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Notícias

Construção do Buriti Shopping começa no mês que vem

A construção do Shopping Buruti, apresentado nesta terça (19), começa no segundo semestre. Obra inicia em agosto, afirma o investidor Marcos Romiti. A construção do Buriti Shopping, na antiga Cervejaria Antarctica, em Ribeirão Preto, deve começar já no segundo semestre deste ano. O anúncio foi feito no lançamento oficial nesta terça (19). Os investidores projetam entregar o empreendimento no segundo semestre de 2014. A construção do shopping com foco nas classes C e D soma R$ 300 milhões. A área total do shopping popular, de 40 mil metros quadrados, terá, conforme o projeto, um conceito multiuso, com área de lazer e serviços, hotel, torres comerciais e área residencial. O local tem grande concentração de pessoas e fica perto da rodoviária e do Mercadão Municipal. Dados sobre o valor do metro quadrado, a quantidade de lojas e a área bruta locável ainda não foram divulgados. Segundo investidores, o projeto entra, agora, na fase comercial, com a venda e divulgação dos espaços comerciais. O que já se sabe, de acordo com eles, é que ao menos 350 lojas devem ser instaladas no empreendimento. Investidores O Buriti será construído e gerenciado pelo Grupo Cem Mil Empreendimentos, WGL Empreendimentos, Nassau Empreendimento e Terral Shopping Centers, dos estados de São Paulo e Goiás. Mesmo com o conceito popular, Marcos Romiti, representante dos quatro investidores, afasta a possibilidade de o negócio ser comparado com os tradicionais centros populares de compras. "Queremos atingir a classe média. Não é um projeto voltado para a classe A, mas também não será pensado como um camelódromo", explicou. Empregos Segundo Romiti, as obras do Shopping Buriti vão gerar 5 mil empregos diretos e indiretos na construção e na venda de espaços, dentre outras funções até a inauguração dentro de dois anos. As exigências do conselho que cuida da preservação cultural da cidade terão que ser cumpridas.  

20 de junho de 2012

Valor médio do aluguel de 'mixing building' é de R$ 120 por m²

Preço é de espaços no térreo de edifícios comerciais e de residenciais em obras ou que serão lançados. A zona Sul concentra moradores e profissionais que integram principalmente as classes A e B. Os centros comerciais reúnem, em um mesmo espaço, um mix de serviços e bens para atender a um público que mora ou trabalha nas imediações, que também são chamados mixing building. Os espaços comerciais ficam na parte térrea ou na entrada dos empreendimentos comerciais, residenciais ou erguidos para as duas finalidades. O investidor pode comprar um espaço no mall ou alugar o imóvel. Alguns dos espaços do conceito mall já estão disponíveis para a compra ou locação. O aluguel de um espaço de varejo geralmente é menor do que o de um shopping center, cujo preço gira em torno de R$ 200 o metro quadrado, e maior que o de uma loja de rua, com valor de aluguel estimado de R$ 50 o metro quadrado. O custo de locação em um mix building gira em torno de R$ 120 o metro quadrado, podendo variar para mais ou para menos, dependendo da localização. O aluguel de uma sala de 50 metros quadrados sai por médios R$ 6 mil.  O investidor precisa computar os gastos com o investimento em instalações e na manutenção do negócio. Se for comprar uma sala para alugar para terceiros ou utilizar para negócio o preço do metro quadrado no térreo de um empreendimento custa de R$ 6 mil a R$ 7 mil. Uma sala de 1,6 mil metros quadrados, um tamanho padrão para instalar negócios maiores que exigem mais espaço como academias de ginásticas, spas, restaurantes custa em torno de R$ 11 milhões. O valor do aluguel de um espaço equivale a 1% do valor total. De serviço de vallet a ‘minishopping’ O investimento vale a pena, garantem os incorporadores. Marcelo Moreira, coordenador de vendas da Enoch Construtora e Incorporadora, do W Offices, que começa a funcionar em setembro deste ano, localizado na avenida Wladimir Meirelles, bairro Jardim Botânico. "No térreo temos o serviço de vallet que será terceirizado por 5 ou 10 anos e um auditório de vídeoconferência que será destinado para uso comum", explica. O Trio, na avenida Presidente Vargas,  é um dos pioneiros no conceito de ‘minishopping’ com 200 unidades corporativas, em que duas torres de 22 andares com  salas corporativas e a outra apartamentos de 1 e 2 dormitórios interligada por um mal de serviços. Os preços de locação ainda serão definidos depois do segundo semestre, explica André Lopes, da WTB, Lindencorp e Rossi, as três empresas envolvidas no projeto, e a locação começa depois de julho. "São 19 lojas para locação e a ideia é ampliar o mix e evitar que se concentrem negócios iguais em um mesmo espaço", explica. A Perplan, Bild e CP Construplan anunciaram a construção de dois hotéis das bandeiras Caesar Business e One Hotels by Caesar Business, do grupo Hotelera Posadas, na avenida Wladimir Lopes Ferreira. O mall de 6 mil metros quadrados será dotado de academias de ginástica, banco, sala de cinema, restaurante e centro de convenções no conceito pay per use, de maneira que o morador do residencial use os serviços do hotel e pague unitariamente por ele. Segundo Romeu Balardin, diretor de vendas da Habiarte, no Office Garden foram disponibilizadas quatro lojas para comercialização e resta apenas uma de 270 metros quadrados para vender. "Estamos satisfeitos com o resultado da comercialização", diz.  

