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Custo nacional construção civil sobe 14,31% em 2003.

O custo nacional da construção civil subiu 14,31% em 2003, superando a alta de 13,43% registrada em 2002. Os dados foram divulgados hoje pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).Em dezembro, o índice apontou alta de 0,36%, a menor taxa registrada em 2003, e bem inferior a igual mês do ano anterior (+2,91%).Na composição do custo nacional da construção civil, que chegou a R$ 457,59 por metro quadrado ao final de 2003, pesaram R$ 261,78 de materiais e R$ 195,81 de mão-de-obra.Somente em dezembro os materiais de construção registraram alta de 0,58%, ficando acima do índice de novembro (0,36%).Já a inflação relacionada à mão-de-obra recuou em relação a novembro, passando de 2,12% para 0,07%.No acumulado do ano, o custo dos materiais subiu 12,93% e da mão-de-obra, 16,21%.Por região, o maior aumento no ano passado foi verificado no Sudeste, de 15,78%. As demais regiões ficaram abaixo da média nacional: Centro-Oeste (+14,21%), Sul (+13,47%), Nordeste (+13,07%) e Norte (+12,04%).O maior custo para a construção é do Sudeste, de R$ 492,48 por metro quadrado, e o menor do Nordeste, de R$ 412,42.EstadosDos 27 Estados brasileiros que compõem o índice da construção civil calculado pelo IBGE, 11 apresentaram variação acima da média nacional de 2003.As maiores altas foram verificadas no Mato Grosso do Sul (+17,26%) e Rio de Janeiro (+16,73%). São Paulo, que também ficou acima da média nacional, teve alta de 15,68%.As menores variações foram registradas em Estados localizados nas regiões Norte e Nordeste: Roraima (+10,28%), Amapá (+10,39%) e Alagoas (+10,96%).Os maiores custos da construção por metro quadrado foram verificados em Roraima (R$ 545,12), São Paulo (R$ 512,90$) e Rio de Janeiro (R$ 501,75).A pesquisa do IBGE é feita mensalmente por meio de um convênio com a CEF (Caixa Econômica Federal).

16 de janeiro de 2004

Valores locação registram variação de 6% em 2003

O balanço final de 2003 do mercado de locação da cidade de São Paulo revela elevação acumulada de 6% nos valores dos aluguéis, segundo pesquisa do Secovi-SP (sindicato das construtoras e imobiliárias). O aumento ficou abaixo dos índices de inflação registrados pelo IPC da Fipe (8,17%) ou IGP-M de (8,69%).Segundo o levantamento, em dezembro de 2003 o mercado registrou aumento de 0,5% nos valores dos aluguéis de casas e apartamentos em relação a novembro, que viu subir 0,4% os valores na comparação com outubro.Para compor a Pesquisa Mensal de Valores de Locação Residencial, o Secovi-SP entrevista 156 empresas que atuam na capital paulista. O estudo constatou que a maior alta foi nas unidades de três dormitórios (1%). As de dois dormitórios tiveram seus valores estabilizados.Para 51% das empresas entrevistadas houve redução na quantidade de contratos fechados, influenciado pela queda no número de locações de apartamentos. Em compensação, o total de casas e sobrados alugados foi maior que em novembro e a oferta ficou estável. A redução foi freqüente nas imobiliárias com mais apartamentos em suas carteiras."O mercado de locação teve, em 2003, um desempenho inferior ao de 2002, em função, principalmente, da conjuntura econômica negativa --queda de renda, desemprego, altas taxas de juros etc.--, que atingiu vários setores. E o reflexo disso foi muita procura por imóveis, mas volume de contratos fechados inferior ao ano anterior", avalia Sergio Luiz Abrantes Lembi, vice-presidente de Locação do sindicato.Segundo ele, o setor está bastante otimista para 2004. "Em razão disso, e para atender o crescimento da procura, as imobiliárias planejam investir na obtenção de novos produtos --casas e apartamentos-- para satisfazer as necessidades dos clientes", avisa.Tipos de garantiaEntre os tipos de garantia de locação, o fiador foi a modalidade mais utilizada em 2003 (apareceu em 58% dos contratos), seguida do depósito ou caução (33%) e do seguro-fiança (9%).

