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Notícias

Feirão da Caixa terá 200 mil imóveis no Minha Casa, Minha Vida; veja regras

A Caixa Econômica Federal quer alavancar o financiamento de imóveis que se enquadram nas regras do programa Minha Casa, Minha Vida na sexta edição do Feirão da Casa Própria, que acontece em 13 cidades do país até junho. Serão cerca de 200 mil moradias entre as 450 mil que estarão à venda, de acordo com o banco, que ainda não compilou os números exatos pois nem todas as construtoras repassaram as ofertas. Belém foi a primeira capital a sediar o evento, entre os dias 7 e 9 de maio (veja cronograma abaixo). Em São Paulo, o feirão começa amanhã (13) e vai até domingo (16) no Centro de Exposição Imigrantes --na Grande São Paulo e na Baixada Santista, haverá 151.845 unidades disponíveis, das quais 35.919 dentro das regras do programa. Para facilitar o acesso ao local, os ônibus indo e vindo da estação de metrô Jabaquara estarão disponíveis também neste ano, a partir de uma hora antes do evento até uma hora após o encerramento. Nos dias 13 e 14, as visitas ao feirão poderão ser feitas entre 10h e 21h. Já no sábado (15) e no domingo (16), das 9h às 20h. "O público do feirão representa o deficit habitacional brasileiro. A novidade é que, neste ano, temos mais ofertas para essa faixa da população", afirma Válter Nunes, superintendente regional da Caixa em São Paulo, lembrando que, em 2009, haviam 28 mil imóveis que se enquadravam no programa federal no Estado. O Minha Casa, Minha Vida teve 429 mil contratos assinados até o último dia 3, totalizando R$ 28,6 bilhões em investimentos, e a meta do governo federal é atingir 1 milhão de moradias até dezembro. O vice-presidente de governo da Caixa, Jorge Hereda, creditou ao programa, lançado em março do ano passado, a ampliação da participação de mercado do banco no crédito habitacional no primeiro trimestre. Nesse período, a Caixa foi responsável por 73% de todas as concessões de crédito imobiliário --em valor-- no país, elevando a fatia contabilizada no acumulado de todo o ano de 2009 (71%), quando os bancos privados ficaram receosos devido ao agravamento da crise econômica mundial e perderam participação nos empréstimos com recursos da poupança. Regras O Minha Casa, Minha Vida usa o FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço), com juros mais baixos do que aqueles oferecidos com recursos da poupança, e é destinado a imóveis com valor de até R$ 130 mil e famílias com renda mensal de até R$ 4.650 --o equivalente a dez salários mínimos da época do lançamento do programa. Para quem ganha até R$ 2.790, há ainda subsídio do governo federal. O prazo para pagamento vai até 30 anos e o financiamento pode ser de até 100% do valor do imóvel, que deve ter "habite-se" emitido a partir de 26 de março de 2009. Nunes explica que o valor considerado pela Caixa, para enquadramento no programa, é o maior entre o da avaliação do banco e o estipulado pelo proprietário. Já para definir o percentual de financiamento que será concedido, o critério é o oposto, sendo levado em conta o menor. Outra vantagem para quem se enquadra no Minha Casa, Minha Vida é o fundo garantidor, com cobertura em caso de perda da capacidade de pagamento, por demissão do emprego, por exemplo, por um período que varia de acordo com a renda familiar. Para quem ganha até R$ 2.325, é possível ficar sem pagar 36 parcelas. Para famílias com renda mensal acima de R$ 4.650 e