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Notícias

Volume de crédito imobiliário já supera todo o ano passado.

Os financiamentos imobiliários com recursos da poupança atingiram 18.428 unidades em agosto e somaram R$ 1,8 bilhão, novo recorde mensal de operações. No acumulado do ano, até agosto, o total de contratações, tanto em volume quanto em unidades, já superou o resultado final do ano passado, segundo a Abecip (associação das entidades de crédito imobiliário). Entre janeiro e agosto de 2007, o volume de operações chegou a R$ 10,3 bilhões, com 117.237 unidades financiadas. Ao longo de 2006, as contratações somaram R$ 9,34 bilhões, em 113.873 unidades. O montante financiado nos primeiros oito meses deste ano cresceu 73,7% em relação ao mesmo período de 2006, quando foram emprestados R$ 5,9 bilhões. Nos últimos 12 meses, até agosto, o total contratado alcançou R$ 13,7 bilhões, superando em 73,6% o volume registrado nos 12 meses anteriores. Quanto à quantidade de imóveis, elevou-se a 157.890 o número de unidades financiadas nos últimos 12 meses, com avanço de 58% em relação ao mesmo período anterior. Matuiti Mayezo/Folha Imagem Segundo entidade do setor, Brasil despertou para o mercado de crédito imobiliário "O Brasil despertou para o mercado de crédito imobiliário, que cresce junto com a economia. Só o valor de financiamentos de agosto, de R$ 1,8 bilhão, supera todo o ano de 2002, quando praticamente não existia o financiamento habitacional", explica Osvaldo Correa Fonseca, diretor geral da Abecip. Segundo ele, a concorrência entre os bancos, que conseguiram maior segurança nas operações com mudanças na legislação a partir de 2003, alongou os prazos e reduziu as taxas de juros. "Antes, as pessoas preferiam pagar aluguel do que pagar um imóvel. Hoje, a prestação de compra é equivalente a de um aluguel", diz Fonseca. Ele explica que se antes, era necessário comprovar renda familiar de 14 salários mínimos para conseguir um financiamento de R$ 100 mil, atualmente, a exigência é de seis salários mínimos. "Isso não quer dizer que a renda aumentou, mas que as condições de financiamento de flexibilizaram", diz. Segundo a Abecip, os sucessivos recordes registrados nos financiamentos imobiliários com recursos da poupança sinalizam volume de contratações em 2007 de R$ 15 bilhões e 160 mil unidades financiadas. Para Fonseca, nem a crise hipotecária nos Estados Unidos deve interromper a trajetória positiva do mercado imobiliário brasileiro, por operar em moldes diferentes do sistema americano. "Fica no ar que o mercado americano precisa fazer algo, como o Fed [Federal Reserve, o banco central dos EUA] fez ontem, reduzindo a taxa de juros. Os bancos precisam renegociar suas dívidas. Mas, aqui, só com dados de recursos da poupança vamos muito bem. Há que crescer muito ainda para termos necessidade de operar no mercado secundário", avalia Fonseca. Captação A captação líquida de recursos por intermédio dos depósitos de poupança também teve desempenho positivo, conforme a entidade. Em agosto, os depósitos superaram os saques em R$ 2,4 bilhões --número inferior, neste ano, apenas ao de julho, de R$ 2,7 bilhões. E a captação líquida foi elevada a R$ 11 bilhões nos primeiros oito meses do ano. Desta forma, o saldo total das cadernetas de poupança chegou a R$ 168,7 bilhões, superando em 24,5% o saldo de R$ 135,6 bilhões registrado em agosto do ano passado. 19/09/07 - DEISE DE OLIVEIRA

22 de setembro de 2007

Bancos dissimulam valor de planos de financiamento imobiliário.