16 de janeiro de 2004

Menos despejos e mais diálogos nas locações

Os proprietários que investem em imóveis para locação querem, evidentemente, encontrar um inquilino que pague o aluguel rigorosamente em dia, recolha os devidos encargos e mantenha o imóvel conservado. Nada mais natural.De outro lado, as oscilações de nossa economia e do próprio mercado imobiliário podem trazer situações adversas, como eventuais casos de impontualidade. Nessas horas, a palavra de ordem deve ser bom senso.Acompanhando o noticiário e o dia-a-dia da administração de imóveis, pudemos constatar, nos últimos tempos, uma disposição maior por parte dos locadores em dialogar com os inquilinos que, por ventura, atrasem o pagamento do aluguel.EntendimentoLevantamento recente do Secovi-SP (sindicato das construtoras e imobiliárias) apontou que o número de ações de despejos por falta de pagamento --que representa cerca de 90% das ações locatícias-- caiu 12,1% em dezembro na comparação com o mês anterior. No acumulado do ano, a diminuição foi de 1,5% em relação a 2002.Os resultados reforçam não somente a procura cada vez maior pelo entendimento entre proprietários e inquilinos, como também a profissionalização das administradoras, sobretudo as mais tradicionais, que constantemente buscam inovar e reforçar seus sistemas de cobrança amigável.Trata-se de uma situação extremamente salutar para o mercado. Se, por um lado, os proprietários sabem diferenciar o inadimplente eventual do contumaz, por outro as empresas especializadas em intermediação imobiliária estão se aperfeiçoando na correta condução do diálogo entre as partes.Nesse sentido, 2004 promete novidades. Estamos convictos de que, com os indicadores favoráveis de nossa economia, o setor de locação residencial registrará movimentos maiores e mais sólidos.José Roberto de Toledo é diretor da Lello Intermediadora de Negócios eex-presidente da Associação das Administradoras de Bens Imóveis e Condomínios de São Paulo.

16 de janeiro de 2004

Comprador inadimplente deve pagar aluguel à vendedor

A Terceira Turma do STJ (Superior Tribunal de Justiça) manteve a suspensão do contrato de compra e venda de imóvel do advogado Valcir Almeida, acusado de inadimplência. O tribunal também estabeleceu o percentual de restituição aos moradores. Eles receberão apenas parte dos valores já pagos.O advogado e sua esposa adquiriram apartamento na cidade do Rio de Janeiro em setembro de 1994. No entanto, o casal deixou de efetuar o pagamento das prestações do imóvel, tornando-se inadimplentes no cadastro da empresa dona do apartamento.Os advogados da empresa alegaram que o morador fora notificado para realizar a regularização do pagamento. Sem resposta, rescindiu então o contrato de compra e venda e requereu que os moradores restituíssem os valores relativos a custos tributários, administrativos, gastos judiciais e honorários advocatícios.Na sentença, a primeira instância determinou a rescisão do contrato e a reintegração da empresa na posse do imóvel. A defesa do advogado argumentou que já havia sido pago 80% do valor do apartamento e que a empresa imobiliária não poderia pretender a rescisão do negócio.A juíza afirmou estar a empresa amparada pelo contrato firmado com o advogado e determinou que do montante pago pelos moradores, a lhes ser restituído, deveriam ser deduzidos os valores previstos no contrato.Inconformada com a cláusula do contrato que determinava que abatidos os valores relativos a custos tributários, administrativos, os moradores ainda teriam que devolver 50% do saldo restante a título de ressarcimento por perdas e danos, a defesa do advogado recorreu ao Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro a fim de revogar a cláusula.O TJ-RJ acolheu o pedido, excluiu a obrigação do pagamento dos 50% e definiu que o saldo restante fosse entregue aos moradores.Ainda descontentes com a decisão, os moradores procuraram o STJ para tentar reduzir o valor a ser pago à empresa imobiliária. A ministra Nancy Andrghi em seu voto determinou a retenção de 50% das prestações pagas restituindo o saldo restante aos moradores.A ministra afirmou que considerando que os recorrentes permaneceram na posse do imóvel por oito anos, haveria, além do desconto de 18% do preço do imóvel relativos a custos e despesas, o abatimento a título de aluguel equivalente a 96% do preço total do apartamento.

