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Notícias

FINANCIAMENTO: Menos juros e mais prazo.

A Nossa Caixa alterou as condições do financiamento habitacional e aumentou as facilidades para a compra, construção ou término de construção da casa própria. Entre as mudanças, o banco reduziu as taxas de juros para até 7% ao ano, alongou o prazo para o pagamento do empréstimo e aumentou o percentual máximo de financiamento para a aquisição de imóveis novos e usados, de acordo com as regras do SFH (Sistema Financeiro da Habitação), que tem como fonte de recursos as aplicações em caderneta de poupança.As regras estão sendo aplicadas nos novos contratos autorizados na rede de agências do banco, que conta com mais de 800 unidades de negócios, distribuídos na capital e interior de São Paulo, mais quatro estados (RJ, MS, PR e MG) e Distrito Federal.“Nosso objetivo é ampliar a carteira de crédito habitacional e por isso decidimos fazer mais uma significativa alteração nas condições”, explica o diretor de Operações da Nossa Caixa, Natalino Gazonato. Essa é a terceira redução de juros que o banco promove em 2005, na área de crédito habitacional. O financiamento imobiliário é um importante produto para fidelização do cliente e é por isso que o banco decidiu adotar uma estratégia mais agressiva nesse produto, criando melhores condições de acesso da população ao crédito. Nas operações de aquisição ou construção de imóveis residenciais do SFH, que utilizam recursos da caderneta de poupança, as taxas de juros foram reduzidas para até 7% ao ano, nas primeiras 36 parcelas.Para o financiamento até R$ 40 mil, a taxa será a menor: 7% ao ano. Para valores entre R$ 40 mil e R$ 100 mil, a taxa será de 8% ao ano e de 10% ao ano, para financiamento entre R$ 100 mil e R$ 150 mil. Acima desse valor os juros serão de 12% ao ano.

18 de dezembro de 2005

Construção menos pessimista.

A 25ª Sondagem Nacional da Indústria da Construção, realizada pelo SindusCon-SP e pela GVconsult, mostrou que as perspectivas dos empresários do setor sobre o desempenho de suas empresas em 2006 estão ligeiramente melhores (7%) do que há um ano.Numa escala de 0 a 100, a pontuação média atribuída pelos entrevistados para essa perspectiva ficou em 46. Embora melhor que no fim do ano passado, o número ainda ficou abaixo do nível que denotaria expectativa de otimismo nos negócios, que é 50.Em relação à expectativa de crescimento econômico, os empresários também diminuíram seu pessimismo em relação ao que responderam em agosto (33), mas mantiveram o ceticismo (38). Há um ano, eles estavam menos céticos (44). Também anteviram que em 2006 continuarão enfrentando dificuldades financeiras.Sinduscon-SPPara o presidente do SindusCon-SP, João Claudio Robusti, a cautela dos empresários em relação às expectativas é justificável, uma vez que o produto da construção em 2005 deverá crescer apenas 1% contra uma expectativa de 4,6% existente no início do ano.“Para que a frustração do baixo crescimento não se repita em 2006, será necessário que governantes e estatais invistam como há muito não fazem, e que o declínio dos juros se acentue”, alerta Robusti.O presidente do SindusCon-SP esteve em Ribeirão Preto na última segunda-feira, dia 12, na sede da regional norte da entidade, onde se reuniu com empresários do setor para traçar as perspectivas para setor em 2006, que se mostraram otimistas.“Para 2006 estamos prevendo que a construção cresça 5,1%, se o PIB registrar aumento de 3,3%. Isso a crise política e a transição eleitoral não trouxerem maiores seqüelas para os investimentos”, diz João Cláudio Robusti.Para o diretor regional do SindusCon, José Batista Ferreira, a presença do presidente agradou a todos que participaram da reunião. “Os empresários de Ribeirão Preto ficaram muito satisfeitos com consistente apresentação de Robusti”, analisa Batista.NúmerosDe acordo com o presidente do SindusCon-SP, o mercado imobiliário poderá contar com mais de R$ 6 bilhões em financiamentos de poupança, elevando as ofertas de imóveis novos e estimulando condições de empréstimos mais favoráveis para famílias de baixa renda. O FGTS também deverá liberar R$ 10 bilhões para a habitação e o saneamento. Em maio de 2006, mais R$ 1 bilhão deverá ser alocado para o FAR (Fundo de Arrendamento Residencial).O FNHIS (Fundo Nacional de Habitação de Interesse Social) começará com modestos R$ 110 milhões, mas poderá engordar ao longo do ano.Avaliação das construtorasA 25ª Sondagem Nacional da Indústria da Construção também avaliou o desempenho das construtoras. Pela pontuação obtida por elas, 38, nota-se que os empresários continuaram considerando o desempenho abaixo do que seria favorável (50).De uma forma geral, os resultados da sondagem foram mais negativos no Estado de São Paulo. A percepção do desempenho das empresas caiu 2,8% em relação à pesquisa anterior.A elevada carga tributária, a burocracia e a informalidade foram apontadas como altamente prejudiciais para o desempenho das empresas, mais do que a crise política.Realizada em novembro, a pesquisa ouviu uma amostra qualificada de 260 empresários, de todos os portes e de todas as regiões do país.

