|

Notícias

Falta ideal de cidade.

Arquiteto Silvio Contart acha que discussões sobre planejamento de Ribeirão são burocráticas e sem paixão. JOSÉ ANTONIO BONATOFaltam, nas atuais discussões sobre o Plano Diretor de Ribeirão Preto, ideal, paixão e visão da cidade na qual todos desejam morar. A declaração é de Silvio Trajano Contart, arquiteto formado pela Universidade de São Paulo (USP) e mestre em planejamento urbano pela University of Pennsylvania (EUA).Sem paixão e sem ideal, acredita Contart, os debates sobre o planejamento urbano de Ribeirão Preto estão se dando de forma burocrática, por mera obrigação legal. E qual seria a alternativa a essa apatia?"Se as idéias forem apresentadas de forma atrativa e conseguirem estimular a imaginação das pessoas, induzindo-as a sonhar e a buscar coletivamente realizá-las, elas passarão a fazer parte da cultura da população e terão muito mais chance de realmente influir no desenvolvimento da cidade", declara.Outra crítica de Contart às várias discussões sobre o planejamento de Ribeirão está associada ao número de legislações disciplinando o setor. "A legislação atual é uma colcha de retalhos e uma tarefa urgente seria sua consolidação e simplificação, para diminuir o número de leis sobre um mesmo assunto."Sobre áreas verdes, o arquiteto afirma que o poder público não tem mais condições de implantar e fazer a manutenção delas. "Já passou da hora de debatermos como vamos dividir a conta ou senão simplesmente não vai acontecer", afirma.Indagado sobre o que faria para deixar a cidade mais bonita, Contart fala que iniciaria um processo de sedução do cidadão para atingir esse objetivo. A cidade geraria situações concretas de deleite aos cidadãos e estes, diz, sentiriam que ela lhes devolve muito mais do que deles tiram.Contart, que assina os mais sofisticados projetos de condomínios fechados de Ribeirão, é sócio da Contart & Takano Arquitetos e também membro do Comur (Conselho Municipal de Urbanismo). Ele é o convidado desta semana da Agenda Ribeirão, série de entrevistas da Gazeta que debatem a cidade.Leia, abaixo, trechos da entrevista, concedida via email.Gazeta - Numa das audiências do Plano Diretor, na Aeaarp, você falou que sente que falta, em todos esses debates, uma visão de cidade, da cidade que todos queremos construir e morar. Explique melhor.Silvio Contart - Essas oportunidades são tão raras que me dá sempre a sensação de que poderíamos estar aproveitando melhor a chance se a coisa toda fosse mais estimulante. Tenho certeza que para o pessoal do planejamento da prefeitura, que está envolvido com o tema do Plano Diretor e suas leis complementares há mais de 10 anos, esse meu comentário parece fora de hora, mas eu insisto nesse ponto.Eu venho acompanhando os debates desde o início e não consigo me livrar da sensação de que estamos fazendo isso por mera obrigação legal, e não na construção de um ideal. Minha expectativa com relação ao tema era de ser estimulado e envolvido em um debate real sobre questões conceituais da organização da cidade. Queria debater um plano. Um grande plano. Um plano que definisse de forma clara e objetiva aonde queremos chegar, quais os resultados esperados e quais os instrumentos que serão usados para isso. Até para poder discordar das metas ou dos instrumentos ou ainda questionar se os objetivos seriam alcançados mais facilmente de outras formas.Mas a discussão nunca se dá nesse nível e o que se discute é a coisa pronta, no detalhe do artigo de lei, o que torna o debate desestimulante até para mim que ganho a vida com isso, imagino como será chato para quem não está acostumado. Desse jeito a tendência é uma participação desinteressada e inexpressiva.Não há liderança por parte do Executivo no sentido de entender e utilizar o poder que as idéias têm de envolver a população, esquentar o sangue e trazer a comunidade para o debate e para a participação nas soluções. Se as idéias forem apresentadas de forma atrativa e conseguirem estimular a imaginação das pessoas, induzindo-as a sonhar e a buscar coletivamente realizá-las, elas passarão a fazer parte da cultura da população e terão muito mais chance de realmente influir no desenvolvimento da cidade. Como por exemplo na questão da estrutura urbana. Existe no Plano Diretor e na única lei complementar aprovada (Código do Meio Ambiente) a idéia de criação de parques lineares de fundo de vale ao longo dos córregos que cortam a cidade. Essa é uma idéia poderosa que poderia estruturar todo o plano. Se ficasse claro para todos que a cidade deve ser organizada a partir desse sistema verde que pode envolver muitos elementos importantes além da vegetação, tais como drenagem urbana, combate a enchentes, lazer, esportes, educação, circulação e serviços públicos. Todos esses elementos poderão ser planejados de forma sinérgica onde o investimento feito em cada um valoriza e estimula o outro e a coisa vai tomando forma como um todo. Com uma estrutura como essa as decisões do dia-a-dia da administração pública e mesmo da iniciativa privada passam a obedecer e a incrementar o plano, passa a existir uma razão e uma ordem e as decisões deixam de ser aleatórias ou simples solução de problemas