Como a folha de pagamento é responsável pela maior parte das despesas de um condomínio, o jeito encontrado por síndicos e moradores foi enxugar o quadro de funcionários. Assim, a figura do zelador começou a desaparecer, e sua moradia funcional passou a ganhar novos usos, como a locação ou o aproveitamento interno. O valor da cota condominial, que não para de subir, e já representa uma das maiores queixas dos cariocas, obrigou o setor a se adequar ao novo cenário - de acordo com o Sindicato da Habitação (Secovi-Rio), em algumas regiões da cidade, ela chega a 50% do valor do aluguel. Se antes os condomínios tinham um zelador, cerca de três porteiros e ainda pessoal de limpeza, hoje, o quadro médio de empregados de um residencial se resume a três trabalhadores. Ou seja, ficaram basicamente os porteiros. O funcionário que dormia no local de trabalho já não encontra mais espaço nos edifícios. As moradias funcionais dos cada vez mais raros zeladores ficaram vazias, e os condomínios, agora, precisam inventar novas modalidades de uso para elas. Para ganhar um dinheiro a mais e cortar as cotas extras pela raiz, há quem opte por alugar essa unidade e reverter a renda para o condomínio. Essa foi a opção dos moradores do Edifício Clodette, no bairro da Glória, na Zona Sul do Rio. Com poucas unidades e muitas despesas, a locação foi aprovada por unanimidade. Imóvel alugado quase pela metade do preço - Das 24 unidades distribuídas entre os três andares do Edifício Clodette, apenas três não são próprias. Entre as alugadas, uma custa quase a metade do preço das outras locações. Oferta? Não, reutilização de um espaço comum. Com a necessidade de realizar obras de manutenção e sem dinheiro em caixa, a assembleia de moradores decidiu alugar a moradia funcional do prédio, que estava vazia. Desde então, passaram-se oito anos e, segundo a síndica e moradora Maria Fernanda Pereira, de 59 anos, não há sequer uma queixa contra a medida. “Assumi como síndica há 15 dias, mas sempre acompanhei de perto a gestão do prédio. O inquilino é o mesmo esse tempo todo, e é querido por todos.” Enquanto as outras unidades têm dois quartos, a antiga moradia funcional é uma quitinete. Com a escassez desse tipo de residência no mercado, o novo uso acaba ajudando também aqueles que buscam apartamentos pequenos para morar sozinho. Em vez de pagar os R$ 700 pedidos por uma unidade no Edifício Clodette, o aposentado Antonio Carlos Silva, de 65 anos, conseguiu morar no mesmo endereço gastando apenas R$ 300. Assim, a equação “novos tempos mais necessidade de renda” acabou gerando a satisfação como resultado. Veja Mais
13 de abril de 2011
Aprimorar a paciência requer alguém que nos faça mal e nos permita praticar a tolerância.
13 de abril de 2011
Caso o inquilino seja inadimplente, o fiador é obrigado por lei a arcar com os débitos e pode inclusive perder seu imóvel, caso tenha sido dado em garantia. A nova lei do inquilinato criou uma situação incômoda para fiadores de imóveis, com a prorrogação automática dos contratos. Passado o tempo de vigência do acordo e se a locação for mantida, a legislação considera que o fiador permanece como garantidor dos pagamentos. Para o professor de direito Sebastião Donizete Lopes dos Santos, da Unaerp, o problema ocorre porque muitas vezes o fiador não acompanha prazos dos contratos e também não é consultado pelo locatário sobre a renovação. Caso o inquilino seja inadimplente, o fiador é obrigado por lei a arcar com os débitos. "Inclusive pode ter leiloada a casa dele, mesmo que o imóvel seja seu único bem." Para evitar dores de cabeça, Sebastião recomenda uma pesquisa sobre o locatário para não se envolver com um devedor. Caso a falta de pagamento ocorra durante a vigência do contrato, o fiador tem de arcar com o risco até o fim do período. No entanto, ele tem o direito de ser informado sobre uma eventual inadimplência do inquilino. Existe a opção de avisar por escrito a imobiliária e o locatário, antes do final do prazo, sobre o desejo de abandonar a função de fiador. Uma vez notificado o fim do acordo, o inquilino tem 30 dias para apresentar uma nova garantia, sob pena de rescisão do contrato e com risco de ser despejado no prazo de 15 dias. Para o inquilino, resta como alternativa optar pelo seguro-depósito ou por um cheque caução. Basta que apresente documento que comprovem que tem capacidade finaceira. *Sebastião Donizete Lopes dos Santos é professor da Unaerp, especialista em Direito do Consumidor Veja Mais
