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Notícias

Região da Amin Calil ensaia valorização.

INVESTIMENTO Iniciadas em julho, as obras de futura concessionária Fiat ajudam a ocupar antigos prédios vazios na região da Rotatória Amin Calil A possível solução das enchentes no cruzamento das avenidas Francisco Junqueira e Jerônimo Gonçalves, que se tornou uma questão imperativa para o município, vai mudar o panorama imobiliário da região central de Ribeirão Preto. Em especial, na área da rotatória Amin Calil, pólo atrativo de grandes âncoras comerciais nos últimas anos.O mais novo empreendimento de peso, uma concessionária de automóveis, está sendo erguido na rotatória, no terreno onde funcionou uma loja de móveis e eletrodomésticos. O prédio fica ao lado da Santa Emília, outra grande concessionária de veículos novos e usados. Três redes de supermercados - Gimenes, Savegnago e Carrefour - também disputam clientes na área. O cenário daquela região, que há poucos anos sugeria o abandono, de ermo passou a opção barata e passível de aposta para grandes grupos comerciais. Para especialistas, o fenômeno da valorização certamente vai acontecer naquela área. A condição para que isso ocorra está na solução do problema das enchentes.Na opinião do vice-presidente do Conselho Regional de Corretores de Imóvies em Ribeirão Preto (Creci), Walter Alves de Oliveira, “o grande puxa os pequenos”. Para ele, as âncoras comercias têm grande poder econômico e acabam atraindo, para a região onde se instalam, outros investimentos menores e a conseqüente valorização imobiliária.Segundo Oliveira, a composição de grandes empresas na rotatória, aliada à solução das enchentes na confluência do córrego Retiro Saudoso e do ribeirão Preto, podem triplicar o valor imobiliário daquela região. “Hoje, nas avenidas, o valor do metro quadrado varia de R$ 200 a R$ 350. Já nas ruas adjacentes, a média é de R$ 100”, disse.O arquiteto e urbanista Jorge Valente também acredita no potencial da Amin Calil e cita a revitalização do Centro como uma das características que podem ajudar a valorizar a área. “O aumento da segurança na área central e a chegada das grandes empresas da rotatória, principalmente os supermercados, são elementos importantíssimos para o desenvolvimento da região. Porém, só o fim das enchentes vão garantir pleno crescimento”, conta.Valente, que é sócio de uma imobiliária, afirma que uma pequena valorização já atinge imóveis residenciais e de uso misto, em boas condições, localizados em ruas proximas à rotatória, em bairros como Campos Elíseos, Vila Tibério e o próprio Centro.Dois projetos apresentam soluções para as enchentes Especialistas afirmam que o fim das enchentes no cruzamento das avenidas Jerônimo Gonçalves e Francisco Junqueira pode desencadear um “boom” imobiliário na região. Para o vice-presidente do Creci/RP, Walter Alves de Oliveira, “o mais importante é que a discussão deixou de ser política e avança para uma solução prática”.Duas propostas estão sendo estudadas pela Prefeitura. A primeira opção, que tem apoio do Conselho Municipal de Urbanismo (Comur), prevê o alargamento em mais seis metros dos canais dos córregos ao longo das avenidas Francisco Junqueira e Jerônimo Gonçalves, projeto que inclui a retirada das Palmeiras Imperiais.A segunda opção é a construção de uma galeria subterrânea, de dez metros de largura por três de altura, que se estenderia paralelamente aos canais já existentes e que só receberia água em caso de cheias. O projeto não modificaria a paisagem do centro histórico de Ribeirão Preto. Seja qual for a solução adotada pela administração, a execução das obras será dividida em três etapas. A primeira delas corresponde a um trecho que vai da rotatória Amin Calil até a rua Mariana Junqueira. A intervenção total nos canais será feita no trecho que vai da rotatória até a rua Primo Tronco, na Vila Virgínia.ALEXANDRE CAROLOEspecial para A CIDADE - 11/08/07

14 de agosto de 2007

Investir em segurança valoriza os condomínios.

