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Saiba como deixar a casa mais segura antes de cair na folia

Quem pretende cair na folia durante o carnaval não pode esquecer de alguns cuidados básicos de segurança antes de fazer as malas e pegar a estrada. A dica vale tanto para moradores de casas como de apartamentos. “O principal erro cometido pelos moradores é deixar as luzes acesas. Ninguém faz isso normalmente. É um equívoco achar que o ladrão não vai perceber”, conta o vice-presidente de administração imobiliária e de condomínios do Sindicato da Habitação (Secovi-SP), Hubert Gebara. Desligar a campainha e o telefone, segundo Gebara, também evita que percebam que não há pessoas em casa. Deixa a dúvida se há alguém em casa ou não, pois ninguém vai saber ao certo se é o sistema que está com problema ou se está tocando, mas com um volume mais baixo. Outra dica de Gebara é nunca deixar as chaves na portaria. Se por algum motivo o condomínio for invadido por bandidos, suas chaves serão as primeiras a que eles terão acesso. O ideal é deixá-las com um parente ou amigo e passar o número de telefone dele para o porteiro ou zelador acionar em caso de emergência. Para quem mora em casa, é bom deixar o vizinho do lado avisado de sua saída e informar a ele quem pode acionar caso ocorra algum acidente. Se você tiver um bom relacionamento com ele, pode até deixar as chaves. Na opinião Gebara, também não é bom fazer muito alarde sobre a viagem na vizinhança. “Não precisa falar para todos. Avise apenas o seu vizinho de corredor, ou o de lado, zelador ou segurança do condomínio de sua confiança”, comenta. Jornais – Para o gerente geral de condomínios da APSA, Geraldo Victor, quem vai viajar também deve checar se as portas e janelas estão bem fechadas. A entrega de jornais, revistas e outras correspondências também devem ser suspensas ou controladas por um parente ou amigo. “Se você mora em condomínio, oriente o porteiro a deixar as correspondências e as revistas em um lugar seguro até seu retorno. Programe com antecedência a interrupção da entrega de jornal. Isso evita desperdício e também camufla a sua saída”, diz. Outra medida que deve ser aplicada pelos síndicos, no caso de condomínios, é o reforço das rondas tanto noturnas quanto diurnas. “A cidade está mais vazia. Então, principalmente os grandes empreendimentos, tornam-se mais visados por ladrões”, ressalta o gerente de relacionamento da Lello Condomínio, José Maria Bamonde. Não pense, porém, que os cuidados com a casa limitam-se à segurança. De acordo com Bamonde, também é preciso fechar a saída de gás de fogões e aquecedores e olhar todas as torneiras e chuveiros para se certificar de que não há nenhum vazando. “É bom que se feche os registros e, se a geladeira estiver vazia, até mesmo a caixa de luz. Pode parecer excesso de zelo, mas são cuidados básicos que podem fazer toda a diferença para garantir o seu retorno ser tranquilo.”. Bamonde ressalta que os moradores desliguem os aparelhos eletrônicos: televisão, ventilador, geladeira, aparelho de som, máquina de lavar etc. “Caso ocorra um problema elétrico no prédio ou na casa, seus aparelhos serão poupados”, orienta Veja Mais  

