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Notícias

Greve do Judiciário afeta o setor imobiliário

A greve do Judiciário estadual completa 76 dias e pode trazer prejuízos tanto para o consumidor de imóveis como para os negócios do setor. As linhas de financiamento pelo Sistema Financeiro de Habitação (SFH) e Sistema Financeiro Imobiliário (SFI), a recuperação de crédito por parte dos empreendedores, a cobrança de pagamentos atrasados e ações de despejo são afetados. Com a paralisação, as certidões negativas deixaram de ser emitidas pelos distribuidores. O documento mostra se uma pessoa ou empresa têm ou não pendências judiciais. “As certidões são fundamentais para financiamentos tanto para quem recorre ao SFH como para empreendedores. Como o documento perde a validade em 90 dias, muita gente está com os negócios parados”, afirma o presidente do Sindicato da Habitação (Secovi-SP), Romeu Chap Chap. O advogado do escritório Villemor Amaral Advogados, André Kauffman explica que se a pessoa tem, eventualmente, algum processo em andamento precisa de um documento chamado “objeto em pé” que mostra a natureza do processo. “O objeto em pé demonstra qual é o problema com a Justiça, que se for um acidente de trânsito por exemplo, não vai influenciar no financiamento. Mas hoje é possível conseguí-lo”, diz Kauffman. Compra e venda - Todas as relações de compra e venda estão comprometidas, acredita o advogado especializado em direito imobiliário José Antonio Ferrarone Gonçalves Gomes. “Os advogados conseguem com certa dificuldade a emissão da certidão para o cliente, mas no caso dos processos não há o que fazer pois tudo está paralisado.” Há casos em que negócios são perdidos. “Deixei de concretizar vendas porque o comprador daria 10% de entrada pelo imóvel e o restante na apresentação da documentação, mas não é possível saber quando os documentos ficarão prontos”, conta o dono da Beltrão Negócios Imobiliários, Mário Beltrão.