Montesquieu, filósofo francês, dizia que “o Estado deve oferecer à sociedade apenas e tão somente segurança e Justiça”. Nada além. Em decorrência deste fato, desta baliza, a carga tributária deveria ser pequena. É daí que nasce a concepção do Estado mínimo igualmente conhecido como Estado liberal.Concepções mais – digamos – à esquerda incluem, como obrigação do poder público no mesmo nível de segurança e Justiça, fiscalização em geral, seguridade social, relações exteriores, educação de primeiro grau, saúde preventiva. Claro que, aumentando-se as atribuições e obrigações estatais – e, por conseguinte, sociais – aumenta-se igualmente a carga tributária. O filósofo ocidental que corporificou este pensamento foi Jean-Jacques Rousseau. De Montesquieu nasce a democracia de mercado. E de Rousseau se originam as concepções da social democracia.Como o Estado brasileiro, pretendendo ser mais rousseauniano do que com raízes no pensamento de Montesquieu, julga-se em condições de fazer muitas coisas – e acaba não fazendo nada – fazendo nascer, produzindo o monumental custo Brasil que tanto prejudica as empresas na competição com concorrentes nacionais e sobretudo estrangeiros. Não raro têm estas empresas – pelo seu custo elevado – dificuldade de manter o mercado interno porque não reúnem condições também para competir no mercado externo.Paga-se imposto para que o Estado ofereça segurança. Como ele não oferece segurança, nem para pessoas físicas e nem para pessoas jurídicas, segue-se que as empresas e as pessoas precisam de cuidar de sua própria segurança. Exatamente aí aumenta o custo com segurança.Segurança não apenas é gênero de primeira necessidade. É também requisito mínimo para a mecânica de funcionamento de uma sociedade.Fiquemos hoje com a segurança mínima para as pessoas que são moradoras em condomínios, tanto residenciais horizontais como construídos em forma de edifícios verticalizados.Gasta-se não pouco com equipamentos. De qualquer forma – como em termos macropolíticos – em termos micro, quanto mais segurança menos liberdade. O condômino passa a ter sua vida mais vigiada, inclusive com parte de sua privacidade invadida. Porque são três os dispositivos básicos de segurança num prédio: as câmeras, os sensores e as lâmpadas. Mas nenhum deles vale mais do que um pessoal treinado e de confiança. Está provado que cerca de 80% dos assaltos a condomínios se deve a informação partida de dentro do próprio condomínio. Um funcionário fiel é o maior patrimônio de segurança que se tem.De qualquer forma, condomínios residenciais com segurança posta à prova sempre têm maior valor do que outros, vulneráveis.VICENTE GOLFETO Jornal A Cidade - 11/08/07

14 de agosto de 2007

Investir em segurança valoriza os condomínios.

Montesquieu, filósofo francês, dizia que “o Estado deve oferecer à sociedade apenas e tão somente segurança e Justiça”. Nada além. Em decorrência deste fato, desta baliza, a carga tributária deveria ser pequena. É daí que nasce a concepção do Estado mínimo igualmente conhecido como Estado liberal.Concepções mais – digamos – à esquerda incluem, como obrigação do poder público no mesmo nível de segurança e Justiça, fiscalização em geral, seguridade social, relações exteriores, educação de primeiro grau, saúde preventiva. Claro que, aumentando-se as atribuições e obrigações estatais – e, por conseguinte, sociais – aumenta-se igualmente a carga tributária. O filósofo ocidental que corporificou este pensamento foi Jean-Jacques Rousseau. De Montesquieu nasce a democracia de mercado. E de Rousseau se originam as concepções da social democracia.Como o Estado brasileiro, pretendendo ser mais rousseauniano do que com raízes no pensamento de Montesquieu, julga-se em condições de fazer muitas coisas – e acaba não fazendo nada – fazendo nascer, produzindo o monumental custo Brasil que tanto prejudica as empresas na competição com concorrentes nacionais e sobretudo estrangeiros. Não raro têm estas empresas – pelo seu custo elevado – dificuldade de manter o mercado interno porque não reúnem condições também para competir no mercado externo.Paga-se imposto para que o Estado ofereça segurança. Como ele não oferece segurança, nem para pessoas físicas e nem para pessoas jurídicas, segue-se que as empresas e as pessoas precisam de cuidar de sua própria segurança. Exatamente aí aumenta o custo com segurança.Segurança não apenas é gênero de primeira necessidade. É também requisito mínimo para a mecânica de funcionamento de uma sociedade.Fiquemos hoje com a segurança mínima para as pessoas que são moradoras em condomínios, tanto residenciais horizontais como construídos em forma de edifícios verticalizados.Gasta-se não pouco com equipamentos. De qualquer forma – como em termos macropolíticos – em termos micro, quanto mais segurança menos liberdade. O condômino passa a ter sua vida mais vigiada, inclusive com parte de sua privacidade invadida. Porque são três os dispositivos básicos de segurança num prédio: as câmeras, os sensores e as lâmpadas. Mas nenhum deles vale mais do que um pessoal treinado e de confiança. Está provado que cerca de 80% dos assaltos a condomínios se deve a informação partida de dentro do próprio condomínio. Um funcionário fiel é o maior patrimônio de segurança que se tem.De qualquer forma, condomínios residenciais com segurança posta à prova sempre têm maior valor do que outros, vulneráveis.VICENTE GOLFETO Jornal A Cidade - 11/08/07