22 de fevereiro de 2012

Construtoras planejam entrega recorde de escritórios

O mercado imobiliário de São Paulo e do Rio deverá ter recorde de entrega de edifícios comerciais de alto padrão em 2012, de acordo com pesquisa da consultoria Cushman & Wakefield. Só em São Paulo, as construtoras estimam entregar 570 mil metros quadrados de escritórios “classe A”, cinco vezes mais do que o volume registrado em 2011 e um aumento de 28% em relação ao estoque total. A expansão em São Paulo se justifica, em parte, pelo atraso na entrega de empreendimentos previstos para 2011 e antecipação de projetos que seriam finalizados em 2013, afirmou a gerente de Pesquisa de Mercado para América do Sul da Cushman, Mariana Hanania. As avenidas Faria Lima (imagem) e Paulista e o bairro Itaim Bibi são os endereços com aluguel mais caro em São Paulo (Foto: Jonne Roriz/AE) A taxa de vacância de escritórios de alto padrão em São Paulo caiu 2,4 pontos porcentuais em 2011, para 7,8%, o menor nível registrado desde 2008. A redução dos espaços vagos se refletiu no valor do aluguel, que atingiu em 2011 a máxima desde 1995, quando a pesquisa foi iniciada. O preço médio do metro quadrado na cidade ficou em R$ 114 ao mês no fim do ano passado, uma alta de 24% em relação a 2010. Para Mariana, o aumento da oferta no mercado paulistano deve elevar a taxa de vacância e estabilizar os preços, em média. Mas, segundo ela, não há risco de bolha. “Esse aumento reflete o ótimo momento pelo qual passa o mercado. O que tem sido entregue em São Paulo está sendo absorvido rapidamente”, disse. As construtoras responderam à demanda com mais lançamentos nos últimos anos, que estão sendo finalizados agora. A Brookfield estima que cerca de 10% dos seus negócios estão focados em edifícios comerciais de alto padrão em São Paulo e no Rio. “É um negócio que exige mais capital, mas traz margens maiores. É uma forma de diversificar nossa atuação”, afirmou o diretor executivo da Brookfield, Alessandro Vedrossi. Neste ano, a empresa contribuirá para o aumento da oferta no mercado. Um único empreendimento, por exemplo, entregue no fim de janeiro e localizado na avenida Faria Lima, um dos mais cobiçados endereços comerciais de São Paulo, adicionou ao mercado uma oferta de 70 mil metros quadrados. O empreendimento está 100% previamente locado desde a metade do ano passado, por mais de R$ 170/m² ao mês. A Brookfield não está sozinha. A Regus, multinacional britânica que oferece espaços comerciais, pretende abrir quatro novos centros empresariais em 30 dias. Com isso, a empresa terá 30 complexos, o triplo de 2010. “Existe escassez de produtos. Temos centros 100% ocupados em diversas regiões”, disse o diretor-geral da Regus no Brasil, Guilherme Ribeiro. Assim como Ribeiro, o executivo da Brookfield não espera excesso de oferta de escritórios de alto padrão. Vedrossi vê dois movimentos de demanda no segmento. São empresas em expansão, que precisam de espaços maiores, e companhias com sede em prédios antigos, que buscam edifícios mais modernos. Carioca No Rio, o recorde de entregas de escritórios de alto padrão foi quebrado em 2011. No ano passado, chegaram ao mercado 148 mil m², mais do que o pico do setor, registrado em 2008. Para 2012, a expectativa do mercado é superar 2011 e entregar 220 mil m² de imóveis comerciais no segmento, segundo a pesquisa da Cushman. Em 2011, o preço médio do aluguel desses imóveis caiu 10% no Rio de Janeiro, para R$ 120/m² ao mês. Mesmo assim, a cidade registra o maior valor de locação das seis capitais analisadas pela Cushman. “A queda foi pontual. Foram entregues muitos edifícios na Barra, que é um bairro com aluguel mais barato que o Centro, o que puxou a média para baixo”, explicou Mariana. A estimativa dela é que os preços de locação no mercado corporativo voltem a crescer no Rio este ano. A previsão de entrega de novas unidades em bairros mais caros, como o Centro, deve elevar o preço médio. Veja Mais  