Imagine programar uma das compras mais caras de sua vida, que demorará até três décadas para ser quitada, sem saber quanto vai ser gasto no final. Pois essa é a situação real de quem navega pelos sites dos bancos em busca de um número que resuma qual será a quantia total despendida no financiamento da aquisição de um imóvel, seja qual for o seu valor. A Folha, com a ajuda do economista Miguel de Oliveira, vice-presidente da Anefac (Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade), fez simulações de crédito imobiliário em oito endereços eletrônicos de bancos. A conclusão foi que, pelos simuladores, é possível conhecer taxas de juro cobradas, valores de parcelas e outras condições, como seguro, mas não se pode cravar o preço final do bem e quão mais caro ele custará se comparado ao valor à vista. E a obtenção dessa informação poderá exigir paciência e um esforço árduo mesmo se o interessado bater perna pelas agências -que foi também o passo seguinte da reportagem. Nas agências Nessa segunda etapa, obtivemos resultados distintos em oito instituições financeiras. Apenas uma delas forneceu, impresso, o total final gasto após 240 parcelas, obtido com a aplicação de uma TR (Taxa Referencial) estimada para corrigir as mensalidades. Nesse exemplo, um crédito de R$ 44 mil, para comprar um imóvel de R$ 55 mil, custaria, ao final de 20 anos, mais que o dobro do valor do bem, ou quase o triplo do dinheiro emprestado ao mutuário: R$ 112 mil. Outro banco culpou justamente a impossibilidade de se prever a TR pelo não-fornecimento do valor final nos planos de parcelas variáveis. Há os que não passam informações "tête-à-tête" na agência, apenas por telefone. Em duas instituições, o atendente calculou, na hora, o total que o contratante gastaria ao final do plano. Valor espantoso O de uma delas, ao concluir que o financiamento de um imóvel de R$ 60 mil custaria mais de R$ 300 mil, espantou-se com o aumento: "Essa conta deve estar errada". Não estava. "Os sites não dão esse valor total porque ele, de certa forma, depõe contra o plano de financiamento", analisa Miguel de Oliveira. "Mas é um direito do consumidor exigir essa informação." O Procon-SP (Fundação de Proteção e Defesa do Consumidor), porém, relativiza esse direito, restringindo-o aos planos que têm parcelas pré-fixadas -leia mais sobre a posição do órgão sobre essa questão na página seguinte. Segundo o economista, mesmo alguém que possua bons conhecimentos de matemática financeira teria dificuldade para calcular o total que pagaria no financiamento só com os dados que são disponibilizados pelos sites dos bancos. EDSON VALENTECom DÉBORA FANTINI, da Reportagem local, MARIA CAROLINA NOMURA e MARIANA DESIMONE, colaboração para a Folha S. Paulo - 02/09/07

20 de setembro de 2007

Bairros sem praça.