21 de setembro de 2004

Vetores quer imobiliárias no combate à dengue

O Comitê Municipal de Acompanhamento e Assessoramento das Ações de Controle da Dengue de Ribeirão Preto, reunido anteontem à tarde na Câmara Municipal, decidiu contatar a Associação das Administradoras de Imóveis e Condomínios do município em mais uma tentativa de envolver as imobiliárias locais no esforço de controle do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue e da febre amarela. Criado por decreto do prefeito Gilberto Maggioni no ano passado, o comitê reúne os mais diferentes setores da sociedade (faculdades, órgãos públicos, lojas maçônicas etc). Nas reuniões, mensais, é feita uma análise da situação da dengue no município, discutindo medidas para o controle da doença. E uma das principais dificuldades, no momento, é o acesso aos milhares de imóveis fechados, disponíveis para locação ou venda.Chefe da Divisão de Controle de Vetores do Centro de Zoonoses, Maria Luiza Santa Maria explica que ralos, vasos sanitários e calhas em imóveis fechados são importantes criadouros de larvas do Aedes aegypti. “Precisamos de um trabalho articulado com a associação das imobiliárias. A forma atual (do trabalho) não é satisfatória. Cada supervisor de equipe vai às ruas com um cartão telefônico. Deparando com um imóvel fechado, com placa de vende-se ou aluga-se, ele liga para a imobiliária e pede para que alguém vá abrir o imóvel. Às vezes somos atendidos, muitas vezes, não somos”, explica.Quando o Comitê Municipal de Acompanhamento da Dengue foi criado, ano passado, a Associação das Administradoras de Imóveis e Condomínios foi convidada a participar - e aceitou. A entidade, porém, nunca enviou representante às reuniões mensais, e acabou desvinculada - o regimento do comitê manda indagar de um participante que falta seguidas vezes às reuniões se continua interessado em participar, e a associação informou que não queria mais integrar o grupo.“Estamos entrando em contato para convidá-los a uma reunião conosco dos Vetores e mais representantes da Sucen, da Vigilância Sanitária e da DIR-XVIII. Queremos mostrar a gravidade do problema da falta de acesso das equipes do combate ao dengue aos imóveis sob responsabilidade das imobiliárias. Na epidemia de 2001, eles nos ajudaram muito. Precisamos voltar a trabalhar articulados”, destaca Maria Luiza.Presidente diz que morador não pode “relaxar”Na reunião de anteontem do Comitê Municipal de Acompanhamento e Assessoramento das Ações de Controle da Dengue foi feita uma apresentação da situação atual da doença na cidade. A avaliação foi feita por uma equipe da Funasa (Funda-ção Nacional de Saúde). O presidente do comitê, Helder Tamberllini, comenta que o quadro epidemiológico atual da dengue pode ser considerado satisfatório, já que a cidade registrou este ano 26 casos, contra 799 em 2004. “Mas não podemos relaxar, uma vez que todas as condições para uma epidemia estão aí, temos o mosquito, o vírus e os criadouros”, destaca Tamberllini. Segundo ele, o principal problema no momento é a falta de acesso das equipes de campo aos imóveis sob responsabilidade de imobiliáriasFazem parte do comitê representantes da USP (Universidade de São Paulo), Centro Universitário Barão de Mauá, Unaerp, Secretaria Municipal de Saúde, Sucen (Superintendência de Controle de Endemias), Hospital das Clínicas, Polícia Militar, Associação Comercial e Industrial, Daerp, Fabarp (Federação das Associações de Bairro de Ribeirão Preto), Secretaria Municipal de Cidadania e Desenvolvimento Social, DRE (Divisão Regional de Ensino), Câmara Municipal, lojas maçônicas, Defesa Civil, Conselho Municipal de Saúde, DIR-XVIII (Direção Regional de Saúde), Secretaria Municipal dos Esportes, Secretaria Municipal de Infra-estrutura, entre outros órgãos/instituições.

11 de setembro de 2004

Oferta de imóvel para alugar é maior que a procura

Inquilinos que pagam em dia têm facilidade para renovar contratos a bons preços Alugar um imóvel é, na maioria das vezes, uma maratona. É preciso manter a atenção desde a escolha da casa ou apartamento, assinatura do contrato até a devolução das chaves. Hoje, a oferta é maior do que a procura. Residências vazias fazem com que os proprietários procurem manter inquilinos bons pagadores e concedem descontos, assim o preço para quem já ocupa o imóvel é mais barato do que o de um novo. Segundo o presidente do Conselho dos Corretores de Imóveis do Estado de São Paulo (Creci), José Vianna Neto, o preço médio do aluguel residencial na capital e interior de São Paulo é de R$ 600, segundo a pesquisa do Creci baseada em contratos fechados nos últimos 12 meses. “Para os proprietários é melhor dar desconto, manter o bom pagador e a renda do aluguel”, diz Vianna. Ele afirma que constatou que a população está se distanciando do centro rumo à periferia. Com isso, a procura cresce em relação a oferta de imóveis nestas regiões e os preços sobem. “A população empobreceu. Há muitos casos em que os imóveis são devolvidos porque as pessoas ficaram desempregadas e passam a ganhar menos no novo emprego.” Vianna acrescenta que uma das dificuldades de novos inquilinos é conseguir um fiador, por isso optam pelo seguro-fiança, quando têm condições. “O caução é permitido ao locatário conhecido.” Consumidor – Nos tempos dos planos econômicos o aluguel foi campeão de procura no Procon de São Paulo. “A estabilidade da moeda trouxe mais tranqüilidade. Além disso, antes a demanda era maior que a oferta”, afirma a assistente de direção do Procon, Sonia Cristina Amaro. Hoje, o consumidor procura o Procon para fazer consultas sobre a retomada de imóveis e para reclamar da cobrança ilegal de taxas pela elaboração de contrato ou ficha cadastral que devem ser pagas pelo dono do imóvel. “Se o consumidor precisa alugar o imóvel e a imobiliária não abre mão da cobrança da taxa, orientamos a pessoa a pagar a taxa e pegar o comprovante para depois cobrar, por meio do Procon, da pessoa certa”, diz Sonia. Outra queixa freqüente é a não devolução do dinheiro do caução. A quantia que é depositada em poupança deve ser devolvida ao término do contrato com a correção monetária, mas muitas imobiliárias não o fazem. “Nesta situação o consumidor deve procurar o Procon.” Sonia recomenda que ao procurar o imóvel para alugar o consumidor faça visitas durante o dia e conheça a vizinhança para saber se há barulho ou algo que possa incomodar os moradores. Segundo o vice-presidente de locação do Secovi, Sérgio Lembi, o fiador ainda é o campeão da garantia dos aluguéis, aparecendo em 60% dos negócios.