localizados. Criar essa razão a mais para fazer as coisas de um jeito e não de outro, obedecer a uma ordem e uma lógica maior é executar um plano.Gazeta - Você critica muito a legislação, as várias legislações, melhor dizendo, que devem nortear o parcelamento, o uso e a ocupação do solo. Qual o problema que há com elas?Contart - De novo é uma questão conceitual, o que me incomoda é a forma de colocar o problema e não a solução dada. Está claro que a legislação atual é uma colcha de retalhos e que uma tarefa urgente seria sua consolidação e simplificação, digamos pelo menos para diminuir o número de leis sobre um mesmo assunto. Temos que considerar que o que existe hoje foi acumulado ao longo de pelo menos 30 anos e que o processo de criação de leis de uso do solo nem sempre seguiu uma lógica geral do bem comum ou da coerência urbanística. Mas isso não é Plano Diretor.O Plano Diretor de Ribeirão Preto foi aprovado em 1995 e está em vigência já em sua primeira revisão de 2003 que ocorreu conforme previsto no próprio plano (em até 10 anos) e também para incorporar instrumentos urbanísticos criados pelo Estatuto da Cidade. Só que como o próprio plano estabelece, sua aplicação depende de legislação complementar a ser enviada pelo Executivo, como de fato foi no caso do código do meio ambiente Lei 1616/2004.Da forma como o Plano Diretor foi concebido, falta em seu texto os aspectos objetivos e específicos que são necessários para que ele possa ser usado na prática como diretriz clara, mesmo contando com 152 artigos.Só que ao detalhar as leis complementares acabamos gerando uma quantidade exagerada de informações que também deixa de cumprir o papel de Plano Diretor, simplesmente pela quantidade aterradora de artigos, mapas e tabelas (a lei do meio ambiente tem 289 artigos, e os projetos de lei do mobiliário urbano 272 artigos, do parcelamento, uso e ocupação do solo 151 artigos, o do plano viário 25 artigos e o código de obras ainda não foi apresentado). É simplesmente impossível atrair atenção e viabilizar um debate envolvente e produtivo com o cidadão comum tendo como tema uma legislação de 889 artigos que praticamente substitui toda a legislação urbanística municipal existente.Na minha opinião deveríamos aproveitar o momento para fazer uma revisão na lei do Plano Diretor e incorporar a ele as grandes questões conceituais que são realmente importantes, incluindo definições claras, objetivas e específicas, para que cada um ao ler o documento possa entender o que se pretende sem a necessidade de leis complementares. Depois disso podemos partir para o detalhamento da legislação complementar.Gazeta - Você está otimista ou nem tanto em relação às discussões sobre o Plano Diretor?Contart - Normalmente me considero um otimista, mas neste caso venho cada vez mais assumindo uma posição resignada de que o que vai acontecer é isso aí mesmo, e que a maioria das pessoas envolvidas já se cansaram do assunto e querem acabar logo com a discussão, incluir seu item na agenda e voltar para casa. Se conseguirmos consolidar a legislação, diminuindo o número de leis, já será um avanço.Gazeta - Você critica o fato de o poder público exigir áreas verdes e não ter como cuidar delas. Você chegou também a dizer que algumas cidades usam os índices de áreas verde e institucional de forma mais criativa. Por favor, fale sobre isso.Contart - Como na questão do Plano Diretor é um erro pensar de forma muito simplista. Não basta aumentar os índices de reserva de área verde para resolver o problema. A questão é muito mais ampla e se resume à constatação de que, por uma série de fatores históricos e contingências a sociedade dá cada vez mais valor à idéia de ter o verde dentro da cidade mas não quer ter trabalho nem pagar a conta da manutenção.Podemos passar o ônus para o empreendedor por um tempo (5 anos pela lei 1.616/2004) mas isso também não resolve o problema em definitivo além do que o custo vem embutido no preço do lote. Temos que refletir de forma mais profunda sobre o tema. Conviver com a natureza e usufruir de todos os benefícios que advém desse convívio dá trabalho e custa caro. Se de forma coletiva decidimos que deverá haver 15 m2 de área verde efetivamente implantada para cada habitante da cidade (como ficou determinado na lei orgânica do município), então já passou da hora de debatermos como vamos dividir a conta ou senão simplesmente não vai acontecer. A criação de novas áreas verdes e de lazer faz parte do processo de novos parcelamentos do solo, mas a cidade não pode depender dos novos empreendimentos para compensar por anos de atraso ambiental. É necessário encontrar maneiras de transformar o amor ao meio ambiente em vontade de pagar a conta. Claro que dentro das possibilidades de cada um e ao longo do tempo, pois a manutenção de áreas verdes é um custo eterno. Acho que um bom caminho é o da identidade da população com a praça, o parque ou mesmo cada árvore, com campanhas criativas de educação ambiental como no exemplo de Curitiba, em que a prefeitura plantava a árvore por encomenda de uma criança, que se tornava responsável pelos cuidados, e 20 anos depois as pessoas viajam de volta para visitar a árvore da infância.