14 de agosto de 2007

Investir em segurança valoriza os condomínios.

Montesquieu, filósofo francês, dizia que “o Estado deve oferecer à sociedade apenas e tão somente segurança e Justiça”. Nada além. Em decorrência deste fato, desta baliza, a carga tributária deveria ser pequena. É daí que nasce a concepção do Estado mínimo igualmente conhecido como Estado liberal.Concepções mais – digamos – à esquerda incluem, como obrigação do poder público no mesmo nível de segurança e Justiça, fiscalização em geral, seguridade social, relações exteriores, educação de primeiro grau, saúde preventiva. Claro que, aumentando-se as atribuições e obrigações estatais – e, por conseguinte, sociais – aumenta-se igualmente a carga tributária. O filósofo ocidental que corporificou este pensamento foi Jean-Jacques Rousseau. De Montesquieu nasce a democracia de mercado. E de Rousseau se originam as concepções da social democracia.Como o Estado brasileiro, pretendendo ser mais rousseauniano do que com raízes no pensamento de Montesquieu, julga-se em condições de fazer muitas coisas – e acaba não fazendo nada – fazendo nascer, produzindo o monumental custo Brasil que tanto prejudica as empresas na competição com concorrentes nacionais e sobretudo estrangeiros. Não raro têm estas empresas – pelo seu custo elevado – dificuldade de manter o mercado interno porque não reúnem condições também para competir no mercado externo.Paga-se imposto para que o Estado ofereça segurança. Como ele não oferece segurança, nem para pessoas físicas e nem para pessoas jurídicas, segue-se que as empresas e as pessoas precisam de cuidar de sua própria segurança. Exatamente aí aumenta o custo com segurança.Segurança não apenas é gênero de primeira necessidade. É também requisito mínimo para a mecânica de funcionamento de uma sociedade.Fiquemos hoje com a segurança mínima para as pessoas que são moradoras em condomínios, tanto residenciais horizontais como construídos em forma de edifícios verticalizados.Gasta-se não pouco com equipamentos. De qualquer forma – como em termos macropolíticos – em termos micro, quanto mais segurança menos liberdade. O condômino passa a ter sua vida mais vigiada, inclusive com parte de sua privacidade invadida. Porque são três os dispositivos básicos de segurança num prédio: as câmeras, os sensores e as lâmpadas. Mas nenhum deles vale mais do que um pessoal treinado e de confiança. Está provado que cerca de 80% dos assaltos a condomínios se deve a informação partida de dentro do próprio condomínio. Um funcionário fiel é o maior patrimônio de segurança que se tem.De qualquer forma, condomínios residenciais com segurança posta à prova sempre têm maior valor do que outros, vulneráveis.VICENTE GOLFETO Jornal A Cidade - 11/08/07

14 de agosto de 2007

Morar no Centro desperta paixões.

