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Notícias

Bancos dissimulam valor de planos de financiamento imobiliário.

Imagine programar uma das compras mais caras de sua vida, que demorará até três décadas para ser quitada, sem saber quanto vai ser gasto no final. Pois essa é a situação real de quem navega pelos sites dos bancos em busca de um número que resuma qual será a quantia total despendida no financiamento da aquisição de um imóvel, seja qual for o seu valor. A Folha, com a ajuda do economista Miguel de Oliveira, vice-presidente da Anefac (Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade), fez simulações de crédito imobiliário em oito endereços eletrônicos de bancos. A conclusão foi que, pelos simuladores, é possível conhecer taxas de juro cobradas, valores de parcelas e outras condições, como seguro, mas não se pode cravar o preço final do bem e quão mais caro ele custará se comparado ao valor à vista. E a obtenção dessa informação poderá exigir paciência e um esforço árduo mesmo se o interessado bater perna pelas agências -que foi também o passo seguinte da reportagem. Nas agências Nessa segunda etapa, obtivemos resultados distintos em oito instituições financeiras. Apenas uma delas forneceu, impresso, o total final gasto após 240 parcelas, obtido com a aplicação de uma TR (Taxa Referencial) estimada para corrigir as mensalidades. Nesse exemplo, um crédito de R$ 44 mil, para comprar um imóvel de R$ 55 mil, custaria, ao final de 20 anos, mais que o dobro do valor do bem, ou quase o triplo do dinheiro emprestado ao mutuário: R$ 112 mil. Outro banco culpou justamente a impossibilidade de se prever a TR pelo não-fornecimento do valor final nos planos de parcelas variáveis. Há os que não passam informações "tête-à-tête" na agência, apenas por telefone. Em duas instituições, o atendente calculou, na hora, o total que o contratante gastaria ao final do plano. Valor espantoso O de uma delas, ao concluir que o financiamento de um imóvel de R$ 60 mil custaria mais de R$ 300 mil, espantou-se com o aumento: "Essa conta deve estar errada". Não estava. "Os sites não dão esse valor total porque ele, de certa forma, depõe contra o plano de financiamento", analisa Miguel de Oliveira. "Mas é um direito do consumidor exigir essa informação." O Procon-SP (Fundação de Proteção e Defesa do Consumidor), porém, relativiza esse direito, restringindo-o aos planos que têm parcelas pré-fixadas -leia mais sobre a posição do órgão sobre essa questão na página seguinte. Segundo o economista, mesmo alguém que possua bons conhecimentos de matemática financeira teria dificuldade para calcular o total que pagaria no financiamento só com os dados que são disponibilizados pelos sites dos bancos. Com DÉBORA FANTINI, da Reportagem local, MARIA CAROLINA NOMURA e MARIANA DESIMONE, colaboração para a Folha

02 de setembro de 2007

Caixa eleva prazo de financiamento da casa própria para 30 anos.

