Presidente da associação admite problema, mas cobra maior participação da comunidade.
Dispositivos de segurança, como câmeras, tornaram-se comuns
Era uma sexta-feira à noite e Janete Ramos chegava mais tarde em casa. Passara boas horas ao lado dos amigos em uma acirrada partida de carteado. Perdera. Infelicidade do destino, o revés dela não parava por aí. Ao aproximar seu carro do portão, percebeu algo estranho e chamou a polícia. Sua casa havia sido invadida por ladrões.
Essa história não é algo raro na City, onde moradores e comerciantes reclamam do aumento no número de furtos e roubos em casas. "Às vezes passa tempo sem acontecer nada e, de repente, em apenas um final de semana assaltam duas, três casas", diz a moradora Andri Secaf.
Na opinião de Marcelo Ramos, vice-presidente da associação de bairro, a falta de mobilização dos moradores também contribui para o problema. "Percebemos, cada vez mais o afastamento dos moradores da vida do bairro. Fica mais fácil combater os crimes quando a gente conhece o vizinho e se interessa por ele", afirma.
Em fevereiro do ano passado, após um surto de furtos a residências, a Polícia Militar promoveu ciclo de palestras para a orientação dos habitantes da região. Pouco mais de 20 pessoas compareceram.
Segundo a associação, há cerca 1.100 residências no bairro e quase 600 contam com dispositivos de segurança particular.
A Polícia Militar foi procurada, mas não informou os números de ocorrências no bairro. A corporação também não disse se pretende aumentar a patrulha no local.