19 de junho de 2012

Aluguel pelo IGP tem aumento de 4,80%

Se o indicador fosse o IPC-Fipe, aumento ficaria em 4,19%. Os aluguéis com aniversário neste mês terão reajuste médio de 4,80% em Ribeirão Preto. Significa que uma locação de R$ 700 mensais vai para R$ 733,60 a partir de julho.O percentual vale para grande número dos contratos porque em sua maioria as imobiliárias locais empregam como indicador de reajuste o Índice Geral de Preços (IGP), medido pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). "Usamos o IGP porque ele apura dados econômicos referentes ao mês anterior por completo", diz José Luiz Zanato, gerente da Magna Imóveis. Neste mês, o IGP variou 4,80%, mas se o contrato utilizasse o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), da Fipe, o reajuste do aluguel seria menor porque o indicador variou 4,19%. A variação para menos ou para mais depende muito das informações que compõem os indicadores.O IPC, por exemplo, sobe quando há aumentos nas tarifas de ônibus ou nos preços dos combustíveis. Já o IGP é a média ponderada de outros três índices, que mensuram preços ao produtor, ao consumidor e da construção civil. Em alta A variação do IGP tem registrado alta nos últimos meses. Em abril, registrou 3,33%, subiu para 3,87% e maio e chegou a 4,80% neste mês. Se o indicador fosse o IPC-Fipe, apesar da variação de 4,19% deste mês, ele caiu para 4,14% em maio, mas chegou a 4,38% em abril. Locatário nem sempre sabe qual é o índice O indicador do reajuste do aluguel costuma ser incluído nos contratos sem que o locatário tenha conhecimento. A inserção do índice é uma cláusula contratual a ser aceita.Mas quem procura por locações pode se inteirar da média das variações e pedir à imobiliária para incluir o indicador de sua preferência. Esta dica é válida principalmente para estudantes e familiares que aproveitam este mês e julho para alugar imóveis para a partir do segundo semestre.  

