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Coaf endurece regras para o setor imobiliário.

Empresas terão que comunicar todas as operações com valor igual ou superior a R$ 100.000,00. Empresas estão sujeitas a várias penalidades. Adriana Fernandes BRASÍLIA - As empresas construtoras, incorporadoras, imobiliárias, loteadoras, leiloeiros de imóveis, administradoras de imóveis e cooperativas habitacionais terão que seguir, a partir de agora, regras mais duras na hora de comunicar operações suspeitas ao Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf). Responsável na identificação das operações de lavagem de dinheiro no Brasil, o Coaf publicou nesta quarta-feira no "Diário Oficial da União" uma nova resolução definindo os procedimentos que as empresas do setor imobiliário serão obrigadas a obedecer para a identificação dos seus clientes e a realização das comunicações suspeitas. As empresas terão que manter registros de todas as operações com valor igual ou superior a R$ 100.000,00. No prazo de 24 horas, as empresas são obrigadas a comunicar ao Coaf as transações imobiliárias cujo pagamento, igual ou superior a R$ 100.000,00, tenha sido feito em espécie. O mesmo vale para as operações em que o pagamento ou recebimento nesses mesmos valores tenha sido realizado por terceiros ou com recursos de origens diversas (cheques de várias praças ou de vários emitentes). As empresas também são obrigadas a comunicar as transações em que o comprador tenha sido anteriormente dono do mesmo imóvel e aquelas em que o pagamento tenha sido feito por meio de transferência de recursos de paraísos fiscais. Penalidades As empresas do setor que não seguirem as regras estão sujeitas a várias penalidades, como multa de 1% até o dobro do valor da operação ou até 200% do lucro que seria obtido com a transação. Também poderão ser inabilitadas temporariamente ou ter cassada a autorização para o seu funcionamento. Segundo o presidente do Coaf, Antonio Gustavo Rodrigues, a revisão das normas torna mais objetivas e claras as situações em que as empresas terão que fazer as comunicações. "Antes, era muito subjetivo", afirmou Rodrigues. Uma mudança importante, disse ele, é que a partir de agora as empresas terão que enviar uma comunicação ao Coaf a cada seis meses quando não houver ocorrência de operações suspeitas. Na avaliação do presidente do Coaf, essa nova regra assegura maior responsabilidade das empresas ao fornecer os dados. "Elas não vão poder dizer depois que não viram nada", disse ele. Com a mudança nas regras, o Coaf espera um aumento das comunicações de operações suspeitas no setor imobiliário. Em 2005, foram apenas 750 e, em 2006 até setembro, somente 462.

26 de outubro de 2006

Solução contra barulho varia de acordo com tipo de ruído.