WEBER SIAN                                                  RESIDÊNCIAS A região central de RP fica localizada entre quatro avenidas: concentração de imóveis Morar no Centro de Ribeirão Preto pode ser uma questão de resistência, teimosia, tradição ou paixão. O mercado imobiliário residencial, ao contrário do comercial, anda tímido no quadrilátero central. Moradores de apartamentos e até mesmo casas dividem opiniões, doces e amargas, a respeito do bairro onde tudo começou. Mas há algo em comum: não arredam o pé.Edifícios residenciais estão espalhados por todo o Centro, com algumas concentrações mais significativas na parte alta do bairro. São prédios, em sua maioria, rodeados por lojas, mercados, lanchonetes, escritórios, clínicas médicas, sorveterias e demais pontos comerciais que já fazem parte do cenário.O coordenador de vendas da ES Empreendimentos Imobiliários, Milton Azzuz, afirma que houve queda no valor dos imóveis residenciais na região central, por conta da expansão imobiliária para outras regiões da cidade. “Hoje é possível encontrar apartamentos por preços convidativos, tanto para venda quanto para locação. Porém, o que dificulta a negociação são os valores altos dos condomínios”, explica. O delegado do Conselho Regional dos Corretores de Imóveis em Ribeirão Preto (Creci/RP), Sinésio Donizeti Rodrigues, afirma que a expansão comercial no Centro é inevitável e certamente tomará o espaço residencial, principalmente casas. “A ACIRP - Associação Comercial e Industrial de Ribeirão Preto - está investindo para tornar o Centro melhor. Grandes empresas, como a rede Carrefour, estão se instalando na região. A tendência é que o comércio cresça muito mais”, diz.Para a professora Maria Silvia Moita Pegoraro, é justamente o aquecimento comercial o motivo que a estimula viver no Centro. “Moro na rua Campos Salles e trabalho na Escola Guimarães Júnior, na Lafaiete. Posso escolher pelo menos quatro supermercados para fazer compras. Vou ao cinema no shopping Santa Úrsula. Faço tudo isso a pé. Não penso em mudar tão cedo”, conta.O poeta e publicitário Nicolas Guto respira o Centro. Almoça, faz compras, observa as pessoas e se inspira. “Passo grande parte da minha vida na região central. É fonte de inspiração, semente de ótimas histórias”, diz.A pedagoga Zandla Lima Marcato, que mora no bairro há 14 anos, também considera o Centro um local prático, que oferece tudo o que ela necessita para viver. Porém, vaidosa, faz uma ressalva: “ando muito a pé e fico incomodada com algumas calçadas mal cuidadas. Para a mulher que usa salto alto fica complicado passar por essas caminhos”.O padre“Depois dos pombos, tenho que enfrentar a falta de iluminação”. Polêmico, o padre Francisco Jaber Zanardo Moussa, pároco da Catedral Metropolitana, reclama da sujeira, da ausência de policiamento e da falta de manutenção na praça São Sebastião. Apesar das reclamações, afirma que gosta de morar no Centro.Padre Chicão, como é chamado, mora perto da Catedral há seis anos, sendo os últimos quatro na Casa Paroquial. “O Centro é o meu local de morada e de trabalho. A pé, visito moradores e hospitais, vou ao comércio e encontro tudo o que preciso. Mas seria melhor se não houvesse violência e descaso”, alfineta.EspeculaçãoA atriz Patty Mattioli, que mora numa casa na rua Américo Brasiliense desde que nasceu, há 40 anos, é um símbolo da resistência à especulação imobiliária comercial. A localização privilegiada, próxima à praça Sete de Setembro, já rendeu inúmeras propostas de compra.“Passei minha infância correndo pela praça Sete de Setembro. Me sinto feliz em morar nesse bairro. Claro que os tempos são outros, mas até hoje não enfrentei nenhum problema com falta de segurança ou coisa parecida. Não quero vender a casa”, conta.Segundo Patty, as propostas, “muitas delas ridículas”, normalmente são feitas por pessoas interessadas em montar estacionamentos ou predinhos comerciais. “A casa é antiga, mas tem seu valor e não é apenas sentimental”, contaA atriz está em turnê regional com a peça A Segunda Gozada, do autor e diretor Antônio Veiga. O espetáculo é interpretado por atores do Boca no Trombone, que completa uma década este ano. Além de Patty, os atores Djalma Cano, Nenê Alcântara, Reinaldo Colmanetti e Fernanda Lins se revezam no palco. Patty afirma que a peça é como as propostas de compra feitas por sua casa: “uma comédia”.Alexandre CaroloEspecial para A Cidade

05 de agosto de 2007

Casa própria mais fácil.

