|

Notícias

Investir em segurança é a estratégia de prevenção.

Anna Regina Tomicioli foto: Jefferson Barcellos/A CIDADEToda construção multifamiliar necessita de uma autorização dos bombeiros para ‘funcionar’. Seja prédios, condomínios, imóveis comerciais, repartição pública, lojas, indústrias, depósitos, escolas, shoppings, cinemas, hospitais ou um centro de lazer e compras, todo local precisa passar por uma vistoria técnica do Corpo de Bombeiros para poder abrir suas portas aos moradores ou ao público. Essa inspeção tem uma finalidade única, porém imprescindível: garantir que o local é seguro contra incêndios e que os itens e equipamentos de segurança estão prontos para funcionar em casos de acidente. Proteção Os prédios em geral precisam ter proteção contra incêndio. Uma legislação estadual estabelece o nível de proteção necessário cada localidade. “Esse nível de proteção varia, não é igual para todos os prédios. Uma padaria, mesmo que seja grande, oferece um risco. Agora um shopping center, é outro risco”, explica o primeiro tenente do 9º Grupamento do Corpo de Bombeiros Luiz Henrique Nomellini. As medidas de proteção variam conforme essa classificação de risco. São levados em consideração fatores como altura, área, ocupação e risco de carga-incêndio (quantidade e qualidade materiais inflamáveis que a edificação abriga). Extintores, sinalização, saídas de emergência, iluminação de emergência são os itens mais comuns, que praticamente todos os prédios têm. SistemasEm prédios maiores, entram os hidrantes, sistemas de splinker (chuveiros automáticos detectores e extintores de incêndio), sistema de detecção de fumaça, sistemas de esfriamento, central de gás e muitos outros. Os recursos variam de acordo com a complexidade do local. A função da vistoria técnica destes equipamentos, explica o bombeiro, é atestar que o projeto de segurança foi executado de acordo com as exigências legais e está funcionando, visando sempre a segurança, prevenção e capacidade de combate a incêndios. “Alguns itens são para dar início no primeiro combate ao incêndio”, orienta Nomellini. INSTALAÇÃOBrigada de incêndio é item obrigatórioUma destas medidas obrigatórias é a brigada de incêndio, composta geralmente por funcionários do local, treinada para dar a assistência inicial até a chegada dos bombeiros. No caso dos edifícios e condomínios residenciais, uma parcela dos moradores também tem que ser envolvida no treinamento, para o caso de ocorrência no período noturno, quando nem todos os funcionários da brigada estarão presentes.ExigênciaA brigada de incêndio é uma exigência para prédios com mais de 750 metros quadrados. Menos que isso, é necessário somente o sistema simples, que são extintores, luz, sinalização e iluminação de emergência.Acima da metragem referida, são necessários outros sistemas, como hidrantes, alarme, detecção, resfriamento e assim por diante conforme a complexidade.Os extintores – que podem ser de água, de espuma mecânica, pó químico, gases/vapores – são posicionados estrategicamente conforme o tipo de material que existe na edificação.BOMBEIROSMedidas de segurança são consideradas fundamentaisAs medidas de segurança são fundamentais. Não que elas resolvam tudo, mas irão minimizar o impacto um incêndio. Esta é a opinião do tenente do Corpo de Bombeiros, Luiz Henrique Nomellini. Ele relembra que os grandes incêndios ocorridos no Brasil são da década de 70 e 80 (edifícios Andraus e Joelma, em São Paulo e nos anos 80, o Grande Avenida). “De lá para cá, não tivemos grandes incêndios em função de nossa atuação preventiva”, justifica. LevantamentoSegundo levantamento do Corpo de Bombeiros, os investimentos financeiros feitos em sistemas de segurança têm retorno garantido em um prazo de 10 a 15 anos. Isso porque a tabela de valores cobrados pelas seguradoras é inversamente proporcional à quantidade de equipamentos de segurança. Quanto mais equipamentos de segurança, menor será o valor pago pelo seguro do local.A segurança de um edifício, segundo Nomellini, é diretamente proporcional à consciência de quem usa o prédio, seja sindico, moradores, administradores. “Tem locais que a gente vai que a saída de emergência está trancada ou a porta corta-fogo aberta. Tem pessoas que roubam esguicho dos hidrantes. Isso não pode acontecer, senão o equipamento perde sua função. Essas pessoas não estão no que este ato poderá causar no caso de haver um incêndio”, alerta o tenente.NORMAProjeto exige aprovação prévia antes da construçãoDesenvolvido por engenheiros e arquitetos, o projeto de segurança de um empreendimento precisa ser encaminhado para avaliação do Corpo de Bombeiros antes mesmo do início da construção. Aprovado o projeto inicia-se a fase de implantação. Terminada a construção é feita uma vistoria no local para conferir se tudo foi executado conforme a concepção original que foi submetida à análise. “Estando tudo de acordo, aí é que nós vamos dar o auto de vistoria”, explica o tenente Nomellini. AutoSem o auto de vistoria, o prédio não tem como funcionar. Isto porque é de posse deste documento que o empreendedor solicita junto à Prefeitura o alvará de funcionamento.A validade do auto varia conforme a natureza da localidade. Para toda reunião de público, o prazo é de dois anos. Para os demais, três anos. Passado este prazo, é preciso revalidar o auto, pedindo nova vistoria dos Bombeiros no local para que os itens de segurança sejam inspecionados. Quando há itens irregulares, o tenente explica que é feito um relatório para solicitar que o responsável tome as providências necessárias. “Depois que ele corrige, nós voltamos ao local, e reconferimos. Enquanto não estiver tudo de acordo, nós não damos o auto de vistoria”, afirma categoricamente. A função da vistoria, diz ele, é comprovar que o que foi projetado foi executado e está funcionando. EQUIPAMENTOSFalta de manutenção é problema constanteDurante o período de validade do auto, os equipamentos de segurança precisam passar por manutenção. Alguns itens precisam de revisão semestral, outros, apenas anual. “Se não houver manutenção, o equipamento vai ficar irregular”, explica o bombeiro. Segundo ele, muitas vezes a pessoa possui o auto de vistoria, mas como não se preocupou com a conservação dos equipamentos, o local não tem toda a segurança que deveria ter. E também existe o contrário. “Às vezes o prédio não tem a parte burocrática, formal, que é o auto de vistoria, mas ele está com tudo em ordem, tem a segurança necessária”, descreve Nomellini. Neste caso, é só solicitar uma vistoria junto ao órgão. É de competência da administração municipal fiscalizar se os prédios têm não vistoria dos bombeiros. “Quando este documento não existe ou já venceu, a fiscalização dá um prazo para que o proprietário obtenha nova documentação”, explica.