GIOVANNY GEROLLAPara escolher o melhor remédio para o barulho, é preciso um check-up completo: diagnosticar por onde o som entra, se ele é grave ou agudo e quanto dele deverá ser isolado."Dependendo do caso, o tratamento acústico pode ficar tão caro que é mais viável mudar de endereço", aponta o consultor em acústica José Augusto Nepomuceno, 50, ao falar das residências que ficam "na rota do avião ou do helicóptero, ou onde as paredes e lajes são finas como folhas de papel".Equipamentos para impedir a entrada do ruído não faltam. "Janelas acústicas [a partir de R$ 1.000, 1,20 m x 1,20 m] são feitas sob medida para serem colocadas sobre as já existentes, em apartamentos onde a fachada do prédio não pode ser alterada", explica o gerente comercial da Atenua Som, Márcio Moreira, 38.Há portas e janelas espessas, com até seis camadas de vidro, e câmaras de ar entre elas, em esquadrias de cores e sistemas de travamento variados -pivotante, de girar, de tombar e de correr, entre outros."Existem esquadrias mistas, com alumínio para fachada e madeira para os interiores, enquanto a persiana pode estar entre as camadas de vidro", descreve o diretor do EuroCentro, Roberto Papaiz, 57.Ao ladoSe o ruído vier da porta ao lado, seja outro apartamento, seja a sala de "home theater", há soluções para paredes, forros e pisos. "Uma parede de "dry wall" [de R$ 40 a R$ 60 o m2] isola de 36 a 38 decibéis", afirma o consultor da Associação Drywall Carlos de Luca, 62.Se os gritos do vizinho são muito altos, preenche-se o espaço entre as chapas de gesso com lã mineral (de rocha ou de vidro), isopor, mantas plásticas ou de borracha."Um sistema de isolamento com lã de vidro [de R$ 8 a R$ 10 o m2] também pode ser adicionado às paredes já existentes", diz Carlos Caruy, 39, gerente técnico da Isover Brasil."É preciso, contudo, ter um projeto bem resolvido. Às vezes, fazer só o rebaixado de gesso no forro com lã de vidro não salva paredes e piso das vibrações dos andares superiores."Nos pisos, o tratamento com espumas ou mantas minerais aglomeradas com resinas sintéticas deve ser feito entre a laje e o contrapiso. Outra alternativa são pisos laminados de madeira de baixa densidade, que fazem parecer que o vizinho está "caminhando sobre ovos".Silêncio a secoPara fechar a casa anti-ruído com "chave de ouro", é importante observar que a umidade de infiltrações ou vazamentos faz com que a lã mineral perca a função acústica.Além disso, esse material deve ser manuseado com proteção de luvas e máscaras. A lã de vidro só será reciclável se não estiver misturada a outros materiais, como pedaços de gesso ou concreto e, segundo o Inca (Instituto Nacional de Câncer), não é cancerígena.O Inca informa também que o manuseio de lã de rocha pode ser perigoso, caso tenha em sua constituição química o amianto, altamente cancerígeno.

22 de outubro de 2006

Pré ou pós-fixada na hora de financiar?

foto: MATHEUS URENHAO pacote da habitação anunciado pelo Governo Federal no início de setembro trouxe a nova modalidade de financiamento imobiliário com taxas de juros prefixadas. Nos últimos trinta dias, várias instituições financeiras lançaram novos produtos no mercado. Com juros diferenciados de acordo com o valor do imóvel, o tempo de financiamento e as opções de desconto em folha ou carnê. A Caixa Econômica Federal, maior instituição em crédito imobiliário no país, começou a operar com novas linhas esta semana.Esta gama de opções pode ter levado muitos mutuários a ficarem em dúvida quanto a melhor opção para financiar a casa própria. A economista Perla Pongeluppe Rebehy alerta que a escolha deve levar em conta a estabilidade profissional, a expectativa da economia e da inflação e se o mutuário deseja assumir risco. No pagamento em débito automático ou desconto e folha, os juros são mais atrativos, mas há comprometimento da renda. As taxas praticadas são mais baixas, pois o risco de inadimplência para o banco é menor. “A desvantagem aparece se a pessoa precisar atrasar alguma parcela, por conta de um imprevisto ou emergência, o que não será possível”, explica o economista Ricardo Feijó.Para Perla, as principais vantagens da prestação fixa são a possibilidade de planejamento e o controle do financiamento. “A pessoa terá a certeza e a segurança dos valores constantes, podendo equilibrar isso dentro do orçamento”, avalia.Quem opta pela taxa pós-fixada na verdade está apostando na estabilidade da economia e na possibilidade de queda da TR. “A taxa Selic vem caindo e há expectativa de que a TR também caia. Caso isso se confirme, quem fechar contrato hoje com TR travada vai acabar pagando mais do que quem apostou na taxa pós-fixada”, alerta Perla.A economista fez os cáculos de qual situação seria mais vantajoso com a realidade do mercado hoje, supondo um contrato de financiamento de R$ 100 mil. Optando por juros pré-fixados de 11,9% ao ano e considerando a inflação, o mutuário pagaria R$ 132.661 pelo imóvel, ou seja, R$ 32.661 de juros pelo SAC – Sistema de Amortização Constante. Neste caso a parcela inicial seria de R$ 1.775. Em 10 anos a pessoa estaria pagando R$ 841.Se a escolha fosse a modalidade pós-fixada, os juros estão na média de 10% ao ano mais 2,2% de TR. Assim a parcela começaria em R$ 1.812, mas o valor final dependeria da variação da TR. Caso ela se mantenha a prestação final seria de R$ 841.MERCADOTaxas bem diferenciadasA Caixa Econômica Federal lançou esta semana a modalidade de empréstimo imobiliário com juros prefixados. Para imóveis até R$ 130 mil as taxas praticadas serão de 11,9% ao ano, para desconto em folha ou débito em conta corrente. Os juros passam para 12,9% se o pagamento for através de carnê. Para imóveis acima de R$ 350 mil os juros variam de 13,5% a 14,5% ao anoJá o Bradesco oferece a modalidade prefixada de financiamento, sem correção pela TR a opção do cliente escolher entre duas taxas, de 13,5% ao ano para financiamentos de até 10 anos e 14% ao ano para prazos entre 10 e 20 anos.O Banco HSBC criou em setembro o Credimóvel, com isenção TR, mas só para clientes que pagarem em dia as mensalidades. A taxa praticada é de 1% ao mês e o prazo máximo de financiamento é de 10 anos, com parcelas decrescentes. Mas a linha só pode ser utilizada para imóveis com valor mínimo de R$ 200 mil.VALESKA MATEUS

