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Notícias

Momento de euforia na construção civil.

O setor imobiliário brasileiro vive um momento de euforia. A queda dos juros, o alongamento dos prazos de financiamento e a alteração na modalidade dos contratos de aquisição de imóveis vêm impulsionando o setor.A atual fase positiva teve reflexos na Bolsa de Valores, com a valorização das ações da maioria das empresas de construção civil que abriram seu capital.Embora o cenário seja muito diferente no setor imobiliário nos EUA, o que, junto com a alta do petróleo e dos alimentos, deve empurrar a maior economia do mundo para a recessão, no Brasil, segundo analistas, a realidade pode ser diferente.A expectativa é que em 2008 os bons resultados de 2007 se repitam na construção civil, seja de imóveis residenciais sejam de imóveis comerciais.Essa agitação do mercado imobiliário pode ser testemunhada em Ribeirão Preto, onde várias empresas, entre elas as maiores do setor no país, planejam lançamentos.A Prefeitura já aprovou, em pouco mais de 12 meses, 28 projetos para construção de condomínios (18 verticais e 10 horizontais). A Zona Sul da cidade se tornou um verdadeiro canteiro de obras de moradias de médio e alto padrões. O metro quadrado ali saltou para R$ 1.300,00, o maior da cidade.É muito provável que esse aquecimento na construção civil vá além de 2008 e permaneça nos próximos anos, pois muitos projetos ainda estão em andamento e sua implementação não ocorre em menos de cinco anos.Mas a principal vantagem de o setor da construção civil estar em pleno valor é a geração de oportunidades de trabalho. Ontem, sexta-feira, o Sinduscon (Sindicato das Empresas de Construção Civil do Estado de São Paulo) teve uma iniciativa muito importante nesse sentido. A entidade sugeriu que o governo subsidie a construção de moradias para famílias de baixa renda para acabar com o déficit habitacional no país, estimado em 8 milhões unidades habitacionais. Se for acatada pelo governo, essa proposta representa não só mais empregos, mas também uma existência mais digna para os compradores.

25 de novembro de 2007

Casa Cor-Rio Preto tem home cinema ecologicamente correto.

A designer de interiores Maitê Orsi e o arquiteto Eduardo Salata Orsi assinam o home cinema da Casa Cor-São José do Rio Preto. O espaço inova em tecnologia e o projeto e materiais seguem a linha da chamada “construção verde”. O projeto está focado no conforto, tecnologia e materiais ecologicamente corretos.   As paredes são em Dry Wall, material que gera 0% de entulho na obra e dá ótima performance acústica, inclusive pela movimentação de planos prevista no projeto. A iluminação e equipamentos são gerenciados por um sistema inteligente que se configura em um item a mais para o conforto do usuário. Os móveis são confortabilíssimos e a vedete é o sofá com lugares expansíveis e reclináveis.   “O ambiente foi feito sob medida para quem gosta de curtir um bom filme, com muito conforto, atualidade e um clima elegante, porém relaxante e voltado ao usuário, família e amigos”, explica o casal ribeirão-pretano.   A mostra abriu dia 1º de novembro, com expectativa de receber 20 mil visitantes durante um mês. Serão 47 ambientes em uma área de 4.000 m2.   A All Design, de Eduardo Salata Orsi e Maitê Orsi, já expôs na BIA-Bienal Internacional de Arquitetura os projetos Atri Fiat e Liceu Albert Sabin, também consagrados com o Prêmio Master FIABCI/SECOVI, o Oscar da Construção Imobiliária, e Menção Honrosa no PRIX DE EXCELENCE, da FIABCI mundial.       maiteorsi@uol.com.br         TEXTO & CIA Comunicaçãojornalista: Blanche Amancio16 3916.284016 8137.1159Rua Paschoal Bardaro 269 cj 03Ribeirão Preto-SP  

21 de novembro de 2007

Construtoras em alta.