18 de dezembro de 2005

Uso da luz natural dentro de casa: economia de energia

A luz natural do dia pode ser transformada num grande aliado para quem deseja iluminar os ambientes da casa sem gastar muita energia. Mas o aproveitamento da luz solar requer cuidados especiais para que a ensolação não aqueça demais a casa, danifique os móveis e acabe se tornando um inimigo. Um dos principais desafios é controlar a quantidade de luz natural que vai incidir sobre os ambientes. Em pequenas doses, a luz solar costuma funcionar como um ótimo remédio contra o aparecimento de fungos e mofo. Mas a incidência direta do sol durante muitas horas também pode aquecer demais a residência e trazer uma série de inconvenientes, alerta o arquiteto, consultor e professor de Conforto Ambiental da Universidade de São Paulo (USP), Nelson Solano. Da mesma forma que a má iluminação pode prejudicar a visão e causar dor de cabeça, a luz excessiva pode provocar cansaço visual e dificultar a realização de tarefas rotineiras em casa. "O melhor é tirar proveito do sol da manhã, que é mais fraco e menos quente, e evitar a ensolação da tarde", aconselha o Solano. Janelas amplas e paredes de vidro podem ajudar a aumentar a luminosidade, mas Solano avisa que é importante usar elementos que ajudem a sombrear o ambiente, como pérgulas, toldos, beirais, terraços e varandas. Outra solução é trabalhar com luz difusa, sem a incidência direta do sol nos ambientes. Segundo o arquiteto, o efeito pode ser conseguido com a utilização de vidros difusores, encontrados em lojas especializadas. A escolha de vidros que filtrem a radiação solar também é importante, já que os raios ultravioleta atuam na despigmentação das cores dos tecidos e podem manchar sofás e cortinas. Brises - O diretor da Câmara de Arquitetos e professor de Conforto Ambiental da Faculdade de Belas Artes, Antônio Macedo Filho, lembra que outras medidas podem ser adotadas para diminuir a ensolação. Uma alternativa é a instalação de brises (quebra- sóis), espécies de chapas instaladas na fachada para reduzir a incidência direta do sol. O próprio posicionamento do imóvel no terreno interfere diretamente na iluminação, explica Macedo. Segundo ele, as fachadas direcionadas para o norte e para o sul não recebem luz solar direta e, portanto, não necessitam de nenhum cuidado especial. O problema maior são as paredes voltadas para o leste e oeste, que pegam o sol baixo e precisam de proteção contra a radiação direta. "Árvores plantadas ao redor da casa e telhados com o beiral maior podem ser uma boa solução." O arquiteto e light designer Alexandre Giovannetti, do escritório Luz Urbana, lembra que uma opção pouco utilizada para aproveitamento da luz natural é a instalação de domos de acrílico. As peças são vendidas em lojas de material de construção e podem ser colocadas na laje ou mesmo no telhado para iluminar ambientes escuros da casa, como lavabos e closets. Outro cuidado é o correto dimensionamento das janelas, que devem ter seu tamanho calculado de acordo com a área total do ambiente. O problema, avisa Giovannetti, é que a maior parte dos fabricantes oferece caixilhos em tamanhos padronizados e muitas vezes inadequados para as características de alguns imóveis. A solução pode ser a compra de modelos feitos sob encomenda. "Não adianta olhar só o lado estético e do preço na hora de comprar o caixilho." Serviço - Câmara de Arquitetos: (0--11) 3868-3090 / Luz Urbana: (0--11) 5571-2928  

16 de dezembro de 2005

Cuidados com as palmeiras.