22 de outubro de 2006

Síndico devidamente adaptado é imprescíndivel.

Antônio Vicente Golfeto Há os que acham que “aqui se faz, aqui se paga”. E há também os que são de opinião que vivemos tempo de plantio. A colheita vem depois. O plantio é optativo mas a colheita é certa, diz velho provérbio popular.Provérbios são a sabedoria do gênero humano.Neste tempo que representa nossa passagem pela Terra – por isto somos considerados peregrinos – vivemos o período da misericórdia. Com a morte, quando pretendemos nascer para a vida eterna, inicia-se o tempo da Justiça. Acaba a misericórdia. Os cristãos acreditamos na segunda hipótese mas não excluímos parte substancial da primeira.Fiquemos, no entanto, com a primeira hipótese. Com o “aqui se faz, aqui se paga”.E estamos pensando na figura do síndico de prédio de condomínios, tanto horizontal como vertical, tanto de construções com fins residenciais como as utilizadas para fins meramente econômicos.ExceçõesO síndico é sempre uma figura malhada, criticada. Tão criticada que de síndico vem sindicato, organismo já obsoleto em tempos de economia de mercado. As exceções são aqueles que se adaptaram às mudanças. Então, tornaram-se imprescindíveis. Os que se tornaram obsoletos prejudicam mais os desempregados do que os empregados. Mesmo quando não obsoleto, o sindicado passou a ser considerado dispensável. É difícil encontrar trabalhadores - tanto empregados quanto empregadores – que saiam em defesa do sindicato a que sua categoria ou seu segmento empresarial pertence. O que não quer dizer que não existam sindicatos modernos e úteis.Depois, de síndico também vem sindicância. Pense bem: sindicância. Já é necessário algum tipo de investigação porque houve ação pelo menos suspeita da parte de alguém. É certo que o síndico, muitas vezes, tem o abono financeiro relativo à taxa de condomínio. Ele não precisa pagá-la. Mas o trabalho que tem – porque não deixa de ser alguém que tem muita responsabilidade perante os condôminos – somado ao fato de ter que ouvir críticas inclusive quanto às finanças do condomínio, nem sempre nos permite concluir que vale a pena.No entanto, quantos síndicos conhecemos que trabalham e são figuras fundamentais para o funcionamento do condomínio? Embora também sabemos que existem caso opostos.Em tempo: os processos falimentares, pela legislação antiga, tinham síndicos nomeados pelo juiz de direito a que o feito estava afeto. Muitas vezes é bom lembrar o provérbio latino nomina sunt odiosa. Dar nomes é odioso.O síndico é uma pessoa que veio à Terra para pagar pecado ou para fazer os outros pagarem pecados? Ou nada disto?Cada caso é um caso.

22 de outubro de 2006

Síndico devidamente adaptado é imprescíndivel.