Série de medidas do Conselho do FGTS vai facilitar neg´ócios usando fundo; facilidade passa a valer a partir de 2008. Adquirir a tão sonhada casa própria usando o FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço) pode ficar mais fácil, a partir do ano que vem, para a classe média brasileira.Na última quarta-feira, o Conselho Curador do FGTS decidiu elevar a faixa de renda máxima permitida para a compra da casa própria com os recursos do fundo. O valor dos imóveis que podem ser contemplados através dessas operações também aumentou. E a renda bruta familiar, que era de R$ 3.900, passou para R$ 4.900. A taxa de juros para os trabalhadores que contribuíram por pelo menos três anos para o Fundo também será diminuída. A redução, de meio ponto percentual, será válida para as operações feitas a partir do próximo ano e apenas para os novos contratos. Atualmente, a taxa de juros para quem pega um empréstimo para a compra da casa própria usando o FGTS é de 6% ao ano, mais taxa referencial e um acréscimo de custos bancários. A medida é válida apenas para os trabalhadores com conta ativa de FGTS.Em Ribeirão, o imóvel financiado passa a ser de até R$ 80 mil - o limite era de R$ 72 mil. Regiões metropolitanas de São Paulo, Rio de Janeiro e Distrito Federal, o imóvel a ser financiado passará para R$ 130 mil. Em pronunciamento, o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, que também preside o conselho, disse que as medidas tomadas pelo Conselho podem beneficiar cerca de 3 milhões de famílias a partir do ano que vem. O secretário-geral do FGTS, Paulo Furtado, anunciou que quase R$ 7 bilhões devem ser aplicados em habitação ainda este ano. Segundo ele, a redução na taxa de juros e o aumento das faixas de renda e do valor dos imóveis têm como objetivo facilitar a aplicação dos recursos e gerar impactos diretos no crescimento dessas operações. Apenas no ano passado foram 360 mil tomadores, segundo dados do Ministério das Cidades e da Caixa Econômica Federal.Furtado informou que 23% das pessoas que tomam empréstimos com recursos do fundo possuem conta vinculada. Segundo dados do Ministério da Cidades e da Caixa Econômica Federal, no ano passado foram 360 mil tomadores.Segundo cálculos da CEF, um financiamento de um imóvel de aproximadamente R$ 70 mil poderá ficar, ao final das parcelas, R$ 8 mil mais barato para o bolso do cidadão. Mercado aquecidoDe acordo com a advogada Heloísa Botura Pimenta, especializada em Direito Imobiliário, o Conselho do FGTS pretende, com a série de mudanças, aquecer ainda mais o mercado de imóveis. "Estão tentando facilitar ao máximo o uso desse benefício. Essa série de medidas vai fomentar o mercado imobiliário, que já vem aquecido nos últimos anos", disse o especialista, que acredita num grande aumento de compra de imóveis em Ribeirão. "É difícil falar em números, mas, sem dúvida, o mercado de imóveis de Ribeirão Preto também vai acabar sendo beneficiado. Este setor já vêm forte há algum tempo e medidas como essas devem melhorar ainda mais. E claro, é uma boa medida ao cidadão que tanto sonha com a casa própria" LUCAS REIS

04 de agosto de 2007

Novo Fórum deverá aquecer o mercado.

