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Notícias

Aluguel comercial cai 0,76% em maio após seis meses de alta

O valor dos aluguéis comerciais caiu em média 0,76% em maio na cidade de São Paulo, revela pesquisa da Hubert Imóveis.Todas as regiões pesquisadas registraram queda. O centro velho (Maria Paula, praças João Mendes e Clóvis, 25 de Março, Senador Queiroz, Prestes Maia, Anhangabaú e Santo Amaro) teve a maior desvalorização, com baixa de 1,17% no mês, o que acumula 10,1% nos últimos 12 meses.A região da avenida Paulista (inclui Rebouças, Estados Unidos, e Brigadeiro Luiz Antonio) é a única a manter valorização positiva --3,15%-- desde maio de 2003, apesar de registrar queda de 0,47% no mês passado.O índice dos últimos 12 meses ficou negativo em 2,71%, para uma inflação de 7,04% no período, conforme o IGP-M."O patamar dos aluguéis comerciais ainda está aquém do potencial de mercado", afirma Hubert Gebara, diretor da empresa responsável pela pesquisa. Segundo ele, a queda de maio não deve, portanto, se repetir nos próximos meses.

19 de junho de 2004

Construtora que atrasar imóvel poderá pagar aluguel

As construtoras que atrasarem a entrega de imóveis vendidos poderão ter de pagar aluguel mensal a seus clientes até a conclusão da obra. A medida está prevista no projeto de lei 384/03, do deputado Maurício Rabelo (PL-TO), aprovado na última quarta (9) pela Comissão de Defesa do Consumidor.O projeto altera a Lei 4591/64, que regulamenta o condomínio em edificações.Rabelo explica que a proposta trará mais responsabilidade ao setor imobiliário e inibirá o atraso na entrega do imóvel, prática que, na sua avaliação, já se tornou comum nos últimos anos.O deputado ressaltou que muitas famílias se desfazem de outros imóveis e de suas economias para adquirir a nova casa, mas acabam tendo que pagar aluguel devido ao atraso na conclusão da obra.O relator na Comissão de Defesa do Consumidor, deputado Celso Russomanno (PPB-SP), apresentou voto favorável à aprovação da proposta. Para ele, a proposta resultará em benefício ao mercado imobiliário por aprimorar a relação entre compradores e construtoras.O projeto segue, agora, para apreciação na Comissão de Constituição e Justiça e Cidadania. Se aprovado, será submetido a votação no plenário da Câmara.

13 de junho de 2004

Câmara declara Oscar Niemeyer patrono da arquitetura

Bruno Stuckert/FI O arquiteto Oscar NiemeyerA Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania da Câmara dos Deputados aprovou na última quarta (9) o projeto de lei 3407/00, da deputada Luiza Erundina (PSB-SP), que declara o arquiteto Oscar Niemeyer patrono da arquitetura brasileira. Como tramita em caráter conclusivo, a proposta seguirá agora para apreciação do Senado Federal.Segundo a autora da proposta, o gênio criador e a liberdade plástica de Oscar Niemeyer ultrapassaram as fronteiras. O relator da matéria, deputado Alexandre Cardoso (PSB-RJ), apresentou parecer favorável ao projeto.No dia 19 de março de 2003, Niemeyer esteva na Câmara para receber a Medalha do Mérito Legislativo, condecoração oferecida pelos deputados a brasileiros ilustres. Em dezembro, a Câmara realizou uma exposição sobre sua vida e obra. No corredor de acesso ao Plenário Ulisses Guimarães, foi montada a exposição "Presença de Niemeyer", com fotos de vários momentos do arquiteto na Câmara, e outra, com desenhos e croquis do arquiteto.Pelo mundoO carioca Oscar Niemeyer Soares Filho nasceu em 1907 e formou-se em 1934 pela Escola Nacional de Belas Artes. Naquele ano, começou a trabalhar no escritório de Lúcio Costa, a quem substituiu na coordenação do grupo que desenvolveu os estudos de Le Corbusier para o edifício-sede do Ministério da Educação e Saúde, hoje palácio Gustavo Capanema, no Rio.Naquela década, apresentou ao país uma de suas obras mais admiradas ainda hoje: os edifícios da Pampulha, em Belo Horizonte, idealizados a pedido do então prefeito da cidade, Juscelino Kubitschek. Vailton Silva Santos/FI Fachada da igreja de São Francisco de Assis, na Pampulha, em Belo HorizonteA partir dessa obra começa a se afastar da influência de Le Corbusier e abandona o ângulo reto em favor das linhas curvas. Entre seus projetos importantes nesse período estão o Palácio do Itamaraty (1943), a nova sede da Organização das Nações Unidas e o conjunto do parque Ibirapuera, obra comemorativa do quarto centenário da fundação de São Paulo.BrasíliaConvidado pelo agora presidente da República JK para elaborar o projeto para a construção da nova capital do Brasil, Niemeyer sugeriu, em 1956, a abertura de um concurso nacional para o plano geral da cidade, vencido por Lúcio Costa. Eduardo Knapp/FI Fachada do edifício Copan, no centro de São Paulo, o mais famoso do arquiteto na cidadeNiemeyer ficou com os projetos da Catedral, das cúpulas côncava e convexa do Congresso Nacional e das colunas dos palácios da Alvorada, do Planalto, da Suprema Corte, do Itamaraty e da Justiça.Os projetos de Niemeyer estão presentes nos cinco continentes. Entre os mais importantes, destacam-se o Museu de Caracas, na Venezuela; a sede do Partido Comunista em Paris (França); a sede da Editora Mondatori, em Milão (Itália); a Universidade de Constantine, na Argélia; e o Museu de Arte Contemporânea de Niterói, no Rio de Janeiro, que foi considerado um dos dez prédios mais importantes do século passado, segundo a revista World Architeture. 

