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Agrishow turbina mercado sazonal de aluguel em RP.

Valeska Mateus F.L.PITON                                                                                                ANTECEDÊNCIA Rosa, que tem chácara no Recreio Internacional: imóvel foi alugado em novembro.                                                       Ha menos de dois meses de ser iniciada, a Agrishow já aquece o mercado de locação em Ribeirão Preto. Além dos hotéis e pousadas, algumas empresas expositoras ou grupos de visitantes optam por alugar chácaras ou residências para os funcionários. “Estamos com uma procura 10% maior do que nos anos anteriores”, afirma o diretor de imobiliária Leo Valente.Segundo ele, o movimento começou há cerca de 15 dias, mas a maioria dos contratos é fechada nos 10 dias que antecedem a feira, que vai de 28 de abril a 3 de maio. “Quem deixa para procurar na semana anterior muitas vezes não encontra mais imóveis com o perfil desejado”, comenta. A procura maior é por imóveis com quatro dormitórios, quartos e salas amplas, mobiliado, com várias vagas de garagem e nos condomínios próximos à Feira, como o Quinta da Boa Vista. “Mas nos últimos anos estamos alugando residências em bairros mais distantes como a City e a Ribeirânia”, ressalta. A diária da locação desses imóveis gira entre R$ 300 e R$ 500, mas segundo Valente, o preço pode variar de acordo com o número de pessoas que ficarão hospedadas. Um época excelente para quem possui imóveis destinados à temporada. “A diária salta de R$ 200 num final de semana comum, para R$ 500 durante a Agrishow”, cita.De acordo com ele, o preço nem é o item mais observado pelas empresas, que costumam encaminhar um representante para visitar o imóvel antes de fechar o contrato. “Elas priorizam acomodações e localização. Algumas locam para os funcionários que irão trabalhar na montagem e atendimento da feira, porque reduz custos, nessas casas chegam a ficar até 20 pessoas”, diz.A agente de saúde Luzia Nogueira mora numa casa de três quartos no Recreio Anhangüera e pelo terceira ano aluga o imóvel para empresas de fora. O contrato de locação para a edição deste ano foi fechado em novembro com uma empresa de Limeira. Pelos quatro dias ela vai tirar cerca de R$ 1 mil. “Durante os dias do evento me mudo para a edícula do fundo. Compensa”.Já alguns proprietários, com imóveis desocupados, resistem a locar para o período da feira porque temem perder contratos de longo prazo.Contratos fechados mais cedo este ano“Esse ano foi mais rápido para alugarmos, porque a Agrishow só terá a edição de Ribeirão Preto. Houve uma retomada do mercado”, afirma Rosa Maria Garcia, dona de uma chácara no Recreio Internacional. As outras versões da feira foram descontinuadas neste ano.Rosa Maria aluga o imóvel há sete anos para participantes do evento e já está com o contrato fechado desde novembro. Os representantes da empresa de Passo Fundo R$ ficarão na chácara por trinta dias. “Eles vão mandar inicialmente 23 pessoas, técnicos que irão montar as máquinas e supervisionar o trabalho”, conta. Para a proprietária de outra chácara no Recreio Internacional, Roseli Cassoli Martins, a Agrishow é melhor evento para locação. A diária que custa, em média, R$ 500, 25% a mais do que em outros períodos. “É a época que mais ganho dinheiro”.Ela fechou na semana passada a locação do imóvel, que tem capacidade para hospedar até 20 pessoas. “Recebi ligações de empresas de Brasília, de São Paulo, da Bolívia e até de uma pessoa interessada em abrigar empresários da China”, conta.Sem problemasSegundo ela, é um aluguel garantido, que não causa problemas em relação a depredação do imóvel. “Cobro 50% no fechamento do contrato e a outra metade na entrada ao imóvel”, explica.O coordenador de vendas de uma empresa de máquinas agrícolas de Ponta Grossa (PR), Francisco Fernandes, chegou a consultar a locação de chácaras para hospedar os dez representantes da empresa, mas acabou decidindo fechar em hotel.“Com a locação da chácara iríamos economizar 10% nos sete dias. Achamos que a diferença não compensa em relação ao conforto e infra-estrutura que um hotel oferece, como alimentação disponível e serviço de quarto”, declara. Mas algumas chácaras oferecem serviços como café da manhã, que é cobrado a parte.

