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Notícias

Áreas e lotes sem construções.

Antônio Vicente Golfeto Pela lei Lehmann - que é federal – e também porque quase todo município tem sua própria legislação sobre o uso e parcelamento do solo, muitas vezes como parcela do plano diretor, as municipalidades são proprietárias de uma quantidade muito grande de terrenos, de áreas até de grandes dimensões, localizadas dentro do perímetro urbano.Estas áreas e estes lotes nem sempre recebem construção. Eles foram doados ao município para serem praças públicas na linha de se ampliar as áreas de recreação e as áreas verdes. Mas também foram doados, nos termos legais, para receberem outros tipos de obra. São denominadas, nos termos da lei, de áreas para fins institucionais.Sequer são roçadosNos dois casos, por falta de verba para investimento, os município ficam com os terrenos vazio.Muitas vezes nem são roçados, aumentando a quantidade de terras cheias de mato, ao lado de terrenos de particulares que, não raro, igualmente não cuidam devidamente do imóvel.Os municípios poderiam criar um banco de terras. Eles, quase sempre, são os maiores proprietários de terras urbanas, cálculo a que se chegaria facilmente se fossem somadas às áreas dos imóveis as dos próprios que abrigam repartições municipais, praças públicas já construídas etc.DesapropriaçõesNo processo de urbanização, o município muitas vezes precisa de fazer desapropriações. Mutila-se por muito tempo o patrimônio dos desapropriados que, judicialmente, esperam décadas para ter o ressarcimento em dinheiro do ato exporpriatório.Com um banco de terras, permutas – sempre aprovadas pelo Legislativo – poderiam ser propostas, facilitando a urbanização e também não prejudicando os desapropriados.Processo constanteA urbanização é um processo constante que transforma propriedades rurais em propriedades urbanas. O arruamento e a incorporação de novos loteamentos impõem redesenhos viários que exigem desapropriações. E isso independe se precisa ocorrer em Jaboticabal, Serrana, Mococa, Orlândia, Franca, Serra Azul, Araraquara ou em São Carlos.

04 de junho de 2006

Brasilidade avança na decoração.

