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Arquitetos criam projetos para resolver o problema do grande adensamento habitacional

Você acredita que morar numa microcasa, de apenas 14 metros quadrados, pode ser confortável? Imagina um apartamento que pode dobrar de tamanho para se adaptar às necessidades do morador? Pois a partir da necessidade de projetos de moradias que ajudem a resolver o problema de adensamento nas grandes cidades, estudantes de arquitetura e urbanismo apresentaram projetos com essas características no 22° Prêmio Ópera Prima. O concurso, voltado para trabalhos de graduação na área, selecionou, ao todo, 25 projetos.


Paineis de termoplástico, ao serem deslocados, expandem o ambiente (Foto: Divulgação)

Paineis de termoplástico, ao serem deslocados, expandem o ambiente (Fotos: Divulgação)



A Torre Mutante, projetada por Erick Capeleti, graduando da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMG), foi projetada a partir dos conceitos de flexibilização de empreendimentos verticais. Cada apartamento tem formato semelhante ao de um contêiner e possui área flexível, podendo variar entre 25 e 60 metros quadrados. Tudo vai depender das necessidades do morador. Os painéis que dividem os ambientes internos são de termoplástico, material resistente e leve o suficiente para que o morador possa movê-los sem fazer esforço físico. O deslocamento é feito por trilhos metálicos. E, caso o morador deseje, pode também levar a sua moradia para outro ponto da cidade - um elevador adaptado foi planejado para tirar as casas-contêiner da edificação.


“Essas unidades habitacionais podem ser adaptadas para abrigar pessoas solteiras ou famílias de até seis pessoas. O trabalho foi desenvolvido para se adaptar ao centro de São Paulo, mas é indicado para qualquer área com forte adensamento habitacional”, explica Capeleti.


Microcasa: os ambientes assumem variadas funções

Microcasa: os ambientes assumem variadas funções



Morar num apartamento de 14,4 metros quadrados pode parecer um aperto. Mas, Luciana Raumier, recém-formada em arquitetura e urbanismo pela Faculdade de Ciências e Tecnologia (FCT), em Presidente Prudente, em seu projeto de graduação, mostra que é possível habitar uma microcasa de forma confortável. E com R$ 20 mil. O imóvel tem cinco ambientes. Um deles, que fica localizado no centro da moradia, gira verticalmente para se adaptar a três funções: mesa para duas pessoas, poltrona e cama. O tampo da mesa é uma tela de LCD com película sensível ao toque, podendo funcionar como um monitor de computador ou TV digital.


A célula de alimentos, como é chamada no projeto, exerce a função de cozinha. A bancada é dividida em duas partes: metade está equipada com um cooktop e a outra com uma pia. Embaixo da ‘pia-fogão’ estão gavetas de temperatura controlada (20º, 10º e 0º), fazendo a função de geladeira. A habitação também tem varanda, posicionada na lateral do ’sofá-cama-mesa’. Além disso, pode ser apresentada em diferentes configurações. O projeto vislumbra também a possibilidade das unidades serem transportadas em carretas.




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