Expansão da Zona Sul sem planejamento de praças deixa bairros inteiros sem previsão de áreas públicas de lazer. A expansão de Ribeirão para a Zona Sul foi feita sem a reserva obrigatória de espaços para praças em bairros como o Jardim Botânico e a região da avenida João Fiúsa. Não há sequer um projeto que contemple uma praça na avenida e em seu prolongamento, além do Jardim Irajá até o Jardim Botânico. As outras principais vias que dão acesso aos bairros da região também foram criadas sem praças.A afirmação é do engenheiro Lucas Miranda, da Secretaria de Obras Públicas e Particulares da Prefeitura de Ribeirão Preto. A única área que pode ser chamada de praça é a rotatória das avenidas João Fiúsa e Adolfo Bianco Molina. Há também áreas verdes no canteiro central das avenidas e nas entradas dos condomínios horizontais.O tema provoca preocupação em quem passa pela área e percebe o crescimento urbano através de condomínios. De acordo com o Código de Obras do município, os condomínios são obrigados a destinar 20% de seu território para área verde, de uso comum da população. Este percentual pode estar metade na parte interna e metade na externa do condomínio. A professora de geografia Ana Júlia Peres desistiu de fazer caminhada no Parque Luis Carlos Raya por achar o local impróprio para esta atividade. "A gente fica exposta ao sol durante todo o momento e, quando quer parar para descansar, não tem uma sombra", reclamou. Ela desenvolve projetos de combate ao aquecimento global e de cultivo de áreas verdes na cidade, incentivando os alunos a se dedicar cada vez mais ao tema. "O verde hoje em dia tem que ter prioridade, sempre. No condomínio onde moro tem bastante, por isto sei da importância de tratar do assunto".A mesma reclamação tem o vendedor de caldo de cana Anselmo Borges da Silva, que trabalha em frente ao parque desde sua criação. "Tirando o parque, realmente eu não percebo praça nenhuma aqui. Tudo está sendo tomado pelos prédios", disse. A reportagem da Gazeta percorreu as principais avenidas da região e constatou que não há, pelo menos identificada, alguma área destinada a construção de praças nas avenidas João Fiúsa, Wladimir M. Ferreira e Carlos Eduardo Consoni.Na única placa que indica uma praça, fixada em uma rotatória no início do prolongamento da avenida João Fiúsa, chamada "Mister Blitz", não há bancos, passeios para pedestres ou árvores.Atualmente, quatro praças estão em processo de licitação para a construção e deverão ser entregues no início do ano que vem: duas na Ribeirânia, uma no Alto do Ipiranga e outra no Jardim Progresso.O engenheiro Miranda revela que priorizar as áreas mais carentes e com terrenos destinados à construção de praças há mais tempo é uma ordem do prefeito Welson Gasparini (PSDB)."Existem terrenos que são destinados para as praças que estão lá abandonados, servindo para que a população jogue lixo, há quase dez anos", falou.Miranda entende que as avenidas da Zona Sul são um local de construções recentes e que ainda pode ser beneficiada pelas áreas verdes.Área verde não precisa ser praçaNa opinião do arquiteto José Luis de Almeida, chefe da Divisão do Sistema Viário, as questões sobre áreas verdes sempre geram debate acalorado quando novos empreendimentos começam a sair da planta. Ele destaca que o poder público em todas as cidades está mais rigoroso com o tema, tornando indispensável um projeto que se encaixe dentro das leis de criação e preservação de áreas verdes. "Área verde não significa necessariamente praça. Os projetos que estão chegando dos condomínios atendem a todos os requisitos em relação a obrigação de ter o verde, mas isso só será percebido quando se formar", explicou.O arquiteto usa como exemplo o Parque Luis Carlos Raya, localizado no Jardim Botânico, que ainda tem vegetação em início de formação. "Ainda dá a impressão de que o parque é carente de áreas verdes, mas, conforme o tempo passar, vamos ver como o local será arborizado e cheio de opções de verde".Ele destaca que a preocupação com o meio ambiente está presente em todas as autorizações de projetos em andamento nas secretarias da Prefeitura. "Área verde tem que existir de qualquer jeito. Quando bairros novos na periferia da cidade começaram a ser construídos, a impressão que tínhamos ao olhar aquilo era a mesma: parecia um deserto. Hoje, observamos lugares como o Quintino Facci e o José Sampaio, que estavam em início de formação quando cheguei a Ribeirão Preto, e estão arborizados, com praças e tudo mais", comparou, argumentando que esta pode ser a mesma impressão ao olhar o crescimento dos condomínios na Zona Sul. PAULO SILVA

15 de setembro de 2007

Maurílio Biagi terá 2 torres comerciais.