O verde e o amarelo já predominam na decoração dos bares, restaurantes e casas. A menos de uma semana do início da Copa do Mundo, a brasilidade ganha espaço nos ambientes. José Renato Pontin, diretor do bar Villa das Flores, em Ribeirão Preto, queria algo diferente para a decoração da Copa do Mundo. Ele e os sócios resolveram então colocar bandeiras de todos os países participantes da competição e, é claro, a bandeira brasileira que está instalada no local de maior destaque do bar.Pontin comenta que as pessoas incorporam o espírito patriota nesta época e todos querem estar em ambientes com clima de Brasil. “O patriotismo está presente durante a Copa. Futebol é a cara do país, por isso é verde e amarelo em qualquer lugar”, fala Pontin.DetalhesA decoração de copa não se restringe aos restaurantes e bares. Detalhes podem criar um ambiente patriota e festivo para receber os amigos durante jogos do Brasil. A “marca Brasil” já está presente no designer de vários objetos de decoração, que podem ser usados para dar um ar charmoso de Copa do Mundo à sua casa. “É muito diferente encontrar um ambiente estático do que você entrar e já se deparar com um clima de festa, um espaço produzido e decorado. Contagia a todos”, avalia Elisa Piani, decoradora e professora do curso de designer de interiores do Senac.Segundo ela, o verde e amarelo estão intrínsecos no brasileiro, e durante a Copa isso se exterioriza na decoração. Para criar este clima, Elisa sugere usar objetos que possam ser reaproveitados posteriormente, e que remetam à brasilidade. A idéia é usar adornos como almofadas, mantas, puffes, vasos, canecas, jogos americanos com tons da bandeira brasileira. ToquePequenos objetos que podem para dar um toque de patriotismo e também decorar os espaços durante os jogos da seleção brasileira. Nos ambientes mais rústicos a dica é enfeitar com mantas e almofadas artesanais em verde e amarelo. “A rusticidade já lembra brasilidade. Nosso Brasil do interior. Fica mais fácil brincar com os objetos e as cores”, avalia Elisa. Verde e amarelo também à mesa de jantar“Podemos usar jogos americanos com as cores do país. Caminhos verdes, por exemplo, com guardanapos amarelos e sempre uma louça branca. Fica lindo”, sugere a decoradora Elisa Piani. Este patriotismo resgatado na Copa e que invade a decoração é tão forte que algumas empresas chegam a criar linhas de produtos para manter este sentimento vivo e festejar o Brasil. Despertar da alegriaExplorar este clima com bom gosto e decorar os espaços pode despertar a alegria dos torcedores e tornar os encontros durante os jogos ainda mais divertidos.“É um carinho que a pessoa demonstra com quem ela convidou. Uma produção carinhosa faz os amigos se sentirem bem recebidos”, conclui Elisa.Lojas de artigos para decoração estão com ofertas de produtos específicos para a Copa. Entre eles estão os “Gêlos Absolutos”, nos formatos de bola e estrela, e nas cores verde, branca e amarela. O Gêlo Absoluto é um novo conceito em resfriamento de bebidas e alimentos: é reciclável, ecológico e nunca derrete. E como futebol na TV combina com cerveja, lojas oferecem o caneco de chope “Campeão”, de vidro com grafismo impresso - o título mais cobiçado da coleção Clube da Cerveja. O modelo vamos levantar o caneco é inspirado nos clássicos canecos de chope de louça, com grafismo da taça levantada sob o escudo da Seleção.DENTRO DE CASAConforto na hora dos jogosEm uma home theater pode-se colocar os pufes que, além de enfeitar, são confortáveis para assistir aos jogos. Nas lojas é possível encontrá-los nas cores brasileiras e até em formato de bola de futebol. Já nos espaços mais requintados o toque de ‘Brasil’ pode ser dado com velas ou flores. “Um vaso de cristal azul ou verde com rosas amarelas fica maravilhoso”, sugere a decoradora Elisa Piani. Segundo ela, o importante é fazer alusão à Copa de forma sutil, discreta e charmosa. Nas áreas externas ou de lazer é possível ousar um pouco mais. Colocar pétalas de flores amarelas na piscina cria um efeito cênico diferente. Os tecidos tencionados podem formar painéis. Para o dia em que a seleção joga no horário do almoço uma dica criativa é montar uma mesa característica. “Decepção com realidade”Historicamente o patriotismo não é um sentimento ávido e vivo no brasileiro, comenta o sociólogo Delson Ferreira. “Somos muito decepcionados com a nossa realidade sócio-econômica. Isto nos desilude com a esperança da pátria”, explica Delson.DistanciamentoSegundo ele, o distanciamento entre povo e elite faz o brasileiro se sentir distante dos símbolos maiores, do Estado. Impede o sentimento de orgulho em ser brasileiro.Já durante a Copa do Mundo o patriotismo se aflora. “O talento do povo brasileiro para o futebol, desperta o sentimento patriota”, avalia Delson. Na sua análise isto ocorre porque há uma ilusão de aproximação dessas classes, uma identificação por conta da paixão pelo futebol e do sonho do vencedor, comuns a todos. “A maioria dos jogadores são pessoas de origem simples e que venceram na vida”, ressalta Ferreira.O sociólogo ainda comenta que esta atitude de “vestir-se de Brasil” durante a Copa do Mundo, presente hoje na decoração, se intensificou na década de 70 com a TV colorida, que penetrou rapidamente nos lares.. “Eram as cores verde e amarela na tela. Num importante veículo de comunicação de massa”, diz Ferreira. Jornal A Cidade - 04/06/2006

04 de junho de 2006

Famílias tradicionais.