As palmeiras têm seus vestígios há mais de 120 milhões de anos. Nem sempre foram tropicais, pois há provas de que espécies que antes estão limitadas às regiões da Ásia, ocorriam na Europa Ocidental . As palmeiras são plantas monocotiledôneas (falaremos disso mais pra frente, este ano!), da família das PALMÁCEAS. A palavra PALMA é também de origem remota. Os gregos chamavam-na fóinix, palavra de origem fenícia. Essa palavra foi aplicada à antiga cidade turca de Palmira, com o significado de “cidade onde havia palmas”. As Palmeiras são representadas por cerca de 3.500 espécies reunidas em mais de 240 gêneros. Juntamente com as árvores, arbustos, gramados e plantas rasteiras, constituem elementos componentes de nossos parques e jardins. São as plantas mais características de nossa flora tropical e por isso muito importantes na composição do paisagismo nacional. Muitas são de grande importância econômica, pelos diferentes produtos que delas podem ser obtidas. Os produtos destinados à alimentação humana ocupam o 1º. Lugar.Cuidados GeraisPalmeiras não necessitam de cuidados especiais, uma vez já ‘pegas’ no local do plantio;• Transplante de mudas: esta é uma operação bastante delicada a fazer com indivíduos adultos ou já adaptados a um local. Deve-se buscar um profissional para efetuar esta tarefa, sob risco de perder a planta!• Deve-se retirar as folhas secas ou caídas, mantendo a planta livre deste incômodo; retire sempre as mais velhas, deixando as mais novas.Pragas e moléstias• As cultivadas no interior (salão de festas, hall de entrada, sala de ginástica, etc.), dadas as condições do ambiente, podem ser invadidas por colônias de cochonilhas, pulgões, ácaros, que devem ser combatidos com pulverizações periódicas, de produtos disponíveis no mercado e à base de paration e malation.• As cultivadas em parques e jardins são sistematicamente atacadas por lagartas da borboleta Brassolis que devoram todos os folíolos, reduzindo as folhas às nervuras e aos pecíolos. O controle é difícil devido à altura, e o processo mais prático de combate é a retirada imediata dos abrigos formados pelos folíolos enrodilhados, nos quais se protegem durante o dia.Implantação no local correto. É um dos erros mais encontrados no nosso paisagismo, ou seja: plantas de grande porte implantadas junto a edificações, muros etc., ou em espaços muito pequenos, onde sequer se pode apreciar sua beleza na idade adulta. Muito cuidado! Escolha a espécie certa para o espaço de que dispõe.É isso aí. Apreciem algumas das fotos anexadas, de espécies mais utilizadas no nosso paisagismo nacional, e... plante no seu jardim aquelas que estão em perigo de extinção em nosso País: - buritis, tucumãs, inajás, marajás, jarinas, açaís, jerivás, macaúbas, guarirobas, bacuris, butiás, juçaras, licuri, buri, guriris, tucuns, pindobas, babaçu... E por aí lá vai. Até a próxima, pessoal.  