19 de junho de 2012

Imóvel ainda em alta

As vendas de imóveis residenciais usados tiveram alta de 14% na cidade de São Paulo entre janeiro e maio deste ano, na comparação com mesmo período de 2011. Pesquisa da Lello mostra que o valor médio das casas e apartamentos comercializados nos principais bairros do centro ficou em R$ 430 mil. Do total dos imóveis vendidos, 45% foram por intermédio de financiamentos bancários -mesmo índice registrado no ano passado. CONDOMÍNIO ESPORTIVO O grupo Senpar aumentou em R$ 60 milhões o investimento voltado para um condomínio de luxo entre as cidades de Jundiaí e Campinas. O aporte será para o desenvolvimento de novos lotes e para a construção de campo de golfe, trilhas ecológicas e quadras esportivas. "Como a área do terreno é de 7 milhões de m2, pudemos incorporar essas demandas dos clientes", diz o diretor-presidente da companhia, Cesar Federmann.  

12 de junho de 2012

Venda de imóveis novos cai 13,4% em abril

A venda de imóveis novos residenciais na cidade de São Paulo caiu 13,4% em abril, na comparação com o mesmo mês de 2011, e teve retração de 9,7% em relação a março, aponta pesquisa do Secovi-SP. O recrudescimento da crise europeia e a perspectiva de que a economia brasileira cresça pouco enfraqueceram o mercado no mês passado, apesar do esforço do governo para cortar juros. “Normalmente, abril tende a ser mais fraco do que março”, observa o gerente do Departamento de Economia do Secovi-SP, Roberto Akazawa. Apesar da contração no mês, as vendas de imóveis residenciais na capital paulista aumentaram 12,5% neste ano até abril, na comparação com o mesmo período de 2011. Entre janeiro e abril, foram vendidas 7.407 unidades. O resultado do primeiro quadrimestre indica que a tendência é fechar o ano com crescimento de 10% nas vendas, diz Akazawa. No ano inteiro de 2011, por exemplo, foram comercializados 28 mil imóveis residenciais novos na cidade de São Paulo, um volume 20% menor do que no ano anterior. “Neste ano, não vamos atingir as mesmas quantidades vendidas de 2010 (35 mil unidades), mas a perspectiva é chegar a 31 mil imóveis”, diz o gerente. “O mercado imobiliário da cidade de São Paulo deve manter a tendência de crescimento no mês de maio, refletindo, principalmente, o movimento do feirão da Caixa”, prevê o economista-chefe do Secovi-SP, Celso Petrucci. Akazawa lembra que, desde ontem, o prazo máximo mais dilatado oferecido pela Caixa para a compra de imóveis é de 35 anos, com juro menor, de 8,85% ao ano. Ele acha que essas condições de financiamento devem ter reflexos no volumes de negócios fechados neste mês. Mais da metade (52,4%) do número de unidades vendidas na cidade de São Paulo em abril foi de apartamento de dois dormitórios. A vice-liderança do ranking de vendas ficou com os apartamentos de três dormitórios (33,2%), seguidos pelos imóveis de quatro (9,3%) e um dormitório (5,1%).  Ajuste Akazawa observa que o mercado imobiliário na capital paulista passa hoje por um processo de ajuste. Essa mudança ganha contornos mais nítidos quando se observa o recuo no número de lançamentos. Em abril, foram lançadas 1.622 unidades residenciais na cidade. Esse número é quase 24% menor que o registrado no mesmo mês de 2011. No primeiro quadrimestre deste ano, o total de lançamentos foi de 5.257 moradias, com recuo de 27,6% em relação ao mesmo período de 2011. A redução do número de lançamentos significa que as vendas estão sendo em boa parte feitas para desova de estoques antigos. Tanto é que, recentemente, várias construtoras e imobiliárias lançaram campanhas publicitárias relâmpago, com duração prevista de um fim de semana apenas, na quais eram oferecidos descontos generosos. “O período de euforia do mercado imobiliário vivido em 2010 passou, e hoje a perspectiva é de crescimento moderado”, diz Akazawa.  Velocidade Essa moderação também pode ser observada no indicador de velocidade de vendas sobre a oferta. Em abril deste ano, 10,2% dos imóveis novos ofertados na cidade de São Paulo foram vendidos, um resultado ligeiramente menor do que o registrado no mês anterior (11%). Já em relação a abril de anos anteriores, a diferença é bem maior. Em abril do ano passado, o indicador de velocidade de vendas sobre oferta estava em 16%, e em abril de 2010, ano que foi espetacular para o mercado imobiliário, a velocidade de vendas sobre a oferta atingiu 25,3%. O gerente do Departamento de Economia do Secovi-SP pondera, no entanto, que o indicador acumulado em 12 meses está em expansão. Em dezembro do ano passado, o índice de velocidade de vendas sobre oferta acumulado em 12 meses fechou o ano em 56%, subiu para 57,9% em janeiro, foi para 59,1% em fevereiro e atingiu 60,4% em abril.  