02 de março de 2008

Taxas de juros menores .

Para negócios com recursos da poupança, redução pode chegar a 1,5 ponto percentual ao ano em relação a 2007. A Caixa Econômica Federal reduziu as taxas de juros para compra de imóveis com recursos da poupança. A redução pode chegar a 1,5 ponto porcentual ao ano em relação aos menores valores cobrados em 2007, considerando-se a taxa de juros efetiva.No caso da taxa nominal, a queda máxima é de 1,35 ponto porcentual ao ano ante 2007.Para compra de imóveis novos ou usados de até R$ 130 mil a menor taxa efetiva no ano passado cobrada pela Caixa era de 9% ao ano e passa agora a ser de até 8,4% ao ano.Nos imóveis de R$ 130,01 mil a R$ 200 mil a taxa efetiva cai de 10,5% para até 9,5%. Em caso de financiamento de R$ 200 mil a R$ 350 mil e valores financiados até R$ 245 mil a taxa efetiva cai de 11,5% para 10,5%. Acima de R$ 350 mil ou com valores financiados superiores a R$ 245 mil - ou ainda para compra de lote urbanizado de qualquer valor - houve redução de 12,5% para 11%.Segundo a Caixa, as taxas de juros são mais atrativas para clientes que optarem pelo débito da prestação e possuírem o pacote básico de conta corrente com cheque especial e cartão de crédito da Caixa. Nos valores acima de R$ 350 mil e valor financiado superior a R$ 245 mil haverá aumento do prazo máximo de financiamento de 180 para até 360 meses. E da cota de financiamento de 70% para até 80%, conforme o prazo contratado.Para o financiamento à produção, a Caixa reduziu a taxa de juros de 11,39% ao ano mais taxa referencial (TR) para 9,5% ao ano mais TR. O vice-presidente de Governo da Caixa, Jorge Hereda, afirmou que a instituição pretende utilizar dois terços dos recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para habitação. Segundo ele, somando-se os recursos para subsídios e para a linha Pró-cotista, a Caixa deverá utilizar cerca de R$ 8 bilhões dos cerca de R$ 12 bilhões do FGTS para habitação.Recentemente, bancos comerciais deram início a acordos com a Caixa, administradora do FGTS, para repassar recursos do fundo para habitação. "Foi uma solução razoável e quem ganha é a política habitacional", afirmou Hereda.SecuritizaçãoA Caixa continua preparando contrato para securitizar volume de R$ 2 bilhões da carteira de empréstimos habitacionais, segundo Hereda. Em 2007, a Caixa divulgou a intenção de securitizar R$ 2 bilhões, sendo R$ 1 bilhão ainda no ano passado.Na avaliação de Hereda, ainda "falta um passo importante" - equacionar a exigência de que 65% dos recursos da poupança sejam destinados ao financiamento habitacional com a não contagem dos recursos securitizados para essa exigibilidade. Segundo o vice-presidente da Caixa, se o valor securitizado não fosse descontado do montante para cumprimento da exigência, o mercado secundário "teria condições de rodar".Hereda destacou que a criação de um fundo de liquidez para os certificados de recebíveis imobiliários (CRIs) está sendo discutida. "Os bancos deveriam se unir para criar o fundo de liquidez", disse.No ano passado, as contratações de recursos da Caixa para habitação, saneamento e infra-estrutura chegaram a R$ 37,2 bilhões, valor recorde nos últimos dez anos. Do total, R$ 21,5 bilhões foram destinados a habitação e R$ 15,7 bilhões a outras áreas. Agência Estado

01 de março de 2008

Fotos e gravuras decoram paredes.

