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Notícias

Reformas sem dores de cabeça.

Estouro” no orçamento, atraso no término da obra, problemas com materiais e resultado diferente do previsto são fatos comuns em reformas que não foram cuidadosamente planejadas. As pessoas nem sempre fazem um projeto da reforma e contratam um profissional da área para executá-lo. Até mesmo os acabamentos, que só são executados no final, devem ser previamente definidos e orçados. Já demolições de paredes exigem um estudo cuidadoso da planta estrutural.O vendedor Sávio Penha acaba de investir em uma reforma em sua nova residência. Ele morava num apartamento e mudou-se para uma casa em condomínio fechado. Antes de mudar com a família, resolveu fazer algumas melhorias no imóvel.Mas a pequena reforma prevista para terminar em uma semana, durou quatro vezes o tempo previsto, cerca de um mês. “Você está na expectativa de mudar. As crianças ficam ansiosas para ir para a casa nova”, comenta Penha. Ele reformou os dois banheiros e a sala. Segundo Penha, o pedreiro passou um orçamento sem contar com os imprevistos, e no final teve um custo e um tempo maior. Durante a retirada das louças antigas do banheiro, a parede do quarto foi afetada. “Tive de arrumar a parede, não contava com isso”, diz Penha. Um mês depois e a obra estava finalizada. O resultado ficou como ele esperava. “Acabei gastando 60% a mais do orçamento inicial. Além disso, por conta do atraso, tive de pagar um condomínio a mais do apartamento em que morávamos”, conclui. O casal Lybia e Nagib Barquete j+á fez várias reformas com pedreiro ou mestre de obras. Desta vez resolveram contratar um engenheiro. O apartamento está sendo todo reformado, com troca de revestimentos e acabamentos, alterações de paredes. Para o casal, o serviço de um especialista garante segurança. “Certas coisas o pedreiro não tem habilidade para fazer e, como já está no meio da obra, você não pode mudar de profissional”, analisa Lybia. “Gasta-se um pouco mais contratando uma empresa, mas se tem menos dores de cabeça”, conclui o médico Barquete. DICASPasso a passo para o planejamento eficazPara o engenheiro civil Antônio Botelho, reforma é algo complicado e por menor que seja é preciso um planejamento detalhado. O primeiro fator a ser observado é a localização do imóvel. Propriedades no centro da cidade têm maior dificuldade de acesso de materiais.No caso de apartamentos, por exemplo, as normas do condomínio devem ser rigorosamente respeitadas. A obra não pode atrapalhar o bom andamento do prédio. Os horários de trabalho, de descarga do material, de retirada de entulho devem ser respeitados. Deve ser feita uma análise da rotina do edifício e da planta estrutural.A retirada de paredes pode interferir na estrutura, por isso a observação de vigas e pilares é essencial. A parte hidráulica pode trazer sérios problemas se não for pensada anteriormente. Às vezes um cano que quebra pode provocar interrupção no fornecimento de água ou entupimento de esgoto. Problemas que podem vir a ocorrer depois da obra terminada. Jornal A Cidade - 02/07/2006

02 de julho de 2006

Válvula impede que a água suba pelo ralo.

Considerados protetores das casas que ficam em zonas alagadiças, comportas e muros altos podem acabar virando vilões, fazendo com que a enxurrada entre em casa por outro ponto fraco: a saída de esgoto.Depois de a rua encher, a água, ao ser barrada para não invadir os imóveis, encontra um caminho nessa extremidade e invade a tubulação de casa até sair pelo ralo que fica na outra ponta.Para barrar esse fluxo no sentido contrário, a solução é adotar uma válvula de retenção, que é adaptada à saída de esgoto.Ativada pela pressão da água que corre de fora para dentro da casa na tubulação, a válvula se fecha, não permitindo que a sujeira e a lama subam pelos ralos.Mas, quando ela está fechada, não é recomendável usar torneiras, chuveiros ou vasos sanitários, pois o esgoto não encontrará seu fluxo de saída natural.Fortaleza antiáguaPara garantir o bloqueio da enxurrada, o aposentado Djalma Kutxfara, 66, que mora nos arredores do córrego Pirajussara (zona sul), diz que só a válvula de retenção não é suficiente.Além dela, ele conta com mais reforços para bloquear a entrada da água: muros espessos, reservatório para 2.000 litros de água e comporta no portão. Para eliminar de vez a ameaça de ter a casa alagada, ele até elevou o nível das janelas da frente.Outra medida, mais radical, é elevar o nível do piso da garagem. Na Vila Ernesto (zona sul), por exemplo, muitos recorrem a esse expediente, tanto que o capô do carro, quando estacionado, fica rente ao telhado. "E, mesmo assim, a água sobe", conta a dona-de-casa Carmen Luz de Meo, 48."Em muitos casos, o único jeito é derrubar a casa, levantar o nível do terreno e construir outra", opina Adilson Rocha, do IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo).Água na ruaEle ainda faz um alerta a quem recorre a comportas ou levanta o nível do piso das garagens: "É importante prever uma saída para a água e a lama da rua caso elas entrem, para não ficar preso em casa depois que a chuva passar", diz.Por último, sobra a água da chuva que cai nas áreas externas da casa e vai se acumulando, já que os ralos estão fechados. A solução é bolar um sistema de calhas e reservatórios, interligados a bombas que levam a água para a rua.Segundo Rocha, "não existe pesquisa que desenvolva soluções para as casas sujeitas a inundações. O que se percebe são improvisações que variam a cada caso, dependendo da região, do volume da água, da força da correnteza formada e da altura do terreno em relação à rua". da Folha de S.Paulo - 16/04/06