22 de fevereiro de 2012

Casa própria: aumenta o número de ações na Justiça

O consumidor precisou recorrer mais à Justiça por causa de problemas com o financiamento do imóvel. Dados da Associação dos Mutuários de São Paulo e Adjacências (Amspa) mostram que das 769 reclamações registradas na entidade no ano passado, 530 foram parar na esfera judicial. O número de ações é 28,9% maior que o registrado em 2010, quando 411 das 664 queixas se transformaram em processos judiciais. Na avaliação do assessor jurídico da Amspa, João Bosco Brito da Luz, o aumento de reclamações é reflexo da maior comercialização de imóveis. No caso dos novos financiamentos, o principal alvo de queixas é a cobrança de taxas que não estão previstas na legislação. Segundo Bosco, uma delas é a taxa de assessoria técnica, de quase 1% do valor do imóvel. No entendimento da associação, a cobrança dessa taxa é indevida. O consumidor acaba pagando o valor e depois contesta na Justiça. Outro problema constatado pela associação ocorre com as prestações intermediárias, ou seja, o parcelamento da entrada. “Essas parcelas da entrada não podem ser corrigidas. Já as prestações mensais podem ser corrigidas pelo INCC até sair o Habite-se (auto de conclusão da obra edificada em conformidade com os projetos aprovados) e depois pelo IGP-M com juros de 1% ao mês”, explica Bosco. Já nos financiamentos mais antigos, os problemas envolvem casos de inadimplência, quando o comprador não consegue pagar as prestações ou o saldo residual. “Tenho exemplos de dois casos que estão na Justiça há mais de 20 anos envolvendo prestações corrigidas indevidamente”, afirma Bosco. Segundo ele, 60% das ações terminam em acordo. O especialista em defesa do consumidor e consultor do JT, Josué Rios, destaca que por ter uma linguagem difícil para o consumidor, o ideal é consultar um advogado ou uma associação antes de assinar o contrato. “O consumidor olha o lado bom do negócio, se ele vai conseguir pagar a prestação e fecha os olhos para os cuidados”, explica Rios. Uma dica é nunca assinar nada sem antes ter uma relação de tudo o que será cobrado, como valor das prestações, juros e taxas. “O problema gira em torno da informação. O consumidor precisa ser informado sobre o que está pagando. Se ele não foi informado devidamente, ele pode discutir a cobrança no judiciário”, afirma a advogada Gisele Friso. Para Rios, é preciso avaliar dois fatores antes de levar a discussão para a Justiça. O primeiro é verificar com um profissional especializado se já tem decisões reconhecendo a prática como abusiva. É uma forma de não correr o risco da ação se tornar uma mera tentativa e demorar anos para uma solução. O outro ponto é se o valor envolvido é significativo. Na planta – Um dos problemas para quem compra imóvel na planta é o atraso da entrega, que também acaba adiando a liberação do financiamento. Segundo Bosco, a construtora não pode cobrar juros antes da entrega das chaves e o saldo que será financiado só pode ser corrigido por um índice definido em contrato. “Caso ocorra alguma irregularidade, o comprador pode depositar o valor em juízo e discutir a legalidade na Justiça”, afirma o assessor jurídico da Amspa. Veja Mais  