10 de setembro de 2004

Segurança já define escolha de um imóvel

Até planta deve exibir recursos e garantir espaço para câmeras e alarmes São Paulo - Foi-se o tempo em que mais de uma vaga na garagem, piscinas, metros e metros quadrados de área construída e boa localização eram os principais itens para atrair moradores em lançamentos imobiliários na capital - da classe média ao alto padrão. O exigente público paulistano agora quer saber, enquanto o projeto ainda está na planta, qual será o diferencial de segurança. "É uma questão fundamental, está entre as primeiras perguntas do cliente na hora da compra", diz o gerente de Incorporações da Company Construtora, Fabio Romano. Culpa dos arrastões, dos sucessivos assaltos a condomínios luxuosos e dos seqüestros na entrada dos edifícios. A Associação das Administradoras de Bens Imóveis e Condomínios de São Paulo (Aabic) estima que 20 prédios são assaltados por mês na capital. "É um dado que nem sempre chega à delegacia. Muitos não registram queixa para não manchar a imagem do condomínio", diz o presidente da entidade, Claudio Anauate. A Secretaria da Segurança Pública não tem estatísticas sobre esses crimes. O delegado Edison Santi, do Departamento de Investigações sobre o Crime Organizado (Deic), informa que eles são registrados como furto a residência, independentemente de ocorrerem em casas ou apartamentos. "Mas combatê-los é uma das prioridades do Deic." O Sindicato da Habitação de São Paulo (Secovi) confirma que segurança é a maior preocupação de quem compra um imóvel hoje. "Quem não oferecer segurança está em desvantagem no mercado", diz o vice-presidente de Administração Imobiliária e Condomínios do Secovi, Hubert Gebara. "É uma preocupação do setor e cada vez mais vem sendo pensada antes de a obra sair do projeto", afirma Anauate. Isso evita, por exemplo, que a guarita seja mal localizada e os muros dificultem a instalação de equipamentos, como câmeras e alarmes. Para quem compra o imóvel, o item segurança às vezes vem em primeiro plano. "Tenho três filhas e não posso me descuidar com relação à proteção", diz a empresária Siomara de Cássia Tavares. Alterações - Mudou a concepção que se tinha para construir garagens e portões. Até a iluminação é outra. "Tem de pensar o projeto como um todo. A segurança tem de estar em harmonia com a questão paisagística", diz o gerente de Projetos da Inpar Construtora, Waltermino Pereira da Silva Junior. Mas o conceito de segurança, segundo especialistas, não se limita apenas a equipamentos e homens rondando o imóvel. Antes de tudo isso, o condomínio precisa ter um bom planejamento de atitudes e deixar claro aos moradores o tipo de comportamento que devem ter. "Há toda uma rotina dos profissionais que trabalham no condomínio, do porteiro ao vigia", explica o consultor de segurança empresarial e patrimonial Carlos Roberto Faria Salaorni. "A colaboração dos moradores para cumprir as normas é fundamental." Nos empreendimentos da Company, por exemplo, eles só entram no local acompanhados se a pessoa for previamente identificada ou também residir no prédio. Caso contrário, terá de descer do carro e entrar no edifício pela passagem de pedestres, após identificação na portaria. "Pode até causar um certo constrangimento, mas nosso público está bem alerta e sabe o tipo de conduta que deve ter", afirma Romano. Antecipação - O diretor da Incorporadora Coelho da Fonseca, Sergio Vieira, diz que a sofisticação do esquema de proteção deve antecipar-se à "tecnologia" usada pelos assaltantes para ter acesso aos condomínios. "Qual eles vão preferir, os bem equipados e com guardas ou os que parecem vulneráveis? Embora muita gente não tenha percebido, vivemos numa guerra civil silenciosa", afirma. Na semana passada, uma quadrilha entrou em um prédio do Sumaré, na zona oeste, usando um controle remoto da garagem. O bando fez 15 reféns e levou dinheiro, cartões de banco, celulares, jóias e um carro. "Os assaltantes não são Robin Hood, são profissionais", alerta Anauate, da Aabic. Bárbara Souza