13 de junho de 2004

Para governo, classe média deverá buscar financiamento no mercado

As novas diretrizes para o uso do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) no financiamento habitacional devem priorizar as famílias de baixa renda. A classe média --que hoje é parcialmente atendida pelo FGTS-- deverá buscar outras fontes de crédito imobiliário, como a poupança.O Ministério das Cidades já enviou para o Conselho Curador do FGTS a proposta de mudanças para o crédito imobiliário com recursos do FGTS. As mudanças --em estudo no grupo técnico-- deveriam entrar em vigor a partir deste mês."Não sabemos quando é que as novas diretrizes entrarão em vigor, pois a proposta ainda está em análise. Houve um voto no conselho para adiar a proposta", disse o secretário nacional de habitação do Ministério das Cidades, Jorge Hereda.Se a proposta do governo for aprovada, a classe média terá dificuldade para financiar a compra do imóvel com recursos do FGTS, que oferecem as menores taxas de juros do mercado (de 6% a 10,16% ao ano mais TR (Taxa Referencial). No mercado, os juros mínimos são de 12% ao ano mais TR.A medida, no entanto, não afeta os depósitos dos trabalhadores de classe média no FGTS. Esses recursos poderão continuar a ser usados como entrada na compra da casa própria.Segundo Hereda, as novas diretrizes não acabarão com as linhas de crédito imobiliário para a classe média. "Não haverá mudanças bruscas da noite para o dia. A proposta prevê um período de transição para a entrada em vigor das mudanças."No entanto, o secretário admite que a classe média não será o foco dos programas de crédito imobiliário com recursos do FGTS."A classe média deveria estar sendo financiada pelo mercado. Com recursos da poupança e de outros fundos imobiliários", disse.GargalosA diretora de produção habitacional do Ministério das Cidades, Emília Lima, disse que o governo está empenhando na "desobstrução dos gargalos que impedem a ampliação do crédito imobiliário para a classe média"."Os bancos precisam investir mais no financiamento habitacional. Para incentivar a ampliação do crédito, o governo está tentando aprovar uma série de medidas", afirmou ela.Entre as medidas está o chamado patrimônio de afetação, que consiste na segregação do patrimônio de um empreendimento imobiliário do patrimônio do incorporador ou construtor. O objetivo é assegurar às instituições financiadoras que as parcelas pagas pelos compradores finais e os recursos desembolsados pelos agentes de crédito sejam destinados exclusivamente para aquele determinado empreendimento.