Os interessados em comprar a casa própria contam agora com um prazo maior de financiamento se ele for feito por meio da Caixa Econômica Federal, principal instituição do país na área de empréstimos de habitação. O prazo foi elevado de 20 para 30 anos. Além disso, houve uma redução na taxa de juros e na taxa de administração. Segundo a instituição, as alterações foram possíveis porque há um cenário de estabilidade no longo prazo, com queda nas taxas de juros. A taxa de juros nominal, que é pós-fixada, sofrerá uma redução de 11,38% ao ano para 10,4% ao ano para os imóveis entre R$ 130 mil e R$ 200 mil. No caso de débito em conta corrente da Caixa ou em folha de pagamento, essa taxa é menor, de 10,02% ao ano. A taxa de administração dos contratos passará de R$ 25,00 para R$ 21,43 a partir de 1º de setembro. Já as pessoas jurídicas têm agora uma linha de financiamento para compra de imóveis em até 120 meses, ou seja, dez anos. O saldo das operações de crédito da Caixa voltadas para a habitação totalizavam ao final do primeiro semestre R$ 28,916 bilhões, um crescimento de 23,6% em relação ao mesmo período do ano passado. As novas contratações somaram no primeiro semestre do ano R$ 6,9 bilhões, totalizando 235 mil habitações. O valor está abaixo do previsto para o ano, que é de R$ 17,4 bilhões. A caderneta de poupança é uma das principais fontes de financiamento habitacional, com R$ 2,6 bilhões. Em 30 de junho, o saldo das cadernetas estava em R$ 66,7 bilhões. FGTS No dia 1º de agosto o Conselho Curador do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) aprovou um resolução que reduz a taxa de juros para os trabalhadores que possuem uma conta ativa vinculada ao Fundo. A nova taxa será de 7,66% ao ano acima da TR (Taxa Referencial de Juros) e só entra em vigor no próximo ano. Para os demais trabalhadores, a taxa é de 8,16% ao ano mais a TR e vale para as faixas de renda entre cinco salários mínimos e R$ 4,9 mil. Confira as novas taxas de juros para os financiamentos imobiliários concedidos pela Caixa (taxa anual pós-fixada acrescida da TR): SFH - Imóvel residencial (novo, usado e construção) Até R$ 130.000pagamento mediante carnênominal: 9,5689% ao anoefetiva: 10,0000% ao anoDébito em conta ou folha de pagamentonominal: 8,6488% ao anoefetiva: 9,0000% ao ano De R$ 130.000,01 a R$ 200.000pagamento mediante carnênominal: 10,4815% ao anoefetiva: 11,0000% ao anoDébito em conta ou folha de pagamentonominal: 10,0262% ao anoefetiva: 10,5000% ao ano R$ 200.000,01 a R$ 350.000pagamento mediante carnênominal: 11,3865% ao anoefetiva: 12,0000% ao anoDébito em conta ou folha de pagamentonominal: 10,9350% ao anoefetiva: 11,5000% ao ano Fora do SFH - Imóvel residencial (novo, usado e construção) Acima de R$ 350.000,00pagamento mediante carnênominal: 12,2842% ao anoefetiva: 13,0000% ao anoDébito em conta ou folha de pagamentonominal: 11,8363% ao anoefetiva: 12,5000% ao ano ANA PAULA RIBEIRO

28 de agosto de 2007

Nova Via Norte.

