das Cidades alterou as regras na concessão de crédito através do programa Carta de Crédito com recursos do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço). A principal mudança foi a elevação da faixa salarial máxima das famílias que podem financiar a compra do imóvel com o dinheiro do fundo.A partir de agora, o FGTS poderá financiar a compra do imóvel novo das famílias com renda de até R$ 4.900 por mês. Antes, só podiam ter acesso à essa modalidade de crédito famílias com renda máxima mensal de até R$ 4.500. Na faixa intermediária, a renda máxima subiu de R$ 3.670 para R$ 3.900 por mês. Nessas duas faixas salariais, o FGTS só poderá ser usado para a compra de imóvel novo ou construção da moradia.Para a compra do imóvel usado, o FGTS financiará famílias com renda máxima mensal de R$ 3.000. Antes, essa faixa salarial estava limitada a R$ 2.400.A Carta FGTS financia a compra de imóveis novos e usados avaliados em até R$ 72 mil ou R$ 80 mil --dependendo da faixa salarial. O Ministério das Cidades informou que todas as mudanças deverão ser regulamentadas nos próximo dias. O Conselho Curador do FGTS deu até 30 de abril de prazo para que as alterações serem implantadas.PrioridadeOutra mudança foi a elevação do limite de renda mensal das famílias consideradas prioritárias pelo programa.A partir de agora terão prioridade na obtenção de crédito com recursos do FGTS as famílias com renda mensal de até R$ 1.500. Antes, tinham essa prioridade as famílias com renda de até R$ 1.200 por mês.Essas famílias também serão priorizadas na concessão de subsídios do FGTS, que permitem o pagamento dos custos financeiros da operação de crédito. Segundo o Ministério das Cidades, a mudança vale tanto para a carta de crédito individual como para a associativa --agrupadas em cooperativas, companhias de habitação, sindicatos, associações de moradores e entidades associativas.O orçamento geral do FGTS para financiamentos habitacionais subiu de R$ 4,05 bilhões em 2004 para R$ 5,85 bilhões em 2005.Outras mudançasA pessoa que solicita o financiamento vai ganhar, ainda, uma complementação do custo de construção ou aquisição da unidade habitacional que, de acordo com a renda familiar e com a localização do imóvel, poderá chegar até R$ 14 mil. O valor global disponibilizado para os descontos dobrou neste ano em relação a 2004, passando de R$ 600 milhões para R$ 1,2 bilhão.A Carta FGTS permite o financiamento do imóvel novo ou usado (dependendo da renda familiar); construção, reforma e ou ampliação, inclusive aquisição de material de construção, aquisição ou produção de lotes urbanizados, e reabilitação urbana.No ano passado, o programa Carta FGTS financiou 189 mil unidades, no valor de R$ 2,26 bilhões. Na forma associativa foram realizadas 30 mil operações de crédito, somando R$ 456,5 milhões.

01 de abril de 2005

Financiamento imobiliário cresce 51% até fevereiro.

Os bancos direcionaram no primeiro bimestre R$ 515,66 milhões para o financiamento imobiliário. Esse montante representou um incremento de 51,54% em relação ao mesmo período de 2004, segundo balanço divulgado pela Abecip (Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança).Só em fevereiro, os bancos destinaram R$ 239,96 milhões para o crédito imobiliário, um incremento de 43% na comparação com o mesmo mês do ano passado. No ano passado, os bancos direcionaram R$ 3,060 bilhões para o financiamento imobiliário. Foi o melhor resultado da década. Foram financiadas 54.467 unidades habitacionais em 2004.Para 2005, a Abecip estima que o mercado de crédito imobiliário deva crescer pelo menos 30%, atingindo R$ 4 bilhões. VolumeOs recursos destinados para o crédito imobiliário financiaram 7.097 unidades habitacionais no primeiro bimestre deste ano, 36,66% a mais do que o volume financiado em igual período de 2004. Em fevereiro, foram financiadas 3.374 unidades, um aumento de 23% frente ao mesmo mês do ano passado.

01 de abril de 2005

Fora de linha.

