Além de monitorar a rotina e o movimento em suas instalações, os condomínios também vigiam agora uns aos outros. Em esquema de cooperação, os prédios compartilham uma série de recursos e informações entre si através da interligação eletrônica de suas portarias. Desta forma, se uma guarita for tomada e o porteiro rendido, os condomínios vizinhos saberão a tempo de acionar a empresa de segurança e a polícia para evitar maiores danos.
Embora tenha demonstrado eficiência em outras cidades, como Recife e Curitiba - onde nenhuma ocorrência foi registrada nos condomínios integrados -, o sistema ainda é pouco difundido na Capital. Segundo o presidente do Grupo Hubert e vice-presidente do Sindicato da Habitação de São Paulo (Secovi-SP), Hubert Gebara, apenas dez condomínios já atuam em conjunto na vigilância dos prédios e redondezas.
Principal incentivador do modelo nos condomínios que sua empresa administra, Gebara acredita que a integração de sistemas de monitoramento é uma solução eficaz na prevenção de invasões e arrastões em apartamentos. “É um passo além que estamos dando na questão da segurança. O risco de insucesso nos roubos é muito maior. Isso afasta os bandidos”, afirma.
Gebara salienta ainda que é nesta época do ano, quando centenas de imóveis ficam desocupados por conta do mês de férias escolares, que a segurança integrada se torna indispensável. “A segurança nesta época tem de ser redobrada”, diz.
O sistema, defende ele, pode ser instalado e mantido a custos baixos para os moradores. Ele estima cerca de R$ 600 por apartamento para um prédio com 15 unidades. “Segurança não é despesa, e sim investimento”, justifica.
Para viabilizar o método, o primeiro passo é persuadir os vizinhos a adotar o sistema. “Quanto mais condomínios melhor”, explica Gebara. Depois é só procurar uma empresa especializada para fazer as instalações.
Algumas delas já desenvolvem softwares específicos que facilitam a intercomunicação entre os condomínios.
Jornal da Tarde -16/07/07