12 de abril de 2011
O serviço de emissão de certidão eletrônica de imóveis estará disponível pela internet para todo o Estado de São Paulo nos próximos três meses. A Corregedoria-Geral de Justiça do Estado de São Paulo determinou no início deste mês que todos os cartórios de registro de imóveis deverão fornecer o documento digital em até duas horas, o que antes era feito em cinco dias. Cartórios deverão fornecer o documento digital em até 2 horas (Foto: Divulgação)A decisão da Corregedoria-Geral foi publicada no último dia 2 e agora os cartórios das cidades do interior e do litoral terão 90 dias para passar a emitir a certidão digital, algo que os 18 da capital já fazem desde 2008. “Mas acredito que este mês, boa parte dos cartórios já estarão fornecendo o documento no novo prazo, pois todo o sistema já está interligado”, diz Flauzilino Araújo dos Santos, presidente da Associação dos Registradores Imobiliários do Estado de São Paulo (Arisp). Com a emissão do documento facilitada, uma das etapas para a compra de imóvel será mais rápida, já que a certidão negativa é necessária para a venda e financiamento do bem em negociação. O serviço de emissão da certidão eletrônica custa o mesmo que no cartório, R$ 33,34. A diferença é que o usuário paga mais R$ 6 pelo atendimento online. O pagamento é feito por boleto bancário, quando o interessado faz compra de créditos para acessar os serviços do sistema da Arisp. Além do serviço de certidão, a página eletrônica oferece ainda a consulta de matrícula online do imóvel, que permite ao usuário saber se a unidade tem alguma pendência jurídica. A consulta custa R$ 10 mais R$ 1,80 pelo serviço. Há ainda a possibilidade de realizar uma consulta online, que permite saber se o portador do CPF pesquisado tem algum bem em seu nome, ao custo de R$ 3,32 e mais R$ 0,60 pelo uso do sistema da Arisp. Veja Mais
07 de abril de 2011
Se você já teve que recorrer ao porteiro ou ao vizinho para fazer o mais simples conserto em casa, vai concordar com os conselhos a seguir: não basta montar uma casa bonita e funcional. Para que ela esteja sempre pronta para as necessidades dos moradores e o encantamento das visitas, é preciso estar em dia com a manutenção. Afinal, a única casa que não dá trabalho é a de novela, não é mesmo? Estar pronta para remediar pequenos problemas depende de conhecimento técnico e, claro, dos materiais necessários. Então, olhe bem a lista ao lado e veja o que falta para completar aquela caixa de ferramentas básica e fundamental. De acordo com Orlando Sodré, do Secovi-Rio, para começar, todos precisam ter em casa 17 tipos de ferramenta, rolo de fita isolante e de fita teflon, bisnaga de veda rosca e uma furadeira. Isso apenas para pequenos reparos. Em caso de criações, a lista aumenta e vai depender da pretensão de cada um. Curingas - Nada mais comum numa casa do que o desgaste de algumas peças. As maçanetas, então, vivem se soltando. Na maioria dos casos, basta apertar os parafusos e pronto: problema solucionado. Mas, quando os buracos do parafuso aumentam com o tempo, se faz necessário o uso de massa corrida. O material também serve para preencher buracos na parede. Portanto, além dos itens essenciais, é recomendável ter um potinho de massa e uma lixa, para finalizar o serviço. E mãos aos reparos! Ver mais
07 de abril de 2011