Preço de terrenos atrai empresas para a avenida, que promete ser novo corredor industrial e comercial de RP. Especial para a A avenida Eduardo Andréa Matarazzo, a Via Norte, está sendo considerada o mais novo corredor industrial e comercial de Ribeirão Preto. Empresas estão procurando áreas para construção devido ao baixo custo do metro quadrado e a acessibilidade a pontos comerciais como as avenidas Dom Pedro I e Francisco Junqueira, o distrito industrial e a rodovia Anhanguera.Essa posição deve ser ainda mais consolidada com uma ampla obra do segmento educacional que ainda está em fase de terraplanagem. O terreno mede 35 mil metros quadrados e fica no trecho entre a rua Américo Batista e a rotatória Amim Calil. O corretor de imóveis Ivanildo Martins Nogueira foi o responsável pela venda do terreno, mas não revela o nome do comprador e qual seria a característica da empresa, que deverá ser uma faculdade de tecnologia ainda sem previsão de inauguração. Ele não estranha essa expansão imobiliária na Via Norte por causa daa carência de terrenos comerciais em Ribeirão Preto e o preço convidativo para a instalação no local. "A Via Norte hoje é um corredor promissor, onde o metro quadrado do terreno chegou a custar inicialmente R$ 100. Hoje, o preço não é mais esse, mas com essa onda de Zona Sul, muitos deixaram de olhar pra cá e agora quase não existem terrenos à venda", disse. Nogueira argumenta que a chegada do distrito industrial vai facilitar os negócios de imóveis na Via Norte, mas o investimento público também terá que acompanhar esse crescimento. "Um dos principais problemas da Via Norte são os retornos. Na passagem da rua Américo Batista para a rua Pernambuco, que cruza a avenida, o trânsito é um caos. Além disso, as passagens nos cruzamentos são elevadas e já poderiam ter sido ajustadas", falou.Os 7,2 quilômetros da avenida devem abrigar outras construções de grande investimento, mas a urbanização e estrutura são criticadas pelos novos proprietários de terrenos. É o caso do empresário Hugo Alexandre Veotti, da empresa JM Máquinas, que acaba de anunciar uma nova construção com investimento de R$ 3 milhões, voltada para atender centros automotivos em todo o país. "Na verdade, eu estou investindo na Via Norte porque tive facilidades na negociação, mas se a avenida tivesse uma melhor urbanização e uma revitalização, seria bem mais atrativa", falou.O terreno de 40 mil metros quadrados que será usado para a nova base da empresa fica próximo da avenida Thomaz Alberto Whately e foi adquirido pelo preço de R$ 50 o metro quadrado. A expectativa do proprietário é que a construção, que deverá ser imponente, esteja pronta dentro de um ano e meio. Hoje, uma das fachadas que mais chamam a atenção é da empresa Center Vidros, que passou a trabalhar no atacado depois de se instalar no novo prédio. A construção reflete o movimento da Via Norte em vidros logo na entrada, para valorizar o segmento. De acordo com o proprietário José Masso, a compra do terreno já foi feita com a área valorizada, agora, com a expansão dos negócios no local, a valorização está sendo mais visível, gerando um potencial de geração de empregos importante. A Via Norte será uma das principais ligações do centro da cidade com o distrito empresarial e isto vai atrair investimentos. Esta é a opinião do presidente da Associação de Desenvolvimento do Distrito Empresarial de Ribeirão Preto (Adderi), Paulo Senna. "No distrito serão 61 empresas na primeira etapa e mais 50 na segunda. Além disto, a internacionalização do aeroporto, a infra-estrutura e logística vão, sem dúvida, transformar a Via Norte num pólo respeitável de industrias. PAULO SILVA

26 de agosto de 2007

Preço de venda do imóvel sobe 10% com pintura e troca de piso.

Antes de vender um imóvel, investir em reformas, mesmo que pequenas, ajuda a melhorar também o aspecto das propostas feitas pelo comprador. Para os especialistas consultados pela Folha, soluções simples, como trocar o piso e renovar a tinta das paredes, valorizam o bem em cerca de 10%. "Pintura nova e um piso, de madeira ou frio, em bom estado, contam, e muito, para impressionar o cliente", afirma Valentina Caran, dona da imobiliária de mesmo nome. "Evita que o comprador pense que já vai ter o trabalho de trocá-los", argumenta Alberto Du Plessis, vice-presidente de tecnologia do Secovi-SP (sindicato do setor imobiliário). A mudança é mais necessária quando se trata de itens que não estão entre os preferidos pelo comprador. É o caso de carpetes e de cores carregadas nas paredes, que devem ser trocadas por tons claros. Os retoques geralmente compensam na hora de vender o bem. O administrador João Paulo Gonçalves, 53, conta que eles custaram menos que a valorização do seu imóvel. "Gastei cerca de R$ 5.000 em pintura e na troca dos pisos da cozinha e do banheiro. A casa já ficou bem mais apresentável, e sua avaliação subiu mais de 10%-o que é bem mais do que eu investi em reparos", afirma. Dobro do preço O designer Eduardo Garcia, 30, relata que gastou R$ 2.000 em sua quitinete e a vendeu por quase o dobro do preço pelo qual adquiriu o imóvel. As melhorias incluíram troca do piso do banheiro, arremates de gesso e uma luminária nova na sala. "O comprador vai pelo visual, e ter um conjunto clean ajuda", aponta Garcia. Quem compra um imóvel por um preço abaixo do de mercado com a intenção de reformá-lo para revender com lucro deve se lembrar de que a "pechincha" costuma pedir gastos estruturais além de reparos superficiais. Mesmo nesses casos, porém, geralmente a valorização supera as despesas. O abatimento no preço pedido que a assistente de marketing Melissa Rossi, 26, e o namorado conseguiram ao comprar um apartamento em Pinheiros (zona oeste de São Paulo) foi o investimento para reestruturá-lo: R$ 26 mil. "Trocamos quase tudo -instalações elétricas e hidráulicas, janelas. Investimos para vender no futuro", diz ela, que calcula uma valorização ainda maior que o gasto despendido. MARIANA DESIMONEColaboração para a Folha de S.Paulo -26/08/07

26 de agosto de 2007

Financiamento chega a poucos.