Há os que acham que “aqui se faz, aqui se paga”. E há também os que são de opinião que vivemos tempo de plantio. A colheita vem depois. O plantio é optativo mas a colheita é certa, diz velho provérbio popular.Provérbios são a sabedoria do gênero humano.Neste tempo que representa nossa passagem pela Terra – por isto somos considerados peregrinos – vivemos o período da misericórdia. Com a morte, quando pretendemos nascer para a vida eterna, inicia-se o tempo da Justiça. Acaba a misericórdia. Os cristãos acreditamos na segunda hipótese mas não excluímos parte substancial da primeira.Fiquemos, no entanto, com a primeira hipótese. Com o “aqui se faz, aqui se paga”.E estamos pensando na figura do síndico de prédio de condomínios, tanto horizontal como vertical, tanto de construções com fins residenciais como as utilizadas para fins meramente econômicos.ExceçõesO síndico é sempre uma figura malhada, criticada. Tão criticada que de síndico vem sindicato, organismo já obsoleto em tempos de economia de mercado. As exceções são aqueles que se adaptaram às mudanças. Então, tornaram-se imprescindíveis. Os que se tornaram obsoletos prejudicam mais os desempregados do que os empregados. Mesmo quando não obsoleto, o sindicado passou a ser considerado dispensável. É difícil encontrar trabalhadores - tanto empregados quanto empregadores – que saiam em defesa do sindicato a que sua categoria ou seu segmento empresarial pertence. O que não quer dizer que não existam sindicatos modernos e úteis.Depois, de síndico também vem sindicância. Pense bem: sindicância. Já é necessário algum tipo de investigação porque houve ação pelo menos suspeita da parte de alguém. É certo que o síndico, muitas vezes, tem o abono financeiro relativo à taxa de condomínio. Ele não precisa pagá-la. Mas o trabalho que tem – porque não deixa de ser alguém que tem muita responsabilidade perante os condôminos – somado ao fato de ter que ouvir críticas inclusive quanto às finanças do condomínio, nem sempre nos permite concluir que vale a pena.No entanto, quantos síndicos conhecemos que trabalham e são figuras fundamentais para o funcionamento do condomínio? Embora também sabemos que existem caso opostos.Em tempo: os processos falimentares, pela legislação antiga, tinham síndicos nomeados pelo juiz de direito a que o feito estava afeto. Muitas vezes é bom lembrar o provérbio latino nomina sunt odiosa. Dar nomes é odioso.O síndico é uma pessoa que veio à Terra para pagar pecado ou para fazer os outros pagarem pecados? Ou nada disto?Cada caso é um caso. Jornal A Cidade - Antônio Vicente Golfeto - 22/10/06

22 de outubro de 2006

Pré ou pós-fixada na hora de financiar?