23 de julho de 2006

Distrito deverá ser entregue em agosto.

foto: J.F.PIMENTAApós dez anos de espera, finalmente o Distrito Empresarial de Ribeirão Preto deve sair do papel.Até 30 de agosto, a Prefeitura prevê entregar a obra para que as empresas que irão se instalar no local comecem a construir.A data antecipa em um mês o prazo final de entrega previsto para 30 de setembro, assegurado pelo prefeito Welson Gasparini. “A parte da Prefeitura será concluída até 30 de agosto para que, a partir do dia 1º de setembro, as empresas já possam começar a construir”, informou ontem o secretário municipal de Infra-estrutura, Nilson Baroni. O secretário disse também que o mês de setembro ficará reservado para revisões e ajustes que se fizerem necessários na infra-estrutura do empreendimento.Na sexta-feira passada, Baroni e Carlos Alberto Ferreira Leão, presidente da Leão Engenharia, empreiteira contratada pela Prefeitura para construir o Distrito, vistoriaram as obras. Após a visita, o secretário de Infra-estrutura negou que serviços ainda não realizados possam atrasar o término das obras.“Não existe nada, nenhum problema, nenhuma pendência que possa atrasar o prazo previsto. Inclusive, nós nem trabalhamos com esta hipótese”, disse.De acordo com Baroni, 90% das instalações já estão prontas. “Os 10% que ainda faltam fazer estão dentro do prazo”, afirmou o secretário. Essa parcela final corresponde, segundo ele, à rede de lançamento de esgotos, alças de acesso e conclusão da pavimentação e da rede de energia. “Tudo caminha normalmente”, concluiu.

18 de julho de 2006

Aprovado comércio em avenidas de RP.