Nada mais comum e desagradável nas épocas de calor do que as gotas de água dos aparelhos de ar-condicionado caindo na cabeça. Além de incomodar quem passa pela calçada, o problema pode gerar muita confusão com os vizinhos de baixo. É difícil acreditar que esse não seja um defeito do aparelho, mas, acredite, o condicionador não deve pingar. De acordo com o diretor de qualidade da Associação Sul-brasileira de Refrigeração, Ar-Condicionado, Aquecimento e Ventilação (ASBRAV), Luiz Alberto Hansen, o pinga-pinga pode ter dois motivos: “Ou o ar pinga devido a uma instalação inadequada ou por falta de manutenção.” Na hora de instalar o aparelho, o recomendável é chamar um profissional qualificado para fazer o serviço, pois é preciso tomar cuidado com o nivelamento, a colocação da mangueira que conduz a água condensada e outros detalhes que, para os leigos, são um bicho de sete cabeças. Para evitar as gotas por falta de manutenção, é preciso limpar o filtro do aparelho, uma vez por mês, com aspirador de pó ou água morna e sabão. Ver mais
07 de abril de 2011
Completos e bem elaborados, os edifícios comerciais ganham destaque no mercado oferecendo segurança e alta tecnologia. O ramo de empreendimentos corporativos vem ganhando importância no mercado imobiliário de Ribeirão Preto. Essa tendência surgiu em resposta a uma demanda crescente, que acompanha o salto demográfico e econômico constatado na região. A cidade, que se tornou referência em educação, agronegócio, saúde, tecnologia, comércio, entre outras áreas, mantém um clima interiorano e um nível de qualidade de vida elevado. Essa combinação atraiu o empresariado e transformou o município no ambiente ideal para a realização de bons negócios. “Ribeirão Preto é atuante no mercado corporativo. O setor está em pleno desenvolvimento. Além disso, a cidade figura entre as primeiras opções na lista das empresas que buscam descentralizar as operações. Por isso, mesmo com diversos lançamentos na área, há espaço para muitos outros”, opina o gerente de vendas da construtora Copema, Tarek Philbert Saba. Ainda segundo Tarek, os detalhes são essenciais para que o projeto comercial chame a atenção do público. Em primeiro lugar, deve-se levar em consideração todos os tipos e formatos de empresas que ocuparão o imóvel, desde profissionais liberais até companhias maiores, com grande volume de funcionários. Também é imprescindível que as plantas sejam flexíveis, de fácil adaptação. Para Julio Di Madeo, gerente de marketing da Pereira Alvim, os condomínios residenciais já passaram por forte aprimoramento e evolução. Agora é a hora dos corporativos. “Ribeirão Preto está crescendo e o padrão de vida das pessoas também. Por isso, além de morar bem, elas precisam trabalhar com comodidade, já que a maioria delas passa boa parte do dia no escritório”, explica. São muitas as vantagens para quem escolhe esse tipo de empreendimento, como praticidade, funcionalidade, conforto, segurança e monitoramento, garagem, manutenção e um grande leque de serviços. “Vale lembrar que os clientes das empresas ali instaladas são muito exigentes. Oferecer esses diferenciais é essencial”, afirma Julio. O gerente acrescenta que os edifícios comerciais não são atrativos apenas para as corporações que querem se mudar para ele. “Esse imóvel tem uma ótima valorização. É uma boa oportunidade de investimento”, indica. Romeu Balardin, gerente de vendas da Habiarte, ressalta outros fatores fundamentais para o universo corporativo. “A localização é importantíssima. O endereço escolhido deve ter fácil acesso e ser próximo às principais vias da cidade, tornando mais rápido o traslado a pontos estratégicos como o aeroporto, por exemplo”, comenta. Segundo Romeu, a estrutura deve ser completa para suprir as necessidades de quem trabalha ou visita o local, além de oferecer suporte às atividades exercidas. Centro de convenções, salas para reuniões, workshops, treinamentos e palestras fazem parte do projeto. A alta tecnologia também está presente. Já realidade, a automação garante segurança e eficácia em todos os processos. Para complementar, a planta contempla os usuários com um boulevard com lojas e prestadores de serviço. Além de trazer conveniência, o boulevard é um espaço agradável para um intervalo na rotina. O