MATHEUS URENHA  CIDADE JUDICIÁRIA Região já abriga o Fórum de Ribeirão Preto e o Ministério Público Estadual, o que atrai grande número de profissionais A notícia da construção do novo Fórum Trabalhista de Ribeirão Preto já colocou em alerta o mercado imobiliário da cidade. O prédio, que terá cinco mil metros quadrados, vai abrigar as atuais seis varas trabalhistas do município e deverá aquecer o comércio de serviços em torno da Cidade Judiciária, na Nova Ribeirânia.O bairro, que antes se chamava Jardim Paratodos, ganhou vocação comercial somente com a chegada dos prédios da Justiça, na parte alta do bairro, além do Novo Shopping, na avenida Presidente Kennedy. O aumento no número de escritórios jurídicos e de contabilidade, bares, restaurantes, estacionamentos e pequenas lojas deverá acompanhar o fluxo de pessoas que circularão pelo novo Fórum Trabalhista, que, por sua natureza, será muito movimentado.Oferta e procura Para o advogado Edson Enéas Haendchen, que já prestou serviços para o Conselho Regional de Corretores de Imóveis (Creci), a valorização dos imóveis ocorrerá de acordo com a lei de oferta e procura. “Há 25 anos, naquela região, não havia quase nada. No bairro, existiam apenas algumas poucas residências na parte baixa, próximas à avenida Costábile Romano. Na época, era possível comprar lotes de 15 x 30 metros pagando apenas R$ 8 mil. Com a instalação dos prédios do Judiciário, a procura aumentou muito. Houve uma nítida valorização imobiliária. Hoje, terrenos do mesmo tamanho, são negociados por R$ 80 mil a R$ 100 mil”, diz.Já o diretor da imobiliária Piramid, Adair Porfírio da Silva, não acredita numa valorização muito grande dos imóveis da Nova Ribeirânia, mas afirma que o comércio no entorno da Cidade Judiciária certamente crescerá. “Creio que a valorização daquela área já alcançou um patamar alto, tanto por conta dos atuais prédios da Justiça como pela proximidade com o Novo Shopping”, explica. O empresário Antônio Carlos Maçonetto, especialista no mercado imobiliário de Ribeirão Preto, também afirma que a valorização do bairro também chegou ao seu limite. Segundo ele, será possível perceber o aumento da procura por escritórios de advocacia e pontos comerciais. “O aumento de circulação de pessoas deverá atrair o comércio, o que já vem acontecendo nos últimos anos”, avalia.O advogado criminalista Carim José Boutros Júnior trabalha a duas quadras do atual Fórum, onde vai pelo menos três vezes por dia acompanhar processos de clientes. “Trabalhar próximo ao Fórum garante agilidade e economia. Guardo o carro na garagem e faço tudo a pé. Outra grande vantagem são as agências bancárias que ficam no Fórum”, conta.Carim e mais dois colegas de escritório dividem, há sete anos, o aluguel de uma casa no valor de R$ 850,00. “E ainda existe espaço na casa para mais dois advogados”, diz. Os valores para locação imobiliária na Nova Ribeirânia variam de R$ 600,00, para imóveis residenciais mais simples, a R$ 2,5 mil, referentes a pontos comerciais de maior porte localizados próximos de avenidas ou do prórprio Fórum.DoaçãoNa última sexta-feira, dia 27, o prefeito de Ribeirão Preto, Welson Gasparini, formalizou a doação de um terreno de 4,7 mil metros quadrados para a construção do novo prédio do Fórum Trabalhista. O projeto também prevê uma possível expansão das atividades. A solenidade foi realizada na Casa do Advogado e contou com a participação do presidente do Tribunal Regional do Trabalho de Campinas, Luiz Carlos Araújo.O juiz já havia visitado a área doada em maio, quando anunciou a liberação de R$ 6,5 milhões, recurso oriundo da Caixa Econômica Federal (CEF), necessários para a construção da obra. Na ocasião, o magistrado manifestou o desejo de transformar Ribeirão Preto numa espécie de regional da Justiça do Trabalho. As obras devem começar ainda este ano.Judiciário busca verba para ampliação do atual prédioNa Cidade Judiciária, nem tudo vai bem. O atual prédio do Fórum de Ribeirão Preto necessita de reformas para poder abrigar cartórios, gabinetes e adequações de segurança. A construção de novas alas pode custar R$ 2,5 milhões.Porém, como Ribeirão Preto ficou de fora do Plano de Obras do Governo do Estado, o Judiciário tentará conquistar verbas por vias políticas.Segundo o diretor interino do Fórum, juiz Paulo César Gentile, há necessidade urgente de novas Varas judiciais, porém, “mesmo que sejam criadas, a estrutura do prédio não tem como alojá-las”. O prédio necessita de seis novas Varas, com salas de audiência e gabinetes para os juízes e cartórios, além da construção de mais três celas para abrigar réus condenados, elevadores para carga e descarga e uma escada externa para saída de emergência, exigência feita pelo Corpo de Bombeiros.Segundo a diretora de administração do Fórum, Luci Helena Baltazar Duarte, outra necessidade urgente é a construção de entrada e saída para o público, pelo lado externo do prédio, do salão do júri. Atualmente, para acessar as sessões do júri, o público passa pelo corredor onde ficam os gabinetes e salas de audiência. ALEXANDRE CAROLOESPECIAL PARA A ACIDADE

29 de julho de 2007

A nobreza centenária dos ladrilhos.