16 de dezembro de 2005

Armazenamento evita desperdício

Boa parte do desperdício e perda de materiais durante as reformas residenciais acontece por mau armazenamento. Embora comuns em obras, é fácil evitar essas perdas utilizando medidas simples. Na hora de reformar o imóvel, é importante que haja um planejamento completo do custo da obra, incluindo mão-de-obra e materiais necessários. Embora acrescido o preço é sempre aconselhável que se contrate profissional habilitado em qualquer tipo de obra, mesmo nas menores.Pesquisas mostram que mesmo em obras conduzidas por profissionais qualificados o desperdício de materiais de construção pode chegar a 15%. Já se a mão-de-obra é informal, o desperdício pode chegar a 30%.ArmazenamentoArmazenar corretamente os materiais de construção é fundamental para evitar danos e perdas; além disso, quando se tem organização e planejamento a produtividade da mão-de-obra é maior. Veja algumas dicas: AreiaDeve ser estocada em local plano, devidamente cercada por madeiras e coberta por lona de plástico. PedrasTambém guardadas em local plano, cercadas, mas não precisam ser cobertas. CimentoÉ importante comprar conforme a demanda da obra já que o cimento é perecível. O tempo máximo de estocagem é de 30 dias. Se em contato com umidade estraga, por isso o conselho é empilhá-lo em local fechado e seco, sem retirar da embalagem. Tijolos e blocosDevem ser mantidos em pilhas com, no máximo, 1,5 metro de altura. Há a necessidade de serem mantidos cobertos com uma lona. Os tijolos aparentes devem ser empilhados sobre um tablado de madeira. CalDeve ser empilhada em local fechado, longe de umidade. Assim como o cimento deve-se evitar a compra em grandes quantidades. O tempo de estocagem é de 30 dias. A compra deve ser feita aos poucos, conforme a demanda da reforma já que a cal é um material perecível. Barras de açoMelhor se guardadas as barras de mesmo diâmetro juntas. Elas podem ser armazenadas em locais abertos, desde que não fiquem expostas por muito tempo – 90 dias no máximo. Não devem ser colocadas em contato com a terra. Tubos e conexõesDevem ser separados de acordo com o tipo e tamanho e nunca deixá-los expostos ao sol. Materiais elétricosCabos, quadros de luz, tomadas e materiais elétricos em geral devem ser guardados em local fechado, separados por itens. TelhasAs de barro devem ser empilhadas verticalmente. A dica é dispô-las em local próximo ao local onde serão utilizadas evitando quebras. As telhas metálicas devem ficar levemente inclinadas para não acumular água. MadeiraAs chapas compensadas devem ser cobertas com saco plástico e sem contato com o solo. Não se deve empilhar um grande número já que o peso pode danificar o material. Se a obra tiver tábuas para piso, elas devem ser guardadas sobre estrado de madeira. O madeiramento para o telhado deve ser coberto com plástico. Portas e janelasDevem ser guardadas dentro de casa e com as embalagens de fábrica. Melhor manter dispostas em posição horizontal. Azulejo e piso cerâmicoNunca devem ser armazenados em locais úmidos. Devem ser empilhados sem retirar as embalagens de papelão. VidroNunca deve ser estocado.   Carla Monique BigattoJornal A Cidade - 20/11/05

16 de dezembro de 2005

Arquitetura do ser.