F.L.PITON PROJETO Avenida Maurílio Biagi: duas torres comerciais serão erguidas pela Klabin Segall e pela Copema   A incorporadora paulista Klabin Segall se associou à construtora Copema, de Ribeirão Preto, para lançar seis empreendimentos este ano, com potencial de vendas - valor geral de vendas (VGV) - de R$ 290 milhões. O grupo segue a tendência de migração das grandes incorporadoras para cidades do interior do Estado. Este ano, incorporadoras como Camargo Corrêa, Rossi Residencial e Cosil também anunciaram empreendimentos com VGV estimado em R$ 200 milhões.A parceria Klabin Segall e Copema construirá dois prédios comerciais (office corporate), ainda sem nome definido, numa área de 7,5 mil metros quadrados, na avenida Maurílio Biagi, bairro Santa Cruz. Uma das torres terá 200 escritórios de 47 metros quadrados cada. A outra terá 15 lajes de 500 metros quadrados. O potencial de vendas previsto é de R$ 50 milhões.De acordo com José Renato Magdalena, diretor da Copema, as lajes, muito comuns em grandes capitais, permitem que as empresas planejem o espaço do escritório da forma mais adequada. “Em São Paulo existem muitas lajes, normalmente com mil metros quadrados ou mais, que abrigam empresas de médio e grande portes. Aqui em Ribeirão ainda não existem prédios assim”, conta.No térreo haverá praça de alimentação, espaço para bancos e lojas de serviços, além de um estacionamento para 500 veículos. O empreendimento será lançado em outubro e deverá ficar pronto em dezembro de 2010. “Estamos apostando pela segunda vez, em 13 anos, no segmento corporativo. Além de nos dar expertise nesta área, será uma oportunidade de diversificarmos”, disse Sérgio Segall, diretor da incorporadora paulista.Numa área de quatro mil metros quadrados da avenida João Fiúza, Klabin e Copema construirão o edifício Portes du Soleil, residencial de 28 andares para classe alta que terá 108 apartamentos com potencial de vendas de R$ 50 milhões. O lançamento está previsto para meados de outubro e a conclusão projetada para janeiro de 2010.Para famílias de classe média baixa, o grupo planeja a construção de dez edifícios numa área de 40 mil metros quadrados do bairro Nova Aliança Sul, no início da estrada para Bonfim Paulista. “É um nicho de mercado, porque ainda existe um déficit habitacional para a população de baixa renda”, afirma Magdalena.Os prédios, com 15 pavimentos e quatro apartamentos por andar, serão distribuídos em quatro quadras de 10 mil metros quadrados cada uma. Os apartamentos custarão de R$ 120 mil a R$ 140 mil. O VGV pode chegar a R$ 120 milhões. O empreendimento será construído em fases e deverá ser conluído no final de 2011.Na continuação do bairro jardim Botânico, no Anel Viário, o grupo construirá outros 10 edifícios numa área de 30 mil metros quadrados do loteamento Saint Gerard, a partir de 2010. Os prédios, de padrão médio alto, terão 12 pavimentos, com dois ou quatro apartamentos por andar. As unidades terão de 120 a 150 metros quadrados. O VGV estimado é de R$ 120 mil.ALEXANDRE CAROLOESPECIAL PARA A CIDADE -08/09/07

10 de setembro de 2007

Morar no Centro.

Imóveis mais baratos e espaçosos e oferta de serviços e lazer estimulam investimentos na região central de RP. Especial para a Investidores de imóveis estão optando por comprar apartamentos no Centro de Ribeirão Preto por causa do preço convidativo e o fácil acesso às áreas de compras e lazer. A diferença de preços entre as unidades disponíveis na área central e outras similares construídas em locais em expansão imobiliária, como a Zona Sul, pode chegar a 50%.Embora o projeto arquitetônico não seja moderno, os compradores apontam vantagens como o espaço interno e o conforto de ter por perto lojas, lanchonetes, choperias e um shopping center.Segundo levantamento feito pelo Guia Centro, da Associação Comercial e Industrial de Ribeirão Preto (Acirp), são 2,2 mil empresas no quadrilátero central, nas quais os moradores podem encontra muitos serviços sem ter que utilizar veículo para se locomover.Mas, por se tratar de imóveis usados, o proprietário pode ter desconfortos ao longo do tempo. Esta é a opinião do professor de economia da Universidade de São Paulo (USP) Luiz Henrique Scorzafave, que, ao comparar as duas situações, faz um alerta: investir em um imóvel usado na área central ignorando a oportunidade de comprar uma unidade similar em zonas em expansão é um pode ser uma visão imediatista. “É preciso colocar na ponta da caneta os contratempos futuros”, declara.Situações como manutenção e preço do condomínio têm que ser levadas em consideração, segundo Scorzafave. "Como esses prédios usados têm menos apartamentos, o condomínio é maior, portanto, o morador terá uma taxa que vai acompanhá-lo durante todo o tempo. E outra: a unidade não estará no começo de sua vida útil, como nos novos empreendimentos, que têm mais apartamentos e um valor de condomínio menor", disse. "É natural que morar no Centro custe menos", afirmou.Para o corretor de imóveis Carlos Henrique Rossi Fortes Guimarães, o Centro não oferece novos empreendimentos, portanto as construções não seguem o padrão moderno dos lançamentos, mas, segundo ele, enquanto um apartamento na área central possui dois grandes quartos em uma área de 80 metros quadrados, as novas construções fazem até quatro dormitórios na mesma medida. "No Centro são cômodos mais generosos desenhados em plantas antigas, que tornam a residência da pessoa muito mais espaçosa, mas os novos condomínios estão investindo exatamente em espaços como áreas de lazer e garagem ampla para que o morador se identifique mais com o prédio", disse.O conhecimento do corretor foi fundamental para orientar o irmão, o advogado José Fortes Guimarães Neto, que comprou um apartamento na rua Campos Salles, no Centro, de 350 metros quadrados, pagando metade do preço de um imóvel similar na Zona Sul da cidade. "Esta foi uma das vantagens que notei quando decidi fazer o negócio. Apesar da arquitetura ser mais antiga, os cômodos são amplos e temos a praticidade de estar perto de tudo", falou.Mas, para o corretor Jader Fonseca Maciel Pinto, da imobiliária Mercado de Imóveis, que vende apartamentos na avenida João Fiusa, a Zona Sul também oferece os mesmos serviços que o ponto central é outro: o preço. "As pessoas só vão para o Centro porque é mais barato. Muitos não falam isso, mas a gente percebe que o preço do metro quadrado, tanto para a venda como para a locação, chega a ser decisivo na escolha", afirmou.Ele aguça a curiosidade dos que querem cotar algum imóvel na Zona Sul e compará-lo com os localizados na área central. "Enquanto num edifício de dois apartamentos por andar na Fiusa a pessoa paga de R$ 600 mil a R$ 700 mil a unidade, a mesma metragem sai entre R$ 350 mil e R$ 400 mil no Centro, com duas ou três vagas na garagem." Pinto revela que há casos de identificação da pessoa com o Centro da cidade e há casos de aparente arrependimento. "Tinha uma cliente que me procurou com uma quantia que não era compatível com nenhuma unidade na Fiusa, por isso ela foi morar na parte alta da Cerqueira César. Agora ela me procurou novamente para investir de novo na Zona Sul", disse. PAULO SILVA