10 de setembro de 2004

Uso da luz natural dentro de casa: economia de energia

 A luz natural do dia pode ser transformada num grande aliado para quem deseja iluminar os ambientes da casa sem gastar muita energia. Mas o aproveitamento da luz solar requer cuidados especiais para que a ensolação não aqueça demais a casa, danifique os móveis e acabe se tornando um inimigo. Um dos principais desafios é controlar a quantidade de luz natural que vai incidir sobre os ambientes. Em pequenas doses, a luz solar costuma funcionar como um ótimo remédio contra o aparecimento de fungos e mofo. Mas a incidência direta do sol durante muitas horas também pode aquecer demais a residência e trazer uma série de inconvenientes, alerta o arquiteto, consultor e professor de Conforto Ambiental da Universidade de São Paulo (USP), Nelson Solano. Da mesma forma que a má iluminação pode prejudicar a visão e causar dor de cabeça, a luz excessiva pode provocar cansaço visual e dificultar a realização de tarefas rotineiras em casa. "O melhor é tirar proveito do sol da manhã, que é mais fraco e menos quente, e evitar a ensolação da tarde", aconselha o Solano. Janelas amplas e paredes de vidro podem ajudar a aumentar a luminosidade, mas Solano avisa que é importante usar elementos que ajudem a sombrear o ambiente, como pérgulas, toldos, beirais, terraços e varandas. Outra solução é trabalhar com luz difusa, sem a incidência direta do sol nos ambientes. Segundo o arquiteto, o efeito pode ser conseguido com a utilização de vidros difusores, encontrados em lojas especializadas. A escolha de vidros que filtrem a radiação solar também é importante, já que os raios ultravioleta atuam na despigmentação das cores dos tecidos e podem manchar sofás e cortinas. Brises - O diretor da Câmara de Arquitetos e professor de Conforto Ambiental da Faculdade de Belas Artes, Antônio Macedo Filho, lembra que outras medidas podem ser adotadas para diminuir a ensolação. Uma alternativa é a instalação de brises (quebra- sóis), espécies de chapas instaladas na fachada para reduzir a incidência direta do sol. O próprio posicionamento do imóvel no terreno interfere diretamente na iluminação, explica Macedo. Segundo ele, as fachadas direcionadas para o norte e para o sul não recebem luz solar direta e, portanto, não necessitam de nenhum cuidado especial. O problema maior são as paredes voltadas para o leste e oeste, que pegam o sol baixo e precisam de proteção contra a radiação direta. "Árvores plantadas ao redor da casa e telhados com o beiral maior podem ser uma boa solução." O arquiteto e light designer Alexandre Giovannetti, do escritório Luz Urbana, lembra que uma opção pouco utilizada para aproveitamento da luz natural é a instalação de domos de acrílico. As peças são vendidas em lojas de material de construção e podem ser colocadas na laje ou mesmo no telhado para iluminar ambientes escuros da casa, como lavabos e closets. Outro cuidado é o correto dimensionamento das janelas, que devem ter seu tamanho calculado de acordo com a área total do ambiente. O problema, avisa Giovannetti, é que a maior parte dos fabricantes oferece caixilhos em tamanhos padronizados e muitas vezes inadequados para as características de alguns imóveis. A solução pode ser a compra de modelos feitos sob encomenda. "Não adianta olhar só o lado estético e do preço na hora de comprar o caixilho." Serviço - Câmara de Arquitetos: (0--11) 3868-3090 / Luz Urbana: (0--11) 5571-2928