As principais empresas do setor imobiliário, algumas delas com atuação em Ribeirão, registram elevação nos lucros. A queda dos juros, a melhora na renda e a disposição dos bancos em alongar os prazos de financiamentos impulsionaram o faturamento das principais empresas do setor imobiliário do País, entre elas algumas que atuam no mercado de Ribeirão Preto.A Cyrela, por exemplo, que anunciou a construção de oito torres de apartamentos nos Campos Elíseos em 2008, apresentou lucro 187% superior ao do terceiro trimestre de 2006.Os ganhos da empresa entre janeiro e setembro deste ano (R$ 330,7 milhões) dobraram em relação ao mesmo período do ano passado.A Rossi Residencial, outra empresa imobiliária com presença em Ribeirão, na Avenida João Fiúsa, também registrou desempenho positivo em relação ao terceiro trimestre do ano passado (25,6%).A Klabin Segal, que, junto com a Copema, planeja lançar pelo menos oito empreendimentos em Ribeirão, colheu resultados favoráveis (13,8%) em relação ao último trimestre de 2006.A Camargo Corrêa, que fez sociedade com a Perplan para viabilizar um condomínio fechado na Zona Sul, conseguiu um resultado surpreendente em relação ao terceiro trimestre - alta de 1.872%, mas o resultado acumulado no ano foi negativo: menos R$ 2,6 milhões.A captação de recursos mediante abertura de capital na Bolsa de Valores é outro fator que vem alavancando as empresas do setor imobiliário. Segundo reportagem do jornal Estado de S.Paulo publicada na última quinta-feira, as 20 maiores empresas de construção civil valem, atualmente, R$ 50,8 bilhões.Somente as ações da Cyrela, a maior empresa do setor imobiliário do país, valorizaram 44,68% nos últimos três meses.Não obstante, especialistas chamam a atenção para o excesso de empresas no pregão. No Brasil há mais empresas imobiliárias na Bolsa do nos Estados Unidos, um mercado incomparavelmente maior. "A consolidação será um caminho natural. Algumas poucas empresas vão crescer muito e outras terão crescimento baixo ou não vão crescer", declarou ao O Estado de S.Paulo um executivo de construtora.CréditoOs recursos de poupança direcionados ao crédito imobiliário voltaram a bater recorde, chegando a R$ 2 bilhões em outubro - uma expansão de 142% ante o mesmo período do ano passado, informa a Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip).O resultado eleva o total neste ano a R$ 14,2 bilhões. Somando os últimos 12 meses, esse número salta para R$ 15,9 bilhões, um avanço de 81% em relação ao intervalo anterior comparável, diz a Abecip."Esse crescimento é ainda mais surpreendente que o do mês anterior (setembro) e foi puxado pela pr odução, pelos lançamentos pesados. Em novembro e dezembro, deve ser ainda melhor por causa do 13º salário", disse o diretor da Abecip, Osvaldo Fonseca.Segundo ele, a estimativa para crédito imobiliário em 2007, que era de R$ 12 bilhões no começo do ano, já foi revisada para pelo menos R$ 18 bilhões após os surpreendentes resultados de setembro e outubro.Em número de unidades, outubro contou com 20,5 mil financiamentos, o que elevou a 155,8 mil o acumulado do ano, alta de 69% ante igual período de 2006.Segundo Fonseca, este ano deve ter o maior número de unidades financiadas em quase 20 anos. Nos últimos 12 meses até outubro, o total é de 177,6 mil, ainda maior que a marca de 181,8 mil unidades financiadas em 1988.

19 de novembro de 2007

Aposta no mercado econômico de RP.