12 de junho de 2012

Caixa agora financia imóveis em 35 anos

Outros bancos oferecem pagamento em até 30 anos e dizem que estudam mudar condições do crédito imobiliário. Com a alteração no prazo e em juros, CEF acirra disputa com o BB, que anunciou corte de taxas na sexta-feira. A Caixa Econômica Federal ampliou prazos e voltou a cortar juros de financiamentos habitacionais para pessoas físicas e empresas. A partir de segunda-feira, os parcelamentos poderão ser feitos em até 35 anos, o prazo mais longo da história do banco. O limite era de 30 anos, o mesmo usado atualmente pelos seus rivais. Bradesco, Santander, Banco do Brasil e HSBC informaram que estudam possíveis revisões nas condições do crédito imobiliário. O HSBC afirmou que não há perspectivas para mudanças no prazo. Já o Itaú disse que determina a taxa de juros caso a caso. O anúncio da Caixa ocorre num cenário de acirramento da disputa com o Banco do Brasil. Na sexta-feira passada, o BB oficializou corte de juros para o crédito imobiliário, setor em que a CEF lidera. Os juros da Caixa já haviam passado por uma rodada de cortes em abril. Para imóveis de até R$ 500 mil, a taxa da Caixa vai de 9% ao ano para 8,85% ao ano, mais TR (Taxa Referencial). Esse número pode cair para 7,8% ao ano, dependendo do relacionamento com a instituição -quem tiver conta-salário no banco paga os menores juros. PERFIL DO CLIENTE Para financiamentos de valores maiores de R$ 500 mil, a taxa, que era de 10% ao ano, ficou praticamente estável em 9,9%, mas pode cair para 8,9%, a depender do perfil do cliente. De acordo com a Caixa, a principal vantagem do prazo alongado e dos juros mais baixos é que o mutuário poderá comprar um imóvel de valor mais alto. O tamanho da prestação não pode ultrapassar 30% da renda. Atualmente, porém, só 4% dos financiamentos da Caixa são feitos pelo prazo máximo. "Isso amplia a capacidade de compra", disse o vice-presidente de Habitação da Caixa, José Urbano Duarte. Segundo simulação do banco, quem ganha R$ 10 mil mensais, por exemplo, podia financiar até R$ 267 mil. Pelas novas regras, esse valor sobe para R$ 303 mil. Duarte diz que as novas taxas refletem a tendência da queda da taxa básica (Selic), e reduções serão feitas sempre que for "possível e adequado". As alterações valem para empréstimos contratados a partir de segunda. PESO NO ORÇAMENTO João da Rocha Lima Jr., professor titular de "real estate" da USP, afirmou que o financiamento em 35 anos deve ser escolhido apenas quando a prestação tiver um grande peso no orçamento. "Se estiver no limite, pode financiar no prazo máximo, mas é recomendado abater o empréstimo sempre que possível." O banco reduziu também taxas nos financiamentos de empresas que constroem unidades residenciais, que passou de 11,5% ao ano para 10,3%, podendo cair para 9% para clientes do banco. O prazo foi ampliado de 24 meses para 36 meses. Para a construção de imóveis comerciais, a Caixa cortou o juro de 14% para até 11% ao ano. Nos financiamentos de imóveis próprios, a pessoa jurídica pagará de 11,5% a 12,5% -a taxa era de 13,5%.  