Governos são assim mesmo: tiram o mais e depois dão o menos. Os sucessivos governos brasileiros não fogem à regra. Vejamos agora os considerados auxílios para a poderosa indústria da construção civil. Dizemos poderosa porque ela é a que mais cria empregos em todo Brasil. E não tem a mesma atenção que outras. Como a indústria automobilística, por exemplo. Certamente porque tem lobby menos expressivo. Governar é administrar pressão, não é mesmo? O poder público dos três níveis retira 40% da renda nacional, que é o que denominamos de carga tributária. Depois reduz taxa de juros, subsidia crédito e outras coisas menos importantes. Como se fosse compensação. Que compensa muito pouco.Menos mal, diria um otimista. E ele está certo porque, ao longo da existência, verifica-se que pessimistas ficam famosos. Otimistas ficam ricos.A mídia informa que o Conselho Curador do FGTS baixa pacote de medidas para ajudar o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), na vertente da construção civil. E inclusive destina parte especial para as pessoas físicas. Não apenas as empresas – construtoras principalmente – e as municipalidades, que receberão recursos para implementação de projetos de saneamento, mas o cidadão comum igualmente poderá valer-se do benefício. Nos novos empréstimos habitacionais – somente os novos, os aprovados a partir da edição das medidas – para famílias com renda mensal entre R$ 3,9 mil e R$ 4,9 mil, os juros foram reduzidos de 8 para 6,5% ao ano, mais TR (Taxa Referencial). Para este segmento – pessoas físicas – o CC (Conselho Curador) do FGTS acima referido, já destinou 450 milhões de reais para financiamento da casa própria em 2 007. Pela renda familiar nota-se que apenas parcela da classe média será beneficiada. Não estão incluídos os mais pobres, as pessoas pertencentes a famílias com renda de até cinco salários mínimos ou cerca de R$ 1,9 mil. Estas pessoas igualmente formam uma demanda que, embora com menor poder de fogo do ângulo de recursos e de renda, tem muito mais interessados em potencial. A indústria da construção civil é uma atividade que tem importância econômica singular, única. Mas tem também impressionante poder de fogo do ângulo social. Gera muitos empregos, exatamente no momento em que a mecanização chega mais firmemente à agricultura e libera muita mão-de-obra. Mas também reduz as despesas das famílias na medida em que elas deixam de pagar o aluguel. Os inquilinos passam a ser mutuários, adquirentes de imóveis com expectativa de ser proprietários, de maneira que o pagamento da prestação substitui o locativo.Nos termos postos, os financiamentos começam a ficar atraentes. Não custa você se informar, se houver interesse.Vicente Golfeto                                                                                                                                                                                       Jornal A Cidade - 18/08/07  

19 de agosto de 2007

Via Norte atrai investimentos.