Alto da Boa Vista e Sumaré têm casas grandes, algumas sem muros e portões, boa área verde e 7 mil moradores. ANGELA PEPEO Alto da Boa Vista e o Jardim Sumaré, na Zona Sul de Ribeirão, são bairros que abrigam famílias tradicionais com casas sem muros e portões e grandes áreas verdes.O ambiente tranqüilo e a boa localização apresentam características propícias para moradia e estabelecimentos comerciais de prestação de serviço de alto padrão.Segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas), o Alto da Boa Vista e o Sumaré estão no primeiro sub-setor da Zona Sul e são dos mais antigos da zona, aprovados no fim da década de 40 e começo dos anos 50.Esta é a vigésima segunda reportagem de "Bairros de Ribeirão" que a Gazeta faz em homenagem aos 150 anos da cidade.De acordo com informações do Labgeo (Laboratório de Geotecnologias) da Unaerp, o segundo ponto mais alto da zona urbana de Ribeirão está localizado no Alto da Boa Vista, próximo à sub-estação da CPFL na avenida Presidente Vargas. São 625 metros de altitude na Zona Sul. O mais alto está situado próximo ao HC Campus, com 650 metros.Para o arquiteto Eduardo Prado o ambiente e as praças urbanizadas - Antônio Lopes Velludo, Armindo Paione e João Luiz de Campos - são o ponto forte do bairro. Ele conta que trabalha em casa e quando precisa relaxar pega seu cachorro e sai para uma caminhada. "Um puxa o outro", diz.A empresária Carmen Sílvia Chammas conta que se mudou para a região quando suas filhas ainda eram crianças, há 15 anos. Diz que fez a escolha em busca da tranqüilidade que diz acreditar ser a fama do local e, por isso, nem tem portão em casa."O lugar em si tem alguma coisa especial que me faz amar morar aqui", diz Carmen. Além da "magia" para os moradores, na região estão situados estabelecimentos comerciais e de prestação de serviço de luxo.São consultórios médicos, odontológicos e estéticos. Escolas regulares, de idiomas, bares e restaurantes.O oftalmologista Paulo Antonio Barbisan montou sua clínica na região há três anos. Ele conta que a opção de abrir seu estabelecimento no Alto da Boa Vista é uma vantagem principalmente para seus pacientes.O presidente da Associação de Moradores do Alto da Boa Vista, Ernesto Renan de Moraes, protesta e diz que na origem o bairro deveria ser estritamente residencial.Mas afirma que, baseado em algumas leis municipais, esse perfil mudou e o comércio está legalizado em alguns pontos. Moraes declara que, há cerca de um ano, uma média de 75 estabelecimentos comerciais se instalaram na região.Segundo o IBGE, os bairros do sub-setor Sul 1 são Jardim Sumaré, Vila Velludo, Alto da Boa Vista, Parque Independência, Jardim América, Jardim Aclimação, Jardim Eugênia, Jardim Francisco Gugliano e Jardim Santa Terezinha.De acordo com o último censo (2000), eles moram aproximadamente 7 mil habitantes em quase 2,2 mil casas. Desse total 2,1 mil são chefes de família e cerca de 56% têm uma renda mensal acima de 15 salários mínimos, a partir de R$ 5,2 mil.Bairros surgiram a partir de fazendaO Alto da Boa Vista e o Jardim Sumaré foram parte de uma fazenda de posse de José Fernandes, conhecido como José Espanhol.A informação é do volume cinco do livro História de Ribeirão de Rubem Cione.Cione ainda relata que a região foi loteada pelo fazendeiro Godofredo Fiuza, auxiliado pelo advogado Rocha Lourenço e que o local foi projetado para ser um bairro nobre, estritamente residencial.Segundo o escritor, a região foi fundada em 1948 