Uma composição de fotos antigas da família foi a escolha da dona-de-casa Margarete Julião para decorar a parede do hall do casarão da sua fazenda, em Vista Alegre do Alto. “Consegui as fotos da família do meu marido e da mãe dele e agora estou inserindo a minha geração também. Além de decorar, resgata as lembranças e memórias da família. São recordações que valorizam o espaço”, declara. DICAS Aline, arquiteta: para a composição hamoniosa das fotografias é preciso antes fazer um estudo Para a montagem, Margarete usou molduras escuras de modelos e texturas diferentes, que ela mesma selecionou. “Analiso as paredes e vou criando a composição”, conta.“As fotos se adaptam bem a escritórios, salas de estudo, quartos, corredores e escadas. As de família devem ser colocadas, principalmente, nas áreas íntimas”, diz a arquiteta Aline Mansano.Além das fotos, gravuras, litogravuras, painéis de madeira, espelhos e esculturas são opções mais acessíveis do que as obras de arte para compor a parede. O bom senso e criatividades são essenciais na hora de dispor as molduras. Mas misturar tamanhos e tipos conferem um charme diferente.“Eles podem valorizar o espaço tanto quanto uma tela”, comenta.Se se deseja colocar molduras no quarto, sobre a cama, a arquiteta aconselha seguir uma linha reta e distribuí-las por toda a extensão da cabeçeira. Em escadas, as fotos devem ser distribuídas seguindo uma linha paralela do corrimão da escada ou alinhadas aos degraus.MoldurasNo momento de escolher as molduras, o tema da obra e a decoração do ambiente devem ser levados em consideração. Segundo Aline, a largura deve ser proporcional ao tamanho da tela. A única exceção são os filetes.As molduras talhadas ficam mais restritas para uso em ambientes clássicos. “Combinam com móveis mais antigos, pés torneados”, ressalta. Já as mais retas se adaptam a diversos estilos.Uma técnica que produz um efeito moderno e cria uma sensação de perspectiva, segundo Aline, é usar passe-partout para descentralizar a imagem e depois colocar a moldura. “Molduras sobrepostas, uma mais estreita sobre outra mais larga, criam um estilo diferente”, diz Aline, citando outra opção.Mas em algumas situações a ausência da moldura é algo desejável. EstudoMontar um quebra-cabeças. A mesma tática que a pessoa deve adotar na hora de planejar uma composição harmoniosa. A arquiteta sugere que primeiro a pessoa coloque todos os elementos no chão, para testar possibilidades diferentes (de disposição e combinação), até definir uma que considera ideal. “Desenhar em uma folha como ficará a composição, usando as proporções em escala, antes de começar a furar a parede, também é uma opção”, sugere.Os quadros devem ser fixados mais ou menos a 1,60 metro do solo, mas não se pode deixar de considerar o tamanho da tela e a proporção na parede. Outro detalhe é manter uma distância mínima de 20 cm de altura entre a base do quadro e os móveis. E para utilizar quadros nem sempre é preciso fazer furos nas paredes. Colocá-los apoiados em nichos de estantes, em requadros em gesso, sobre aparadores, por exemplo, ou até mesmo no chão além de evitar furos torna a decoração versátil e fácil de mudar. “É um conceito recente, mais aceito por jovens e pessoas mais arrojadas. Dá um charme diferente”, declara Aline. Jornal A Cidade - 01/03/2008

01 de março de 2008

Construir ou comprar pronto?