até R$ 4.900 --portanto fora do Minha Casa, Minha Vida-- que querem comprar imóveis de até R$ 130 mil, também é possível usufruir das mesmas taxas de juros (veja percentuais abaixo), mas as condições para o seguro são diferentes. Acima desse patamar, o crédito liberado usará recursos da poupança. A Caixa disponibilizou a lista com todos os imóveis novos (clique aqui) do feirão em São Paulo, mas Nunes ressalta que haverá acréscimos até o início do evento e pode até ter baixas, caso as moradias sejam compradas antes. Cuidados A vantagem para quem está procurando um imóvel é encontrar, num só local, todos os agentes da cadeia, como construtoras, corretores, cartórios e técnicos do banco responsáveis por liberar os financiamentos. O coordenador do Centro de Estudos em Finanças da FGV, William Eid Júnior, alerta, porém, para as armadilhas de um evento desse porte para quem não fizer as contas antes de se comprometer por um prazo que pode chegar a três décadas. "O mercado está desregulado, com imóveis com valores elevados", afirma, aconselhando os futuros mutuários a avaliarem com calma as condições do empréstimo e não apenas se a parcela caberá no orçamento. Além disso, ressalta, é preciso conferir, antes da compra, a estrutura do imóvel e do seu entorno, o que inclui transporte, segurança e até conversar com potenciais vizinhos para não se arrepender depois do negócio fechado. O superintendente regional do banco federal concorda com as dicas de precaução. "A Caixa propicia uma facilidade [durante o feirão] para os clientes, mas não estimula a compra por impulso", ressalta. Todas as condições de financiamento são válidas também para a tomada de crédito em agências da Caixa depois do evento. Juros no Minha Casa, Minha Vida, segundo a renda familiar mensal Até R$ 2.325 - 5% ao ano mais TR Entre R$ 2.325,01 e R$ 2.790 - 6% ao ano mais TR Entre R$ 2.790,01 e R$ 4.650 - 8,16% ao ano mais TR Obs: a taxa é menor, a partir de 4,5%, para cotistas do FGTS (trabalhadores que têm conta individual vinculada ao fundo há pelo menos três anos, consecutivos ou não) Veja o cronograma e o endereço dos feirões São Paulo - 13 a 16 de maio - Centro de Exposição Imigrantes - Jabaquara Fortaleza - 14 a 16 de maio - Sebrae - av. Monsenhor Tabosa, 777 - Meireles Salvador - 14 a 16 de maio - Centro de Convenções de Salvador - av. Simon Bolivar s/n Curitiba - 14 a 16 de maio - Marumby Expocenter - av. Pres. Wenceslau Braz, 1.046 - Guaíra Rio de Janeiro - 20 a 23 de maio - Rio Centro - avenida Salvador Allende, 6.555 Recife - 21 a 23 de maio - Centro de Convenções de Recife - av. Professor Andrade Bezerra, s/n Brasília - 21 a 23 de maio - Expo Brasília - Parque da Cidade Uberlândia - 21 a 23 de maio - Center Convention - rua Argentina, 401 Campinas - 21 a 23 de maio - Pq. Dom Pedro Shopping - avenida Guilherme Campos, 500 Florianópolis - 21 a 23 de maio - Centro Convenções de Florianópolis - av. Gustavo Richard, 850 Porto Alegre - 21 a 23 de maio - Ciergs - av. Assis Brasil, 8.787 Belo Horizonte - 11 a 13 de junho - Expominas - av. Amazonas, 6.030 Venda de imóveis usados cresce 49,5% em fevereiro em São Paulo Índice que reajusta aluguel tem alta de 0,47% na 1ª prévia de maio Pagar aluguel pode ser melhor do que fazer financiamento Para sair do papel Alvos são particulares Venda de imóveis cresce 80% em um ano e já provoca alta de preços "Retrofit", técnica que reforma imóveis deteriorados, aumenta oferta de moradias no centro de São Paulo

