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Notícias

Golpe contra imobiliárias preocupa a polícia

A prisão de um comerciante no início da semana, em Ribeirão Preto, chamou a atenção das autoridades policiais e apontou um novo tipo de golpe, que vem atingindo as imobiliárias da cidade e se estendendo a outros segmentos. Edmar Pinto, 32 anos, com residência em Limeira, foi surpreendido quando tentava alugar uma residência em uma imobiliária do Jardim Sumaré, em Ribeirão. Ele apresentou documentação do fiador com autenticação falsa e o veículo que ele ocupava tinha o chassi adulterado. O delegado regional do CRECI (Conselho Regional de Corretores de Imóveis), Sinésio Donizetti Nunes Rodrigues, afirmou que a cada dia aumenta o número de pessoas que praticam esse tipo de estelionato e, em Ribeirão Preto, tornou-se uma constante. São golpistas que alugam casas ou salões comerciais com a documentação com autenticação falsa. Alguns meses depois, surge a inadimplência e quando a imobiliária vai procurá-lo constata que o locatário e o fiador são fictícios.O delegado do setor de crimes contra o patrimônio da DIG (Delegacia de Investigações Gerais), Haroldo Chaud, analisa a situação como preocupante e complementa: “O que a pessoa possui é o carimbo falso de autenticação do cartório, ela pode falsificar tudo e causar o prejuízo à imobiliária, ao locador, isso numa hipótese menos grave. Em uma situação muito mais grave, a pessoa pode locar o imóvel para utilizar como cativeiro, no caso de seqüestro, pode usar para estocar produtos roubados. Aí ela até vai estar pagando em dia o aluguel, o que não vai chamar a atenção da imobiliária, mas em contra partida vai utilizar o imóvel para um fim criminoso, haja vista que o nome é falso, RG falso, tudo é falso”.Ele acrescenta que o delegado regional do CRECI o procurou preocupado não só com o prejuízo, mas também com as finalidades ilícitas que o locatário pode fazer. De acordo com Rodrigues, é muito importante que os proprietários ou as imobiliárias vítimas da ação dos golpistas comunique o fato à Delegacia Regional do CRECI e explicou: “Nesse caso (da prisão) a imobiliária constatou a irregularidade, fez a denúncia, isso deu condições para o inspetor do CRECI fazer um trabalho de apuração e comunicar o fato à polícia, que fez a prisão”. O delegado orienta aos departamentos jurídicos das imobiliárias que chequem com os cartórios a autenticação dos documentos antes do fechamento do contrato. “No momento em que receber a documentação é necessário uma análise profunda e minuciosa, se for constatada a irregularidade junto ao cartório encaminhar a denúncia ao CRECI e imediatamente o caso será levado a DIG”, concluiu. “Atendendo a proposta do delegado do CRECI nós realizaremos um trabalho conjunto e sempre que eles (representantes de imobiliárias) suspeitarem de alguém que apresente na proposta de locação documentos fraudados, eles nos contatam e a nós vamos apurar o que está acontecendo”, concluiu o delegado, acrescentando que os documentos que não são possíveis à conferência com o original, procurar o cartório e certificar-se da autenticação. Sinésio disse que já foi constatado a pratica do golpe na cidade de Jaboticabal. A Delegacia da 2a região do CRECI é responsável por Ribeirão Preto e outras 42 cidades da região e tem sua sede na Rua Campos Salles, 1246, Centro.

17 de novembro de 2003

São Paulo teve 17,55% novos inquilinos a mais em outubro

O mercado de locação residencial também está mais ativo. A pesquisa feita pelo Creci-SP (Conselho Regional de Corretores de Imóveis), em 365 imobiliárias da capital, apurou uma alta de 17,55% no total de contratos de locação assinados em outubro, comparativamente a setembro.O índice de locação subiu de 2,0247 para 2,3801 no período, correspondendo à locação de 513 casas e 370 apartamentos.No segmento de apartamentos, o aluguel que mais subiu foi o de apartamentos de um dormitório situados em bairros da zona E (Brasilândia e Itaquera, entre outros). Nesses lugares, o valor médio passou de R$ 266 em setembro para R$ 310 em outubro, uma alta de 16,54%.A maior baixa foi também na zona E, mas para os apartamentos de três dormitórios. A redução foi de 9,37%, passando de R$ 533,33 para R$ 483,33.Já entre as casas, o comportamento foi semelhante. O aluguel que mais subiu foi o de imóveis de um dormitório da zona B (15,58%), que custava R$ 385 e passou para R$ 445. O valor que mais baixou foi o de casas de dois dormitórios da zona C (5,21%), cujo valor médio foi reduzido de R$ 517,14 para R$ 490,20.Segundo o Creci-SP, a grande maioria (65,8%) dos imóveis alugados (883) foi devolvida por inquilinos às imobiliárias, em outubro, somando 581 unidades.