16 de janeiro de 2004

Reforma de casa na avenida Caramuru

Um acordo entre o governo do estado de São Paulo e a prefeitura de Ribeirão Preto pode solucionar um problema antigo de preservação e promover a reforma e a restauração da casa da avenida Caramuru.O impasse sobre a preservação desta casa, que foi tombada pelo município em 1986 e pelo Estado em 1988, já dura quase 20 anos.No dia 05 de dezembro do ano passado, a prefeitura de Ribeirão Preto recebeu uma liminar do juiz Antônio Sérgio Reis de Azevedo, da 10ª Vara Cível, que dava prazo de 30 dias para a Prefeitura, o proprietário e outros fazerem a reforma do imóvel. Caso o prazo não fosse cumprido a multa a ser paga seria de R$ 10 mil por dia.O secretário de Negócios Jurídicos, José Carlos Sobral, afirmou que está enviando um ofício ao magistrado pedindo a prorrogação deste prazo, “porque entramos em contato com a Procuradoria do Estado que vai tentar adquirir a casa do proprietário que tem débitos de ICMS e depois passar o imóvel para a prefeitura que vai ficar encarregada da restauração e conservação”.A proposta foi feita pela Prefeitura ao estado no dia 19 de dezembro e a idéia foi aceita, “desde que nós assumíssemos a responsabilidade pelo imóvel. Esta é uma decisão que agrada o município porque é definitiva. Não havia como a prefeitura assumir uma reforma sem que o imóvel fosse nosso. Desta maneira estamos resolvendo o problema do proprietário que vai ter a sua dívida quitada e do imóvel”.Cláudio Henrique Bausa, do Conselho de Preservação do Patrimônio Cultural do município de Ribeirão Preto, Conppac, diz que a casa da avenida Caramuru é um símbolo da luta pela preservação do patrimônio histórico da cidade porque “neste tempo todo em que ela esteve abandonada ela resistiu”.A casa está com as paredes e a alvenaria intactos e sem rachaduras, mas as madeiras estão comprometidas pelo cupim e a chuva. “A primeira providência é fazer a cobertura para evitar que ela continue recebendo as chuvas”.Segundo ele, há um ano, durante uma reunião do Ministério Público com autoridades e o proprietário do imóvel foi proposto que a Prefeitura intermediasse a negociação que chegou ao fim no mês de dezembro. “Na época, o Estado afirmou que a dívida do proprietário era de R$ 300 mil. O proprietário disse que a casa valia R$ 265 mil e a Prefeitura avaliou o imóvel em R$ 130 mil. De lá para cá esperamos uma solução para o caso, mas nada aconteceu. A prefeitura colocou apenas um tapume e deixou o resto da casa exposta”.Bausa afirma que no Estado de São Paulo existem apenas 3 casas com as mesmas características históricas da casa da avenida Caramuru, que mostra a transição entre o rural e o urbano. “Tudo indica que ela foi a sede de uma fazenda e que os escravos serviçais dormiam no porão. A casa tem duas fachadas. Uma de frente para o brejo onde o coronel ficava para controlar o terreiro do café e a outra que fica do lado da avenida que é a fachada urbana”. As outras duas casas ficam em Piracicaba e no Vale do Paranapanema.Falta legislaçãoBausa fala que Ribeirão Preto não tem legislação específica para preservação do patrimônio histórico. “Por isto a depredação continua. Não existe um cadastramento dos imóveis e o que tem na secretaria de Planejamento está pela metade e foi feito há mais de 10 anos. Estamos tentando juntar tudo e fazer um inventário para preservar apenas o que tem caráter histórico. Mas enquanto isto não acontece notamos que falta educação e uma percepção de todas as pessoas para que elas possam valorizar o patrimônio da cidade”.O arquiteto salienta que mesmo o Plano Diretor de Ribeirão Preto não contemplou o patrimônio histórico. “Isto é uma grande falha, um buraco. Quando uma cidade não valoriza a sua história causa sérios danos na sociedade e gera a violência. Ribeirão Preto está deficiente na sua cultura e no lazer apesar de ter tantos equipamentos culturais”.Ele diz que o Conppac vai exigir do município leis práticas e a criação de um departamento para cuidar do patrimônio histórico, porque cada vez que se emite um alvará autorizando a demolição de imóveis históricos a secretaria da infra-estrutura alega que não tem nada que informe qual imóvel é patrimônio histórico ou não, e sem lei todos ficam de braços atados”.