O século XIX foi o da colonização, o XX foi do desenvolvimento tecnológico e o século XXI, que se inicia, precisa ser o da sustentabilidade. Nessa linha de raciocínio, uma vertente da arquitetura questiona a solução dada ao equacionamento do espaço que não tenha como premissa a utilização racional de materiais, o suprimento das necessidades básicas do ser humano, como satisfação e bem-estar e a interatividade com meio ambiente.Para discutir esses parâmetros, a Sala Cultural Design Brasil elaborou um ciclo de palestras sob o rótulo “Arquitetura do Ser”. O objetivo é levar as pessoas a analisarem e estudarem a arquitetura do ser humano, esclarecendo e cultivando os conceitos vitais do ser humano, pessoal e social. Segundo a organizadora do evento, a arquiteta Inês Aquino, “todos nós participamos dessa diluição de referências e valores, dentro da qual tendemos a ficar paralisados. Mas parar significa ser arrastados e não é isso o que queremos. Queremos exercer a liberdade e a faculdade humana de construir, com humildade e paixão, nossa casa, nossa convivência”, analisa. As palestras, conduzidas pelo professor de filosofia Nestor Müller, abordam essa questão a partir de quatro preocupações básicas: ética, liberdade, poder e paixão. “Ética, por exemplo, é uma palavra de raíz grega, ‘ethos’, que significa ‘casa’”, explica. Para ele o debate surgiu da constatação de como se vive mal, se mora mal.Ele mostra como. “A sala da casa ou do apartamento é construída para o aparelho de tv, anulando a convivência familiar e social. Os apartamentos são cada vez menores dificultando aos moradores a sensação do bem-estar”, exemplifica. “Outro dia fui ver um condomínio de alto padrão em construção na zona sul da cidade e vi duas coisas completamente erradas. A primeira é que as casas são conjugadas, ou seja, a privacidade dos moradores fica muito restrita. Outro problema foi que a construção das casas não permite o desfrute do sol matinal, que é o melhor sol, o mais saudável. Um paredão nas casas foi construído do lado do sol nascente, o que é um erro”, explica.SustentabilidadeO morar bem e o morar mal, hoje, na concepção dos que atuam nessa vertente, não depende exclusivamente da condição social das pessoas. Passa pelo conceito de aproveitamento de tudo o que for “passivo”, na visão da arquiteta de interiores Zelena Rivabem. Para ela, deve-se aproveitar ao máximo a luz solar, os ventos, e se adequar ao que a natureza oferece, criando uma sinergia com meio ambiente que permita o melhor usufruto aliado à conservação. “A sustentabilidade não deve se encerrar na questão ambiental, mas deve ser atemporal, com uso de material em obras e objetos em decoração que respondam às necessidades de aproveitamento mas também de satisfação. Não é porque um objeto é antigo e está ‘fora de moda’ que a pessoa deve se desfazer dele se há uma relação de prazer e bem-estar com ele. Outra ótica da sustentabilidade é nos problemas sociais, como emprego e renda”, afirma. Reflexo dessa discrepância são os condomínios fechados. “São guetos construídos em nome, principalmente, de uma segurança, mas que elimina as transparências. Muros altos impedem o acesso de pessoas, até mesmo o acesso visual. Lá existem casas lindíssimas que ninguém pode admirar porque ficam escondidas. Na convivência social, traz seqüelas porque sei de casos de crianças que crescem fechadas nesses condomínios e enfrentam sérios problemas de sociabilização”, afirma. Imaginação “A arquitetura é o exercício da imaginação e sobre ela é preciso pensar na convivência das pessoas pacificamente”, explica. Para ela, uma premissa para criar um projeto é refletir como as pessoas utilizariam os espaços. Especializada em projetar áreas térreas de edifícios, Zelena combate ferozmente o desperdício, seja de espaço, de ambiente, de material e, principalmente, de oportunidade. “Aprender a técnica da arquitetura é fácil, o difícil é renovar-se. O projeto bom é aquele que dá mais oportunidade ao conforto, à qualidade de vida. As pessoas sentem-se bem no lugar e muitas vezes nem sabem traduzir essa sensação”, afirma. Quando fala em Arquitetura do Ser, ela, o professor Müller e Inês Aquino, traduzem, na verdade, a necessidade de organização do espaço de forma orgânica. Nada muito longe da Arquitetura Antroposófica, conceito elaborado pelo arquiteto croata Rudolf Steiner no início do século passado.Ao defender a arquitetura sustentável, Zelena propõe aproveitamento de material reciclável, entre outras coisas. “Começam a surgir bolsões de carência de fontes de recursos naturais em diversas partes do mundo além da falta de espaço nas grandes cidades, como em São Paulo, por exemplo”, diz. Ao se discutir a arquitetura sob a ótica da filosofia, o que se pretende é rever conceitos. “Não adianta fazer casas populares com telhas de amianto. O calor é insuportável, gerando desconforto para todo mundo. Não se pode fazer um projeto de uma sala e colocar uma lâmpada próxima à janela sem que tenha um interruptor independente das demais lâmpadas. É preciso usufrir da luz natural e economizar a luz elétrica”, ensina. “São atitudes simples, óbvias, que estão aí para serem adotadas e que melhoram a vida das pessoas mas que quase ninguém enxerga”, conclui Inês. Informações sobre o ciclo de palestras: 16 – 3911-9394.   Publicação Jornal A Cidade 01/05/05

16 de dezembro de 2005

Leis afetam impostos e locação em 2006.