por Nilton Ferreira da Rosa com colaboração de João Nuti.De acordo com o livro e a confirmação da família de Nuti, ele construiu a primeira casa do Jardim Sumaré em 1951 e tem herdeiros na região até hoje.Ela está situada na rua Marechal Deodoro, 1808, onde hoje funciona o escritório de advocacia da nora e neto de João Nuti.A advogada Vera Lucia Meneghin Nuti, viúva de Raimundo Nuti - filho mais novo de João - conta que ela, o marido e os dois filhos moraram na casa até 2002. "Fizemos uma grande reforma, mudamos a fachada da casa e hoje apenas trabalhamos aqui", diz.Vera conta que seu sogro foi corretor de imóveis e que seu marido viveu no bairro a partir dos nove anos. João Nuti foi casado com Maria Alice Torriani Nuti e tiveram 13 filhos. Nuti faleceu em 1964 e sua esposa em 1969.(Gazeta de Ribeirão)PERSONAGENSElza Marques, balconista. Junto com o filho Leandro abriu quitanda 24 horas na avenida João Fiúsa há 3 anos. No estabelecimento trabalham apenas quatro pessoas da família que se revezam.Fabrício Scaff Galvão, empresário e publicitário. Nas horas de lazer , entre o mestrado e o trabalho, costuma fazer mixagem de sons e descobrir novas músicas.Cleusa Pacheco, comerciante. Abriu a livraria Bookstore no bairro há dois anos e também passou a morar na região."Depois que nos mudamos para aumentou a minha clientela". Família Golfeto Farah. Há dez anos se mudou para o bairro. Guilherme diz que sente tranqüilidade para levar o irmão Ronaldo para passear todo dia. "Viemos deixar o bairro mais bonito", brinca Elias Farah.Marilda Ferreira Kamla, professora aposentada. Trabalha como catequista na paróquia Nossa Senhora de Fátima há onze anos e diz ter experiência no trabalho com as crianças.Casa se torna referênciaA fama de casas de alto padrão e inovação fica comprovada com a estrutura de uma residência construída na década de 70 em frente à praça Engenheiro Armindo Paione.No local funciona a academia de ginástica Cia do Corpo há cinco anos e já teria abrigado outros estabelecimentos.De acordo com os donos da academia, Tânia e Marcos de Carvalho, a casa foi projetada pelo arquiteto Carlos Bratke. Tânia conta que a casa foi considerada um marco na arquitetura da cidade na época de sua construção e ainda é visitada por muitos estudantes para análises.Carvalho informa que a casa é formada por 24 quartos em formato de pirâmides de 4x4 metros. No beiral de cada pirâmide, segundo Carvalho, exiis arejado."Acredito questem calhas que convertem a água da chuva para um reservatório.Além disso, os empresários dizem que o chão é feito com concreto e madeira de pau-brasil. Os telhados são revestidos com tijolos refratários um sistema para deixar o ambiente ma essa casa seja mais funcional do que outra coisa. Penso que o arquiteto responsável por ela tenha viajado para o exterior e se inspirado em alguma tendência para essa construção" diz Tânia.(Gazeta de Ribeirão)Paraguaio dá aula em igrejaO paraguaio Oscar Daniel Diaz Mareco é diácono da congregação Estigmatinos mora e trabalha desde 2005 no seminário no Alto da Boa Vista. Ele começou seus estudos teológicos no Paraguay, passou pelo Chile e se ordenou em Ribeirão, onde dá aulas de formação.Mareco conta que seu trabalho está atrelado a ser missionário, por isso deve viver e reconhecer a realidade de comunidades diversas. "As pessoas daqui têm uma ligação muito forte com a igreja e isso é uma bagagem importante para que eu conclua a minha etapa como missionário", diz.