16 de janeiro de 2004

Mercado imobiliário disputa áreas da zona sul

A zona sul é a bola da vez do mercado imobiliário de Ribeirão Preto, movimentado em boa parte pela ampla classe média da cidade, um centro comercial e de prestação de serviços de atração regional. Recente balanço da Divisão de Urbanismo da Secretaria Municipal de Planejamento e Gestão Ambiental mostrou que existem mais de 15 mil lotes em condomínios e loteamentos naquela região, aprovados ou em vias de aprovação. Levando-se em conta 4 moradores por lote, é como se uma cidade de 60 mil habitantes estivesse surgindo na zona sul.Ao mesmo tempo em que se destaca, a corrida por empreendimentos residenciais na zona sul traz também uma preocupação quanto ao futuro da urbanização da cidade. Os espaços disponíveis na zona sul em breve vão começar a rarear. E aí, para onde Ribeirão vai acomodar sua sempre crescente classe média?A CIDADE ouviu dois dos principais especialistas em mercado imobiliário da cidade. Walter Alves de Oliveira foi por muitos anos delegado regional do Creci (Conselho Regional de Corretores de Imóveis do Estado de São Paulo). Hoje é vice-presidente estadual do Creci, conselheiro do COFECI (Conselho Federal de Corretores de Imóveis) e delegado junto ao Ministério das Cidades. Antonio Carlos Maçonetto ajudou a fundar, presidiu e atualmente é vice-presidente da AEAICRP (Associação das Empresas Administradoras de Imóveis e Condomínios de Ribeirão Preto). Sobre a tendência de migração dos empreendimentos residenciais para a zona sul a avaliação de ambos é coincidente na maioria dos aspectos. Já sobre o que virá depois, quando não houver mais terrenos disponíveis naquela região, as opiniões são bem diferentes.Classe médiaMaçonetto recorda que nos anos 80/90 o sonho de consumo da classe média foram os apartamentos de padrão mais elevado, localizados quase sempre na região central em direção a zona sul. “Aos poucos as altas taxas de condomínios foram revertendo essa tendência, principalmente nos casos em que a compra do apartamento é também um investimento. Se não é só para morar, quando pode vir a ser uma opção de investimento, o comprador passou a priorizar a questão da rentabilidade. Aí a despesa com o condomínio vai pesar contra essa aquisição, ela vai fazer diferença na hora de fixar o aluguel. Já no imóvel unifamiliar, uma casa em um loteamento, você foge desse problema”, destaca.“Além da questão do condomínio, a corrida pelos loteamentos horizontais é explicada pelo fato de boa parte da classe média ter descoberto que pode ter numa casa o mesmo conforto e, principalmente, segurança que num apartamento”, avalia Oliveira.Mas porque a corrida para a zona sul? “Quando uma família de classe média se muda para Ribeirão e vai decidir onde morar, o que se leva em conta primeiro é onde os filhos vão estudar. A localização da escola é até mais importante que o local de trabalho do pai ou da mãe. O que o casal invariavelmente busca é facilitar ao máximo o acesso das crianças à escola. E a grande maioria dos estabelecimentos de Ensino da cidade, destinados a classe média, estão localizados entre a região central e a zona sul”, comenta Maçonetto. “Tendência é uma coisa bastante arraigada na gente. Zona norte é zona norte e zona sul é zona sul. Falando em termos de brincadeira, o pobre se pudesse morava na casa do rico. A classe média corre para a zona sul porque a zona sul sempre foi a região que ofereceu melhor qualidade de vida”, comenta Oliveira. Segundo ele, conhecedor dessa demanda, o mercado age como mercado e cobra seu preço de quem quer viver na zona sul. “Pense numa casa de elevado padrão, com 500 m2 de área construída num terreno de 2.000 m2. Se tiver no alto da cidade, na zona sul, ela vale R$ 1,5 milhão. Uma casa idêntica na Vila Virgínia você não vende por R$ 300 mil. E o mesmo raciocínio vale para apartamentos”, compara.Nova verticalização?A falta de espaços disponíveis para empreendimentos residenciais horizontais em Ribeirão foi confirmada recentemente pelo fracasso de três licitações abertas pela CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano). As licitações foram abertas, os recursos estavam previstos no orçamento da