Em 2006, quem pretende comprar, vender ou alugar um imóvel deve ficar atento a quatro alterações na legislação que mudam o cálculo de impostos e podem até dispensar a figura do fiador.A cobrança de IR (Imposto de Renda) e a de ITBI (Imposto sobre Transmissão de Bens Imóveis) já foram modificadas, e a de IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano) mudará em 2007.O dinheiro movimentado na troca de casa pode não ser mais "abocanhado" pelo IR. A medida provisória 255, ou "MP do Bem", sancionada em novembro, isenta do imposto o ganho (diferença entre o valor declarado do imóvel e o obtido com a venda) que for aplicado na compra de outro em até seis meses. O benefício só poderá se repetir a cada cinco anos."É incentivo a que o capital continue a ser empregado no mercado imobiliário", diz Fabiola Keramidas, 29, da BKBG Advogados."Quem não atentar para essas condições ficará sujeito a pagar imposto com juros e multa", alerta Juliana Prado, 27, advogada da Leite, Tosto e Barros Advogados.A MP também aumentou o limite do valor dos imóveis em cujas transações o ganho de capital é isento do IR: o lucro da venda de bens de até R$ 35 mil --e não mais R$ 20 mil- não é tributado.Ainda que não obedeça a esses pré-requisitos, o lucro obtido por pessoa física em qualquer transação imobiliária não será integralmente tributado pelo IR. "Vai ser aplicado um redutor para a base de cálculo do imposto", explica o advogado Gilberto Moreira Junior.Sem fiadorNão é só a compra e a venda de imóveis que serão afetadas pela "MP do Bem". O fiador, o seguro-fiança e a caução ganham aliados no time de garantias de locação: recursos de fundos de investimento ou de planos de previdência privada."Serão vinculados ao contrato de aluguel, e, em caso de inadimplência, o proprietário ficará com as cotas", explica Paulo Roberto da Silva, 35, advogado tributarista. O procedimento ainda depende de regulamentação da Comissão de Valores Mobiliários e do Banco Central.Para Jaques Bushatsky, diretor de locação do Secovi-SP (sindicato de construtoras e imobiliárias), será beneficiado o locatário de classe média, que tem esse tipo de fundo. "A cobrança só passará pela Justiça se a parte do fundo atrelada ao contrato for insuficiente para pagar a dívida", diz.No âmbito municipal, mudam as regras para o IPTU e o ITBI.

12 de dezembro de 2005

Ainda dá tempo.