                                                                 EMPREENDIMENTOS Área onde serão construídos condomínios verticais no bairro Campos Elíseos Incorporadoras que tradicionalmente atuam no mercado imobiliário de padrões médio e alto, agora investem suas fichas no chamado nicho econômico. São empreendimentos que contemplam famílias com rendimentos a partir de seis salários mínimos, que sonham com a casa própria.As construções, no entanto, estão longe da simplicidade dos modelos da Companhia de Habitação (Cohab). O conceito é diferente. Segurança, piscina, área para fitness, salões de festas e de jogos fazem parte dos projetos. Gigantes da construção civil, como Camargo Corrêa, Rossi e Cosil, que entraram em Ribeirão Preto com investimentos em imóveis de alto padrão, também estudam o mercado econômico. A Rossi, que já possui empreendimentos para classe econômica em Campinas, não descarta possibilidade de investir também em Ribeirão.Na semana passada, a Cyte, joint venture criada em agosto deste ano pelas construtoras paulistas Cyrela Brazil Realty e Tecnum Empreendimentos Imobiliários, anunciou o lançamento de dois condomínios verticais nos Campos Elíseos, a um quarteirão do cemitério da Saudade.O bairro, tradicional, com cerca de 40 mil habitantes, tem vida própria. Cortado pela avenida Saudade, uma das principais da cidade, ostenta um comércio movimentado, com agências bancárias, supermercados, hospitais e serviços. Os valores dos imóveis não foram divulgados, mas de acordo com o diretor regional da Cyte, Carlos José de Lacerda Chaves, a unidade de três dormitórios custará menos de R$ 100 mil. A empresa prevê um potencial de vendas de R$ 40 milhões. CréditoOs apartamentos do Vitória Parque poderão ser financiados em até 30 anos. Segundo o gerente de novos negócios da Cyrela, Romeu Braga, os planos de financiamento permitem o pagamento de parcelas a partir de R$ 250.Famílias com renda de 5 a 10 salários mínimos podem absorver prestações de até R$ 600. A condição é favorecida por conta da queda das taxas de juros, que hoje estão na faixa dos 9% ao ano, mais TR. Além do incentivo do Banco Central para financiar imóvel de até R$ 120 mil, os prazos ficaram mais longos.Imóveis na faixa de até R$ 80 mil são beneficiados com recursos da linha do FGTS, da Caixa Econômica Federal, em que os juros são de até 8,66% mais TR. CohabA Caixa Econômica Federal e a Cohab de Ribeirão Preto entregaram, no mês passado, 100 unidades da quinta etapa do Residencial Professor Antonio Palocci V, maior empreendimento residencial construído pelo Programa de Arrendamento Habitacional (PAR) na região. Com as unidades entregues este ano, o empreendimento totaliza 1.100 unidades, num valor de investimento de R$ 28,7 milhões.São casas com sala, cozinha, dois dormitórios, banheiro e área de serviço externa, com área útil de 33 m². Cada lote possui 207,84 m². O valor global investido foi de R$ 2,9 milhões oriundos do Fundo de Arrendamento Residencial (FAR). A taxa de arrendamento será de R$ 153,00 mensais pelo prazo de 15 anos e reajustados pelo índice de reajuste das contas vinculadas ao FGTS. O PAR é um programa destinado à redução do déficit habitacional, que chega a 7 milhões em todo o País. É aplicado nos centros urbanos através de arrendamento residencial, com prazo de 15 anos para pagamento. ALEXANDRE CAROLOESPECIAL PARA A CIDADE

18 de novembro de 2007

Arquitetos defendem revisão das medidas da garagem.

O tamanho das vagas de garagem é documento. Mas para o arquiteto Fernando Freitas, as medidas exigidas pelo Código de Obras e Edificações paulistano deveriam ser revistas, o que construtoras começam a fazer na prática. "Os empreendedores seguiam a lei à risca, mas, como havia muita reclamação no pós-obra, têm preferido fazer a vaga pequena com 2,2 m de largura, que ainda é apertado, mas decente", afirma Freitas. O vice-presidente da Asbea (Associação Brasileira dos Escritórios de Arquitetura), Fernando Pinheiro, concorda que o Código deva ser atualizado e lembra que as dimensões das vagas não devem ser o único foco do projeto. "Como a maioria das garagens é construída no subsolo, outros pontos importantes são ventilação e saídas de emergência. E a largura das vias internas e toda a área de manobra devem obedecer aos percentuais regulamentados." A assessoria do Contru (Departamento de Controle do Uso de Imóveis) informou que não há nenhum projeto de lei que altere as larguras das vagas de garagem, mas que as medidas exigidas são o mínimo e "nada impede que as construtoras façam vagas maiores". Geralmente as construtoras fogem do padrão em empreendimentos mais luxuosos, priorizando vagas grandes. Alargada Já a construtora Inpar constrói vagas pequenas e médias com largura e comprimento maiores que o padrão."A pequena tem 2,2 m x 4,5, e a média, 2,3 m x 4,7 m", afirma o diretor de projetos da empresa Waltermino Júnior.As vagas que ficam nos cantos ou entre pilares têm, no mínimo, 2,5 m de largura, mesmo que não sejam do tipo grande. Segundo Júnior, a construtora fez os ajustes após a execução dos primeiros projetos, há uma década. "Se três carros estacionam em vagas de 2 m de largura, ninguém consegue abrir as portas dos veículos."Mas o pé-direito é o mínimo exigido pela legislação: "O Código é feito para carros convencionais, não para os excepcionais. Escavação é caro, por isso, dificilmente se excede a altura de 2,3 m."