03 de junho de 2006

Prédio ‘solta’ pastilhas.

Bombeiros interditam calçada de edifício no Higienópolis devido a risco de queda de material; faxineira se feriu. LIVIA CEREZOLIUm impasse judicial coloca em risco a vida de pessoas que precisam passar pelo cruzamento das ruas Campos Sales e Sete de Setembro, no bairro Higienópolis.Desde fevereiro deste ano, a calçada ao redor do edifício Unique, da construtora Egydio dos Santos, está interditada porque placas com pastilhas de revestimento começaram a cair das paredes na área externa do prédio.De acordo com o Corpo de Bombeiros, a calçada foi interditada a pedido do próprio condomínio. "Isolamos o local em caráter emergencial para que ninguém corresse o risco de ser ferido. Foi feita também a orientação para que as devidas providências fossem tomadas", explica o tenente da corporação, Rodrigo Thadeu de Araújo.Com a medida, as pessoas precisam caminhar pela rua, driblar o trânsito intenso do local. Um carro já foi atingido com as placas que se despregam da parede e foi danificado.A última vítima foi a própria responsável pela limpeza do condomínio. Maria Elza dos Santos Rodrigues foi atingida por uma das pastilhas que se soltou no último dia 24."Eu até tentei fugir e não consegui. Machucou um pouco minhas costas", conta ela. Com o boletim de ocorrência nas mãos, Maria também aguarda uma solução para o caso.Segundo Cláudio Murilo Miki, advogado que representa os moradores, o processo judicial existe porque os condôminos entendem que a responsabilidade pelo imóvel ainda é da construtora."O problema apareceu quando o prédio tinha três anos. Foi feito apenas um reparo, mas até hoje, quase dez anos depois, as pastilhas continuam caindo", afirma Miki.Legalmente, a construtora responde pelo imóvel por cinco anos depois da construção. A empresa não quis comentar o assunto.De acordo com Carlos Boreli, responsável pela Master Condomínios, empresa que administra o imóvel, várias negociações já foram feitas, mas nada teve resultado. Uma nova reunião deve acontecer nesta sexta com os moradores. O prédio tem 52 apartamentos. O superintendente da Defesa Civil da cidade, Erick Cunha Junqueira, tomou conhecimento do problema na última terça e afirmou que deve levar o caso para o Departamento de Obras Particulares da Prefeitura. Construtora evita falarA Gazeta entrou em contato com a construtora Egydio dos Santos. O departamento jurídico informou que por enquanto nada podia ser dito porque o caso está na Justiça.As pessoas que precisam passar pelas ruas localizadas no entorno do prédio se sentem prejudicadas. "Passo por aqui todo dia e sou obrigada a andar pela rua porque a calçada está fechada", reclama a funcionária pública Railda Souza Gomes, de 49 anos.O auxiliar de escritório Douglas Martineli, de 24 anos também se sente incomodado. "No início, pensei que estava interditado porque fariam alguma obra no local. Mas há mais de três meses continua assim. Tenho medo de deixar meu carro estacionado aqui na rua", diz . Regina Caldas Martins, professora também questiona a segurança do local. Para ela, a situação soa como falta de respeito à população. (Gazeta de Ribeirão)

01 de junho de 2006

Projeto ‘fecha’ ruas.