Uma lei de autoria do prefeito Welson Gasparini, que permite o comércio e a prestação de serviços em avenidas e corredores comerciais da cidade, deverá ser publicada no Diário Oficial do Município ainda nesta semana. A lei, já aprovada pela Câmara Municipal, precisa agora apenas da assinatura de seu autor para ser promulgada e entrar em vigor. E vale até a definição do Plano Diretor. A iniciativa do Executivo Municipal foi motivada por uma decisão recente do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo que determinava a suspensão imediata das atividades comerciais e de prestação de serviços nas avenidas João Fiúza (entre as avenidas Caramuru e Presidente Vargas), Costábile Romano, Presidente Kennedy e Maurílio Biagi, além da rua Abrahão Issa Halack.O Tribunal de Justiça declarou inconstitucional a lei nº 1.599, de 19 de dezembro de 2003, que autoriza o comércio nestas vias. No dia 20 de junho, a Fiscalização Geral da Pre-feitura chegou a enviar um comunicado aos comerciantes dessas regiões, determinando a suspensão imediata das atividades e o fechamento dos estabelecimentos. Donos de comércio no trecho ‘proibido’ da avenida João Fiúza chegaram inclusive a criar uma associação para defender sua permanência no local.Agora, a nova norma põe um ponto final na questão. Ela libera e regulariza o comércio e a prestação de serviço não só nas avenidas e rua em questão, como em todas as avenidas e corredores comerciais de Ribeirão Preto que tenham sido instalados até 29 de junho de 2006 (data de envio do projeto para apreciação dos vereadores). A permanência dos estabelecimentos fica autorizada até a aprovação do Plano Diretor. Ribeirão, assim como todas as cidades com mais de 20 mil habitantes, deve ter o seu Plano aprovado até outubro deste ano. Caso contrário, corre risco de perder verbas federais.

18 de julho de 2006

Plano de parcela fixa é até 29% mais caro.

Fazer um financiamento com parcelas fixas por até 20 anos é a nova aposta dos bancos. Desde que o Santander lançou sua linha no ano passado, outros três --Bradesco, Itaú e agora Real ABN Amro-- seguiram esse passo, e o HSBC pretende se juntar a eles no fim do mês.Apesar de parecer uma opção segura, especialistas ouvidos pela Folha não acham esse tipo de crédito um bom negócio. "Os juros são altos", crava o economista Miguel de Oliveira, 44, vice-presidente da Anefac (Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade). Eles vão de 16% a 18% anuais.Há um agravante. Prefixados, serão pagos nos próximos cinco, dez, 15 ou 20 anos, período para o qual economistas prevêem economia estável e queda dos juros, o que tornará o financiamento de parcelas fixas mais caro do que é hoje.Atualmente, esse plano custa até 29% a mais do que o de mensalidades variáveis, segundo simulação feita pelo vice-presidente da Anefac. Ele só é vantajoso quando há inflação alta, que não pode ser repassada para as parcelas."Sempre há um risco, pois o prazo é longo. Mas a tendência é que não haja inflação", diz Oliveira. "Se os bancos temessem economia instável, não o fariam, teriam prejuízo."Alexandre Glüher, 45, diretor de empréstimos e financiamentos do Bradesco, pondera que, "se os juros caírem rapidamente no país, a taxa fixa ficará cara. Se subirem, barateará". O banco prevê estabilidade e queda de juros a longo prazo.Por segurança, a consultora de vendas Silvana dos Santos, 38, financiou um três-quartos na Vila Andrade (zona sul)."Mesmo pagando juros não muito baixos, optei por esse plano para não correr riscos", avalia. Ela escolheu um prazo mais curto (cinco anos) e diz que, se saldar a dívida depois de dois ou três anos, terá um "desconto legal", o que não ocorre com parcelas variáveis. "Eles abatem parte dos encargos já pagos se o financiamento é quitado antecipadamente.""Efeito Casas Bahia"O efeito explorado pelos bancos é o "Casas Bahia". "Quem vive de salário sabe qual será o valor de todas as parcelas até o final do plano", reforça Keyler Rocha, 66, vice-presidente do Ibef (Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças)."Mas o cliente paga um preço por isso, o de proteção para o banco", admite Hus Morgan Daroque, 37, superintendente de crédito imobiliário do Real ABN Amro. "Quem financia tem de se precaver de variações da economia", concorda Rocha.Os bancos também exploram um fantasma do imaginário do mutuário: o do saldo da dívida que cada vez crescia mais, mesmo com o prazo do financiamento perto do fim.Porém, dizem os economistas, esse tipo de problema só surge quando há inflação alta, que descompensa os reajustes das parcelas e do saldo devedor.Em linhas de parcelas variáveis, corrigidas por índices inflacionários, há até planos de prestações decrescentes (a inicial é maior que a final).

11 de julho de 2006

Deixe sua casa segura nas férias.