17 de novembro de 2003

Aluguel de apartamentos cai pelo oitavo mês consecutivo

O valor dos aluguéis de apartamentos na cidade de São Paulo ficou praticamente estável no mês de outubro, segundo informações da imobiliária Hubert. Mesmo assim, a queda média de 0,77% é a oitava consecutiva.A desvalorização ocorreu em todos os tipos de imóveis pesquisados. Os apartamentos de um dormitório tiveram, desta vez, o maior declínio, com baixa de 1,03%. Em termos nominais, o valor mais baixo de locação --R$ 650-- foi verificado entre os apartamentos de um dormitório nos bairros da Aclimação e Vila Mariana.Por outro lado, a locação residencial mais cara em outubro foi a de apartamentos de quatro dormitórios nas regiões dos Jardins e Itaim Bibi (média de R$ 3.120 por mês).O índice geral dos últimos 12 meses contados até outubro está negativo em 5,66%, contra inflação do período medida pelo IGP-M de 17,33%. O pior quadro esteve entre as unidades de quatro quartos, que amargaram queda de 8,93% de novembro de 2002 a outubro de 2003. As unidades de dois dormitórios foram as que sofreram menos: baixa de 2,62% no período.Para Hubert Gebara, diretor da imobiliária responsável pela pesquisa, a pequena queda em outubro pode sinalizar uma recuperação dos aluguéis residenciais a partir de novembro.

17 de novembro de 2003

Governo regulamenta regras de crédito imobiliário com FGTS

As agências da Caixa Econômica Federal já estão autorizadas a conceder financiamento habitacional com recursos do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) dentro dos novos parâmetros desta modalidade de crédito. O Ministério das Cidades publicou no "Diário Oficial da União" de ontem uma instrução normativa fixando novos valores para as faixas de renda dos interessados na compra de um imóvel. A mudança havia sido aprovada pelo Conselho Curador o FGTS no final de outubro, mas dependiam da publicação desta instrução para poderem ser operacionalizadas.Pelas novas regras, o valor máximo de avaliação do imóvel novo passa de R$ 62 mil para R$ 72 mil e a renda máxima das famílias interessadas na compra deste tipo de imóvel de R$ 3.250 para R$ 3.670 por mês.Para quem tem renda máxima de R$ 4.500, o valor máximo de avaliação do imóvel ficou mantido em R$ 80 mil.A renda máxima permitida para financiamento de imóveis usados e novos subiu de R$ 2.000 para R$ 2.400. Nesse caso, o valor de avaliação subiu de R$ 62 mil para R$ 72 mil.

17 de novembro de 2003

Redução déficit habitacional pode gerar 5,5 mi empregos

A construção de 2 milhões de moradias e consequente redução do déficit habitacional pode gerar 5,5 milhões de empregos no prazo de 5 anos. Nesse mesmo período, a arrecadação de impostos ganharia um incremento de R$ 5 bilhões.Essa é a conclusão do estudo divulgado hoje pela consultoria Booz Allen Hamilton, que foi encomendado por 21 empresas do setor de material de construção, como Gerdau, Tigre e Votorantim Cimentos.No entanto, para alcançar esses números, os fabricantes de material de construção pedem um conjunto de medidas para desenvolver o setor. As medidas vão desde ampliação de crédito para a baixa renda, capacitação da mão-de-obra da construção civil, adequação dos programas habitacionais para a realidade do país até a criação de uma cesta básica de materiais de construção.Ao mesmo tempo, os fabricantes de materiais de construção preparam o lançamento de uma entidade de representação do setor.Segundo a Booz Allen, o desenvolvimento da construção civil depende do reconhecimento da realidade do setor no país. De acordo com o estudo, as construções auto-geridas (feitas por iniciativa do proprietário) respondem por 67% do mercado e o auto-financiamento (com recursos próprios) é utilizado em 92% dos casos. Os dois modelos juntos representam 62% de todo gasto em construção habitacional do país.

17 de novembro de 2003

Setor locação amarga resultado pior do que 2002

Os resultados do setor de locações em 2003 foram inferiores aos obtidos no ano passado, informou nesta quarta-feira o Secovi-SP (sindicato das construtoras e imobiliárias). No segmento de apartamentos, por exemplo, 49,6% das 153 imobiliárias consultadas declararam que alugaram bem menos que em 2002. Entre as casas, 38% das empresas registraram queda no volume de locações."O mercado de locação neste ano teve desempenho inferior ao de 2002, em função do desaquecimento da economia no primeiro semestre deste ano e do pequeno crescimento da atividade econômica nos últimos seis meses de 2003", analisa o vice-presidente de Locação do Secovi-SP, Sergio Luiz Abrantes Lembi.Em compensação, a procura por imóveis para alugar esteve em ritmo frenético. A pesquisa do Secovi-SP informa que 60% das empresas indicaram que houve elevação na procura por casas e 50% delas disseram ter havido queda na busca por apartamentos.InadimplênciaSegundo as imobiliárias, tanto a impontualidade e a inadimplência dos inquilinos das carteiras das empresas quanto a entrega de chaves de imóveis locados (rescisão de contratos) permaneceram nos mesmos patamares do ano anterior, demonstrando um maior diálogo entre as partes.O tipo de imóvel com maior volume de oferta foi o de dois dormitórios (38% do total das carteiras das empresas). Já as unidades mais caras (com mais de três dormitórios) foram as menos procuradas. A maior demanda aconteceu por imóveis médios (até dois dormitórios, com valor de R$ 450).Outro dado interessante é o número de dias que os imóveis demoram para ser alugados. As casas permaneceram fechadas em média por 43 dias (dez a mais do que em 2002) e os apartamentos, 55 dias (em 2002, foram 46 dias).Para 2004, 63% das imobiliárias pesquisadas esperam melhores resultados e 25% acreditam em estabilidade. E a grande dificuldade do segmento continuará sendo a ficha corrida do pretendente a inquilino na Serasa e no SCPC.