22 de fevereiro de 2012

Especial: Vendem-se mansões na avenida Nove de Julho

O que já foi o corredor mais nobre das famílias mais tradicionais firma-se como a Wall Street de Ribeirão Preto.  Quatro das oito famílias que não saem da avenida Nove de Julho vivem no trecho historicamente nobre, entre a Sociedade Recreativa e de Esportes e a avenida Independência. O calçamento é de paralelepípedos e o piso do canteiro central, de pedras portuguesas. Mas, se preserva essa tradição, a avenida, que é tombada, já perdeu a maioria das residências para o comércio e os bancos. Um dos últimos exemplos é a mansão onde viveu o usineiro Elpídio Marchesi, a de número 478. Vendida a um empresário de Ibitinga, está passando por reformas. A casa é tão majestosa que o novo proprietário decidiu manter suas características. Ali, em breve, funcionará uma revenda sofisticada de bordados. Carneiros e cavalos Dos oito moradores que ainda resistem na 'Nove', apenas dois já avisaram que também estão de saída. É o caso de Véssia Rodrigues, que há 40 anos vive ali. Aos 82 anos, dona Véssia conta que chegou à Nove de Julho quando tinha 42. Comprou o imóvel para morar com os pais. O ambiente era tão bucólico, que em frente à casa, próximo à avenida Portugal, cavalos, burros, carneiros e vacas pastavam sem ser incomodados. Hoje, ela não consegue atravessar a avenida. "O movimento é muito intenso e os motoristas não têm educação. Tornou-se impossível viver aqui", desabafa. Quem pensa em sair também é dona Naydi Roberti, que no ano passado perdeu o marido, Silvadi Antônio Roberti. Ela confessa que ama a casa que os dois construíram há 43 anos. Feita com madeira de lei, tem 3.300 metros quadrados de área construída, com quadra de tênis, quadra de futebol, piscina, área de churrasco e sauna. "É um lugar fantástico, mas se tornou grande demais depois que perdi meu marido. Devo ir para um apartamento", admite. Marajás e ‘black-tie’ Mas a Nove de Julho tem uma moradora que não pensa em sair. Ela mantém, em grande estilo, o último reduto de recepções memoráveis na avenida. É dona Edilah Biagi, que não abre mão de receber amigos e personalidades na casa enorme, que ocupa quase um quarteirão inteiro, numa das quadras mais movimentadas da avenida. Ali, em seu paraíso particular, escondido por muros vigorosos e cercado por agências bancárias e lojas por todos os lados, ela acaba de recepcionar um grupo de marajás indianos. "A casa é grande e aqui estou perto de tudo. Também posso reunir meus filhos, meus netos, todos os parentes. E os amigos", diz dona Edilah. "É sempre assim", conta o filho, o empresário Maurílio Biagi Filho. "A cada mês, minha mãe promove pelo menos duas recepções". Dona Edilah chegou à Nove de Julho com o marido Maurílio Biagi e os filhos, no finalzinho da década de 1950. Já faz 62 anos. Maurilinho ainda se lembra de grandes festas na mansão dos Biagis. Uma delas, no início dos anos 1970, durante a inauguração do Jockey Club, em Ribeirão Preto. O presidente do Jockey, Fábio Prado, ex-prefeito de São Paulo, e sua esposa, Veridiana, foram homenageados com um evento black-tie, que reuniu 150 convidados. Apesar do movimento provocado pela invasão do comércio, a Nove de Julho, na opinião de dona Edilah, ainda mantém seu charme intacto. Por isso, ela lamenta que tantas outras famílias tradicionais tenham desistido do local. Uma dessas famílias, conta a história, recepcionou, em 1956, no ano do Centenário de Ribeirão Preto, o presidente Juscelino Kubitschek. Na casa de Lucila e Flávio Ucha Junqueira, JK dançou até o dia clarear. Protesto de Lóris Já a moradora Lóris Borges Caixe, bioquímica, que está ali há 30 anos, acha que a avenida não é mais um dos cartões postais da cidade. "A Nove de Julho não tem padronização de urbanismo. Uns fazem a calçada como querem, outros nem cuidam bem delas. As pedras portuguesas no canteiro central estão soltas. O piso de paralelepípedos não é nivelado há muitos anos. E, em nome da segurança, os moradores estão trocando as casas por apartamentos", diz. Mas, apesar dos defeitos elencados, Lóris também não pensa em sair. Na última casa da avenida, o comerciante Márcio e a nutricionista Irani se sentem felizes e não pensam em mudança. Acham a avenida ótima. Estão satisfeitos em viver, com os filhos, na moradia construída há 30 anos por Mário Bellizze, pai de Márcio. Vão ficar exatamente ali. Veja Mais  