14 de maio de 2010

Pagar aluguel pode ser melhor do que fazer financiamento

Segundo especialistas, juro muito alto no País faz com que crédito de longo prazo seja desaconselhável. O sonho da casa própria é quase unanimidade entre os brasileiros. Mas, diferentemente do que diz o senso comum, viver de aluguel pode ser alternativa melhor do que entrar em um longo financiamento, sobretudo para as classes média e alta. Levando em conta exclusivamente as finanças da pessoa que está no momento de decidir se compra ou aluga a sua casa, especialistas garantem que viver de aluguel e, ao mesmo tempo, acumular renda para futuramente comprar o imóvel à vista é a melhor decisão a tomar. Fatores como a alta taxa de juros dos financiamentos imobiliários, o risco da desvalorização do imóvel e o prazo muito longo para a quitação do empréstimo são as principais justificativas dos especialistas para viver de aluguel enquanto se poupa dinheiro. Rafael Paschoarelli, professor da Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras (Fipecafi), explica: supondo que a pessoa entre em um financiamento com prazo de 20 anos para adquirir um imóvel de R$ 100 mil e, no qual a prestação inicial seja de cerca de R$ 1,4 mil. Em dez anos, se esse cidadão pagar um aluguel de R$ 750 e aplicar a diferença entre esse valor e o que pagaria de prestação no financiamento (R$ 650), acumularia R$ 106 mil. "Essa relação é muito rentável para imóveis de classe média e alta", diz Paschoarelli. Segundo ele, porém, comprar imóveis mais simples, ou seja, de R$ 100 mil para baixo, é um bom negócio, mesmo que parte do total seja emprestado pelo banco. "Isso porque há subsídio no financiamento e, além disso, proporcionalmente, o valor do aluguel é muito mais alto do que o de um imóvel de luxo." Alexandre Assaf Neto, pesquisador do Instituto Assaf, concorda com Veiga, mas pondera outros fatores. Ele salienta, por exemplo, que viver de aluguel e, ao mesmo tempo, acumular capital, é apenas para alguns tipos de perfil. "Se a pessoa tiver espírito empreendedor e não tiver pavor de risco, certamente vale mais a pena viver sem casa própria enquanto investe", afirma. Tanto Assaf Neto quanto Paschoarelli salientam ainda que é muito melhor viver de aluguel e com dinheiro disponível para o aproveitamento de boas oportunidades do mercado no decorrer do tempo. "A liquidez traz oportunidades raras e muito rentáveis. Isso é outro fato que justifica a recomendação de manter o dinheiro disponível para aplicações estratégicas", avalia Neto. Segurança. O aspecto segurança é muito importante para as finanças do brasileiros, segundo os especialistas. Por isso, diz a gestora de investimentos Claudia Kodja, a compra de um imóvel não é só um investimento, "mas a concretização da ideia de ter onde morar". "Não basta termos apenas um olhar técnico sobre esse tema. É preciso levar em conta o sonho e os objetivos de cada um", pondera. Ela observa, porém, que o ideal é que se acumule, pelo menos, 40% do valor total do imóvel antes de entrar em um financiamento. "Também não é possível tomar uma decisão importante como a de comprar uma casa rapidamente ou sem avaliar os risco. É preciso pensar e, mais que isso, fazer cálculos", pondera a especialista. Além disso, para Claudia, é sempre importante lembrar que financiamento imobiliário de alto valor exige prazos longos. "Nem sempre é bom trocar a relação que você tem com um locador por uma com uma instituição financeira." O Estado de S. Paulo - 03/05/10  Para sair do papel Alvos são particulares Venda de imóveis cresce 80% em um ano e já provoca alta de preços "Retrofit", técnica que reforma imóveis deteriorados, aumenta oferta de moradias no centro de São Paulo Preços de imóveis disparam até 40% em São Paulo A vez dos pré-fabricados Uma lei cobre a outra

12 de maio de 2010

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É fazendo que se aprende a fazer aquilo que se deve aprender a fazer.

10 de maio de 2010

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É fazendo que se aprende a fazer aquilo que se deve aprender a fazer.