24 de abril de 2006

Chuva revela problemas na proteção contra água

Com a temporada de chuvas, não é raro que algumas surpresas apareçam dentro de casa. Mas, em vez de serem encaradas como vilãs, manchas, bolhas e goteiras podem ajudar a descobrir o que não vai bem com a estrutura e a corrigir defeitos na impermeabilização, evitando incômodos na próxima temporada.Segundo o engenheiro Paulo Sérgio de Oliveira, gerente da divisão de construção da Sika Brasil (fabricante de impermeabilizantes), quanto mais cedo o problema for notado, menos prejuízo causará. "O custo de correção dos problemas evolui bastante, por isso não faz sentido adiar o reparo."A cobertura (laje ou telhado) ocupa o topo da preocupação de quem mora em casa. Exposta a vento, chuva e grande variação de temperatura, será a porta de entrada da água se houver falhas na impermeabilização ou se telhas e estruturas do telhado tiverem sido danificadas por temporais.Se o problema estiver na laje, a recomendação é que a impermeabilização seja refeita, com troca e proteção da manta asfáltica.Os sinais do problema e a solução são iguais para quem tem terraço ou sacada. Kurt Amann, coordenador do curso de engenharia civil do Centro Universitário da FEI, chama a atenção para um detalhe que melhora a eficácia da proteção. "A manta deve entrar no ralo, não ficar na beirada."Reformas recentes (no próprio imóvel ou no do vizinho) também podem danificar a impermeabilização ou o sistema de escoamento da água. O publicitário Renato Borges fez alterações há quatro meses e já sente os efeitos do aumento das chuvas. "Uma parede na entrada da casa, que faz divisa com a do vizinho, está com manchas, bolhas e descascando."Borges acredita que a construção de uma varanda coberta no andar superior tenha modificado o rumo da água que desce da calha da casa vizinha.Olho no telhadoEm casas que possuem telhado, a primeira inspeção deve ser visual: subir lá e ver se o vento ou a chuva removeram ou danificaram as telhas. As danificadas são substituídas, mas, se a infiltração persistir, deve-se colocar uma manta, que funciona como subcobertura, por baixo das telhas. Essa tática soluciona também falhas como inadequação da inclinação do telhado às telhas.Outro ponto que merece atenção é a cumeeira (peça de cerâmica no topo do telhado), que pode se deslocar com vento e chuva.Árvores por perto também pedem inspeção das calhas, pois folhas levadas pela água entopem o sistema de escoamento, causando vazamentos dentro de casa.Nas paredes, a causa da maioria das infiltrações é impermeabilização malfeita --ou a falta dela-- dos alicerces ou da parede externa. Se a falha for nos alicerces, surgirão manchas ou descascamento do rodapé a até 40 cm do chão. A seguir, especialistas ensinam o que significa cada sinal trazido pela chuva e como corrigir os problemas. Folha São Paulo - 09/01/06

09 de janeiro de 2006

Casa para a vida toda.