F.L.PITON FOCO NOS BAIRROS Obras de futura faculdade particular no começo da Via Norte: disputa por alunos O Central Park, loteamento comercial de aproximadamente 150 mil metros quadrados, no sentido bairro Centro da avenida Eduardo Andréa Mattarazo (Via Norte), tem atraído investimentos de empresas de médio e grande portes. A Via Norte, importante corredor de passagem ligado aos principais acessos e avenidas de Ribeirão Preto, despertou a atenção dos empresários por conta da facilidade de acesso, disponibilidade de grandes áreas, além do baixo custo do metro quadrado.O empresário Ivanildo Martins Nogueira, proprietário de uma imobiliária no local, gosta de dizer que a Via Norte é “uma pequena Anhangüera dentro da cidade”. Segundo ele, a avenida tornou-se uma das melhores alternativas de investimento fora das áreas mais valorizadas de Ribeirão Preto. “Ribeirão Preto está carente de áreas comerciais. Este pedaço da Via Norte é uma excelente alternativa porque está no centro geográfico da cidade e tem acesso fácil para quem entra e sai da cidade” diz. Segundo Nogueira, a chegada do Distrito Industrial e a internacionalização do aeroporto Leite Lopes darão um impulso imobiliário ainda maior à região.O local, que já está sendo chamado de Centro Comercial Via Norte, começou a receber os primeiros prédios comerciais há três anos. Pelo menos seis empresas de médio e grande portes, dos mais variados segmentos, já estão funcionando no loteamento. FaculdadeA Anhanguera Educacional alugou este ano um terreno de aproximadamente 35 mil metros quadrados, onde construirá uma unidade com 17 salas de aula, bibliotecas e laboratórios para aulas práticas. O prédio de dois andares terá 8,2 mil metros quadrados. A instituição aguarda a aprovação do projeto pela Prefeitura. As obras de terraplanagem já começaram. A rede de ensino, fundada em 1994, possui atualmente 24 unidades distribuídas em 21 cidades dos estados de São Paulo, Goiás e Rio Grande do Sul. A instituição oferece 48 cursos, a maior parte de Graduação nas áreas de administração, direito, engenharia, saúde e outras ciências sociais aplicadas. A Anhanguera não informou quais cursos serão oferecidos na unidade de Ribeirão Preto. Também não há previsão de início das atividades.EmpresasO jovem empresário Sérgio Stara, 22 anos, é diretor de uma distribuidora de placas de gesso acartonadas, material utilizado na construção civil de grande porte. A empresa, com 15 anos de mercado, está instalada há dois anos e meio no Central Park. “Esta área está se tornando um ponto comercial importante”.A outra empresa da família Stara, responsável pelos projetos de instalação das placas de gesso, ocupa parte de um terreno de 10 mil metros quadrados no mesmo loteamento. “Hoje temos um galpão de 500 metros quadrados, mas já temos planos para expandir o negócio”, diz. As duas empresas juntas empregam 50 funcionários.Dono de uma empresa de distribuição de vidros temperados, José Masso está há apenas três meses numa área de 1000 m2 no Central Park. “Tivemos que nos mudar para um local maior porque viramos distribuidora”, conta.Loteamento terá pequeno centro comercialEm 2004, o empresário André Ângelo Salata Romeiro, 39 anos, dono de uma empresa que comercializa equipamentos de lubrificação, lavagem e ar-comprimido, comprou um terreno de 1000 metros quadrados no loteamento Central Park, na Via Norte. Pagou, na ocasião, R$ 115 mil. Se fosse hoje, pela mesma área, ele teria pago R$ 240 mil. Estimulado pela valorização imobiliária do local, André está construindo, há dois anos, um pequeno centro comercial de dois andares. “No térreo funcionará a nova matriz, além de dois galpões da Romata. No andar de cima, estou construindo 19 salas comerciais que serão alugadas posteriormente”, conta.Unidades O empresário está investindo R$ 650 mil na obra que deverá ficar pronta no final do ano. A empresa já possui três unidades que serão mantidas. “Escolhi a Via Norte também por causa da logística. Vendo muito para usinas da região e esse local vai facilitar muito o acesso”, diz.ALEXANDRE CAROLO Jornal A Cidade - 18/08/07

19 de agosto de 2007

Rápida transformação.