10 de maio de 2010

Alvos são particulares

Habitação e urbanismo Terrenos privados dominam novas ocupações irregulares em Ribeirão nos últimos anos. Os terrenos particulares de Ribeirão Preto se tornaram refúgio a famílias que não têm onde morar. Nos últimos três anos, no mínimo sete novas invasões em locais privados foram registradas. É o que mostra a analise preliminar do levantamento feito pela Companhia Habitacional de Ribeirão Preto (Cohab) em parceria com o Ministério Público (MP), que busca o mapear e congelar o crescimento de favelas na cidade. De acordo com o controle feito em 2007 pela Cohab, foram registrados 34 locais —públicos e particulares— ocupados irregularmente. Em janeiro deste ano, a Prefeitura reurbanizou a antiga favela do Monte Alegre, hoje chamada de bairro residencial Nova Monte Alegre, e agora tenta legalizar a situação de outros 40 locais ocupados a partir de programas habitacionais. O coordenador do Moradia Legal, o juiz da 2ª Vara de Fazenda Pública João Gandini, afirmou que a falta de fiscalização pode ser a explicação para as invasões em áreas privadas. “Quando não há fiscalização, as ocupações ocorrem e depois é difícil reverter o caso.” Gandini explica que não há como a Prefeitura agir nesses casos porque os terrenos não são públicos. “Naquilo que é público, se há novas invasões a gente vai e logo tira. Agora, cabe aos proprietários cuidarem do que é deles.” Cerca de 40 processos tramitam na 1ª Vara da Fazenda Pública em busca da remoção de famílias que invadiram terrenos particulares, disse o juiz Júlio César Spoladore. Ele afirmou que o número de processos não é alto quando se leva em consideração o tamanho da cidade. “Se a gente pegar a quantidades de terrenos que estão espalhados, vamos perceber que as ocupações estão estacionadas e para as que já existem, estamos buscando acordo.” A favela Leão Leão, no Jardim Aeroporto, é uma das três ocupações mais antigas em terrenos particulares em Ribeirão e é foco de negociações entre proprietários, moradores e Prefeitura. “Estamos em discussão avançada com a família para conseguir a doação ou permutação da área. Não podemos promover o desfavelamento e ignorar essas grandes e antigas ocupações em áreas particulares”, disse Gandini. Moradores têm prazo até outubro Os moradores da favela Leão Leão, que há 16 anos ocupam uma área particular no Jardim Aeroporto, devem sair do local até outubro caso a Prefeitura não consiga firmar acordo entre proprietários e moradores, afirmou a porta-voz da comunidade, Elsa Nascimento. Há dez anos as famílias brigam na Justiça para terem o direito à área ocupada. “A gente estava indo bem nas negociações, mas a dona do terreno vendeu parte da área a um supermercado e agora eles querem que a gente saia”, disse Elsa. A dona-de-casa Cleide de Paula, 42 anos, disse que alguns moradores conseguiram escritura das casas onde moram e não estão dispostos a deixarem o local. “Não dá para tirar o povo daqui. Inclusive aqueles que estão com as escrituras em mão, doadas pelos proprietários.” O advogado da família dona do terreno apenas informou que a negociação está em fase “embrionária” e negou a possibilidade, em princípio, de doação da área aos morados. (LC) O NÚMERO 40 áreas invadidas ainda precisam ser regularizadas pela Prefeitura.    Venda de imóveis cresce 80% em um ano e já provoca alta de preços "Retrofit", técnica que reforma imóveis deteriorados, aumenta oferta de moradias no centro de São Paulo Preços de imóveis disparam até 40% em São Paulo A vez dos pré-fabricados Uma lei cobre a outra Está quase tudo pronto Vendas de imóveis em SP têm melhor fevereiro em 6 anos