Escadas amplas e seguras, janelas grandes e com peitoris baixos, pontos de tomada acessíveis, poço para a instalação de elevador, entre outros. Esses detalhes fazem parte dos projetos de construção. Por Tania Franco Sena A proposta é eliminar barreiras tanto no interior quanto na parte externa da casa, propiciando, cada vez mais, conforto ao morador. É assim que casas européias, americanas e asiáticas estão sendo planejadas e é desses continentes que surge a preocupação da casa para a vida toda ou da casa do futuro, com infra-estrutura baseada na praticidade, segurança e adequação ao uso. "Um bom projeto deve permitir mudanças e adaptações, prevendo as diversas necessidades que o usuário possa ter em qualquer fase da vida", afirma a arquiteta paulista Sandra Perito, que pesquisa e aplica o conceito do Universal Design em seus projetos há quatro anos, depois de ter estudado as tendências internacionais. De acordo com ela, um dos grandes diferenciais do projeto residencial com a aplicação dos princípios do Universal Design é que a casa estará apta a ser adaptada facilmente, quando uma limitação se impor, permitindo a transformação dos ambientes sem prejuízo ou comprometimento do espaço. O projeto prevê, como exemplos, a colocação de barra de apoio no banheiro da residência sem o risco de danos na parte hidráulica; paredes internas passíveis de remoção para ampliação do ambiente; portas de banheiros mais amplas para a passagem de uma cadeira de rodas ou de uma pessoa que precisa de um assistente; colocação de tomadas a 46 cm do piso, ao contrário do padrão atual que é de 30 cm, evitando assim esforço desnecessário ou mesmo uma lesão, instalação de dreno contínuo no Box para evitar o acúmulo de água, uso de maçaneta alavanca, entre outros itens, que podem ser simples e acessíveis. A casa para a vida toda prevê o conforto dos moradores em qualquer fase da vida e, principalmente, para os idosos. Se considerados os dados da OMS (Organização Mundial de Saúde), que 5% a 10% da população com mais de 60 anos sofre acidentes domésticos, tais cuidados no projeto da casa podem ser bastante significativos na redução desses índices, garantindo melhor qualidade de vida aos moradores. Consultoria: arquiteta Sandra Perito, telefone (11) 5535-4269 ou e-mail mperito@uol.com.br

24 de dezembro de 2005

Armazenamento evita desperdício

Boa parte do desperdício e perda de materiais durante as reformas residenciais acontece por mau armazenamento. Embora comuns em obras, é fácil evitar essas perdas utilizando medidas simples. Na hora de reformar o imóvel, é importante que haja um planejamento completo do custo da obra, incluindo mão-de-obra e materiais necessários. Embora acrescido o preço é sempre aconselhável que se contrate profissional habilitado em qualquer tipo de obra, mesmo nas menores.Pesquisas mostram que mesmo em obras conduzidas por profissionais qualificados o desperdício de materiais de construção pode chegar a 15%. Já se a mão-de-obra é informal, o desperdício pode chegar a 30%.ArmazenamentoArmazenar corretamente os materiais de construção é fundamental para evitar danos e perdas; além disso, quando se tem organização e planejamento a produtividade da mão-de-obra é maior. Veja algumas dicas: AreiaDeve ser estocada em local plano, devidamente cercada por madeiras e coberta por lona de plástico. PedrasTambém guardadas em local plano, cercadas, mas não precisam ser cobertas. CimentoÉ importante comprar conforme a demanda da obra já que o cimento é perecível. O tempo máximo de estocagem é de 30 dias. Se em contato com umidade estraga, por isso o conselho é empilhá-lo em local fechado e seco, sem retirar da embalagem. Tijolos e blocosDevem ser mantidos em pilhas com, no máximo, 1,5 metro de altura. Há a necessidade de serem mantidos cobertos com uma lona. Os tijolos aparentes devem ser empilhados sobre um tablado de madeira. CalDeve ser empilhada em local fechado, longe de umidade. Assim como o cimento deve-se evitar a compra em grandes quantidades. O tempo de estocagem é de 30 dias. A compra deve ser feita aos poucos, conforme a demanda da reforma já que a cal é um material perecível. Barras de açoMelhor se guardadas as barras de mesmo diâmetro juntas. Elas podem ser armazenadas em locais abertos, desde que não fiquem expostas por muito tempo – 90 dias no máximo. Não devem ser colocadas em contato com a terra. Tubos e conexõesDevem ser separados de acordo com o tipo e tamanho e nunca deixá-los expostos ao sol. Materiais elétricosCabos, quadros de luz, tomadas e materiais elétricos em geral devem ser guardados em local fechado, separados por itens. TelhasAs de barro devem ser empilhadas verticalmente. A dica é dispô-las em local próximo ao local onde serão utilizadas evitando quebras. As telhas metálicas devem ficar levemente inclinadas para não acumular água. MadeiraAs chapas compensadas devem ser cobertas com saco plástico e sem contato com o solo. Não se deve empilhar um grande número já que o peso pode danificar o material. Se a obra tiver tábuas para piso, elas devem ser guardadas sobre estrado de madeira. O madeiramento para o telhado deve ser coberto com plástico. Portas e janelasDevem ser guardadas dentro de casa e com as embalagens de fábrica. Melhor manter dispostas em posição horizontal. Azulejo e piso cerâmicoNunca devem ser armazenados em locais úmidos. Devem ser empilhados sem retirar as embalagens de papelão. VidroNunca deve ser estocado.   Carla Monique BigattoJornal A Cidade - 20/11/05