Carla Monique Bigatto foto: Weber Sian/A CIDADEO planejamento de aluguel de imóvel no litoral normalmente começa alguns meses antes das comemorações de final de ano, no mês de outubro. Mas sempre há aqueles que deixam para buscar esses imóveis já durante o mês de dezembro.São menos opções, mas ainda há imóveis no litoral disponíveis para locação no reveillon, data festiva de maior demanda. A maior parte dos imóveis disponíveis fica no litoral centro e sul, em cidades como Santos e Guarujá. Nesses locais os preços são menores. Dona Oneide Vieira de Melo, que mora em Ribeirão Preto, aluga seu apartamento somente para festas de final de ano e feriados. A menos de um mês do Natal ainda não fechou negócio com nenhum locador, mas segundo ela, “interessado é o que não falta”.Ela levanta uma questão fundamental na hora de alugar um apartamento para temporada: a negociação. Oneide diz que ainda não alugou seu imóvel porque não chegou a acordo razoável com quem pleiteia o apartamento. “Prefiro alugar por mais tempo, por um preço menor que alugar por menos tempo para mais pessoas”, explica.Tempo e feriadoOutro locador de imóvel no litoral, José Roberto Correa, mora em Campinas e anuncia suas cinco casas no litoral paulista em classificados de diversas cidades como Ribeirão, Piracicaba e Limeira. Ele explica que 2005 teve agravantes que frearam levemente a locação desses imóveis por quem mora no interior.O primeiro agravante foi a mudança climática; geralmente a época de calor começa em novembro. “Esse ano estamos em pleno mês de dezembro e tem feito frio. As pessoas não se animam”, afirma. Mesmo assim Correa insiste de que a previsão para o final do ano é de muito calor, “quem alugar não irá se arrepender”.O outro agravante é o dia em que o feriado cai: domingo. Sem emendas, a última semana do ano não atrai tanto quanto a de outros anos. “Esse ano o período mais forte para locação foi o feriado de 15 de Novembro”, diz José Roberto, já se preparando para o Dia do Trabalho de 2006.Mesmo caracterizado como ano com menos locações, não sobrou muito imóvel. José Roberto tem apenas uma casa disponível para o reveillon. “Quem quer viajar precisa se apressar”, alerta.DICASComo fazer uma locação seguraAlugar por um preço menor nem sempre significa fazer o melhor negócio, muito menos o negócio mais seguro. Muitas pessoas já foram vítimas de estelionatários que se valem da boa-fé geral para ‘alugar’ imóveis que não lhes pertencem nem nunca viram. Seguir procedimentos simples pode evitar surpresas desagradáveis no período que deveria ser de descanso.Corretor de confiançaProprietário e inquilino devem procurar um corretor de confiança com quem já tenham mantido algum contato. Caso o negócio seja feito diretamente com o proprietário buscar referências do negociador e do imóvel com conhecidos ajuda na prevenção de possíveis enganos ou mesmo calotes.Visita ao imóvelÉ interessante visitar o imóvel antes de fechar o negócio sempre que possível. A visita permite saber qual é o estado real do imóvel, as características da vizinhança, qual a distância exata do imóvel até a praia, além das condições dos equipamentos domésticos.ContratoUma providência importante é fazer um contrato para o aluguel do imóvel, mesmo que a locação dure uma semana. Neste contrato devem constar as datas de entrada e saída do inquilino, o valor, a forma de pagamento, eventuais multas para os casos de atraso ou depredação e até o número de pessoas que vão ficar no imóvel. Do contrato também deve constar o número de copos, talheres, pratos, panelas e outros utensílios que estejam à disposição do inquilino na casa ou apartamento. Na data da entrada do inquilino no imóvel, deve-se verificar se tudo está de acordo com o especificado no contrato, repetindo-se o procedimento na saída.Forma de pagamentoAs formas de pagamento do aluguel de temporada são livremente combinadas entre proprietário e inquilino. A prática usual é a de que 50% do valor total da locação seja pago no ato da contratação e os 50% restantes na data de entrega das chaves. Costuma-se prever uma multa contratual no caso de desistência de uma das partes, e é recomendável que o pagamento seja feito por meio de depósito em conta corrente.CONVÊNIOCEF beneficia incorporadoras e condomíniosA Caixa Econômica Federal apresentou, durante reunião da Câmara de Comércio de Administração de Imóveis da Confederação Nacional do Comércio, sua estratégia de relacionamento comercial com o setor. Durante o evento, foi assinado convênio entre a Caixa e a Fesecovi – (Federação Nacional das Empresas de Compra, Venda, Locação, Administração, Incorporação e dos Condomínios Residenciais e Comerciais do setor), que irá possibilitar a oferta de produtos e serviços do banco em condições especiais para o segmento.O convênio foi assinado pelo vice-presidente de Negócios Bancários da Caixa, Fábio Lenza, e do presidente da Fesecovi, Antônio Sérgio Porto Sampaio. A Caixa, instituição do Governo Federal e principal agente financeiro da habitação no país, já é parceira das incorporadoras, imobiliárias e condomínios e, agora, desenvolveu um pacote de produtos e serviços específicos para atendimento às necessidades desse setor. O foco é para empresas ligadas à cadeia da Construção Civil, além de todos os profissionais envolvidos, oferecendo produtos como cobrança bancária em mais de 15 mil pontos (9 mil lotéricos), antecipação de recebíveis, pagamento de folha de salários e linhas de crédito para investimento e capital de giro, entre outros.Destacam-se as linhas para capital de giro e investimento com juros a partir de 1% a.m. e o Crédito Aporte Caixa para os incorporadores e proprietários de imobiliárias com taxa de TR + 18% ao ano.Também estão previstas facilidades  para empregados e profissionais ligados ao setor como o acesso a conta corrente, cheque especial, consórcio imobiliário, seguros, previdência privada e cartão de crédito com 1ª anuidade gratuita.   A cadeia produtiva da Construção Civil é constituída por aproximadamente 520 mil empresas, movimentando cerca de 15,6% do PIB Nacional e gerando cerca de 2,2 milhões de empregos. Somente o setor imobiliário tem cerca de 60 mil imobiliárias e 300 mil corretores.

12 de dezembro de 2005

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