CDHU para 2004 e a cidade simplesmente perdeu três residenciais horizontais porque não apareceram propostas de construtoras interessadas. A própria CDHU avaliou o fracasso das licitações como conseqüência da falta de terrenos (estamos falando também das zonas Norte, Leste e Oeste) a preços convidativos.E quando os espaços ainda disponíveis na zona sul forem todos tomados por novos condomínios e loteamentos? Para onde vai a classe média? “Ribeirão tem alguns limitadores de seu crescimento. No Norte temos simplesmente o rio Pardo, com os obstáculos ambientais para a implantação de núcleos residenciais No Leste temos a rodovia Anhanguera, que já tem na margem oposta vários loteamentos de chácaras e um pouco à frente as penitenciárias. No Oeste, na direção de Sertãozinho, condomínios fechados de chácaras e de casas de alto padrão. E no Sul não demora muito chegamos em Bonfim Paulista. Acredito que quando cessarem os terrenos disponíveis na zona sul a classe média vai exigir e o mercado patrocinar uma nova fase de verticalização da cidade, até mesmo no Centro, onde hoje o preço do m2 e as limitações importadas pela Prefeitura tornam qualquer empreendimento proibitivo”, avalia Maçonetto. Além da região central, ele vê a possibilidade de verticalização no bairro de Santa Cruz do José Jacques, onde existe grande número de casas mais antigas, em terrenos amplos, cuja tendência seria dar lugar a edifícios. “Temos também os Jardins Ana Maria e Itamarati como opções para a verticalização na zona sul. Quando nem aí houver mais terrenos, acho possível o surgimento de edifícios residenciais para a classe média em bairros próximos ao Centro, como a Vila Tibério e os Campos Elíseos”, acrescenta.Já Oliveira duvida de nova fase de verticalização. “Não há possibilidade de retorno (da verticalização voltada para a classe média ). Na minha opinião o Centro jamais será revitalizado, por mais esforço que se faça, e não por incompetência do Poder Público, mas sim por falta de espaço físico”, argumenta. Para ele, em vez de novo “boom” de verticalização, como o ocorrido ao longo dos anos 80 e 90, a cidade vai ter necessariamente de crescer para os lados. “Aí que entra a importância de o Poder Público evoluir junto com a cidade, levando os equipamentos urbanos para regiões mais distantes, viabilizando assim a implantação de novos empreendimentos imobiliários. Para as classes mais abastadas isso não é problema, a infra-estrutura ele paga no preço do imóvel. Mas e as classes menos favorecidas economicamente? Hoje é a classe média que está migrando para loteamentos e condomínios fechados, logo logo os mais pobres também vão querer e vão pressionar por isso”, avalia Oliveira, lembrando que em Ribeirão a CEF já financia condomínios fechados para a classe média-baixa, onde o valor das prestações se equivale ao de um aluguel.Emenda a Projeto tentou liberar áreasA possibilidade de que num futuro próximo haja falta de terrenos para loteamentos residenciais na zona sul levou a Secretaria Municipal do Planejamento e Gestão Ambiental a sugerir uma emenda ao Projeto de Lei 179/01, que trata do uso/ocupação do solo e é uma das principais leis do Plano direto que está em votação na Câmara Municipal. “Pelo PL 179, aqueles terrenos às margens da rodovia Anhanguera, na saída para Cravinhos, estão reservados para a instalação de indústrias. Com a emenda, propusemos que uma faixa de algumas centenas de metros de largura, nas margens da rodovia, fosse liberada para loteamentos residenciais”, conta Silvio Martins, secretário do Planejamento. Segundo ele, a topografia da área também recomenda a instalação de loteamentos residenciais. “É uma região de declive. Se você tiver um vazamento numa indústria, pode contaminar cursos d’água que desembocam no córrego do Retiro”, diz.A referida emenda fazia parte de um lote de 41 sugestões feitas pelo Planejamento e a princípio acatadas ela Comissão de Justiça, presidida pelo vereador Cícero Gomes da Silva. Depois de um relatório da Comissão de Obras, presidida pelo vereador Beto Cagussú, apontando irregularidades na aceitação das emendas, todas foram descartadas do PL 179, que vai a votação no próximo dia 13, quinta-feira.