Há alguns anos o gesso estava nas sancas e nos rebaixos de forro. Mas ele conquistou novos espaços e usos e ganhou linhas mais contemporâneas. Proporcionando estética, agilidade de instalação e custos mais baixos aos projetos de decoração.    VERSATILIDADE  Na sala de bar os profissionais Fátima Brandani e Antônio Bettarello usaram gesso na estante e na parede revestida com tecido. “Houve uma revolução. Você consegue construir um ambiente em dois ou três dias com o gesso. Possibilita uma rápida transformação do espaço, agregando beleza e funcionalidade”, comenta o arquiteto e designer de interiores Alessandro da Matta. O arquiteto afirma que usa o material em mais de 90% dos seus projetos, por conta das possibilidade que ele oferece. “Você cria uma caixa de estante, com as prateleiras do dia para a noite”, exemplifica. E de fato ele está em quase todos os ambientes. Seja no rebaixo de forro e distribuição de iluminação, em detalhes, como divisórias, paredes, armários, nichos e corrigindo imperfeições. “Uma caixa de gesso pode embutir portas de correr”, cita. O gesso assume qualquer tipo de forma, com possibilidade de criar forros abobadados, lisos e arredondados. As molduras também ganham liberdade com o uso desse material. Na decoração do quarto de casal para a amostra Vitrine Líder o arquiteto usou ‘Boaseries’ (faixas de gesso que recebem texturas ou pinturas) nas paredes, que proporciona aconchego. Na parede do living o material possibilitou a criação de uma estante imponente que abriga até uma lareira. A decoradora Valéria Nogueira comenta que o gesso valoriza a estética dos ambientes, com um custo relativamente baixo. “Dá um toque de requinte”, define. Nas home cinemas, revestir uma parede de gesso pode proporcionar as condições acústicas ideais, tornando o espaço funcional e confortável. “Ela pode abrigar a TV de plasma, criando um visual clean, além do som e da iluminação”, comenta a designer de interiores Cláudia Bulhões. Na sala de bar da mostra Vitrine Líder, a designer de interiores Fátia Brandani e o arquiteto Antônio Bettarello usaram o gesso para criar a estante. Nela, nichos abrigam cubos de vidro para expor bebidas e taças, uma cave de climatização de vinhos também foi anexada em um dos nichos. “Permitiu trabalharmos com jogo de iluminação”, fala Fátima. Na parede que assume o papel de divisória de ambientes, o gesso foi revestido com tecido e recebeu no centro uma moldura com espelho. “O gesso possibilita criar elementos que muitas vezes não conseguiríamos fazer em alvenaria e com um custo mais baixo”, define. O gesso pode falar por si só ou ser revestido com outros materiais. Cerâmicas, porcelanatos, papel de parede, pastilhas, madeira e espelhos. “Desde que esteja bem estruturado, a aderência aos materiais é perfeita”, afirma Matta. Valéria ressalta que o revestimento com pastilhas é uma excelente solução, por exemplo para o uso do material em cozinhas, por conta do preparo de alimentos. Flexibilização Com inúmeras aplicações, o gesso tem também uma função estrutural, desde que usado com buchas e materiais de fixação adequados. No fechamento de paredes em áreas de grande circulação como em hotéis, a facilidade de manutenção do gesso o torna um grande aliado. “Imagine ter que quebrar uma parede para verificar algum problema de vazamento? Com o gesso você corta apenas a placa no local e automaticamente reaplica o produto”, explica da Matta. Essa flexibilização auxilia nas mudanças. Se a pessoa decide fechar alguns pontos de iluminação no teto, com o gesso tudo se torna mais prático. “Com o forro não será preciso mexer em laje ou concreto, em cinco minutos se veda um ponto e transforma a estética do ambiente”, explica. Camuflando imperfeições Numa parede desnivelada o toque do gesso corrige a imperfeição sem provocar grandes transtornos ou despesas. “Já pensou ter que construir uma parede de apenas 5 cm?”, indaga Matta. Na cozinha pode esconder dutos de coifas ou nivelar lajes. Na sala e quartos oculta os fios de iluminação e nos banheiros o sistema hidráulico. No lavabo do apartamento a decoradora Valéria usou o rebaixe de gesso para criar um belo efeito de luz, com três pequenas luminárias de cristal. Mas ele também pode disfarçar vigas e recobrir colunas ou mesmo substituir as antigas molduras de madeira das portas. “As molduras brancas criam um novo visual e a sensação de ampliação do espaço”, fala Valéria. Prós e contras Segundo Valéria, o gesso tem substituído a madeira em diversas situações, com o mesmo resultado estético. Mas a durabilidade do material não é a mesma. Para garantir a sua resistência ele deve ser aplicado sobre superfícies preparadas e receber todos os produtos para garantir e otimizar a sua resistência. Nas áreas molhadas, por exemplo, sobre o acartonado é aplicado o baycril, produto que impede a umidade. Nos rebaixos de teto em grandes áreas o tabicado (recúo entre a parede e o gesso), explica Valéria, permite a movimentação do material sem provocar imperfeições. Gesso acartonado é a vedete No mercado a pessoa pode encontrar três tipos do produto. Mas a técnica em gesso, Rosalva Pitta, explica que o acartonado estruturado é o mais utilizado por apresentar maior resistência. “É ideal para grandes superfícies”, cita. O gesso em plaqueta é vendido em placas de 60 cm X 60 cm, e o metro quadrado sai em média por R$ 20,00. O gesso acartonado aramado pode ser encontrado em placas de 60cm x 2 m e o preço média é de R$ 26,00 o m2. Já o acartonado estruturado, considerado a vedete do mercado, é vendido em placas de 1,20m x 1,80 ou de 1,20 x 2,40m. O valor dele é um pouco mais alto. No mercado de Ribeirão Preto o m2 está em torno de R$ 33,00.   Jornal A Cidade - 18/08/07