16 de dezembro de 2005

Pintura: entenda para que serve cada produto

Você vai pintar a casa e quando chega na loja para comprar as tintas fica confuso com tantas opções. Acrílica, esmalte, resina, verniz, fundo preparador... “O que significa tudo isso?”, você pensa com uma certa inquietação. Não é para menos, são tantos os nomes e as indicações que só mesmo um especialista para entender todas essas nomenclaturas. Para ajudá-lo a desvendar esse mistério e não fazer você desperdiçar dinheiro, relacionamos os principais produtos existentes no mercado: Massas Substância mole e pastosa preparada para aplainar e alisar as superfícies antes das demãos de tinta. Indicada para ambientes internos (massa-corrida) e externos (massa acrílica). Aplicadas de duas a três demãos com desempenadeiras de aço ou espátulas. Fundos São produtos químicos, que têm como função diminuir a absorção, uniformizando e selando a superfície. Proporcionam uma economia de tinta e aumentam a vida útil do acabamento. Têm secagem, em média, de quatro horas e devem ser aplicados em uma única demão. Suas variações: Líquido Selador para Alvenaria: à base de emulsão de PVA, é indicado para interiores. Tem aparência branca leitosa, mas, após a aplicação, fica transparente. Deve ser aplicado em reboco curado de 45 dias ou em cima de massa-corrida. Tem função de uniformizar a absorção da superfície, diminuindo as demãos de tinta. Aplicado com rolo de lã. Selador Acrílico: recomendado para interiores e exteriores, deve ser aplicado sobre reboco novo de secagem mínima de 15 dias. Tem aparência branca na lata e na aplicação. Uniformiza a absorção da superfície nova e se sobrepõe completamente à antiga pintura. Fundo Preparador de Paredes: único produto que acerta problemas nas superfícies, como descascamento, bolhas, caiação e pó. Aumenta a vida útil dos acabamentos e de superfícies de gessos e cal. Fixa partículas soltas, fazendo com que a tinta de acabamento tenha maior aderência e evitando a calcinação e a alcalinidade que costumam destruir a tinta. Seu líquido, aplicado com rolo de lã, é transparente na lata e na aplicação. Fundo Sintético Nivelador: usado para madeiras novas que nunca foram pintadas. Diminui a absorção da tinta e nivela a superfície. Aplicado com rolo de espuma ou pincel. Tintas É uma mistura química colorida, ou não, que após sua aplicação se converte em um revestimento decorativo, dando acabamento, resistência e durabilidade às superfícies, como alvenaria, madeira, metal e PVC. Evita a absorção da água da chuva e da sujeira, impedindo o desenvolvimento de mofo, no caso de alvenaria, de rachaduras, em madeiras, e de corrosão, nos metais. A seguir, você confere os tipos de tintas: Acrílica: tem grande poder de resistência e durabilidade, devido à emulsão acrílica de sua composição, por isso, é indicada para paredes externas, fachadas e muros. Seu acabamento é liso e sedoso, encontrando-se disponível na versão fosca, acetinada e semi-brilho. Seca em quatro horas e seu rendimento é de 40 a 50 metros quadrados por galão (de 3,6 litros). Pode durar de dois a dez anos, dependendo da qualidade do produto. Deve ser aplicada de duas a três demãos. Para um melhor acabamento deve ser aplicada com rolo de lã de pêlo baixo ou rolo para epóxi. Acrílica para pisos: tem os mesmos componentes da versão para alvenaria e mais alguns aditivos especiais que resistem à abrasão. A secagem é de 48 horas para o trânsito de pessoas e de 96 a 120 horas, para o de veículos. Resiste, em média, dois anos para abrasões leves. Seu rendimento é de 35 a 40 metros quadrados por galão. Devem ser aplicadas três demãos do produto com rolo de lã. Látex PVA: é mais porosa do que a tinta acrílica, por isso, menos resistente e durável. Indicada para ambientes internos e externos. Só é encontrada na versão fosca. Seca em quatro horas e seu rendimento é de 35 a 45 metros quadrados por galão. Tem vida útil de até cinco anos, para produtos de primeira linha. Deve ser aplicada de duas a três demãos com rolo de lã. Esmalte: é a evolução da tinta a óleo, mais resistente, mais durável e com maior brilho e secagem rápida. Indicada para madeiras (portas, cercas e portões) e metais, em ambientes internos e externos, seu acabamento é liso e sedoso. Nas versões: fosco, acetinado e alto brilho. Tem secagem de 18 a 24 horas e rendimento de 40 a 50 metros quadrados por galão. Sua durabilidade é de até dez anos. Devem ser aplicadas duas demãos do produto com rolo de espuma ou pincel de cerdas macias. Tinta a óleo: é a opção mais barata para madeiras e metais. Sua formulação tem uma quantidade maior de óleo do que a do esmalte. Só está disponível no acabamento brilhante. Sua secagem é de no mínimo 24 horas e sua vida útil, de até seis anos. Aplicado com rolo de espuma ou pincel de cerdas macias. Epóxi: produto bicomponente (tinta e catalizador) recomendado para áreas molhadas e superfícies metálicas. Sua aplicação deve ocorrer no máximo de 4 a 12 horas depois da mistura dos componentes. Tem rendimento de 35 metros quadrados por galão e durabilidade de dez anos. Sua secagem é de 50 horas. De odor forte e difícil aplicação, requer mão-de-obra especializada. Verniz Solução de resina, natural ou sintética, que propicia uma película transparente que protege e realça os veios da madeira. Pode durar até quatro anos em ambientes externos, dependendo do tipo do verniz, e longos anos em ambientes internos, se bem conservado. Seu rendimento é de 40 a 50 metros quadrados por galão e sua aplicação de três a quatro demãos, com rolo de espuma ou pincel de cerdas macias. Além de transparente, há vernizes que dão tonalidades à madeira, imitando mogno, imbuia, cedro, ipê, nogueira e cerejeira. Tem secagem de 18 a 24 horas. Consultoria: gerência de serviços das Tintas Coral..