06 de junho de 2012

Imóveis têm a menor alta em 20 meses

Preços sobem 0,9% em maio, na terceira desaceleração seguida, apura pesquisa FipeZap.  O preço do metro quadrado dos imóveis residenciais prontos no País subiu em maio 0,9%, a menor variação desde setembro de 2010, quando o Índice FipeZap começou a ser pesquisado. O indicador reúne informações dos preços do m² dos imóveis, principalmente usados e também novos, exceto lançamentos, em seis regiões metropolitanas e no Distrito Federal. As informações são de anúncios na internet. "A alta de preço de maio deste ano é um terço da taxa registrada em abril de 2011 (2,7%), quando se iniciou a trajetória de desaceleração", afirma o coordenador do indicador, o economista Eduardo Zylberstajn. Ele explica que o mercado imobiliário residencial passa por um ajuste, iniciado um ano atrás. De lá para cá, os preços têm tido algumas oscilações para cima, mas, na média, a trajetória é de desaceleração. O grande boom nos preços do mercado imobiliário que houve nos últimos anos foi provocado pela maior oferta de crédito, por condições facilitadas de financiamento, com juros menores e prazos maiores, e pelo fato de o mercado de trabalho apresentar crescimento de emprego e renda, tendo como pano de fundo uma forte demanda por imóveis. Com os lançamentos feitos pelas construtoras nos últimos anos, a oferta aumentou e as condições financiamento não tiveram grandes alterações. Portanto, a tendência de comportamento dos preços é de desaceleração. "O ajuste deve continuar", prevê Zylberstajn. A pesquisa mostra que, com o resultado de maio, ocorreu a terceira desaceleração consecutiva dos preços dos imóveis. No vermelho. De abril para maio, em três das sete regiões pesquisadas, a variação de preços do m² dos imóveis prontos ficou abaixo da inflação prevista para o período, de 0,46%, segundo o Boletim Focus, do Banco Central (BC). Em Salvador, por exemplo, pelo segundo mês seguido houve variação negativa nos preços, de -0,6% em abril e de -1,3% em maio. Em Belo Horizonte, a alta em maio foi de 0,43% e de 0,46% no DF. Em São Paulo, o maior mercado consumidor do País e referência para o setor, os preços do m² subiram 1,2% em maio, foi a menor variação registrada para o mês da série histórica. Neste ano, os preços dos imóveis anunciados subiram 6,3%, quase a metade do registrado em igual período de 2011 (12%) na região. O preço médio do m² nas sete regiões pesquisadas atingiu R$ 6.594. A maior cotação foi dos imóveis do Distrito Federal, cujo preço do m² foi de R$ 8.254. Na vice-liderança do preço do m² no mês passado, estão os imóveis do Rio de Janeiro, com R$ 7.991, seguidos pelas propriedades localizadas na capital paulista (R$ 6.448). O menor preço médio do m² no mês passado, apurado pelo Índice FipeZap, ocorreu em Salvador (R$ 3.618). "A demanda está mais comportada e não há mais aqueles casos de um edifício inteiro ser vendido num fim de semana", diz Zylberstajn.  Veja Mais    