10 de maio de 2010

Para sair do papel

Distrito Industrial Terceira etapa de obras, anunciada em 2008, deve ter início de venda de lotes em 2011; relatório já teve licitação. A terceira etapa do Distrito Empresarial de Ribeirão Preto, que já chegou a ser anunciado em 2008, só deve ter seus lotes comercializados no ano que vem. Com área de 605 mil metros quadrados, o local terá 116 lotes com áreas de mil a 5 mil metros quadrados, além de quatro áreas institucionais que somam quase 30 mil metros quadrados. Segundo o projetista Célio Araújo, o distrito foi projeto em três categorias, de acordo com o risco de ambiental das empresas. Na categoria I 1 ficarão as que não apresentam risco. As de poluição leve vão para a I 2 e as que poluem moderadamente para a I 3. A previsão de Ricardo Rocha, arquiteto da Secretaria de Planejamento e Gestão Ambiental (Seplan), é de que o trâmite que levará à comercialização dos lotes deve demorar entre seis e oito meses. Mas na própria secretaria há quem estime que o prazo seja ainda maior, em função de licitações e licenças necessárias. “Todo o projeto urbanístico está pronto. Ele já foi enviado à Secretaria de Obras Públicas para o levantamento da topografia”, disse Ricardo Rocha. Ele afirma que depois será a vez do Departamento de Água e Esgoto de Ribeirão Preto (Daerp) preparar a parte de infraestrutura. Antes de providenciar as mudanças do local, a Prefeitura precisa fazer o Relatório de Análise de Risco Ambiental (Raram), cujo convite de preços para a contratação da empresa responsável pelo trabalho já foi divulgado. Com valor estimativo de R$ 80 mil, a concorrência foi encerrada na última sexta-feira. O secretário Ivo Colichio Filho (da Seplan) afirma que o projeto não está atrasado e que em 2008 o decreto foi publicado, mas teve que ser revogado por falta das licenças ambientais. “Fazer um loteamento residencial é demorado, imagine um industrial. Há muitas providências a serem tomadas”, diz. Além da burocracia até a aprovação final pela Prefeitura, é preciso ainda abrir os cadastros dos lotes na Seplan. “Só depois é que são abertas as matrículas no cartório de registro de imóveis”, explica José Mário Sarrilho, engenheiro agrimensor da Seplan. Âudiência ainda será realizada A implantação da terceira etapa do Distrito depende ainda de audiência pública. “Vamos realizar a audiência para não correr qualquer risco”, afirma o secretário do Meio Ambiente, Joaquim Rezende. Mas após a elaboração do Raram, que deve demorar cerca de dois meses, as demais licenças podem ser concedidas por sua secretaria. “Esse fator deve acelerar um pouco o processo, que é bastante burocrático e exige muitos documentos”, afirma. O Raram será analisado pela Secretaria do Planejamento e só depois será convocada a audiência pública. “Depois é só executar”, diz Rezende. Ele garante que não será necessária a licença da Cetesb. “Já temos uma carta que delega aos nossos técnicos toda a análise ambiental”, afirma. Mesmo assim o secretário diz já ter levado o processo para conhecimento da Cetesb, para evitar qualquer surpresa. (GS) Alvos são particulares Venda de imóveis cresce 80% em um ano e já provoca alta de preços "Retrofit", técnica que reforma imóveis deteriorados, aumenta oferta de moradias no centro de São Paulo Preços de imóveis disparam até 40% em São Paulo A vez dos pré-fabricados Uma lei cobre a outra Está quase tudo pronto  