05 de setembro de 2004

Programa da CEF suaviza pagamento de prestações na planta

Pagar a prestação de um imóvel na planta financiado pelo novo programa de apoio à produção da Caixa Econômica Federal e, ao mesmo tempo, bancar o aluguel, vai ficar menos doloroso para o bolso do mutuário.Durante a construção, a prestação será composta pelos encargos (juros e a correção das parcelas pela Taxa Referencial, ou TR) do financiamento.Hoje, o mutuário é obrigado a amortizar parte da dívida principal na fase de construção do imóvel, o que encarece a prestação e, muitas vezes, inviabiliza o negócio para quem não pode se livrar do ônus de uma locação.Além disso, a Caixa afirma que dará uma "colher de chá" para os candidatos a mutuário que forem reprovados pelo sistema de avaliação de crédito ("credit score") do banco.O programa prevê uma segunda chance para o interessado comprovar sua capacidade de pagamento quitando em dia as prestações da obra.Mesmo assim, a parcela não será baixa: os encargos chegam a representar 5% do valor do imóvel. E o valor das prestações após a entrega das chaves tende a subir.Essa nova linha de crédito usa os recursos e as regras do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço): os candidatos a mutuário devem ter renda máxima mensal de R$ 4.500 e pagar juros entre 6% e 10,16% ao ano mais TR por até 240 meses.O Conselho Curador do FGTS reservou R$ 360 milhões para o programa em 2004. A expectativa é que os recursos sejam suficientes para erguer 8.000 unidades habitacionais neste ano.A nova linha permitirá ao construtor financiar até 100% do custo da obra. Para ter direito ao crédito, a construtora terá de vender pelo menos 30% das unidades do empreendimento, provando à Caixa que ele é viável.Elas terão cinco anos para pagar o financiamento, com carência de dois e amortização em até três. Os juros serão de 10,16% ao ano.