18 de julho de 2003

Quando recorrer aos cemitérios de azulejos?

Apareceu um vazamento no seu banheiro, ou a cozinha está com parte dos azulejos rachados, e você não pensa em trocar todo o revestimento, mas também não tem sobra do azulejo, que já não é mais fabricado. Antes de começar a se preocupar, procure os cemitérios de azulejos e pisos. Nestes locais, é possível encontrar os mais variados tipos de revestimentos cerâmicos fora de linha. Pode ser que o modelo que você procura esteja lá, o que vai evitar grandes gastos na reforma. Essa, aliás, é a principal vantagem desse tipo de serviço: repor o que falta, sem gastar muito. Apesar da enormidade de opções em azulejos e pisos, os cemitérios concentram seu estoque nas peças com cerca de 25 anos para cá, já que nessa fase se exige uma reforma nas casas. Azulejos antigos (de 40 anos em diante) são mais difíceis de encontrar. Isso porque as casas dessas épocas já foram reformadas e o material jogado fora. Também porque só na década de 60 se iniciou a produção do azulejo brasileiro. Antes, havia apenas os europeus, considerados antiguidades e por isso caríssimos. Por estas razões, e ainda porque boa parte dos azulejos antigos para área interna era somente branca, a procura é muito pequena. Além da reposição, os cemitérios dos azulejos são também muito procurados por quem deseja diferenciar sua obra. Usá-los na criação de detalhes em bordas de piscinas, fontes, em volta de janelas, em mesas de alvenaria, em rodapés ou barrados (faixas na parede) dá um charme especial ao conjunto. E é viável economicamente. Já utilizar azulejos e pisos dos cemitérios em toda a obra não é recomendável, pois pode encarecer muito a construção. Para quem deseja vender seus azulejos e pisos, essas lojas oferecem outra vantagem: retiram o material sem cobrar nada pelo serviço e, ainda, pagam pelo que conseguem retirar intacto. Porém, é bom saber que os cemitérios só compram (e retiram) o que lhes interessa.