05 de junho de 2012

Vinci Partners pode virar maior acionista da PDG

Gestora de recursos fez proposta para ficar com fatia de 8% a 13% da incorporadora, em operação que pode chegar a R$ 800 milhões. A gestora de recursos Vinci Partners pode se tornar a maior acionista da PDG Realty, líder entre as empresas imobiliárias de capital aberto, com receita de R$ 6,8 bilhões no ano passado. A companhia divulgou ontem uma proposta feita pela Vinci que, se aprovada pelos acionistas, fará com que a gestora tenha de 9% a 13% da companhia. A operação - que pode chegar a R$ 800 milhões - será submetida ao conselho de administração no próximo sábado e, em seguida, levada a uma assembleia de acionistas. A transação financeira proposta pela Vinci é complexa e pouco usual no Brasil. Os analistas de bancos de investimento passaram a tarde de ontem debruçados sobre o comunicado fazendo cálculos, para tentar desvendar quem ganha e quem perde com o negócio. Primeiro, a Vinci propôs que a incorporadora emita um conjunto de novas ações e debêntures no mercado, no valor total de R$ 799,98 milhões de reais e se compromete a comprar até 81,4% (o que equivale a R$ 648 milhões) desse volume ao preço de R$ 4,02 por papel. A empresa teria de emitir, portanto, 199 milhões de bônus de subscrição (em que um bônus é igual a uma ação mais uma debênture conversível). O valor de R$ 4,02 por bônus é 11,4% superior ao preço do papel da PDG no pregão de sexta-feira passada. As debêntures conversíveis são nada mais que opções de ações que poderão ser convertidas em papéis da companhia daqui a quatro anos, ao preço de R$ 4 mais a variação da Selic ou a R$ 6 - o que for mais vantajoso no momento. No entanto, para levar adiante o investimento na incorporadora, a Vinci coloca uma condição: a de comprar no mínimo 54,8% dos novos papéis, no valor de R$ 436 milhões. Os demais acionistas da PDG têm preferência para adquirir os papéis. Origem. Os laços da Vinci com a PDG remontam à origem da empresa. A incorporadora nasceu em 2003 como um braço de investimentos imobiliários do banco Pactual - na época, comandado pelos banqueiros André Esteves e Gilberto Sayão, esse último, fundador da Vinci. A gestora já teve uma participação superior a 10% na PDG, mas vendeu sua fatia ao longo de 2010 e 2011. Com a saída da Vinci, a PDG se tornou uma "corporation", ou seja, uma empresa que não têm dono, com 83% do seu capital nas mãos de investidores com participações inferiores a 5%. Hoje, os principais acionistas da incorporadora são os fundos de investimento BlackRock e T. Rowe Price Associates, com 7% e 10% das ações, respectivamente. Embora a Vinci tenha hoje apenas 0,7% dos papéis da PDG, elas ainda são muito próximas. Sayão, presidente da Vinci, preside também o conselho de administração, e Alessandro Horta, responsável pela área de private equity da gestora, é o vice-presidente do conselho. Por isso, eles vão se abster das discussões e da votação relativas à proposta. Procuradas, Vinci e PDG afirmaram que não dariam entrevistas. Segundo fontes próximas à gestora, a operação foi desenhada com as seguintes motivações: deixar que o mercado decida o que vai ser feito (a oferta precisa ser aprovada por assembleia e os atuais acionistas vão ter de abrir mão de exercer a preferência para a proposta da Vinci se concretizar), dar à empresa um acionista relevante com compromisso de longo prazo, reforçar a estrutura de capital da companhia e, é claro, aproveitar uma oportunidade de investimento. Segundo analistas, um dos pontos positivos dessa operação é que a empresa voltará a ter um sócio relevante, o que daria mais segurança em relação ao futuro da companhia. Mas há também aspectos negativos. Os analistas apontam que o aumento de capital diminuirá o lucro por ação no futuro e que a proposta da Vinci está abaixo do valor patrimonial da companhia. "Os investidores devem ter cuidado ao analisar o negócio, uma vez que o prêmio de cada debênture conversível é de R$ 1,02. Assim, o preço real por ação é R$ 3, e poderia representar uma diluição dos atuais acionistas", afirmou em relatório o analista do Credit Suisse Guilherme Rocha. Os analistas também questionam se a capitalização é mesmo necessária para a PDG neste momento, já que a empresa está com um caixa saudável. Ontem, as ações da PDG fecharam em alta de 5% - a R$ 3,78. Mas a real repercussão da proposta só será sentida de fato no pregão de hoje, porque ontem foi feriado nos Estados Unidos. Veja Mais  

29 de maio de 2012

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