Proposta prevê legalizar fechamento de vias e bairros inteiros com guaritas e segurança; MP diz que é contra. GUILHERME CAMPOSLoteamentos de bairros residenciais de Ribeirão Preto podem ser fechados com guaritas e seguranças particulares legalmente caso a diretriz seja aprovada no Plano Diretor. Para a prefeitura, que estuda a proposta, esta seria inclusive uma forma de diminuir a violência na cidade. Os moradores e o Ministério Público discordam.Até o dia 12 de junho cinco audiências públicas serão realizadas para a discussão da elaboração do Plano Diretor. A primeira delas, realizada na última terça-feira, discutiu a lei de uso e ocupação de solo, que vai determinar o mapeamento de zonas da cidade e loteamentos. Hoje a segunda audiência discute as diretrizes imobiliárias.De acordo com o diretor de tributos mobiliários da Secretaria da Fazenda, Wulf Galkowitz, hoje a prefeitura já pode fechar determinadas ruas desde que autorizadas pelo executivo. "Existem bairros, como a Ribeirânia e a City Ribeirão, que têm ruas sem saída e podem perfeitamente ser fechadas com guaritas e segurança privada", disse.Segundo ele, a administração pública hoje não tem condição de fiscalizar todos os locais ao mesmo tempo e a implantação de segurança privada, com guaritas e controle de acesso. "Desde que o direito de ir e vir da população não seja tirado, isso vem a munir o município de meios de combate a violência", disse.Já o Ministério Público Estadual discorda da posição. Segundo o promotor Sebastião Sérgio da Silveira, o fechamento de loteamentos é inconstitucional, de acordo com a lei federal 6766. "Quando se aprova um loteamento a rua passa a ser de patrimônio público. Por isso os bairros não devem ser fechados e a posição do Ministério Público é contra isso", disse.Além disso, outra proposta em estudo para ser anexada ao Plano Diretor é a transformação de zonas residenciais em mistas, ou seja, que comportam comércio. Entre os locais de transformação do zoneamento é a área do Boulevard e do Alto da Boa Vista. O secretário do Planejamento, Wilson Laguna disse, durante explicação na audiência pública de terça-feira passada, que o principal intuito da prefeitura é normatizar a implantação do comércio na cidade. "Precisamos que isso seja feito de forma a atender as necessidades da cidade e que não firam as questões ambientais e urbanísticas", disse.A associação de moradores do Alto da Boa Vista já se manifestou publicamente que irá entrar na justiça caso o bairro for transformado em zona mista. Outra proposta para inclusão no Plano Diretor é a outorga onerosa. O mecanismo autoriza proprietários de imóveis a aumentar suas construções além do permitido, desde que ele pague uma quantia a mais por isso.Segundo o arquiteto da secretaria de Planejamento, José Antônio Lanchoti, a intenção da prefeitura é tentar colocar regras para que a outorga onerosa possa funcionar da melhor forma possível. "Ela vem tentar distribuir o ônus e o bônus do investimento. Os donos de imóveis hoje ficam com o bônus e a prefeitura com o ônus, pois a cidade cresce e temos que gastar mais com infra-estrutura", disse.Itanhangá tem discussãoUma ação civil pública, protocolada pelo MP do Estado na 1ª vara da Fazenda Pública de Ribeirão, pede que a prefeitura retire as guaritas do loteamento do bairro Itanhangá, hoje fechado pelo loteador. A ação aguarda decisão do juiz para que entre em vigor.A autoria da ação é do promotor Sebastião Sérgio da Silveira. Segundo ele, o fechamento do bairro é ilegal. "O loteamento não pode ser fechado simplesmente. Os moradores não foram nem comunicados. Não se pode impedir as pessoas de entrar em local público", disse.Segundo a presidente da associação dos moradores do Itanhangá, Célia Dualiby, os moradores passaram a pagar condomínio sem nem terem sido comunicados. "Nós pagamos R$ 300 por mês. Tem gente que não tem condições. Acabei vendendo a minha chácara por metade do preço", disse.O secretário do Planejamento, Wilson Laguna, disse que a prefeitura vai acatar decisão judicial. "A minha posição é cumprir a lei". O responsável pelo lote não foi encontrado. (Gazeta de Ribeirão)Ocupação da Zona Leste é polêmicaA ordenação de ocupação da Zona Leste é um dos pontos mais polêmicos do Plano Diretor pelo local ser zona de recarga do Aqüífero Guarani. A solução apresentada pela prefeitura é a criação de mecanismos para impedir a impermeabilização do solo. Os especialistas divergem nas opiniões.A aprovação de uma lei complementar ao código do meio ambiente do município, em vigor desde 2004, prevê a manutenção de 35% de área verde das zonas norte e leste. Já o Ministério Público Estadual sugere que a área de preservação seja de 50% e os lotes sejam de 2,5 mil metros quadrados.Segundo o secretário de Planejamento, Wilson Laguna, manter lotes de 2,5 mil metros quadrados no local é inviável. "A população daquela área não tem condições financeiras de comprar uma terra desse tamanho. Os 35% de área verde me parecem suficientes", disse.Para o secretário, mecanismos como a criação de valas para a penetração da água da chuva são mecanismos necessários para que a área seja ocupada de forma a preservar o local e impedir a contaminação do aqüífero.Para o procurador geral da república, André Luiz de Morais, o Minstério Público Federal deve intervir caso haja risco de poluição do aqüífero. "A população deve ter consciência de que uma vez poluído o aqüífero não há reversão".O ambientalista Manoel Tavares aponta como solução a utilização da área para agricultura orgânica. "Uma plantação de verduras e frutos orgânicos, sem uso de produtos químicos, daria função para o local".