Se essa rua, se essa rua fosse minha, eu mandava, eu mandava ladrilhar...A antiga canção popular traduz hoje o desejo de muitas pessoas no projeto de suas casas ou de arquitetos. Como da arquiteta Mônica Ciconeli. Apaixonada por ladrilhos, ela utiliza esse revestimento centenário em seus projetos. “Eles lembram casa de avó, contam uma história”, define.Justamente para recordar essas lembranças da infância que a fonoaudióloga Cristiane Matias de Campos topou brincar com a composição de ladrilhos na área externa da sua casa. “Me recorda os ambientes da casa da minha avó, todos em ladrilho. E dá um toque de romantismo”, fala.A arquiteta utiliza o material em pequenas peças, como detalhes mesclados a outros revestimentos, em composições criativas, encrustados na madeira ou formando tapetes nos pisos. Os ladrilhos personalizam os ambientes. “Há como fazer tapetes, inclusive, em patchwork. Uma forma cirativa e mais econômica”, ressalta Mônica.Para o arquiteto Marco Ferandini, além de ser um material clássico e de grande resistência, o ladrilho torna o espaço exclusivo. “O resultado estético é inconfundível”, opina.No projeto de reforma de uma residência construída na década de 70 Ferandini usou o ladrilho como um dos elementos para criar uma ambientação típica dos anos 40. “Usamos em todos os pisos da casa. Em cada quarto usei uma estampa de acordo com o perfil de cada pessoa”, diz. JOYCE CURY  NO PISO Na última edição da Casa Cor SP, a arquiteta Esther Giobbi usou no espaço gourmet, ladrilhos hidráulicos com desenhos do arquiteto Flávio de Carvalho (1889-1973) RetomadaO ladrilho hidráulico surgiu no Império Bizantino. Chegou ao Brasil na década de 20 pelas mãos de um cônsul suíço que ensinou a técnica de produção a imigrantes italianos, que moravam em São Paulo. “Meu bisavô foi um dos precursores na produção do país. Cresci acompanhando a produção dos ladrilhos. Quebrei muitos quando criança, hoje ajudo a construir. É uma honra manter um trabalho que começou em 1922, vivo”, conta Marcello Ruocco, diretor da Dalle Piagge.Mas por um longo período esse material que até hoje mantém sua produção genuinamente artesanal praticamente desapareceu. “Nas décadas de 50 e 60, com a produção industrial da cerâmica o custo do ladrilho se tornou inviável e muitas fábricas fecharam. A produção de um dia de uma fábrica de cerâmica, equivale a um ano de produção de ladrilho”, conta. A nobreza do material foi redescoberto pelos arquitetos nos anos 80, quando o ladrilho se tornou um produto decorativo. E voltou com tudo. Na última edição da Casa Cor São Paulo, a arquiteta Esther Giobbi usou no piso do espaço gourmet, ladrilhos hidráulicos com desenhos do arquiteto e artista plástico Flávio de Carvalho (1889-1973). O piso representa os ‘cinco sentidos’ e foi criado por ele para sua própria casa, em 1930. “Um resultado surpreendente. Um piso tradicional contrastando com o que há de mais moderno em tecnologia”, opina Marcello Ruocco, diretor da Dalle Piagge.Das mãos do artesãoDas mãos dos ladrilheiros nasce cada peça de ladrilho, num processo totalmente artesanal, sem envolvimento de máquinas. “Uma peça leva em média 20 dias para ser produzida”, ressalta Ruocco. Para Ferandini é justamente esse o ponto forte do ladrilho. “É um trabalho humano e com um resultado lindo”, diz.Em Ribeirão Preto uma fábrica nos Campos Elíseos mantém a tradição dessa técnica. O proprietário, Antônio Élvio Siqueira, de 54 anos, é ladrilheiro há quase 40 anos. Depois de trabalhar por mais de 37 anos numa fábrica da cidade, quando ela fechou ele comprou os equipamentos e montou a sua própria produção. “É uma arte e há poucas pessoas que ainda se dedicam a ela, principalmente na nossa região”, comenta. Técnica que ele está passando para o filho. “É um trabalho antigo e artesanal que precisa continuar”, fala. A fábrica existe há três anos e hoje fica num terreno de 400 m2 nos Campos Elíseos. Com apenas quatro ladrilheiros tem capacidade para produzir cerca de 250 m2 de ladrilho por mês.“Fazemos tudo com amor. É uma satisfação muito grande ver o resultado do trabalho na obra. Às vezes nem acredito que fomos nós que fizemos”, confessa.Apesar de poucos fábricas os apaixonados por essa técnica, como os arquitetos entrevistados, sabem o valor histórico e técnico de ladrilho. Jornal A Cidade - 28/07/07

29 de julho de 2007

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