18 de julho de 2003

O risco de derrubar uma 'paredinha' só.

Reformas - mesmo em imóveis antigos - exigem cálculos de especialistas A dona da casa chama o pedreiro de confiança da família, percorre o corredor apontando um canto e outro onde quer um retoque de massa e chega ao quarto, onde faz a pergunta: - Dá para derrubar aquela paredinha de nada, ali? - É... a senhora querendo, a gente dá um jeito. Mas quem já se apertou em exames de física e matemática sabe que as ciências exatas quase nunca admitem esses 'jeitinhos' de improviso. Reformar não é uma atividade qualquer, menor e que possa ser feita de qualquer maneira ou sob critérios empíricos, os especialistas advertem. As relações de forças que mantêm uma estrutura de pé são conseqüência do equilíbrio entre paredes, vigas, pilares e lajes definido pelo projeto. Esses elementos podem ser alterados, mas mudar não é apenas sinônimo de retirar. São necessários cálculos que indiquem como redistribuir o peso da construção. Uma regra que vale para casas e prédios, independentemente de seu uso e tamanho, e especialmente se o edifício for antigo: "Para mexer em um prédio o cuidado tem de ser maior", diz o engenheiro Flávio de Lima. Seja qual for o andar, é preciso ter cautela. Nem sempre uma parede é só uma divisória de cômodos. Em muitos casos, elas também têm função estrutural, contribuem para manter o prédio de pé. Se por ali houver uma pilastra aí então é que o risco se torna maior e o perigo de alguma coisa sair errada aumenta. Projetados para suportar o peso das lajes e dar apoio às vigas, esses elementos só podem ser retirados depois de um estudo. "Para retirar um pilar tem de ser feito todo um cálculo específico." Num prédio, os primeiros andares suportam o peso dos superiores, mas é um engano imaginar que isso torna as obras mais simples quando se aproxima dos últimos pavimentos. "Mesmo no último andar é perigoso por causa da caixa d'água." Aumentos - E pelo relato dos profissionais não são poucas as vezes em que os clientes pedem para que sejam retiradas paredes para aumentar o espaço de um cômodo. Em busca do que pareça a eles o ambiente ideal são cometidos alguns atentados à segurança. A decoradora e paisagista Patrícia Pretola Martins conseguiu dissuadir uma de suas clientes da intenção de aumentar a garagem. Para que no espaço reservado para um carro ela pudesse estacionar dois, teve a idéia de quebrar uma parede e modificar a divisão do sobrado antigo. Mas na parede passava uma coluna e a operação não poderia ser feita de qualquer maneira. "Estruturalmente não tinha como fazer", disse Patrícia. Diante da negativa, a cliente chegou a argumentar que a casa era antiga, o que serviu apenas para reforçar a convicção da decoradora. "Pior ainda, porque você não sabe como foi construído." Há um mito de que as edificações mais antigas eram feitas de uma forma que permite mudanças sem grandes traumas. Seriam mais fortes e resistentes que as atuais. Um engano, segundo o engenheiro José Alves. Novas ou antigas, as regras são as mesmas. É preciso saber como se divide o peso da estrutura e como cada elemento trabalha para manter o equilíbrio. As leis da física valem sempre. É preciso antes de mais nada ver o manual de instruções. No caso dos prédios e das casas: a planta. Não é proibido fazer as alterações. "Se for mexer tem de ir com bastante cautela e pegar a planta o prédio", diz Patrícia. As informações contidas no projeto e a atenção de um profissional especializado podem indicar o caminho para se chegar ao resultado esperado. O problema é que a responsabilidade pela transformação e o tempo para as contas e para a execução dos serviços não custam tão pouco quanto deseja quem queria um banheiro maior. Também não se deve achar que, em vez de tirar uma parede, fazer uma nova é simples. Teoricamente isso parece mais fácil, afinal, em vez de reduzidos, os apoios serão aumentados. Mas entre a teoria e a prática há muita matemática. Segundo Alves, essa é outra operação arriscada. É preciso saber se fundações, pilares e vigas agüentam o peso adicional. Pior ainda se a idéia for aumentar o imóvel construindo mais um pavimento. Os cálculos têm de ser refeitos e além disso, adverte Alves, a união do material novo com o antigo nem sempre é tranqüila. Fonte: O Estado de S.Paulo

18 de julho de 2003

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