01 de junho de 2006

Paulistanos fazem fila de espera para alugar imóvel em bairros cobiçados.

EDSON VALENTEEm tempos de abundância de crédito e de revigoramento das vendas, paulistanos fazem fila para negociar o imóvel que desejam. Mas, ao contrário do que o cenário indica, essa lista de espera não é para comprar, e sim para alugar nos bairros mais cobiçados da cidade.Cansados de bater perna e encontrar imóveis malconservados ou sem requisitos que vão desde vagas de garagem até armários embutidos, candidatos a inquilino começam a deixar seus nomes nas listas de espera das imobiliárias.Os melhores mal ficam vagos quando acaba o contrato de aluguel. "Às vezes há interessados antes de serem desocupados", descreve Ana Paula Pellegrino, 35, diretora da imobiliária Adbens e de locações da Aabic (associação das administradoras de condomínios).Em Perdizes, Jardins (ambos na zona oeste) e Moema (zona sul), faltam apartamentos de dois quartos e com vagas de garagem. Por serem bairros de padrão alto, inquilinos exigem bom estado de conservação.Já em Santana (zona norte), Mooca e Tatuapé (ambos na zona leste), o que mais falta são imóveis de dois ou três dormitórios, com vaga de garagem e na faixa de R$ 700 mensais.Lá, outro diferencial valorizado, segundo a corretora Soraia Reis, é o armário embutido nos quartos."O inquilino deseja investir pouco em mobiliário e não pretende comprar um guarda-roupa que não caiba em outro imóvel", explica Roseli Hernandes, 44, gerente de locação e vendas da imobiliária Lello.Garagem em faltaFalta de vaga de garagem é outro problema que emperra negociações. "Ter uma só muitas vezes inviabiliza propostas", comenta Fabio Cunha Bueno, 25, diretor da imobiliária que leva seu nome.Essa limitação é percebida sobretudo nos bairros em que predominam prédios velhos, que possuem menos vagas.Que o diga a produtora cultural Isabel Brandão Teixeira, 25, que quer morar nos Jardins com o namorado gastando cerca de R$ 3.000 por mês -mas com uma condição básica: abrigo para os dois carros do casal."Há poucos imóveis com o perfil que buscamos, a maioria só tem uma vaga. E vários estão "detonados", lamenta.

29 de maio de 2006

Imóvel mantém interesse do investidor.

Antônio Vicente Golfeto É verdade que há muitas áreas vazias dentro do perímetro urbano dos municípios brasileiros. Não raro, a superfície de imóveis não construídos – terrenos – é maior do que a superfície de terrenos que receberam construção, formando os prédios. Nos imóveis não construídos incide o ITU (Imposto Territorial Urbano) enquanto nos imóveis não construídos incide o IPU (Imposto Predial Urbano). Ambos formam o IPTU velho de guerra.Aplicação de recursosA tradição do brasileiro, que prefere aplicar seus recursos, sua poupança, em imóveis, tanto urbanos como rurais – mas preferenciamente urbanos – explica boa parte desta questão. Mas não toda. A ausência de um mercado de capitais que dê segurança ao investidor beneficia os imóveis.No rol dos proprietários, entretanto, nem todos são pessoas físicas. Há empresas. Há também famílias, de modo que muitos imóveis formam um condomínio. Mas muitos imóveis são do poder público, sobretudo municipal. As Prefeituras Municipais recebem, no momento da aprovação de novos loteamentos, áreas destinadas a ruas. Mas recebem também áreas para a construção de praças e áreas para fins institucionais, não raro destinadas a construção de igrejas, de escolas, de unidades de saúde, dentre outras.Fiquemos hoje apenas com os imbroglios familiares. Normalmente são os de mais difícil solução. Afinal, família é um conjunto de pessoas unidas pelo sangue mas separadas pelo dinheiro. Quando a empresa é contaminada por problemas familiares, não é bom nem falar, não é mesmo? Agora, quando abre a sucessão, quando os bens são inventariados...Fase de inventárioPois bem, uma quantidade razoável de terrenos vazios – os espaços urbanos sem construção – são de famílias, encontram-se em fase de inventário. George Simenon, famoso escritor belga de língua francesa, dizia a respeito de duas pessoas, personagens de um de seus romances: “eram mais do que inimigos. Eram irmãos”. Nossa proposta: as áreas do município deveriam formar um banco de terras. Os imóveis poderiam ser usados em transações com outros que o município precisasse desapropriar para implementar seu Plano Diretor.