05 de setembro de 2004

Aluguel de imóvel de temporada sobe no litoral paulista

A proximidade da primavera provocou alterações no valor do aluguel de imóveis de temporada localizados em cidades serranas e no litoral paulista. De acordo com pesquisa do Conselho Regional de Corretores de Imóveis do Estado de São Paulo (Creci-SP), os valores pedidos em Atibaia e Campos do Jordão estão mais baixos para o feriado de 7 de Setembro do que no período das férias de janeiro e fevereiro. O cenário, contudo, é inverso na maioria das cidades litorâneas, como Guarujá e Itanhaém. A pesquisa do Creci-SP aponta redução de 6,71% (para imóveis de quatro dormitórios) a 17% (um dormitório) no valor do aluguel de apartamentos em Campos do Jordão, para o próximo feriado. Em Atibaia, a queda varia de 2,11% a 9,04%. Nas cidades do litoral, entretanto, o aluguel diário de casas e apartamentos pode custar até 10,56% mais que o cobrado nas férias do início do ano. Na temporada de férias, mostra o levantamento, a diária de imóveis de um dormitório em Campos do Jordão era de R$ 250. Para o 7 de Setembro, o mesmo tipo de imóvel é ofertado agora por R$ 207,50 a diária (queda de 17%). O aluguel médio de imóveis de dois dormitórios, por sua vez, é de R$ 292,86, 9,89% menos que o cobrado entre janeiro e fevereiro. Altas - No Litoral Sul, onde estão localizadas cidades como Itanhaém, Mongaguá e Praia Grande, a situação é diferente. Apartamentos de um a quatro dormitórios estão disponíveis por valores superiores aos da temporada de férias - a alta chega a 10,56% no caso de três dormitórios, que passou de R$ 151,50 para R$ 167,50. Nas cidades do Litoral Central (Guarujá, São Vicente e Santos), praticamente todos os imóveis pesquisados apresentaram alta em relação aos valores de aluguel cobrados nas férias de verão. No segmento de casas, os aumentos variaram de 3,27% (dois dormitórios) a 9,83% (três dormitórios). No mercado de apartamentos, a maior variação ficou por conta de dois dormitórios - R$ 132,35 a diária para este feriado, ou 7,8% a mais que os R$ 122,78 das férias do início do ano. Segundo a pesquisa, o aluguel de imóveis de um dormitório foi o único que caiu para o feriado de 7 de Setembro, de R$ 89,23 para R$ 87,50 (-1,94%). Exceção - O Litoral Norte, conforme o Creci, foi a única região de praia que acusou redução generalizada dos valores de locação de imóvel. Em cidades como Ubatuba, Caraguatatuba e Ilhabela, os aluguéis de casas estão de 2,85% (três dormitórios) a 12,42% (quatro dormitórios) mais baratos que os pedidos nas férias. Os apartamentos também estão com preços menores, à exceção dos de dois dormitórios. Esse tipo de imóvel, que era ofertado a R$ 118,00 nas férias, pode ser alugado com diária de R$ 137,78 para o próximo feria do.

02 de setembro de 2004

Imóvel na planta precisa oferecer segurança

Imóvel na planta? Este investimento de muitas famílias que podem pagar enquanto esperam pela entrega da obra ganhou mecanismos de segurança nos últimos tempos. Entre eles está o Patrimônio Afetado, ou seja, a empresa separa o dinheiro e as contas do empreendimento do restante do patrimônio e, assim, protege o consumidor num eventual imprevisto. Mas o comprador deve também cercar-se de segurança e, por exemplo, checar o passado da construtora e incorporadora e saber se o terreno onde vai ser erguido o imóvel é de propriedade da empresa que está comercializando o empreendimento. O Patrimônio de Afetação não é obrigatório, mas a tendência segundo especialistas do setor imobiliário é a de que o próprio mercado irá impor a sua adoção. Em muitos casos separar o patrimônio do que é vendido na planta será objeto de marketing das empresas. Segundo a advogada civil Andrea Tertizzi Silveira, que defende um grupo de compradores de um empreendimento paralisado há três anos, a primeira atitude é verificar se há registro do empreendimento no Cartório de Registro de Imóveis da região. "Esta é a condição para saber se não há hipoteca ou dívidas que poderão atrapalhar o negócio", explica Andrea. Ela acredita que com a adoção do Patrimônio afetado, o consumidor tem a oportunidade de ser mais ativo. Isto porque os compradores devem participar da comissão de fiscalização de obra e assim além de acompanhar a construção vão checar os balanços e contas do empreendimento. Checar a idoneidade da empresa também é fundamental para saber se não há falência decretada. "Neste caso a venda seria fraudulenta. Isto pode ser feito nos distribuidores civis na Justiça Estadual e Federal." Apesar de muitos consumidores apostarem todo o peso da confiança na hora da compra à imobiliária, isso não basta. "As pessoas têm de entender que a imobiliária é mera prestadora de serviços. O dever da imobiliária é verificar se a incorporação teve o projeto aprovado", explica o vice-presidente do Sindicato da Habitação de São Paulo (Secovi). Ele explica que nos casos em que a compra do imóvel na planta é financiada por uma instituição bancária tanto o mutuário como a construtora/incorporadora têm a documentação toda checada. "Os bancos vão exigir isso dos próximos empreendimentos."

02 de setembro de 2004

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