14 de fevereiro de 2012

Prédios oferecem bônus para atrair candidato a síndico

Diante da dificuldade de encontrar quem se disponha a assumir o cargo, edifícios vão além da isenção da taxa de condomínio. Boa parte dos condomínios faz assembleias para a eleição de síndico no próximo mês. Vem à tona um problema: encontrar um morador disposto a assumir a função, considerada a mais ingrata, porém necessária, na vida de um edifício. A novidade é que, para deixarem o cargo mais atraente, além de isentarem da taxa de condomínio, os prédios têm partido para o pagamento de bonificações - uma bolada adicional condicionada ao cumprimento de metas e boa avaliação. Os valores variam de acordo com o tamanho do condomínio e da arrecadação. O beneficiário é o síndico e, em alguns casos, funcionários. No caso do síndico, a premiação surge como uma alternativa a um pró-labore mais elevado, comum em prédios de luxo, que chegam a pagar R$ 10 mil por mês. Em muitos edifícios, há o medo de que o alto valor transforme o condomínio em cabide de emprego e vire uma segunda renda para o síndico sem se receber a contrapartida esperada para manutenção e valorização do imóvel. "E, para destituir um síndico, o Código Civil pede 50% dos moradores mais um", diz Hubert Gebara, vice-presidente de Administração de Condomínios do Secovi de São Paulo. Uma assembleia costuma ter a participação de 20% dos moradores. O bônus surge então como garantia de bom serviço para os moradores e um incentivo para o síndico. No Up Side, condomínio-clube de 280 apartamentos no Paraíso, na zona sul, a professora aposentada Gilorma Ramos de Mattos, de 61 anos, foi a primeira síndica a receber uma gratificação de R$ 20 mil, em dezembro. "Fiquei feliz porque considero um reconhecimento do meu trabalho. Mas, ao mesmo tempo, me senti constrangida e muito surpresa", diz a síndica, que depois teve de lidar com uma série de críticas dos moradores ausentes à assembleia. Aprimoramento. A figura do síndico, segundo Márcio Rachkorsky, consultor jurídico de mais de 400 edifícios, "é sempre muito polêmica e historicamente injustiçada". Quanto mais transparente a gestão, mais força na comunidade se ganha. "O perfil do síndico vem mudando. Não é mais aquele velho militar", diz Rachkorsky. "A ideia do bônus é nova. Aumenta a transparência da gestão, mas, para dar certo, os prédios terão de aprimorá-la", afirma José Roberto Graiche, dono da administradora do Up Side. "A avaliação do síndico deve ser mais criteriosa." Na maioria das assembleias, a análise do trabalho do síndico é feita com uma simples pergunta. Os moradores presentes levantam as mãos para concordar ou não com a gestão. O Ilha de Capri, com 260 apartamentos em Perdizes, na zona oeste de São Paulo, caminhou nesse sentido. No fim de ano, é enviado um questionário com mais de 30 perguntas para todos os moradores. "O objetivo é medir a satisfação com o funcionamento do edifício e o trabalho dos funcionários e do síndico", diz a representante do condomínio Jussara Cunha, de 47 anos. "Em 2011, nenhum item ficou abaixo de 60% de satisfação", conta. Avaliação. No questionário, os 20 funcionários têm seu desempenho avaliado. A partir do resultado, Jussara elege os quatro melhores. Neste ano, cada um recebeu bônus de R$ 80. "Eles ficam satisfeitos, trabalham melhor e ainda passam a ser mais respeitados." Quando Jussara assumiu o cargo de síndico, ninguém mais do condomínio queria a função. "Temos muitos locatários, a grande maioria é estudante da PUC (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo)", explica. A decisão de "pegar o abacaxi", como ela costuma dizer, veio do temor de o imóvel começar a se desvalorizar pela falta de interesse dos moradores. No primeiro ano, Jussara recebia pró-labore correspondente a um salário mínimo, isenção da taxa de condomínio e o valor de uma assinatura de TV a cabo. Mas agora só existe bônus para funcionários, não para a síndica. Mesmo assim, Jussara se diz satisfeita. Quando assumiu em 2009, ela era o 7.º síndico do prédio em um ano. Já Gilorma, do UP Side, foi eleita depois de uma gestão conturbada, com síndico destituído na Justiça e que pouco antes havia pedido aumento de pró-labore. "O síndico deveria trabalhar, o conselho fiscalizar e os moradores deveriam participar das decisões tomadas no condomínio", diz Gebara. Mas, como não se vive no mundo ideal, os condomínios inventam maneiras de estimular essa participação. Veja Mais    