29 de maio de 2006

Tecnologia reforça tranqüilidade.

Valeska Mateus foto: WEBER SIANHá três meses o síndico Valmir Ruiz conseguiu realizar um desejo dos moradores do seu condomínio: instalar um Circuito Fechado de TV. Agora além da segurança patrimonial, os condôminos dos 60 apartamentos estão protegidos pela cerca elétrica e pelas câmeras internas. “O circuito fechado inibe assaltos e garante a conservação do patrimônio do condomínio”, garante Ruiz.O síndico afirma que o monitoramento transmite maior segurança aos 750 moradores. “ Eles ficam mais tranqüilos para desfrutar de toda a área de lazer. As crianças podem brincar à vontade”, comenta Ruiz. Os equipamentos de segurança nem sempre têm um custo baixo, mas quem utiliza garante que vale a pena.A advogada Gabriella Galli é dona de um restaurante. Desde a inauguração já foi instalado o sistema de alarme. Há cerca de seis meses ela foi vítima de uma tentativa de furto. Gabriella conta que os bandidos quebraram o vidro da porta e quando entraram no local, o alarme disparou. “Recebi uma chamada no meu celular com o alarme” relembra Gabriella. Para ela, o próprio alarme já impediu que se concretizasse o furto. Os bandidos chegaram a arrancar a tv do suporte, mas acabaram deixando no quintal do restaurante. “Tenho a segurança de que se houver alguma tentativa de furto, serei avisada a tempo de tomar as devidas providências”, avalia Gabriella.Para o síndico é um investimento que vale a pena. “O custo-benefício compensa”, conclui Ruiz.A onda de violência que tomou conta do Estado de São Paulo nos últimos dias tem levado as pessoas a procuraram mais segurança.Anderson Luiz Mendonça – consultor técnico da Extrema Serviços de Segurança Eletrônica, afirma que só neste mês houve um aumento de cerca de 20% na aquisição destes equipamentos.As cercas elétricas são as campeãs de vendas, seguidas dos sistemas de alarmes. Segundo o consultor a cerca elétrica é muito procurada devido ao preço mais acessível e ao poder de inibição “A presença dela inibe a ação do bandido. Se ele tiver de pular um muro, em 90% dos casos o assaltante acaba se deslocando para uma outra residência, que não tenha a cerca”, avalia Mendonça.Os CFTV – circuitos fechados de Tv são mais procurados por condomínios e empresas.“Os sistemas de segurança proporcionam tranqüilidade e proteção às pessoas. Elas sabem que em qualquer situação, terão um respaldo imediato”, conclui Mendonça.O mercado oferece várias opções em equipamentos de segurança. A escolha deve levar em consideração o valor a ser investido e o tipo de sistema que mais se adequa aos hábitos da família.Cerca elétrica: instaladas sobre o muro em toda a extensão do terreno, elas são ligadas a uma central de choque e a uma sirene. Se alguém tocar ou cortar o fio a sirene é acionada no mesmo instante. O preço médio para uma casa padrão, de 50 metros quadrados, é R$ 600.Sistema de alarme: pode ser instalado através de sensores de abertura e fechamento de portas e janelas, ou trabalhar apenas com o sensor de presença no interior do cômodo. Este último detecta movimentos no ambiente, que são comunicados a central de alarme. Mendonça comenta que o sensor de presença é mais eficiente e prático. Os analógicos são ligados a uma discadora que avisa a invasão por celular à pessoa. Já os digitais estão ligados a uma central de monitoramento.

29 de maio de 2006

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