10 de maio de 2010

Contra o gato por lebre

Cautela para fechar negócio Comprar imóveis na planta é vantajoso, mas também exige atenção para evitar futuros problemas. Com o aumento de empreendimentos imobiliários, principalmente na Zona Sul de Ribeirão Preto, muitas pessoas optam por comprar apartamentos e casas antes delas estarem construídas, direto da planta. Essa prática pode trazer vantagens ao comprador, que consegue o imóvel por um preço mais barato, paga parcelas menores com prazos mais largos e pode escolher a unidade que mais lhe agrada. Apesar dos benefícios é importante que o comprador fique atento a alguns cuidados na hora de comprar imóveis direto da planta. Estudar o histórico da construtora na qual a pessoa vai fazer negócio é fundamental. “Ela estará comprando uma promessa. O comprador precisa pesquisar registros de cartórios, ver os empreendimentos já construídos e principalmente consultar os moradores desses condomínios”, explicou o coordenador de vendas da imobiliária M3, Rafael Siqueira. Segundo ele, uma boa idéia é verificar se os prazos foram cumpridos em outros empreendimentos da construtora. O advogado especialista em direito imobiliário Nicholas Alan Steytler alerta para a assinatura do contrato. “É necessário consultar um especialista. Ele pode estipular algumas garantias no contrato. Às vezes a pessoa está tão ansiosa pela casa própria que acaba assinando o que não deveria”, disse. Steytler conta que é possível fazer um seguro performance no contrato. “Essa medida garante que a obra será terminada, ou em casos radicais, que a pessoa receberá seu dinheiro de volta com as devidas correções”, afirmou o advogado. Para Siqueira, atualmente o Estado está criando medidas que garantem os direitos dos compradores. “Hoje em dia há as chamadas Sociedades de Propósito Específico (SPE), que dificultam o desvio de verbas de um empreendimento para o outro”, afirmou o coordenador de vendas. Apesar disso, o advogado Steytler diz que caso o comprador precise procurar a Justiça, ele poderá ter dores de cabeça. “Processos assim são demorados e burocráticos. Eles exigem muitas provas, o que torna a ação vagarosa”, contou. Avaliação do entorno é essencial Para aproveitar as vantagens de comprar um imóvel diretamente na planta, é importante que o comprador avalie o local onde o empreendimento será construído. “É preciso ver a infraestrutura do local. É bom se atentar para as vias de acesso, escolas e comércio nas proximidades”, disse o coordenador de vendas Rafael Siqueira. Segundo ele, alguns condomínios são entregues sem que haja a ligação correta com a rede de esgoto da cidade. “Também é bom verificar a face na qual o Sol vai bater.” Um documento conhecido como Memorial Descritivo ajuda o comprador caso o acabamento do imóvel não foi feito corretamente. “No Memorial está detalhado todo o acabamento. Desde tipo de piso até marca das tubulações. É importante tê-lo em mãos e consultá-lo antes de efetuar a compra”, afirmou o advogado especialista em direito imobiliário Nicholas Alan Steytler. O advogado diz que algumas pessoas não verificam o Memorial Descritivo e acabam esperando algo mais. “A construtora vai entregar exatamente o que está escrito no documento”, disse. (RV) Mais.....  

10 de maio de 2010

Cresce o número de queixas a construtoras sobre defeitos na obra

O boom imobiliário caracterizado pela alta do número de lançamentos foi acompanhado de outro crescimento: o de reclamações contra construtoras e imobiliárias em órgãos de proteção ao consumidor. A comparação entre os meses de março deste ano e do ano passado aponta um aumento de 85% na quantidade de queixas no Procon-SP (Fundação de Proteção e Defesa do Consumidor) -229 contra 124. Atrasos na entrega, falta de qualidade nas construções, cobranças de taxas indevidas e não devolução de sinal lideram o ranking dos problemas reclamados em relação à compra de imóvel novo ou na planta. Antes de fechar negócio, o comprador pode se precaver. Para evitar surpresas, o primeira passo é verificar se o projeto da incorporação foi aprovado pela prefeitura e registrado no cartório de imóveis. A analista do Procon-SP Valéria Cunha frisa que, sem essa aprovação, há risco de embargo da obra. Dois documentos merecem atenção: o contrato e o memorial descritivo. No primeiro está a data de entrega e o limite que a construtora tem para o atraso, em geral de 180 dias. "Essa cláusula deve estabelecer a multa que a empresa terá que pagar pelo atraso excedente", comenta Cunha. Um projeto de lei quer definir parâmetros para calcular o valor da indenização. Gastos como o de aferição de idoneidade do comprador --levantamento de certidões negativas de débito-- ou o de elaboração do contrato não devem ser repassados ao mutuário. A qualidade final do imóvel pode ser balizada no memorial descritivo, que relaciona padrão de acabamento e marcas dos componentes. Alterações devem ser negociadas antes de assinar o contrato, diz Marcelo Dornellas, advogado especializado em direito imobiliário. Mais...

10 de maio de 2010

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