14 de fevereiro de 2012

Síndicos estão mais jovens e democráticos

Com boom imobiliário, surge novo perfil dos gerentes de prédios, que fazem cursos e deixam de ser amadores São 4 milhões vivendo em condomínios na capital e 30 mil síndicos para administrar essas novas microcidades Você já conferiu as credenciais do seu candidato? Questionou as promessas dele? Está de olho na prestação de contas? É bom ficar atento. Antes das eleições de outubro, há outra votação que interessa muito aos paulistanos: a do condomínio. Atualmente, 4 milhões vivem em condomínios verticais ou horizontais da capital. Governar essas microcidades por mandatos de dois anos é tarefa de 30 mil síndicos eleitos ou reeleitos em assembleias, que ocorrem principalmente no primeiro trimestre de cada ano. A reportagem ouviu dez especialistas no tema, que informam: o perfil do síndico está mudando na cidade. Segundo estudo da Lello Condomínios, a reeleição ainda predomina em 70% dos casos, mas há dez anos a estimativa superava os 90%. Hoje, os síndicos em primeiro mandato já comandam 1 em cada 5 condomínios da cidade. BOOM IMOBILIÁRIO O motivo dessa renovação é a acelerada verticalização da metrópole, com empreendimentos imobiliários novinhos, que são assumidos por síndicos igualmente jovens. Em comum, eles mostram mais criatividade na solução de problemas e maior preocupação com a valorização patrimonial, transparência financeira e sustentabilidade. É o caso da enfermeira Priscilla Felix, 36, síndica de um prédio na Vila Hamburguesa, zona oeste. Desde 2009 no cargo, Priscilla fez reformas para valorizar o edifício, antes decadente. Fez um novo playground, restaurou a fachada, cobriu a churrasqueira. "Amo o meu condomínio e quero transformá-lo em um lugar legal para viver." Agora, a meta é recuperar as flores do jardim. PERFIS DIVERSOS De acordo com o Secovi-SP (sindicato da habitação), 74% dos síndicos de prédios residenciais têm entre 30 e 60 anos, contra 26% de sexagenários. Atualmente, profissionais como empresários e advogados lideram o ranking: 85%, contra 15% de aposentados e donas de casa. "Na década de 1990, prevaleciam os senhores aposentados. Nos anos 2000, as mulheres conquistaram mais espaço. Agora, há perfis diversificados. O síndico está evoluindo, acompanhando as exigências legais e a complexidade administrativa dos novos condomínios", avalia Rosely Schwartz, 54, professora da Escola Paulista de Direito e autora do livro "Revolucionando o Condomínio". Desde 2003, quando entrou em vigor o novo Código Civil, o síndico responde judicialmente por tudo o que acontece portaria adentro, incluindo questões criminais, tributárias e trabalhistas. É por isso que conhecimentos mínimos de administração, direito imobiliário, engenharia, informática, legislação e recursos humanos são bem-vindos. Segundo o Secovi-SP, 50% dos que atuam na capital têm curso superior completo e 10% fizeram pós-graduação. Para João Paulo Rossi Paschoal, 38, assessor jurídico da entidade, o acesso à informação é um diferencial. "O síndico não é mais amador." CARTA NA MANGA Dentro do novo perfil de síndicos, mais jovem e graduado, há dois extremos: o síndico novato e o profissional, contratado pelo condomínio. O novato é inexperiente, mas também muitas vezes se mostra mais interessado para ousar e inovar a administração do prédio. Já o profissional, também chamado de "gerente" de condomínios, é mais preparado para enfrentar a labuta burocrática. Mas ambos têm uma carta na manga: atualmente, 85% dos condomínios paulistanos contam com uma administradora contratada, que assumem determinadas funções do síndico. Segundo Omar Anauate, 36, da Aabic (Associação das Administradoras de Bens, Imóveis e Condomínios), a empresa oferece apoio, mas quem tem a palavra final é o síndico, ancorado nas assembleias de moradores. Veja Mais    