18 de novembro de 2007

Cresce procura pelo aquecimento solar.

                                                                                        DICA A instalação do equipamento deve ser feita por especialistas Sistema que pode gerar economia de até 70% nas contas de energia elétrica, o aquecimento solar é cada vez mais procurado. Tem capacidade para aquecer a água a uma temperatura superior a 60ºC.O sistema consiste basicamente em um reservatório (boiler) que armazena água aquecida por placas instaladas no telhado da casa. O tipo do equipamento varia de acordo com o número de pessoas na residência. Em dias de chuva ou tempo nublado, um termostato garante água aquecida usando energia elétrica.De acordo com dados da Associação Brasileira de Refrigeração, Ar Condicionado, Ventilação e Aquecimento (Abrava), as vendas de aquecedores solares no País devem totalizar 564,5 mil metros quadrados de área instalada, alta de 30% em relação a 2006. Em sistemas (cada um equivale a 4 metros quadrados, em média), as vendas devem chegar a 125 mil, ante os 100 mil de 2006. Atualmente, seis cidades brasileiras (Campina Grande, Porto Alegre, Belo Horizonte, Varginha, Birigüi e São Paulo) possuem leis municipais que exigem a instalação de aquecedores solares. Em São Paulo, desde o dia 15 de outubro, prédios comerciais, indústrias ou residências com mais de três banheiros estão obrigados a utilizar a luz solar para aquecer água.De acordo com o diretor executivo do departamento Nacional de Aquecimento Solar da Abrava, Carlos Faria, o custo do equipamento varia de R$ 1,5 mil a R$ 3 mil para uma família com quatro pessoas. “Já existem linhas de crédito em bancos com condições especiais para facilitar as vendas de aquecedores”, conta.Para uma residência com cinco pessoas, a gerente de vendas de uma loja especializada de Ribeirão Preto, Janiffer Carla da Silva, afirma que é necessário um reservatório de 250 litros, o equivalente a 50 litros por pessoa. “Caso a família possua banheira de hidromassagem, pode acrescentar mais 50 litros à conta”. Para não faltar, Janiffer sugere um boiler de 300 a 400 litros.Para essa configuração são necessários, no mínimo, três coletores de 1,5m x 1,0m. O custo desse sistema é de aproximadamente R$ 2,35 mil. A instalação não está incluída. De acordo com Janiffer, o valor da mão-de-obra especializada para montagem do equipamento não sai por menos de R$ 450. “Cuidado na hora de escolher o instalador. Sempre procure referências”, aconselha.Desde 2002, a empresária Vilma Gil possui um equipamento apropriado para servir quatro pessoas, no Alto do Ipiranga. A cada oito meses, faz uma limpeza nas três placas coletoras. “Com essa simples manutenção periódica, nunca tive problemas com o equipamento. Basta limpar a sujeira para que a captação da luz seja mais eficiente”, conta.PiscinaEste ano, Vilma resolveu investir no aquecimento da água da piscina. O sistema é diferente. Não necessita de boiler, mas em