02 de setembro de 2007

Incorporadoras investem no interior.

JOYCE CURY NA ZONA SUL DE RP A ‘nova’ João Fiúza, próxima da Rodovia Antônio Duarte Nogueira (Anel Viário), teve área adquirida pela Camargo Corrêa Gigantes da construção civil, que antes concentravam empreendimentos apenas em capitais ou no litoral, investem agora no interior de São Paulo, de olho nas cidades com maior concentração de riquezas. Em Ribeirão Preto, incorporadoras como a Camargo Corrêa, Rossi Residencial e Cosil devem movimentar o mercado imobiliário em mais de R$ 200 milhões, nos próximos dois anos.A tendência também é verificada na geração de empregos do setor. No período de 12 meses até junho deste ano, a criação de postos de trabalho com carteira assinada nas cidades do interior cresceu a uma taxa 100% maior que nas nove principais regiões metropolitanas brasileiras, em comparação a 2006. No interior, o emprego teve crescimento de 30,3% (15,6% nas regiões metropolitanas).Crédito farto, juros em queda, melhoria de renda, expansão do emprego e medidas de desoneração tributária anunciadas pelo governo consolidam o crescimento da construção civil. Segundo o SindusCon (Sindicato da Construção de São Paulo), o crédito habitacional contratado no ano já se aproxima da marca de R$ 7 bilhões, o que representa um crescimento de 67% na comparação com o mesmo período de 2006. A Camargo Corrêa Desenvolvimento Imobiliário (CCDI) comprou um terreno de quase 198 mil metros quadrados, no prolongamento da avenida João Fiúza, em RP. É o primeiro investimento da construtora no interior de São Paulo. A aquisição da área foi realizada 100% em dinheiro.O potencial de vendas – valor geral de vendas (VGV) - do empreendimento é de R$ 130 milhões. As unidades, ainda com formato não definido, serão construídas em 57,2 mil metros quadrados. Os preços deverão variar de R$ 350 mil a R$ 500 mil a unidade.Já a sergipana Cosil antecipou para este mês o início das obras de um edifício de 20 andares e 80 apartamentos na avenida João Fiúza. É o primeiro investimento da construtora na cidade. De acordo com o gestor de incorporação da empresa, Alexandre de Stéfani, pelo menos metade das unidades já foi vendida. Os apartamentos custam de R$ 253 mil a R$ 298 mil. O empreendimento deve ser concluído no final de 2009.Outros dois terrenos na Fiúza, com cerca de dois mil metros quadrados cada, também já foram adquiridos pela Cosil. “Provavelmente serão construídos mais dois edifícios”, conta Stéfani. Na fase inicial, a incorporadora sergipana investirá R$ 66 milhões. A estimativa é que os investimentos em Ribeirão Preto gerem 150 empregos diretos e 900 indiretos nesta etapa.A Rossi Residencial lançou no mês passado o quarto empreendimento em RP. Um condomínio de 64 sobrados geminados, com 132 metros quadrados, está sendo erguido numa área de 23,3 mil metros quadrados do Jardim Botânico. O valor das casas varia de R$ 258 mil a 341 mil. A obra deverá ser entregue em novembro de 2009. A coordenadora do curso de Administração da Unaerp, Lesley Attadia, explica que o aumento da demanda da construção civil é um dos termômetros indicativos do aquecimento da economia. Segundo ela, o boom do agronegócio, que estimula os setores de serviços e infra-estrutura, também atrai investimentos imobiliários.DA REPORTAGEM