14 de fevereiro de 2012

Alugar casa é desafio para os aprovados no vestibular

Após passarem pelo vestibular, os estudantes vivem um novo desafio no mês de fevereiro: encontrar um local para morar. Polo no setor de educação, Ribeirão Preto recebe pessoas de todo o país. Neste mês, a procura por locação nas imobiliárias chega a ser até 80% maior que em outros meses do ano, de acordo com a corretora de imóveis, Ivana Prato. "Financeiramente, morar em apartamento é mais vantajoso. Mas, depende do bairro que o jovem escolher", afirma. Porém, o fator econômico não é o único analisado. Por questão de segurança, muitos preferem os apartamentos. "Por isso é interessante alugar um apartamento com mais de um quarto para poder dividir com um amigo", aconselha Larissa Claudino Pelegrini. Graziele Ferreira, 20 anos, mora em uma república no Centro há três anos. Segundo a aluna do curso de Farmácia da USP, a decisão por morar em república foi feita por ser a opção mais fácil. "As meninas já eram formadas e me orientaram sobre a faculdade. No Centro tenho acesso a mercado, shopping, e ônibus pra ir estudar", afirma. A caloura de farmácia da USP, Ariadni Vicente, 19 anos, é de São Carlos e ainda está em dúvida sobre onde vai morar em Ribeirão. "Estou conversando com os veteranos. Eu queria encontrar alguém pra dividir." Porém, morar em república tem desvantagens, como o barulho. Este é um dos fatores que pesou na decisão de Thiago Gonçalves, 19 anos, aprovado em medicina na USP, que vai morar sozinho. "É mais tranquilo para estudar. Estou procurando um imóvel na avenida do Café pra ficar perto da faculdade", explica o jovem, que é de Porto Ferreira. Veja Mais  

11 de fevereiro de 2012

Aluguel alto faz paulistano comprar casa

 A alta no valor do aluguel é um novo fator a pesar na decisão da compra da casa própria. Com emprego garantido e crédito imobiliário em abundância, o brasileiro está cada vez mais propenso a deixar a situação de inquilino, já que os novos contratos de aluguel subiram em média 18,48% no ano passado na cidade de São Paulo. Foi a maior alta desde 2005, início do levantamento produzido pelo Sindicato da Habitação (Secovi-SP). Esse índice foi quase quatro vezes mais que o Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M), indicador que baliza a maioria dos contratos de locação em andamento, que foi de 5,1%. Previsão é que os financiamentos cheguem a R$ 140 bilhões, avanço de 22% em relação ao ano passado (Foto: Nilton Fukuda/AE) Em alguns casos, proprietários pedem até o dobro do valor pago para renovar contratos de locação na capital. “Pagar um aluguel mais caro desperta cada vez mais o interesse do consumidor em adquirir seu próprio imóvel. O conselho para quem mora de aluguel é pesquisar as opções de financiamento e realizar uma simulação do empréstimo. Há situações em que o valor da prestação é praticamente do aluguel que a pessoa paga”, diz Ricardo Carazzai, professor da pós-graduação em Gestão de Negócios Imobiliários da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM). Normalmente o comprador precisa ter pelo menos 20% do valor total do imóvel para dar de entrada no financiamento. Segundo o economista e consultor do Secovi-SP, Cicero Yagi, é comum o brasileiro ter um espírito patrimonialista, de querer ser dono do próprio imóvel. “O cenário econômico vem ajudando na concretização desse sonho.” Estudo feito na capital pela empresa de administração imobiliária Lello entre janeiro e novembro de 2011 mostra que 26% dos inquilinos que devolveram as chaves dos imóveis alugados foram morar em uma casa própria. Esse índice era de 22% em 2010. “As pessoas estão mais entusiasmadas para comprar um imóvel. As famílias estão empregadas e as opções de financiamento são abundantes”, destaca Roseli Hernandes, diretora comercial da Lello Imóveis. A previsão da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip) é que os financiamentos de imóveis atinjam R$ 140 bilhões em 2012, um crescimento de 22% em relação ao ano passado. Já em relação aos juros, a expectativa também é positiva, mas não a curto prazo. Por enquanto, o cenário é de estabilidade, mas a tendência é que as taxas para o crédito imobiliário sofram reduções ao acompanhar a queda da taxa básica de juros, a Selic – hoje em 10,5%. A expectativa é que a Selic atinja um dígito ainda este ano, mas uma queda nos juros para compra da casa não deve ser imediata, na avaliação do coordenador do curso de pós-graduação em Negócios Imobiliários da Fundação Armando Álvares Penteado (Faap), Ricardo Gonçalves. Locação  – A alta média de 18,48% no valor dos novos contratos de aluguel fugiu dos patamares dos últimos anos. “A alta foi causada pelo grande aumento da procura por imóveis para locação. E a oferta não acompanhou esse movimento”, explica Yagi. Veja Mais  

11 de fevereiro de 2012

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