compensação não economiza nos coletores. São 19 placas compridas, de 3,75m x 30cm, capazes de manter em 34ºC a temperatura da piscina de 3,5m x 7m. “É fundamental o uso da capa térmica, que deve cobrir a piscina à noite para evitar perda de temperatura”, conta.O sistema para aquecimento de piscinas utiliza um motor elétrico para bombeamento da áqua que serpenteia pela tubulação nos coletores. Vilma desembolsou R$ 3.135, além dos R$ 465 para instalação. Há também o sistema que usa placas circulares, com 1,8m de diâmetro. O custo de cada coletor é de R$ 390. Para uma piscina de 4m x 8m, são necessárias oito placas.Sistema garante água quente por R$ 230Desde 1999, a ONG Sociedade do Sol sediada no Cietec (Centro Incubador de Empresas Tecnológicas), no campus da USP, pesquisa sistemas de aquecimento solar de baixo custo (ASBC). O mais simples, do tipo “faça você mesmo”, custa R$ 230.O coordenador do projeto ASBC na região de RP, Cláudio Luiz da Silva, afirma que o sistema pode gerar uma economia de 30% a 50% na conta da energia elétrica. O ASBC é desenvolvido em PVC, material facilmente encontrado em casas de material de construção, além de pequenos conectores e adaptadores. O sistema é capaz de aquecer 100 litros de água, o suficiente para atender a demanda de duas pessoas.O princípio é simples. Placas de forro (divisória em PVC) são pintadas de preto para absorver maior calor do sol e esquentar a água que circula dentro da peça. O circuito funciona naturalmente, sem necessidade de bomba para mandar água quente ao reservatório. Para regular a temperatura da água, que pode chegar 60ºC, é necessário que haja um misturador, sistema que recebe água quente por uma tubulação e fria por outra. Academia comemora a economia de eletricidadeO empresário Luca dos Santos Simoni, 22 anos, abriu uma academia de ginástica no Centro de Ribeirão Preto há quatro meses. Optou pelo sistema de aquecimento solar para garantir a temperatura da água da piscina, entre 27ºC e 31ºC.A piscina de 12m x 4m e 1,6m de profundidade é usada para hidroginástica. Segundo Luca, a temperatura da água fica na faixa ideal para prática de exercícios. “Mais do que 31ºC, só para fisioterapia”, diz. O sistema utiliza placas coletoras de 3,75m x 30cm e custou R$ 6 mil. De acordo com o empresário, se a piscina fosse aquecida usando energia elétrica a conta de luz passaria dos R$ 1.000. Atualmente gastamos em média R$ 750 por mês, considerando o consumo de equipamentos eletrônicos e iluminação. Na casa do aposentado Waldemar Jenssen, o sistema funciona há seis anos, segundo ele “sem nunca ter dado problema”, para aquecer um reservatório de 500 litros. “É muito bom e aquece demais. Precisamos usar o misturador, senão fica difícil agüentar a temperatura alta”, conta. A filha e vizinha de Waldemar, Maira Angélica Jurado, aderiu ao sistema. “Aqui em casa a conta de luz era de R$ 120 a R$ 130. Agora pagamos metade disso”, conta. Alexandre CaroloEspecial para A Cidade