Valeska Mateus foto: J.F.PIMENTAFérias de julho. Viajar com os filhos que estão em férias escolares é sempre um prazer. Mas muitas pessoas ficam apreensivas em deixar as casas sozinhas durante este período. Fechadas, sem movimentação e com correspondências acumuladas na porta, as casas se tornam um atrativo para ação de bandidos e de vândalos. “O marginal age por oportunidade, por impulso. Uma casa com aparência de desabitada é alvo mais fácil”, avalia o tenente da polícia militar de Ribeirão Preto, Marco Aurélio Gritti.Para colocar ‘o pé na estrada’ tranqüilo e evitar surpresas desagradáveis é preciso ficar atento à segurança da sua casa. “Os indivíduos costumam se aproveitar quando encontram uma residência vazia”, afirma o tenente.Segundo Gritti, algumas atitudes preventivas podem inibir essas ações. O tenente aconselha que a pessoa não comente sobre a viagem com pessoas estranhas. Outro hábito que deve ser evitado é carregar o carro para viagem na porta da residência.Outra possibilidade é contratar um seguro residencial, que vai lhe assegurar reembolso em casos de sinistros ou instalar equipamentos de segurança.Felipe Ceccato, gerente de vendas da Siemens São Paulo, explica: se a casa tem sistema de segurança, antes de viajar todos os equipamentos devem ser verificados para ver se estão em pleno funcionamento. “Assim é possível detectar previamente alguma falha e solicitar à empresa a manutenção do aparelho”, orienta.Ceccato alerta às famílias que possuem empregados para orientá-los sobre o funcionamento do sistema de segurança, como ativar e desativar o alarme. E como agir em caso de ocorrência.Caso não haja funcionário, é melhor suspender ou transferir o endereço de entregas de correspondências. Ou peça para alguém recolher. O acúmulo de cartas na frente da casa é um indicativo de que os moradores estão viajando. “Durante o período que estiver fora, transfira as ligações recebidas para outro número”, sugere Gritti. Tente manter a movimentação, peça a parentes ou amigos para passarem na casa.O tenente ainda sugere que a pessoa deixe informações sobre a viagem com alguém da sua confiança. “Em caso de movimentação estranha na residência, a pessoa irá suspeitar e tomar providências”, conclui.EM REPÚBLICASCartilha ensina dicas a estudantesRibeirão Preto é um cidade universitária e muitos estudantes que vivem em repúblicas fecham os imóveis durante as férias e retornam às cidades onde moram as famílias. Por conta disso, a Unaerp, de RP, criou uma cartilha com dicas específicas de segurança para os alunos.A cartilha alerta os estudantes dos cuidados em relação a furtos e assaltos nas moradias. Vendo a necessidade de alerta dos alunos sobre a segurança da república durante as férias, a instituição resolveu incluir este item na cartilha. Uma das dicas é que o universitário avise aos vizinhos quando for se ausentar por períodos prolongados, para ficarem alertas.

11 de julho de 2006

Quando o calendário deve ser obedecido.

Antônio Vicente Golfeto Provérbio francês diz que chaque chose a son temp. Ou seja, traduzindo: cada coisa tem seu tempo.A variável tempo é fundamental. Ela deve ser sempre levada em conta quando decidimos.Vivemos tempo seco. As estações outono e inverno, em nossa região, são de pouca chuva. Quase nenhuma. Cai a umidade relativa do ar. Em conseqüência disto, que entendemos como ônus, aparece um extraordinário bônus. Que veremos adiante.Todo varejo tem seu natal, sua safra. Ribeirão Preto, que é um dos mais dinâmicos centros varejistas de todo país, conhece este fato de sobejo. Janeiro e fevereiro, por exemplo, são o natal dos estabelecimentos comerciais voltados para venda de materiais escolares. Vale este exemplo que logo nos faz lembrar de outro. Chocolates são mais vendidos na Páscoa e dias que geralmente antecedem a semana santa. Peixes e frutos do mar também ganham destaque na mesma semana santa. E assim por diante.Os depósitos de materiais de construção, igualmente estabelecimentos de varejo, os portos de areia, as pedreiras, as madeireiras, enfim toda atividade satélite da indústria da construção civil, tem nos meses chuvosos, particularmente o trimestre dezembro, janeiro e fevereiro, seu período de entressafra. E isso independe se é em Sertãozinho, Batatais, Santo Antônio da Alegria, Brodowski, Altinópolis, Taquaritinga ou em Ribeirão Preto.O fato tem razão de ser. Construção em tempo de chuva perde muito em produtividade da mão-de-obra. E também aumenta o desperdício de materiais utilizados.O aumento das reformas, inclusive as de piscinas que são muito menos procuradas em tempo de frio – como o que vivemos – indica que o tempo atual é propício a essa atividade.Se tudo tem seu tempo certo, o atual indica esta possibilidade. Que você não deve desperdiçar, aproveitando também o calendário que nos faz lembrar a proximidade das férias escolares de inverno, que coincidem como o mês de julho, que, neste ano, tem 31 dias. Julho é um mês de pleno inverno.Falamos de piscinas mas qualquer construção – ampliações e reformas principalmente – combina com a estação atual.