17 de novembro de 2003

Custos da construção desaceleram.

Ritmo de crescimento de preços da construção civil de São Paulo foi menos intenso em outubro, embora ainda registrem leves aumentos, divulgou hoje o Sinduscon-SP (Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo).O CUB (Custo Unitário Básico), que mede os custos do setor com mão-de-obra e insumos, subiu 0,15% em relação a setembro, atingindo R$ 807,15 o metro quadrado. Abrindo o índice, a taxa de variação do CUB com os materiais de construção foi de 0,21% e com a mão-de-obra, 0,1%.É o segundo mês consecutivo de desaceleração, com a alta média dos custos do setor permanecendo abaixo da inflação medida pela IGP-M no período. Cimento e aço registraram quedas de preço em outubro, mas em 12 meses os aumentos continuam expressivos.Nível de atividadeE, se os preços seguem uma tendência de desaceleração, o mesmo não se pode dizer do nível de atividades. Segundo o Sinduscon-SP, a recuperação do setor ainda está distante.Para explicar sua posição, o sindicato cita dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), que mostram que a produção física de materiais de construção continua acusando queda acentuada. No ano, até setembro, informa o IBGE, a redução já alcança 8,2%.Os dados de emprego em São Paulo também apontam diminuição das atividades: no ano até agosto, quando a redução de postos de trabalho na construção civil chegou a 2.250 trabalhadores. A queda é de 2,33% nos últimos 12 meses até agosto.