13 de junho de 2004

Cresce 1,85% volume de ações locatícias em maio

O volume total de ações locatícias distribuídas na comarca da capital de São Paulo registrou ligeiro aumento de 1,85% em maio na comparação com abril. No mês passado, registraram-se 2.151 ações contra 2.112 de abril, segundo dados levantados pelo Secovi-SP (sindicato da habitação) junto ao Tribunal de Justiça. O total ainda é inferior a março, quando ocorreu volume de 2.643 ações.Para o vice-presidente de Locação do Secovi-SP, Sergio Luiz Abrantes Lembi, apesar de pequeno, o crescimento pode ser explicado pelo desemprego, que continua em ascensão."No mês passado, o número de ações locatícias teve queda, refletindo a calmaria normal do período pós festas de fim de ano. Mas não há mercado que passe incólume diante de um desemprego superior a 13% da população economicamente ativa", pondera Lembi.As ações por falta de pagamento, responsáveis por cerca de 93% no volume total das ações em maio deste ano, registraram crescimento de 1,21% e foram responsáveis pela variação global. Já as ações ordinárias (cerca de 4% do total) foram as que mais cresceram, com 20,3%.As ações renovatórias (participação aproximada de 1,9%) registraram aumento de 13,9%, de abril para maio, e as consignatórias (0,9%) foram as únicas que sofreram redução, com queda de 20%."A forte alta da denúncia vazia em maio pode ser decorrência da expressiva queda que esse tipo de ação registrou em abril (-35,65%)", diz Hubert Gebara, diretor da Hubert Imóveis. Para ele, a pequena alta das ações de despejo por falta de pagamento "não alterou a tendência de baixa que essas ações vêm apresentando nos últimos anos".Considerando-se o acumulado nos cinco meses deste ano com o mesmo período de 2003, houve queda de 14,7% no número de ações por falta de pagamento, o que puxou para baixo o acumulado total do ano, com diminuição de 14,6%.Na comparação com maio de 2003 (um ano atrás), houve redução de 20,5% (2.151 ações contra 2.707) no volume total de ações locatícias. As que mais cresceram foram as renovatórias, com variação de 57,7%. Por outro lado, as ações por falta de pagamento encolheram 21,3%.

13 de junho de 2004

Déficit habitacional e mercado de locação

Antônio Vicente Golfeto As regiões brasileiras – que, em muitos casos, têm dimensões territoriais até maiores do que muitos países – não têm estatísticas próprias confiáveis. Mesmo o país tem poucas. E com grandes espaços entre umas e outras, o que:1- Dificulta qualquer análise técnica;2- Faz tropeçar qualquer tentativa séria de planejamento.Fiquemos com o chamado déficit habitacional do Brasil. A respeito dele há números para todos os gostos.Dizem que as cidades do nordeste paulista – umas mais e outras menos – também têm déficit habitacional. Daí as favelas, os cortiços, as habitações em condições sub-humanas.Tudo verdade embora não toda verdade.Você já andou pelas ruas da cidade onde você mora e mesmo as que visita e cansou de ver placas de “aluga-se”, não é verdade? Claro que já viu. Então, o que se nota é uma quantidade não desprezível de residências térreas, apartamentos, salas-para-escritório, salões comerciais, galpões para indústria à disposição de quem quiser locá-los. Eles formam a matéria prima do mercado de locação, atividade econômica situada no segmento de serviços de importância muito acentuada. Eles tendem a equilibrar o preço dos aluguéis, item importante quando se pesquisa custo-de-vida.Deixemos de lado as locações não-residenciais. Fiquemos apenas com as casas, os apartamentos, enfim com as moradias. É que as locações não-residenciais evidenciam a realidade empresarial, de crescimento ou de crise.O estoque de imóveis residenciais vazios, quando cotejado com o déficit habitacional existente, representaria um redutor na insuficiência de oferta de residências. O que ele evidencia, quando é crescente, juntamente com a expansão do déficit habitacional? Mais ou menos o seguinte: a- que se agrava a concentração de rendimentos; b- que muitas famílias estão se unindo em termos residenciais. Vale dizer: a crise está obrigando algumas famílias a fazerem ajustes, isto é, irmãos morarem com irmãos, com pais, com sogro, com sogra, com o objetivo de reduzir despesas a começar pelos custos habitacionais.As famílias sempre fazem ajuste antes que as empresas. Estas seguem as famílias até porque as empresas brasileiras, em sua maioria, têm a marca de serem familiares. Em decorrência disto, as empresas reduzem custo inclusive a partir de corte de gastos com instalações, buscando menores despesas. Muitas encerram atividade, o que acentua o aumento da oferta de imóveis para alugar.A oferta de imóveis não-residenciais para alugar é um indicador econômico com conseqüências sociais.A oferta de imóveis residenciais é um indicador social mas com causas econômicas.Ambas precisam de ser analisadas sobretudo em cotejo com o deficit habitacional, quando se trata de residências vazias. E em comparação com a produção, naturalmente o PIB, quando se trata de imóveis para locação industrial, de serviços ou comercial.Os “aluga-se” que você vê mostram uma realidade do mercado de locação, mas escondem uma crise que carece de ser decodificada.