11 de novembro de 2007

Vila e loteamento cobram condomínio.

Legalmente, uma vila fechada e um loteamento com acesso controlado diferem de um condomínio, e essa divergência provoca outra: nos dois primeiros, pode-se cobrar dos moradores uma mensalidade? "Hoje há uma infinidade de ações judiciais de pessoas que moram em loteamentos assemelhados a condomínios, com portaria, muro, guarita, serviços de limpeza e taxa mensal", aponta Márcio Rachkorsky, da Comissão de Direito Imobiliário e Urbanístico da OAB-SP. "A grande discussão é se a taxa mensal é obrigatória ou não para os loteamentos", diz.Se o loteamento é inicialmente projetado para ser protegido e ter serviço de segurança, o novo proprietário já entra no jogo conhecendo as regras. "O problema maior é quando um grupo fecha um loteamento existente, e alguns proprietários, apesar de usufruírem dos serviços, não se sentem obrigados a pagar", conta Rachkorsky. Se há, contudo, uma associação de moradores, sem fins lucrativos, que administra créditos para fazer frente aos custos locais segundo estatuto registrado, quem mora no loteamento faz parte dessa associação e deve contribuir. O condomínio, por sua vez, advém de uma incorporação imobiliária e é regido pelo Código Civil e por uma convenção. "As áreas comuns são de propriedade do condomínio, e não públicas, e um síndico é responsável por cobrar dos moradores a taxa mensal", diferencia o representante da OAB. Para o advogado Edemilson Vicente, a maioria das ruas fechadas acaba gerando "minicondomínios", já que o acesso a pedestres não é facilitado. Mas, para o morador, a diferença entre a rua fechada e o loteamento de acesso controlado é "teoricamente nenhuma", pondera Graiche. "Importante é viver sem medo de assalto." Foi o que levou os vizinhos do arquiteto Roberto Monaco, 57, a fecharem a rua. "Após um primeiro assalto, colocamos uma guarita, só que, durante as férias do vigia, meu carro foi roubado", lamenta. Decidiu-se então fechar o portão, e cada morador colabora com a segurança 24 horas: "Nunca mais tivemos assaltos". GIOVANNY GEROLLAColaboração para a Folha de S.Paulo

11 de novembro de 2007

Moradores fecham vias públicas à passagem de pedestres, o que é proibido por lei.

O direito de ir e vir tem sido barrado por cancelas, guaritas e seguranças em ruas fechadas e loteamentos da cidade de São Paulo e de municípios vizinhos. A lei permite que pedestres, mesmo que não sejam moradores, circulem por esses espaços, mas a preocupação com a segurança faz com que os proprietários brequem o acesso público a eles --o que é corroborado por alguns advogados. "O costume adquirido, socialmente aceito, é fonte do direito de fechar os portões", diz o advogado José Roberto Graiche, presidente da Aabic (associação de administradoras). Assim, quem quiser caminhar livremente por uma rua fechada não necessariamente conseguirá destituir a barreira dos moradores, a não ser que tenha uma razão muito forte para entrar ali --o que, geralmente, é visitar alguém. A lei que rege as ruas fechadas, ou "vilinhas", é municipal. "Um decreto consolidado no último mês de agosto [48.638] fala como proceder no fechamento de ruas", informa Edemilson Vicente, sócio da Limongi Wirthmann Vicente Advogados Associados. As vilas devem ter uso estritamente residencial, e as ruas, largura máxima de dez metros."No geral, são ruas sem saída, pequenas, que recebem a permissão de colocar cancela ou guarita", descreve Vicente. Para aprovar o fechamento, 70% dos donos de imóveis da rua devem estar de acordo com o projeto, que, detalhado, é enviado à subprefeitura. Lei das ruas De lá, será encaminhado à Procuradoria Geral do Município e à CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), que avaliará o impacto no trânsito. Embora, nos termos da lei, "a rua fechada não impeça a passagem de pedestres", diz Claudio Bernardes, vice-presidente do Secovi-SP (sindicato imobiliário), a realidade é outra. A professora Camila Cássia Carone Faria, 30, conta que, na rua dela, não há entra-e-sai: "A rua é sem saída e não tem por que servir de passeio a quem não venha visitar um morador; assim, fechamos também o acesso a pedestres e colocamos um interfone, para maior segurança", relata. A decisão dos vizinhos foi tomada por causa de assaltos. "Não quisemos colocar guarita por ser difícil encontrar alguém de confiança, e, para contratar formalmente, os custos são altos: é preciso ter folguista e funcionário noturno", calcula. Os vizinhos de Faria ratearam os custos de fechamento dos portões e agora pagam, em conjunto, somente os gastos com a eletricidade da lâmpada do portão: "Sai, em média, R$ 13 ou R$ 14 por bimestre". Já os loteamentos de acesso controlado, como Alphaville, deverão ser regulamentados por uma revisão da Lei de Parcelamento do Solo, que é federal. A legislação também permite que por eles possam circular pedestres que não sejam moradores. GIOVANNY GEROLLAColaboração para a Folha de S.Paulo

11 de novembro de 2007

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