11 de julho de 2006

Deixe sua casa segura nas férias.

Férias de julho. Viajar com os filhos que estão em férias escolares é sempre um prazer. Mas muitas pessoas ficam apreensivas em deixar as casas sozinhas durante este período. Fechadas, sem movimentação e com correspondências acumuladas na porta, as casas se tornam um atrativo para ação de bandidos e de vândalos. “O marginal age por oportunidade, por impulso. Uma casa com aparência de desabitada é alvo mais fácil”, avalia o tenente da polícia militar de Ribeirão Preto, Marco Aurélio Gritti.Para colocar ‘o pé na estrada’ tranqüilo e evitar surpresas desagradáveis é preciso ficar atento à segurança da sua casa. “Os indivíduos costumam se aproveitar quando encontram uma residência vazia”, afirma o tenente.Segundo Gritti, algumas atitudes preventivas podem inibir essas ações. O tenente aconselha que a pessoa não comente sobre a viagem com pessoas estranhas. Outro hábito que deve ser evitado é carregar o carro para viagem na porta da residência.Outra possibilidade é contratar um seguro residencial, que vai lhe assegurar reembolso em casos de sinistros ou instalar equipamentos de segurança.Felipe Ceccato, gerente de vendas da Siemens São Paulo, explica: se a casa tem sistema de segurança, antes de viajar todos os equipamentos devem ser verificados para ver se estão em pleno funcionamento. “Assim é possível detectar previamente alguma falha e solicitar à empresa a manutenção do aparelho”, orienta.Ceccato alerta às famílias que possuem empregados para orientá-los sobre o funcionamento do sistema de segurança, como ativar e desativar o alarme. E como agir em caso de ocorrência.Caso não haja funcionário, é melhor suspender ou transferir o endereço de entregas de correspondências. Ou peça para alguém recolher. O acúmulo de cartas na frente da casa é um indicativo de que os moradores estão viajando. “Durante o período que estiver fora, transfira as ligações recebidas para outro número”, sugere Gritti. Tente manter a movimentação, peça a parentes ou amigos para passarem na casa.O tenente ainda sugere que a pessoa deixe informações sobre a viagem com alguém da sua confiança. “Em caso de movimentação estranha na residência, a pessoa irá suspeitar e tomar providências”, conclui.EM REPÚBLICASCartilha ensina dicas a estudantesRibeirão Preto é um cidade universitária e muitos estudantes que vivem em repúblicas fecham os imóveis durante as férias e retornam às cidades onde moram as famílias. Por conta disso, a Unaerp, de RP, criou uma cartilha com dicas específicas de segurança para os alunos.A cartilha alerta os estudantes dos cuidados em relação a furtos e assaltos nas moradias. Vendo a necessidade de alerta dos alunos sobre a segurança da república durante as férias, a instituição resolveu incluir este item na cartilha. Uma das dicas é que o universitário avise aos vizinhos quando for se ausentar por períodos prolongados, para ficarem alertas. Não deixar nada de muito valor dentro da casa é outro ponto importante. Jornal A Cidade - 09/07/06

11 de julho de 2006

Vocação comercial.