19 de agosto de 2007

Bancos estendem financiamento da casa própria para 25 anos; custo cresce 18%.

Imagine a seguinte situação: marido e mulher compram um apartamento logo ao se casarem e terão até as bodas de prata para terminar de pagar por ele. Pois essa possibilidade é viável, com o novo prazo de financiamento imobiliário oferecido por bancos privados. Mas, como no casamento, a extensão do tempo máximo de contrato --de 20 para 25 anos, já viabilizada por Bradesco e Itaú e em estudo no Real-- tem também aspectos negativos. De um lado, o tamanho das parcelas mensais viverá em lua-de-mel com o do bolso até que o fim do plano os separe: elas diminuem, dependendo do valor do bem e do período considerado, até 12 pontos percentuais em relação a um financiamento em 20 anos. Mas, em contrapartida, uma das partes do acordo poderá se sentir traída após um quarto de século caso não analise, desde o princípio da união, que desembolsará, ao final do período, de 16,4% a 18,5% a mais no total pago se financiar em 25 anos e não em 20. Os cálculos são do economista Miguel de Oliveira, 46, vice-presidente da Anefac (Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade; confira números na tabela acima). Segundo ele, a única vantagem, para o comprador, de alongar o período é a de encaixar uma parcela menor em seu orçamento mensal. Essa possibilidade permite, inclusive, o aumento da faixa de público com acesso ao crédito --os bancos limitam em 30% o comprometimento de renda com o financiamento. "Mas o ideal é privilegiar prazos mais curtos, que geram uma economia no total pago", orienta. "Em um período menor, o imóvel sai mais barato." Mais clientes Do lado dos bancos, observa o economista, os cinco anos a mais oferecem vantagens, como crescimento nas vendas. "Estender o prazo faz aumentar o número de clientes", argumenta Oliveira."E, como a tendência na economia é a de queda de juros, por quanto mais tempo as instituições financeiras conseguirem segurar as taxas atuais, melhor para elas." Na opinião de Carlos Kapudjian, diretor da imobiliária Lopes, "é uma tendência dos bancos estender os financiamentos, pois estão buscando formas mais criativas para atrair o consumidor", avalia."Concorrem entre si para oferecer as melhores condições de crédito", complementa. O limite de idade para terminar de quitar um financiamento imobiliário não foi alterado --no Bradesco, ele é de 75 anos, e, no Itaú, de 75 anos e seis meses. Assim, os planos com o novo prazo máximo só podem ser contratados por quem tem até 50 anos. Folha S. Paulo - 22/07/07

14 de agosto de 2007

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