02 de setembro de 2007

Mercado deve crescer 10%.

Não vamos falar de transação informal de imóveis. Nada de contrato de gaveta. Vamos falar de compra e venda – apenas – mas que tenha produzido uma escritura com anotação em um dos dois cartórios de registro de imóveis de Ribeirão Preto.O mercado formal de imóveis – rurais e urbanos – em Ribeirão Preto obedece à realidade brasileira. Nós optamos por imóveis para aplicar nossa poupança, nosso capital, nossas sobras de dinheiro porque o imóvel oferece mais segurança do que outras alternativas. Muito mais do que o mercado de ações, centrado na bolsa de valores e muito mais, também, do que o mercado financeiro. Cardápio O cardápio dos bancos está aí para confirmar o que estamos falando. Estamos diante de uma questão cultural. Além de cultural, o brasileiro prefere aplicar em imóveis porque o próprio empresário, somente agora, começa, ainda que muito timidamente, a abrir o capital de sua empresa.Aplica-se ainda em imóvel não raro também por falta de boas alternativas.Indo aos fatos.Em 2005, a soma do valor de todas as escrituras lavradas e registradas nos dois cartórios de Ribeirão Preto atingiu o total de R$ 507 milhões. Em 2006, chegou a R$ 613,5 milhões, num crescimento de 21% em termos nominais em relação ao ano anterior. Muito acima da inflação, portanto.A expectativa dos analistas de investimento é que neste ano de 2007 o mercado imobiliário de Ribeirão Preto venha apresentar uma expansão superior a 10% no valor das escrituras no cotejo com o valor total do ano passado. Portanto, vai chegar próximo de R$ 670 milhões. Este é o tamanho do mercado imobiliário de Ribeirão Preto. Mercado formal, é bom lembrar. Vamos repetir: mais de 300 milhões de dólares por ano. Convenhamos: é muito dinheiro, não é mesmo?Valor médio O valor médio da escritura registrada em Ribeirão Preto teve a seguinte alteração. Em 2005 foi de R$ 48 192,00. Em 2006 bateu em R$ 51 mil, esperando-se número superior a R$ 60 mil para este ano de 2007. Até julho, o valor médio da escritura chegou a 57 mil reais.A expectativa para o mercado imobiliário é de subida. Ele vem acoplado à expansão da indústria da construção civil que, com financiamentos à disposição de empresas e de pessoas físicas, está retomando seu ritmo de crescimento de anos passados.Muitos investidores de olho na zona sul. Mas – anotem – não apenas na zona sul. Empresas de fora estão de olho gordo neste filão.ANTÔNIO VICENTE GOLFETO

02 de setembro de 2007

Auxiliares na organização doméstica.