Grupo WTB também investe no mercado corporativo. Para Luiz Fernando Cozac, diretor da WTB Empreendimentos, do Grupo WTB, hoje não basta ter um um bom projeto. “É preciso ser diferente, e mais, o projeto deve ter estrutura inteligente, soluções sustentáveis, baixos custos de condomínio e valorizar o bem-estar. Um imóvel precisa ser urbanisticamente viável, acompanhar as tendências tecnológicas, gerar um ambiente agradável e ter total acessibilidade. Por isso, o planejamento cuidadoso é indispensável. Com tudo isso, não só o ramo da construção civil, mas toda a cidade é beneficiada e se moderniza”, comenta Luiz Fernando. A resposta dos consumidores a tanto cuidado foi imediata. Os edifícios corporativos são sucesso de vendas. “As pessoas começam a entender que não estão comprando apenas um espaço, estão adquirindo um conceito, o que faz diferença”, conclui. Veja Mais
04 de abril de 2011
Após alta de 42% em 2010, valor total de lançamentos deve crescer entre 5% e 15% neste ano, diz estudo. Escassez e preço alto de terreno, além de mão de obra cara, limitam lançamentos na capital, afirmam analistas. Depois da explosão de lançamentos de 2010, o setor imobiliário da região metropolitana de SP, incluindo a capital, deve crescer a um ritmo bem menor neste ano. Estudo da imobiliária Lopes projeta, para 2011, expansão de 5% a 15% do valor total dos imóveis lançados. O volume ficaria entre R$ 26 bilhões e R$ 28 bilhões. O número de 2010, de R$ 24,9 bilhões, foi 42% maior que o de 2009. E representou quase 45% do total de lançamentos do país, considerando tanto imóveis residenciais quanto comerciais. Mas, mesmo com redução do ritmo de crescimento neste ano, o valor total de lançamentos na região de São Paulo deve bater novo recorde. "Ainda que outras regiões do país cresçam, o mercado de São Paulo seguirá muito representativo", diz Mirella Parpinelle, diretora de atendimento da Lopes. Entre os analistas, e mesmo dentro das construtoras, há quem aposte que o setor imobiliário brasileiro como um todo vai acompanhar a desaceleração de SP neste ano, fazendo com que a fatia da região nos lançamentos totais permaneça em pouco mais de 40%. Mas os motivos da perda de fôlego mudam conforme o endereço. Na capital paulista, as restrições impostas à construção em algumas áreas, a escassez e o alto valor dos terrenos são alguns dos fatores limitantes, assim como o encarecimento da mão de obra. Em outros locais, a capacidade de endividamento da população -em que a renda tem peso importante- e a infraestrutura são aspectos a serem considerados. "O mercado imobiliário nacional vai continuar crescendo, mas em um ritmo menos intenso e com mais disputa entre as construtoras pelos mesmos mercados", afirma João Crestana, presidente do Secovi-SP (Sindicato das Empresas de Compra, Venda, Locação e Administração de Imóveis) . EXECUÇÃO Houve um grande movimento das empresas rumo a novas áreas, principalmente nos últimos três anos, seja para ter presença em mais regiões do país ou em cidades pequenas e médias do Estado de São Paulo. Algumas companhias cresceram por meio de aquisições, como a PDG Realty, que comprou a Agre em maio de 2010. Outras aumentaram o número de parcerias locais, como a Cyrela -que reduziu a previsão de valor de lançamentos para este ano. E outras ainda, como a MRV, investiram em aumentar as unidades construídas em cada canteiro de obras. As estratégias podem ser diferentes, mas, em geral, as construtoras têm enfrentado uma mesma dificuldade, de acordo com analistas: executar as obras no prazo e com os custos previstos -situação que tem levado ao aumento expressivo do número de reclamações de consumidores. "Os custos, principalmente de mão de obra, começam a pesar mais", afirma Eduardo Silveira, analista da Fator Corretora. Nesse cenário, as empresas têm anunciado mais investimento em novas tecnologias -como para usar mais material pré-fabricado nas construções-, treinamento de mão de obra e melhoria na gestão das obras feitas com parceiros. Veja Mais
30 de março de 2011