Valeska Mateus J.F.PIMENTA/ESPECIAL VALOR DE MERCADO Baldochi, engenheiro: construção por conta garante imóvel com maior liquidez   Construir pode representar um custo 30% mais baixo do que adquirir um imóvel pronto no mesmo padrão. O metro quadrado médio da obra hoje em Ribeirão Preto varia de R$ 800 a R$ 1,5 mil, considerando um padrão médio a alto, sem contar com o preço do terreno. Mas a pessoa irá esperar em torno de 10 meses para desfrutar da nova residência e pode ter imprevistos se não contar com a assessoria de profissionais especializados.Economia, possibilidade de ter um projeto personalizado que atenda a todas às necessidades e a oportunidade de escolher uma melhor localização estão entre as vantagens de encarar o processo de construção de uma residência. “Na pior das hipóteses a pessoa conseguirá um imóvel com valor de mercado e alta liquidez por conta da grande demanda da cidade”, comenta o engenheiro civil Marcílio Celso Baldochi.Essa foi a opção do engenheiro civil José Miranda. Depois de visitar algumas casas em condomínios fechados, só concretizou a idéia de que compensa investir na construção. “Os imóveis prontos têm um custo muito alto, pois estão embutidos no preço o valor atualizado do terreno, custo da construção e a lucratividade da empresa”, comenta.“Além disso, quando você constrói, o arquiteto projeta a planta de acordo com a sua ocupação do espaço e suas necessidades”, completa.Ao final ele pretende gastar entre R$ 900 e R$ 1 mil por metro quadrado.SobradosJá se a opção for por sobrado, o metro quadrado fica até 20% mais caro. “Por conta dos gastos com estrutura, como lajes e pilares. Tudo é dobrado”, justifica o engenheiro.Essa é uma empreitada que exige assessoria especializada desde a compra do terreno. Segundo Baldochi, o terreno interfere em até 7% no valor do imóvel, devido a existência de inconvenientes que não estão embutidos no preço inicial.“Muros de arrimo, aterros e drenagens encarecem e atrasam a obra. Terrenos planos tornam a construção muito mais rápida, já que demandam menos infra-estrutura”, explica. Às vezes os gastos com essas adequações acabam levando o terreno a ter o mesmo valor de um outro mais bem localizado. “O comprado por R$ 50 mil pode sair no final por R$ 60 mil”, compara. SegurançaContratar um empreiteira garantirá segurança e cumprimento de prazos, mas há um custo adicional, com taxas de administração ou de serviços técnicos, que gira em torno de 10% a 14% sobre o valor do metro quadrado. Ou seja, de R$ 800 o metro quadrado passaria para no mínimo R$ 880 em projetos de residências térreas. “Toda supervisão e acompanhamento da obra. Desde a limpeza do terreno até o prazo tudo fica a cargo da empreiteira. O proprietário não precisa nem visitar a obra”, explica.Mesmo sendo engenheiro civil, Miranda decidiu contratar uma construtora para administrar a obra de sua casa, por conta da falta de tempo. “Um profissional especializado vai evitar problemas técnicos e vícios construtivos”, diz.Para ele, os 10% da taxa de administração compensa já que é uma garantia de qualidade.Além da administração da obra, um outro tipo de modalidade existente no mercado que a pessoa pode optar é a conhecida como ‘preço fechado’. “A pessoa define o projeto, os acabamentos e o prazo de entrega”, explica. Mas ela eleva o valor de construção em 30%, se tornando equivalente ao dos imóveis prontos. “É uma margem de segurança que a empreiteira embute por conta de imprevistos climáticos ou alterações propostas pelo proprietário”, justifica Baldochi.Para se respaldar juridicamente, o futuro proprietário deve ter em contrato o prazo estabelecido para entrega. “O código civil estabelece uma garantia de cinco anos de desempenho da obra”, ressalta.

24 de fevereiro de 2008

Crédito para compra de materiais de construção

Alguns bancos oferecem linhas de crédito para a compra de materiais de construção com taxas de juros entre 1,69% a 3,49% ao mês e parcelamento em até 96 meses.Na Caixa Econômica Federal através de um cartão de débito em que é creditado o valor do financiamento a pessoa pode adquirir material de Construção para construir ou reformar a casa e inclusive para a compra de armários embutidos. O cliente tem até seis meses para fazer as compras. O período de pagamento é de até 42 meses e a taxa de juros é de 1,54% ao mês.LimiteNo Banco do Brasil o financiamento está disponível para clientes que possuem limite de crédito pré-aprovado. O dinheiro pode ser utilizado na compra de materiais hidráulicos, ferragens, areia, tijolos até acabamentos. Com até 48 meses para pagar, as taxas variam de 1,94% ao mês, para prazo de 2 a 24 meses e de 2,26%, para os financiamentos de 25 a 48 meses.