Há quem faça por mania, outros por falta de espaço ou mesmo pela estética. Mas não há quem duvide que organizar a casa facilita a vida e deixa o ambiente muito mais agradável.No mercado, existe uma infinidade de produtos que auxiliam nessa tarefa e ainda imprimem estilo à decoração. Caixas, cestas, cabideiros, sapateiras, gaveteiros e capas organizam e ao mesmo tempo decoram os espaços. E estão em todos os cantinhos, da sala à área de serviço.“As caixas têm a praticidade de ser gavetas móveis. Se você precisar do conteúdo em outro ambiente, elas se deslocam sem transtornos”, define Edson Coutinho, designer de produtos e coordenador de tendências da Tok&Stok. De diversos materiais, cores e custos elas se adaptam a qualquer decoração.Nas gavetas, pequenas bandejas ou caixas podem guardar as miudezas ou bugingangas. Já o organizador que se assemelha a uma colméia, separa meias e peças íntimas. Como há muitos mulheres apaixonadas por sapatos e nem sempre há espaço disponível para guardar todos os pares, que tal adotar uma sapateira de lona? Pendurada no armário ela permite visualizar os pares e pode ser fechada com zíper para evitar odores. Já em ambientes amplos, as caixas de papelão com visor dão um charme a mais no closet e além de conservar facilita encontrar mais rápido o par ideal para aquela produção.Se vai receber alguém, um cabideiro no quarto organiza toalhas, perfumaria e chinelos e ainda demonstra atenção. “É uma forma delicada de esperar um hóspede”, comenta a arquiteta Ana Carolina Costa.Já na home-theater, os inúmeros controles remotos da TV a cabo, do som, do DVD serão facilmente encontrados se arrumados em uma caixa de junco, que pode ser colocada sobre a mesa lateral ou pufe. Também podem abrigar os CDs, fugindo da tradicional divisória da estante. “Não vivo sem caixas. Tenho em todos os cômodos. Até mesmo para separar as contas do mês já pagas, uso caixas de papelão”, confessa Coutinho.E a depender da estampa, as caixas podem até imprimir estilo ao espaço. “No lavabo uma caixinha de ratan pode abrigar as tolhas individuais. Já as cestarias podem servir para descartar as já usadas”, sugere a artista plástica e organizadora da Eloísa Departamentos Fernanda Sant’Anna. E as tolhas enroladinhas ficam um charme expostas em cestos sobre a bancada do banheiro. Mas é preciso ficar atenta ao material, já que se trata de uma área úmida. Para os perfumes e cremes de uso cotidiano as bandejas são um excelente recurso. “Se você tem um lugar certo para cada coisa, fica fácil manter a organização”, ressalta.Áreas de serviço charmosasNuma rotina em que é cada vez mais raro as empregadas mensalistas, a organização ‘charmosa’ invadiu também as áreas de serviço.As roupas sujas são colocadas em sacos de tecidos estampados e bordados com a função a que se destinam (passar, lavar). Se não há muito espaço um carrinho multifuncional, com saco removível na lateral, guarda produtos e roupas. “Assim as roupas podem ser transportadas até para a lavanderia”, diz Fernanda.Mudança culturalPara Edson Coutinho, houve uma evolução no conceito do ‘Organizar’, reflexo da mudança de comportamento em relação ao consumo. “Antigamente existia uma cultura do acúmulo. Era comum os móveis grandes, pesados e profundos. Os apartamentos eram revestidos de armários com portas e mais portas”, comenta.Hoje a maioria das pessoas não compra coisas para ser eternas, que irão guardar para o resto da vida. “Compramos para suprir uma necessidade momentânea, as peças têm um ciclo dentro da casa. Cada vez guardamos menos coisas”, fala.Há quase duas décadas as telas aramadas e os acessórios pendurados invadiram as cozinhas. “Isso foi evoluindo até as prateleiras substituírem as portas. Nos anos 90 virou uma febre as cozinhas aramadas, que permitiam visualizar todos os utensílios e deixando tudo às mãos”, lembra. O conceito de praticidade foi se espalhando pela casa e conquistou outros ambientes, como os quartos. Surgiram os closets abertos. “Todo esse comportamento deriva da correria do dia-a-dia e da vida urbana”, analisa.O mercado acompanhou essa mudança e começou a produzir peças e elementos para facilitar a organização da casa. “Toda tendência de consumo começa nos expoentes e somente depois é absorvida pela população. Esse conceito foi absorvido na década de 80 e vem se aprimorando cada vez mais”, afirma. Valeska Mateus- Jornal A Cidade - 02/09/07

02 de setembro de 2007

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