Estabelecimentos comerciais tentam sobreviver na rua José Bonifácio, que já teve uma rede hoteleira de prestígio. IGOR SAVENHAGO Paralela à avenida Jerônimo Gonçalves, a rua José Bonifácio tem vocação para os negócios. Desde o seu surgimento, no final do século XIX. Inteirinha tomada por estabelecimentos comerciais, segue a tendência de quando era freqüentada pelos viajantes que chegavam a Ribeirão Preto pela Estação Ferroviária Mogiana, fundada em 1883 onde é a atual Rodoviária. Naquela época, quando Ribeirão ainda era a Vila de São Sebastião, a José Bonifácio, que ganhou esse nome em 1885 e foi instituída, oficialmente, em 1897, através de uma lei municipal, já gozava de intenso prestígio econômico. Para aproveitar o agitado movimento de pessoas em torno da estação, os donos de terrenos e imóveis nas proximidades se apressaram em implantar lojas e armazéns - é nesse período que surge o Mercado Municipal -, residências para abrigar os funcionários, depósitos para guardar um grande volume de produtos e, principalmente, hotéis, pensões e hospedarias para oferecer um leque de opções a quem procurava um lugar para passar a noite. De acordo com o arquiteto Éder Donizete da Silva, que em 1998 estudou, em sua dissertação de mestrado apresentada à Unesp de Franca, a decadência das construções da José Bonifácio, a rua teve uma importante rede hoteleira durante muitos anos. Em entrevista por telefone à Gazeta, Silva, que nasceu em Ribeirão Preto, mas atualmente mora e dá aulas em Pernambuco, afirma que, com o passar do tempo, a cidade cresceu em outras direções, o que provocou uma diminuição da influência dos locais próximos ao córrego na economia da cidade. "Até hoje, a região da José Bonifácio tenta se livrar da denominação "Baixada", que, na minha opinião, é pejorativa. Mas, além da expansão da cidade para outras áreas, essa imagem negativa tem uma explicação curiosa. Como os hotéis eram muito freqüentados por moças que vinham se apresentar nos teatros e bares em Ribeirão, suspeitava-se que a José Bonifácio era um reduto de turismo sexual, de prostituição e, com isso, um terreno fértil para outros problemas, como o tráfico de drogas", explica. Os hotéis desapareceram, mas essa associação da rua com a criminalidade não foi totalmente apagada. Em contrapartida, a tradição comercial também permanece viva, puxada pelo setor automobilístico. As lojas de peças para motocicletas são as mais comuns. Uma vizinha a outra. Patrono da IndependênciaJosé Bonifácio de Andrada e Silva ficou conhecido como o "Patriarca da Independência", por sua participação no processo de preparação e consolidação da libertação brasileira das mãos dos portugueses. Nascido em Santos no dia 13 de junho de 1763, foi um dos mais importantes líderes da política nacional no reinado de D. Pedro I. Sua família era uma das mais ricas de sua cidade natal.Aos 21 anos, Bonifácio partiu para estudar na Universidade de Coimbra, onde se especializou em Mineralogia. Já em 1822, quando ocupava o cargo de ministro no Brasil. Chegou a ser apontado como um dos homens mais poderosos do país. Após a proclamação da Independência, no entanto, surgiram divergências entre os partidos políticos da época. Democratas e aristocratas entraram em choque. Bonifácio, líder do grupo aristocrata do Partido Brasileiro iniciou uma campanha para afastar os democratas de D. Pedro. Os conflitos, aos poucos, foram enfraquecendo o Ministério dos Andradas, que se acentuou após a renúncia de Pedro, em 1831. (Gazeta de Ribeirão)PERSONAGENSLuiz Geraldo Fernandes, dono de bar, 20 anos na José Bonifácio. "Essa rua é muito importante para mim, com o que ganhei aqui que criei minhas filhas". Paulo Varalda, dono de loja de música, há 20 anos na rua. "Praticamente nasci aqui. Minha família tem essa loja há 75 anos. Não saio daqui". José Alberto Correa, dono de loja de armas e pesca há 29 anos. "Teve muita prostituição, mas diminuiu. Por isso, tem que parar de chamar de Baixada". Ana Rosa Teixeira, tem loja de peças há 14 anos. "Apesar de a região ser mau vista, eu gosto. Acho que estou no local exato. Só fico chateada com as enchentes"

11 de julho de 2006

0
|
0