24 de fevereiro de 2008

Os detalhes vistos pelas mulheres.

A perfeição é feita de detalhes embora se saiba que a perfeição não seja um simples detalhe. Como a mulher vê o detalhe muito mais claramente do que o homem, segue-se que a opinião feminina no caso de escolha de imóvel – notadamente o residencial – é de extrema importância.Quando se diz que “o homem vê mais a floresta do que a árvore enquanto a mulher vê mais a árvore do que a floresta” se está confirmando a observação introdutória. Na prática, é comum a mulher reclamar do namorado, do marido, do amante – seja de quem for – porque ele não viu o brinco, a cor do vestido, o sapato novo. Não viu mesmo. E é muito difícil ver. O homem vê o conjunto, o todo. Não vê com facilidade o detalhe. Aliás, pode até ver, mas não o nota. É como se não tivesse visto.Assim, na aquisição de um imóvel usado – mais até do que num lançamento de imóvel novo, zero quilômetro – leve uma mulher para opinar. É preciso que se dê atenção a diversos fatores externos que podem indicar a incidência de problemas como segurança do bairro, acesso a transporte público – táxi, ônibus, lotação – serviços básicos (como agência de banco, supermercado, farmácia, quitanda, feira-livre, escola) e até o comportamento de vizinhos. Se há extravagâncias. É evidente que fatores internos são observados igualmente e até com muito mais acuidade pela mulher. O homem analisa melhor o mercado, as oportunidades de ganho na transação, a liquidez do bem adquirido. Claro que tanto o homem pode ver melhor o detalhe como a mulher pode ser expert na análise ampla, no todo. Mas são exceções, casos singulares. A regra é esta.Até de madrugadaAlém destas cautelas, importa muito que o imóvel seja observado tanto durante o dia quanto de noite. Se possível, até de madrugada. De dia, como se comportam os que passam pelas imediações do imóvel? À noite e de madrugada: há funcionamento de estabelecimentos de prestação serviços ou comerciais que perturbam o sossego? Não raro, estes fatos desvalorizam o imóvel, caso ele seja realmente destinado a fins residenciais apenas.Estamos dizendo que são necessárias estas precauções para não falarmos de outras, ligadas a questões jurídicas ou mesmo de isenção de ônus gravando a propriedade. São ônus, dentre outros, penhora, servidão. Mas aí as cautelas devem ser outras.O espaço que os imóveis novos ganham na mídia é bem maior do que o de imóveis usados? Mais ou menos. Claro que por trás do anúncio de venda de imóveis novos há empresas da construção civil ou corretoras. O que nem sempre ocorre com imóveis usados. Mas se você analisar os anúncios do A Cidade e contar o espaço de um e de outro, pode se surpreender.VICENTE GOLFETO

24 de fevereiro de 2008

Facilidades de financiamento instigam compra de imóvel para revenda.