foto: Weber Sian/A CIDADEFerraz Jr.Ele olha para um azulejo solto na mão de um cliente, analisa, e diz a quantos anos aquela peça está fora de linha. E ninguém duvida. Afinal o comerciante Donizete João dos Santos domina o ofício há 15 anos. Em sua gigantesca loja, “Asilo de Azulejos Fora de Linha”, a maior das duas que possui, encravadas nos Campos Elísios, corredores enormes com estantes que chegam até o teto guardam pisos e azulejos fora de linha. “Perdi a conta de quantas peças eu tenho aqui”, confessa.Do outro lado do balcão, um de seus mais antigos clientes, o técnico hidráulico José Almir Sicchieri, elogia. “Ele é muito sério no trabalho”, afirma. Quando não possui a peça solicitada no acervo, aciona os contatos em São Paulo e no Rio de Janeiro. “A gente encomenda e depois de alguns dias, o cliente vem pegar na loja”, afirma.Entre sua clientela predomina os trabalhadores em reformas de ambientes, como pedreiros, por exemplo. Um deles, Arquibaldo dos Santos, busca apenas 11 azulejos de uma padronagem que não existe mais. “Foi fabricado em 1982”, garante Donizete. O pedreiro quer azulejar o banheiro da filha com aquele modelo. Saiu da loja com a perspectiva de escolher outra padronagem porque não encontrou a que queria. “Hoje eu estou vendendo para ele, mas ele me vende muita coisa depois que as obras acabam e ficam as sobras”, revela o comerciante.FrequentadoresArquitetos e estudantes também são assíduos freqüentadores da loja. Os profissionais vão em busca de raridades para compor uma parede decorativa. E raridade não falta. Um Matarazzo, estilo português, fora de linha há nada menos que 40 anos, é vendido por R$ 2 a unidade. “Pelo mesmo preço, estudantes vêm comprar azulejos de estampas lisas e coloridas, também fora de linha, para trabalhos de mosaicos na escola”, afirma Donizete.ConcorrênciaSeu único concorrente em Ribeirão Preto fica a duas quadras de distância. O “Cemitério dos Pisos e Azulejos Fora de Linha” nasceu há 25 anos, junto com Felipe Ivo, filho do dono que hoje comanda os negócios. Com duas lojas na cidade e outras duas filiais em Franca e em Uberaba, o que predomina entre seus clientes são proprietários de imóveis e profissionais da construção civil que buscam peças de reposição.Na falta de um modelo, ele também aciona seus contatos em São Paulo e faz uma busca ampliada. No acervo, também é possível encontrar raridades, como peças da marca Keralux, há 40 anos fora de linha. “Esses azulejos são muito requisitados por arquitetos que projetam mosaicos nas fachadas das casas, como ocorria no período colonial”, explica. A sorte dos dois comerciantes, no entanto, está na baixa concorrência e na durabilidade de seus produtos. Na última enchente, por exemplo, o nível da água chegou a 1,5 metro de altura. O acervo guarda as marcas da lama, limpa dos azulejos a cada cliente.

28 de março de 2005

Mercado em fase crescente.

A Rossi Residencial S/A, empresa paulista que atua há dois anos no mercado de Ribeirão Preto, comemora os resultados financeiros obtidos no ano passado e anuncia estudos para novos empreendimentos habitacionais em Ribeirão Preto até 2006. Um desses empreendimentos pode ser um condomínio voltado para classe média da população, nos moldes do Villa Flora, lançado em Sumaré, região de Campinas, que recebeu menção inclusive no Banco mundial. Os outros empreendimentos são voltados para a classe A.Há dois anos, a empresa, especializada em investimentos para o público de baixa renda, redirecionou o foco de mercado e passou a atuar em imóveis de luxo. “Devido às dificuldades de linhas de financiamento de longo prazo para as classes de renda mais baixas da população, tivemos que nos reposicionar no mercado”, justifica Luciana Rossi, diretora da empresa.O balanço do exercício de 2004, divulgado esta semana, aponta que Ribeirão Preto responde por 25% do faturamento da regional Campinas, a segunda mais importante da empresa, vindo atrás da regional São Paulo, restrita à capital. Outras regionais são Rio de Janeiro e Porto Alegre. “O resultado mostra o potencial da cidade”, comemora o diretor da regional de Campinas, Valdemar Gargantini, que responde por todo o interior do Estado.Há quatro anos, mais de 80% dos empreendimentos imobiliários da Rossi eram voltados para as classes de renda baixa da população. Com o reposicionamento no mercado, esse nicho encerrou o ano de 2004 com desempenho de 15% do volume total de negócios. No ano passado, o volume de lançamentos foi 32% superior ao exercício anterior. Ao todo, foram lançados 22 empreendimentos com incremento de 10% no número de unidades, em que o preço médio do imóvel apresentou salto de R$ 186.273,00 para R$ ... 223.645,00.Em Ribeirão Preto, foram três lançamentos em dois anos. “Nenhuma outra cidade teve tantos lançamentos em tão pouco tempo”, explica Valdemar. “Isto se deve ao fato de que a cidade possui clientes bons, que geram recebíveis com qualidade e não geram inadimplência”, explica Luciana. O último lançamento na cidade foi o condomínio Terra Brasilis, que tem duas fases de 40 unidades cada, totalizando 80 residências com mais de 200 m2 de construção.Popular Um dos estudos para investimento na cidade envolve a prefeitura. “Estamos negociando com o novo governo municipal para instalarmos um condomínio para pessoas de menor renda nos moldes do Villa Flora, em Sumaré”, explica Valdemar. Segundo ele, as negociações com o proprietário do terreno estão avançadas e o condomínio terá que se adequar à legislação municipal, daí as negociações com a prefeitura.O Villa Flora é uma comunidade planejada com 3.3 mil casas para as classes média e média-baixa, construída numa área de 800 mil m2 com infra-estrutura de ruas, estação de tratamento de esgoto, praças e parques, centro comercial, capela, creche, escola, clube e posto policial. Os serviços públicos seriam geridos pela administração municipal.

28 de março de 2005

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