13 de junho de 2004

Imóveis de alto padrão sustentam números do mercado imobiliário

Por resultar num volume de construção superior, graças ao maior tamanho das unidades (298 metros quadrados de área privativa, em média), os imóveis novos de quatro dormitórios ou mais representam mais de 50% do volume lançado em valor no primeiro trimestre de 2004.O incremento nas áreas comuns dos apartamentos desse segmento de alto padrão, com implantação de sofisticadas áreas de lazer e projetos paisagísticos elaborados, despertaram ainda um aumento da procura total por novos lançamentos, com VSO (Venda Sobre Oferta) de 13,1%.Os dados são da Pesquisa Secovi-SP do Mercado Imobiliário, que expõe os números de performance do setor no município de São Paulo. Segundo o levantamento, no primeiro trimestre de 2004 foram colocados à venda 3.856 imóveis novos contra 5.791 unidades, no mesmo período de 2003.De acordo com Ricardo Pereira Leite, do Secovi, 70% dos lançamentos em valor ficaram concentrados nos bairros de mais alto poder aquisitivo da cidade.Por número de dormitórios, verificamos uma predominância das unidades de dois e três, com 40% de participação no total para cada segmento. As unidades de um dormitório que ultimamente têm tido um volume baixo de oferta --no ano de 2003 foram lançadas apenas 3.123 unidades desse tipo, representando 11,8 % do total-- acrescentaram 252 novos produtos ao mercado (6,5% do total).ComercializaçãoNos primeiros três meses do ano foram comercializadas 4.872 unidades, divididas entre 2.114 imóveis lançados há menos de 180 dias (Lançamentos) e 2.758 lançados entre seis e 36 meses atrás (Pós-Lançamentos).A VSO média do trimestre foi de 7,4%, resultado de uma VSO de 10,6% das unidades de lançamento e 6% das de pós-lançamento.O Valor Geral de Vendas alcançou R$ 1,33 bilhão, de janeiro a março de 2004.As unidades com maior desempenho foram as de dois dormitórios, com 1.913 imóveis vendidos e VSO de 8,5%, mas não houve disparidades altas já que as unidades de três dormitórios que tiveram a menor VSO fecharam com 6,4%.Conforme os indicadores, o resultado do mercado foi fortemente influenciado pelo bom resultado dos lançamentos (há menos de 180 dias), o que pode identificar, segundo o Secovi-SP, um acerto por parte das incorporadoras em satisfazer as preferências dos compradores nos lançamentos mais recentes.Uma amostragem desse esforço é o resultado verificado nas vendas de unidades de um dormitório, que sequer têm sido lançadas ultimamente em função do baixo desempenho, mas que graças a mudanças nos projetos alcançaram VSO de 22,1% no trimestre.A opção por unidades recém-lançadas gerou ainda uma diminuição significativa do Prazo Médio de Venda (PMV) de 14 meses em janeiro, para 11 em fevereiro e sete em março.

08 de junho de 2004

Construtores já não estão tão otimistas, revela sondagem

Os empresários da construção civil já não ostentam um sorriso largo no rosto como em fevereiro. Em maio, as expectativas dos construtores quanto à conjuntura econômica deterioraram-se expressivamente, revela a 19ª Sondagem Nacional da Construção Civil, realizada pela GVconsult com os dados do Sinduscon-SP (sindicato das construtoras) e de outros sindicatos estaduais do setor.O levantamento colheu a opinião de 312 empresários do setor em todo o país.Os entrevistados atribuíram notas de 0 a 100 sobre o desempenho e as dificuldades de suas empresas e da economia do país, além de apontarem as expectativas para os próximos meses. Notas abaixo de 50 podem ser interpretadas como um desempenho ou perspectiva não favorável. No caso de dificuldades financeiras e perspectivas de evolução de custos, valores abaixo da média significam dificuldades menores.O item conjuntura econômica, por exemplo, recebeu nota 37,56 em maio, contra 48,4 em fevereiro. Já para a questão do crescimento econômico, os construtores, que haviam dado nota 45,9 no início do ano, agora sinalizam apenas com nota 34,2.Segundo o Sinduscon-SP, à primeira vista, o resultado surpreende, uma vez que alguns indicadores, como o emprego, indicam uma melhora relativa da situação do setor, diga-se, bastante deteriorada nos últimos anos.Segundo a sondagem, o pessimismo dos empresários se deve a vários fatores, como as dificuldades do governo no plano político; a demora na definição dos marcos regulatórios de infra-estrutura; uma política habitacional que não sai do papel; além da frustração com o ritmo lento da retomada econômica e ausência de um volume expressivo de demanda.PioraNa sondagem, os construtores observaram uma pequena melhora no desempenho das empresas, em comparação com a pesquisa anterior, realizada em fevereiro. Mas o indicador continua distante de um desempenho favorável. Já as dificuldades financeiras voltaram a crescer, refletindo a interrupção da queda dos juros.As respostas dos construtores mostram que as expectativas para os próximos meses pioraram, tanto em relação às perspectivas de desempenho das empresas quanto ao cenário econômico, com ênfase para este último. Neste item, o indicador sofreu queda de 22% de fevereiro para maio, refletindo o ritmo lento da retomada no setor da construção civil.

08 de junho de 2004

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