A maior oferta de crédito e de lançamentos tem impulsionado a busca pela casa própria -e desperta o interesse de quem quer comprar um imóvel para ganhar dinheiro com ele. Mas, antes de lançar mão de uma poupança ou tirar o fundo da aplicação financeira, é preciso muita cautela. O investimento em imóvel pede conhecimento de causa para não se transformar em "roubada". Para Keyler Carvalho Rocha, professor da FEA-USP (Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo) e vice-presidente do Ibef (instituto de executivos de finanças), há mais chance de lucro na compra para reforma e revenda. Mas, para o negócio vingar, é preciso uma conjunção de fatores favoráveis, que dependem de pesquisa e "timing": achar o imóvel certo no lugar certo e fazer a reforma no tempo certo. "É preciso ter tempo para cavar no mercado e, depois de comprar, para fazer o projeto de arquitetura e decoração", orienta o consultor financeiro Flavio Mantesso Filho. Outro requisito é experiência. "A reforma tem de ser rápida e econômica, muitos arquitetos e engenheiros fazem isso", afirma o professor de finanças do Ibmec-SP Ricardo José de Almeida. "Quem não tem know-how pode associar-se a especialistas", sugere. Essa é a estratégia da pós-graduanda em negócios imobiliários Sílvia Rocha, 32. Seu marido, Fabio Rocha, é arquiteto e orienta as reformas. A primeira foi para uso próprio, mas uma valorização de 85% -descontado o gasto com obras- em um apartamento animou o casal. Detonado Sílvia Rocha ensina: "A idéia é ganhar mais no valor de compra, quando o imóvel está muito detonado. Não adianta reformar e pôr um superpreço". "Quanto pior o estado do imóvel, melhor. O mau estado denuncia a falta de recursos do proprietário, que pode ser mais maleável na negociação", concorda o presidente do Cofeci (conselho federal de corretores), João Teodoro da Silva. "É preciso buscar regiões onde vai passar o metrô ou uma rua será asfaltada", pontua Carvalho Rocha. Em suma: "Regiões que serão valorizadas". Ou as que estão em desenvolvimento. No litoral do Nordeste, europeus buscam casas e apartamentos para veraneio, valorizando a região, lembra o consultor Feliciano Giachetta. Na cidade de São Paulo, as melhores oportunidades, para os especialistas, estão no centro e nos Jardins (zona oeste). No centro, devem-se evitar áreas muito deterioradas. Uma opção para garimpar bons negócios é Higienópolis, onde há apartamentos de 150 m2, pé-direito alto e em condomínios bem conservados por a partir de R$ 300 mil. Rocha lembra que é preciso prever gastos como o de ITBI (Imposto sobre a Transmissão de Bens Imóveis). DÉBORA FANTINIColaborou EDSON VALENTE, editor-assistente de Imóveis e Construção.

24 de fevereiro de 2008

Aluguéis perdem para aplicações financeiras.

O aluguel é o "capital de giro" com o qual o advogado Luiz Carlos Galvão Barros, 30, investe em imóveis. Ele é dono de um dois-quartos no Morumbi (zona oeste), comprado na planta e alugado um mês após a entrega das chaves -em três anos, a vacância foi de apenas um mês, no intervalo entre a saída do primeiro e a chegada do atual inquilino. O aluguel de R$ 800 paga a parcela do financiamento e ainda sobra. E o valor do apartamento passou de R$ 75 mil para R$ 130 mil, o que motivou Barros a comprar outro, ainda em obras, no mesmo bairro. Morador da região, ele dispensou consultoria especializada e usou o próprio "feeling" para fazer o negócio. "O Morumbi tem mais terrenos que Moema e Brooklin, por isso os preços dos apartamentos são menores, e há atrativos como áreas verdes e escolas."Agora Barros planeja investir em escritórios, em sociedade com familiares. "O aluguel comercial foi o que mais subiu, e o Morumbi tem carência de conjuntos comerciais", avalia.Antes de adotar a estratégia de Barros, é bom ponderar: as facilidades de financiamento podem afugentar o inquilino de imóveis residenciais. "Ele chama o locador para pechinchar um valor de aluguel menor que a parcela do financiamento ou prefere comprar seu próprio imóvel", diz o diretor comercial da consultoria Binswanger, Erwin Tubandt. "O inquilino pode ser obrigado a alugar justamente por não ter crédito para financiamento, aí existe o risco de inadimplência", afirma o professor de finanças do Ibmec-SP Ricardo José de Almeida. Keyler Rocha, do Ibef, atenta para outro problema: o "retorno" da locação -de 0,5% a 0,7% mensais sobre o valor do imóvel- perde para o rendimento de uma aplicação financeira."E o aluguel é ajustado só uma vez ao ano", diz. "Quando o imóvel está vazio, há despesas de IPTU e condomínio." Almeida sugere comprar um imóvel na planta e revendê-lo pronto, já que a demanda aumenta à medida que se aproxima a entrega. "É preciso saber se aquela área está valorizada ou vai valorizar", ressalta. DÉBORA FANTINIColaborou EDSON VALENTE, editor-assistente de Imóveis e Construção.

24 de fevereiro de 2008

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