O pacote da habitação anunciado pelo Governo Federal no início de setembro trouxe a nova modalidade de financiamento imobiliário com taxas de juros prefixadas. Nos últimos trinta dias, várias instituições financeiras lançaram novos produtos no mercado. Com juros diferenciados de acordo com o valor do imóvel, o tempo de financiamento e as opções de desconto em folha ou carnê. A Caixa Econômica Federal, maior instituição em crédito imobiliário no país, começou a operar com novas linhas esta semana.Esta gama de opções pode ter levado muitos mutuários a ficarem em dúvida quanto a melhor opção para financiar a casa própria. A economista Perla Pongeluppe Rebehy alerta que a escolha deve levar em conta a estabilidade profissional, a expectativa da economia e da inflação e se o mutuário deseja assumir risco. No pagamento em débito automático ou desconto e folha, os juros são mais atrativos, mas há comprometimento da renda. As taxas praticadas são mais baixas, pois o risco de inadimplência para o banco é menor. “A desvantagem aparece se a pessoa precisar atrasar alguma parcela, por conta de um imprevisto ou emergência, o que não será possível”, explica o economista Ricardo Feijó.Para Perla, as principais vantagens da prestação fixa são a possibilidade de planejamento e o controle do financiamento. “A pessoa terá a certeza e a segurança dos valores constantes, podendo equilibrar isso dentro do orçamento”, avalia.Quem opta pela taxa pós-fixada na verdade está apostando na estabilidade da economia e na possibilidade de queda da TR. “A taxa Selic vem caindo e há expectativa de que a TR também caia. Caso isso se confirme, quem fechar contrato hoje com TR travada vai acabar pagando mais do que quem apostou na taxa pós-fixada”, alerta Perla.A economista fez os cáculos de qual situação seria mais vantajoso com a realidade do mercado hoje, supondo um contrato de financiamento de R$ 100 mil. Optando por juros pré-fixados de 11,9% ao ano e considerando a inflação, o mutuário pagaria R$ 132.661 pelo imóvel, ou seja, R$ 32.661 de juros pelo SAC – Sistema de Amortização Constante. Neste caso a parcela inicial seria de R$ 1.775. Em 10 anos a pessoa estaria pagando R$ 841.Se a escolha fosse a modalidade pós-fixada, os juros estão na média de 10% ao ano mais 2,2% de TR. Assim a parcela começaria em R$ 1.812, mas o valor final dependeria da variação da TR. Caso ela se mantenha a prestação final seria de R$ 841.MERCADOTaxas bem diferenciadasA Caixa Econômica Federal lançou esta semana a modalidade de empréstimo imobiliário com juros prefixados. Para imóveis até R$ 130 mil as taxas praticadas serão de 11,9% ao ano, para desconto em folha ou débito em conta corrente. Os juros passam para 12,9% se o pagamento for através de carnê. Para imóveis acima de R$ 350 mil os juros variam de 13,5% a 14,5% ao anoJá o Bradesco oferece a modalidade prefixada de financiamento, sem correção pela TR a opção do cliente escolher entre duas taxas, de 13,5% ao ano para financiamentos de até 10 anos e 14% ao ano para prazos entre 10 e 20 anos.O Banco HSBC criou em setembro o Credimóvel, com isenção TR, mas só para clientes que pagarem em dia as mensalidades. A taxa praticada é de 1% ao mês e o prazo máximo de financiamento é de 10 anos, com parcelas decrescentes. Mas a linha só pode ser utilizada para imóveis com valor mínimo de R$ 200 mil.Jornal A Cidade - 22/10/06VALESKA MATEUS

22 de outubro de 2006

Gafisa vai manter marca AlphaVille.

  foto: F L PITONA Gafisa acaba de assinar contrato de aquisição da AlphaVille Urbanismo S/A, que passa a operar como empresa subsidiária, até a conclusão da transação que deve acontecer nos próximos cinco anos. Até o final deste ano, 60% das ações terão sido compradas, no valor de R$ 201,7 milhões. A aquisição une duas marcas consagradas no mercado imobiliário.A Gafisa é uma empresa de capital aberto e uma das líderes no ramo de incorporação e construção no segmento residencial no Brasil. Já a AlphaVille, de médio porte e capital fechado, é tradicional no ramo de condomínios de alto padrão. Na análise da economista Rosalinda Pimentel, coordenadora do curso de administração da Unaerp, a aquisição da AlphaVille pela Gafisa muda a estrutura social da empresa e confirma uma tendência natural da globalização. Um processo que já vem acontecendo em todos os setores da economia, no Brasil e no Exterior. “É o processo de centralização, o oligopólio. As pequenas empresas vêm perdendo espaço e sendo ‘engolidas’ pelas grandes. No setor automobilístico, por exemplo, o poder está nas mãos de 6 ou 7 grandes empresas, apesar de muitas vezes as marcas serem mantidas”, comenta Rosalinda Chedian Pimentel, economista e coordenadora do curso de administração da Unaerp.A diretoria da AlphaVille confirma esta tendência de mercado como um dos fatores da venda. “Um reposicionamento estratégico. Nós entendemos que o todo deverá ser maior que a soma das partes, a união representará um grande incremento nos negócios”, avalia Nuno Lopes Alves, diretor superintendente da Gafisa.“Sentimos que nos nossos empreendimentos faltava a possibilidade da construção. Queríamos entregar o produto pronto ao cliente”, completa. Ele afirma que o contrato foi estratégico devido à complementariedade de negócios das duas empresas.O staff da AlphaVille será mantido por pelo menos cinco anos. A economista comenta que é uma de estratégia adotada no sentido de reorientar de forma subliminar o consumidor, para que ele aceite de maneira tranqüila a substituição da marca. A tendência neste tipo de transação é que com o tempo haja mudança do staff, quando a equipe assimilar a cultura da empresa controladora. “Gradativamente vai ocorrendo uma substituição da marca. Um exemplo do que está ocorrendo com o Santander/Banespa”, cita Rosalinda.A diretoria afirma que a marca será mantida. “Hoje todos associam o nome a um empreendimento de qualidade, o que age como um grande ativo de vendas”, fala Alves. A venda da empresa deve ter um reflexo positivo para quem deseja investir ou já possui lotes. Já os futuros compradores deverão pagar um pouco mais caro para morar em um dos condomínios da AlphaVille. “Em termos de valor final do metro quadrado dos empreendimentos pode haver uma valorização”, conclui Rosalinda. CONDOMÍNIO EM RPPrimeiros 600 lotes devem ser entregues no fim de 2008O diretor superintendente da AlphaVille, Nuno Lopes Alves, afirma que a venda da empresa não altera a implantação do Condomínio AlphaVille, na Fazenda Boa Esperança, em Bonfim Paulista. A primeira etapa na cidade deveria ter sido lançada no primeiro semestre deste ano, mas foi adiada para o segundo semestre de 2007. “Houve um atraso no lançamento, mas a aquisição pela Gafisa não modifica o projeto de Ribeirão”, afirma Alves.Mas ele ressalta que com a união a idéia é oferecer produtos prontos para a clientela da cidade. “Nos lotes empresariais já iremos conceber uma forma de trazer a Gafisa para a construção de prédios de apartamentos”, explica.Os primeiros 600 lotes devem ser entregues no final de 2008. O investimento previsto para a implantação da infra-estrutura permanece na casa do R$ 50 milhões. Como a exemplo de outras cidades o condomónio em Bonfim Paulista irá mesclar áreas residenciais, comerciais e de lazer, numa área de 2 milhões de metros quadrados. Destes, 700 mil m2 são de preservação de mata nativa.No total serão 1650 lotes residenciais, 120 lotes empresariais e um clube com 140 mil m2.