17 de novembro de 2003

Se for viajar, tome alguns cuidados com sua casa

Com as férias escolares e as festas de fim de ano, aumenta o número de famílias que deixam suas residências rumo à praia ou ao campo. Menos que você tenha a cobertura de uma empresa de monitoramento, vale a pena seguir à risca as dicas da Secretaria de Estado da Segurança sobre os cuidados com a casa nesse período. Confira: Não comente sua viagem perto de pessoas estranhas; Comunique sua ausência somente a um vizinho de confiança; Telefone para ele de vez em quando para saber se está tudo bem; Nas ausências prolongadas, peça a um parente para visitar sua casa, para demonstrar a presença de pessoas (abrindo janelas, regando jardins, entrando com carro na garagem etc.); Suspenda a entrega de jornais e peça para um vizinho recolher a correspondência; Não deixe jóias ou dinheiro dentro de casa, mesmo que seja em cofre. Utilize o cofre de bancos; Não deixe luzes acesas, pois durante o dia significam ausência de pessoas; No caso de residências com jardim na frente, contrate alguém para mantê-lo limpo, evitando o aspecto de abandono; Só deixe a chave com pessoas de absoluta confiança; Evite colocar cadeados do lado externo do portão. Isso poderá denunciar a saída dos moradores; Desligue a campainha. Assim, você deixa em dúvida quem usá-la apenas para verificar se você está em casa; Feche as portas e janelas com trincos e trancas, mesmo as do carro que permanecer na garagem; Quem mora em condomínio não deve precisar o dia de retorno aos funcionários do edifício; Reforce a porta da frente com fechaduras auxiliares; E, por fim, não deixe mensagens na secretária eletrônica dizendo que estará fora. Prefira algo mais genérico e abaixe o volume da secretária e do próprio telefone.

17 de novembro de 2003

A construção civil - "vôo de galinha ?"

Os empresários da construção civil de São Paulo estão convencidos de que as perspectivas otimistas para o setor em 2004 podem ir por água abaixo caso a condução da política econômica do país fique inalterada.Para 2004, o Sinduscon-SP (Sindicato da Indústria da Construção Civil de São Paulo) prevê um crescimento de 4,5% no PIB (Produto Interno Bruto) da construção, em comparação a 2003.Mas o vice-presidente de Economia do Sinduscon-SP, Eduardo Zaidan, tem dúvidas a respeito da sustentabilidade desse crescimento, apesar de confiar na aceleração da produção a partir do segundo semestre do ano que vem. "Se não tivermos nenhum solavanco, poderemos manter o crescimento até 2005."Segundo ele, o gargalo da economia nacional "é um forte constrangimento externo. Precisamos reduzir a dependência e não temos controle sobre as condições que nos permitiriam fazê-lo".O presidente do Sinduscon-SP, Artur Quaresma Filho, acrescenta que "até agora, a política econômica do governo foi necessária, mas se não for mudada para um modelo desenvolvimentista, vai afogar o Brasil numa crise social".Segundo a economista da GV Consult, Maria Antonieta Del Tedesco Lins, o crescimento sustentado só poderá vingar com o prosseguimento das reformas, a regulação das parcerias público-privadas, a definição dos marcos regulatórios, a implementação da política industrial anunciada pelo governo e uma agenda microeconômica.Muito piorEm 2003, o macrossetor da construção civil foi o mais penalizado de toda a economia, que deve registrar um crescimento próximo de zero. Segundo o Sinduscon-SP, o PIB da construção terá uma queda de 8,5% em 2003, a maior já registrada desde 1998, quando a riqueza da construção civil caiu 15%.O sindicato destacou que o consumo de cimento, um dos principais insumos da construção, caiu 11% até outubro e o vergalhão, 23%.Quaresma Filho destaca que a queda na atividade resultou na alta do desemprego no setor: foram fechados 43.500 empregos entre os meses de outubro de 2002 e de 2003. A redução no contingente empregado pelo setor foi 3,49%. Somente as obras do Estado de São Paulo tiveram menos 9.000 vagas neste período.

17 de novembro de 2003

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