17 de novembro de 2003

Dicas para a locação por temporada-Creci-SP

Como alugar por um preço menor nem sempre significa fazer o melhor negócio, muito menos o negócio mais seguro, o Creci preparou uma cartilha com orientações básicas para quem deseja não ser surpreendido nem ver suas férias ou dias de descanso acabarem sendo frustradas.Segundo a cartilha, proprietário e inquilino devem procurar um corretor de confiança com quem já tenham tido algum contato. Caso ainda não conheçam um profissional ou imobiliária credenciados, devem procurar informações a respeito nas delegacias do Creci situadas nas cidades do litoral (ver relação de delegacias regionais no site Creci-SP) ou na capital.Os corretores e imobiliárias credenciadas têm número de registro que pode ser exigido pelo interessado e respondem a um Código de Ética rigoroso.Uma dica importante é sempre visitar o imóvel antes de fechar o negócio. A visita permite saber qual é o estado real do imóvel, as características da vizinhança, qual a distância exata do imóvel até a praia e condições dos equipamentos domésticos.Caso não possa fazer a visita, o interessado no aluguel deve pedir ao corretor com o qual está negociando o contrato que lhe mande fotos datadas do imóvel (fotos digitais por e-mail). A maioria dos corretores e imobiliárias dispõe desse recurso.O contratoOutra providência importante é fazer um contrato para o aluguel do imóvel, mesmo que a locação dure uma semana. Neste contrato devem constar as datas de entrada e saída do inquilino, o valor, a forma de pagamento, eventuais multas para os casos de atraso ou depredação e até o número de pessoas que vão ficar no imóvel.Do contrato também deve constar o número de copos, talheres, pratos, panelas e outros utensílios que estejam à disposição do inquilino na casa ou apartamento. Na data da entrada do inquilino no imóvel, deve-se verificar se tudo está de acordo com o especificado no contrato, repetindo-se o procedimento na saída. As formas de pagamento do aluguel de temporada são livremente combinadas entre proprietário e inquilino. A prática usual é a de que 50% do valor total da locação sejam pagos no ato da contratação e os 50% restantes quando do ingresso no imóvel. Costuma-se prever uma multa contratual no caso de desistência de uma das partes e é recomendável que o pagamento seja feito por meio de depósito em conta corrente.Além das delegacias regionais, os interessados poderão entrar em contato também com os delegados municipais de cada cidade que compõe a região:Delegacia Regional do Litoral Norte:Delegada regional: Celeste DemasiTelefone: 0/xx/12/3883-3550Av. Frei Pacífico Wagner, 905, CaraguatatubaDelegado municipal de Ilha Bela: Harry FingerTelefone: 0/xx/12/3896-1082Av. Princesa Izabel, 1.063Delegado municipal de São Sebastião: Eliazar Ângelo SimioniTelefone: 0/xx/12/3892-1445R. Cidade de Santos, 150Delegado municipal de Ubatuba: Nei BarbosaTelefone: 0/xx/12/3832-4807R. Maranhão, 815Delegacia Regional de Praia Grande:Delegado regional: Jaime Tomaz RamosTelefone: 0/xx/13/3473-4580Av. Pres. Kennedy, 2.782Delegado municipal de Itanhaém: Jeferson Antonio CalixtoTelefone: 0/xx/13/3424-1956R. Rosana Aparecida M. Carreira, 491Delegado municipal de Mongaguá: Paulo WiazowiskiTelefone: 0/xx/13/3448-1536Av. São Paulo, 2.538Delegado municipal de Peruíbe: Fábio da CostaTelefone: 0/xx/13/3458-3415Av. Padre Anchieta, 6.300Delegacia Regional de Santos:Delegado regional: Gilberto YoghiTelefone: 0/xx/13/3232-7150R. Dr. Antonio Bento, 134Delegado municipal de Bertioga: Solon Pereira de BritoTelefone: 0/xx/13/3317-1270Av. Anchieta, 2.061Delegado municipal do Guarujá: José Luis FernandesTelefone: 0/xx/13/3351-9555Av. Dom Pedro I, 1.858Delegada municipal de São Vicente: Lígia Aparecida SerranoTelefone: 0/xx/13/3468-0582Av. Embaixador Pedro de Toledo, 86

17 de novembro de 2003

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