17 de outubro de 2006

Síndico experimenta "a dor e a delícia" no exercício da função.

"Eu trabalho de manhã, à tarde e à noite, porque temos 58 funcionários que se revezam em turnos, e acho importante ter o contato pessoal com eles", conta a síndica Carmen Aparecida Tankus Gallep, 53, que exerce o cargo há um ano e meio em um condomínio de 1.024 apartamentos.Ao contrário do que geralmente acontece, em vez de ser isenta da mensalidade condominial para desempenhar a função, Gallep é contratada como autônoma por um salário que "chegou a R$ 1.000, decidido em assembléia"."Mas a tarefa não é simples", afirma. "O mais difícil é ter de lidar com 4.000 pessoas e responder por problemas que não vêm da minha administração, como processos trabalhistas de ex-funcionários", lamenta.Esse caso ilustra bem os dois lados da moeda da função de síndico. Eventuais ganhos na conta bancária costumam ser mais que "compensados" por desafios e dores de cabeça que exigem preparo e boa vontade.Hubert Gebara, 69, vice-presidente de administração imobiliária e condomínios do Secovi-SP, ressalta que "o síndico responde civil e criminalmente perante o condomínio".Lista"Poderá ser incriminado se omitir, por exemplo, que um funcionário da portaria dorme e permite que o prédio seja invadido, ou ainda se tiver sido notificado pela administradora de que extintores estão vencidos e não tomou providências."A relação de tarefas sob sua responsabilidade é extensa. "Cumprir e fazer cumprir a convenção, administrar o dinheiro do condomínio e a gestão do pessoal [admitir e demitir funcionários, treiná-los, orientar, fiscalizar], prezar pela manutenção do edifício, por sua preservação e pelo cumprimento das legislações", enumera o diretor-superintendente da Lello, Antonio Couto, 48.Assim, é recomendável que o candidato tenha conhecimentos de Código Civil, CLT (Consolidação das Leis do Trabalho), Código de Defesa do Consumidor e Lei do Inquilinato.Mas o bicho-de-sete-cabeças pode ser ao menos parcialmente decepado, alenta Gebara."Basta se estruturar, ter uma boa administradora, com equipe que divida funções. Hoje em dia, uma única pessoa não tem tempo de fazer tudo sozinha."

17 de outubro de 2006

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