26 de janeiro de 2006

Análise: Lugar onde o ser humano mora.

Antônio Vicente Golfeto Os homens fazem as casas e as casas fazem os homens. É um postulado dos que estudam a habitação, a residência, o lugar onde o ser humano mora. Aliás, o homem mora na casa e habita a cidade. A casa tem moradores. Quem tem habitantes é a cidade que, em termos jurídicos - mais abrangentes – se chama município. No município, habita-se tanto a zona urbana como a zona rural. O espaço do território físico do município que se localiza dentro da linha perimétrica urbana chama-se cidade. A casa determina o homem desde o útero materno, a primeira casa do homem ainda na condição de feto. O caminho é este: o útero, a casa, o túmulo. Aliás, apenas para aclarar, cemitério é uma palavra da língua portuguesa que vem do vocábulo grego koimeterium que quer dizer dormitório.Diante deste fato, a casa não precisa ter conforto. Se tiver é bom. Mas não é necessário. Necessário é que ela ofereça bem estar. E para isto não precisa ser de luxo, requerer muito investimento.O conforto é centrípeto, isto é, ele vem de fora para dentro. Ele nasce da Economia, da renda.O bem estar é centrífugo, isto é, ele surge de dentro para fora. Ele nasce da Psicologia, da alma.Violência é principalmente – embora não apenas – falta de espaço. Imagine você uma cobra: se você invadir sua área de segurança fatalmente você será atacado. Assim, com todos os animais, a menos que eles estejam com fome. Fora daí, a agressão virá se houver invasão de sua área de segurança - digamos – de sua privacidade.O homem é um animal também. Que tem área de segurança, principalmente. Esta, quando invadida, desperta o chacal que existe dentro de cada um de nós. Jean-Paul Sartre, filósofo francês muito mais festejado do que lido - e muito mais lido do que entendido -dizia: “todo homem tem, adormecido dentro de si, um chacal”. O que desperta este chacal? Sobretudo a falta de privacidade. Logo, a falta de espaço.Assim, casa que produz bem estar, ainda que sem muito conforto, é casa que tem espaço. Que produz condições mínimas para garantir privacidade a seus membros.

26 de janeiro de 2006

Conceito de inteligente chega a edifício residencial.

Anna Regina Tomicioli foto: Jefferson Barcellos/A CIDADEO que torna um edifício inteligente é o planejamento e previsão das necessidades de seus usuários. Cada aspecto de um edifício inteligente está relacionado a custos e benefícios. Não se trata de ter à disposição equipamentos mirabolantes que oferecem e fazem verdadeiras maravilhas. Tudo é uma questão de gestão de controle. Mais aplicado a prédios comerciais, o conceito de edifício inteligente começa a chegar às construções residenciais. Especialista em construir edifícios para habitação, a Habiarte Barc adaptou o conceito e levou o padrão para o seu primeiro edifício residencial inteligente. Localizado no Mirante Morro do Ypê, loteamento ‘fechado’ situado no interior do Jardim Botânico, o edifício Cidade de Petrópolis está em construção e terá um apartamento modelo (sem os móveis, como o morador vai recebê-lo) disponível para visitação a partir do final de março. Monitoramento“O edifício inteligente é aquele que consegue o monitoramento de todas as instalações comuns”, explica a arquiteta da construtora, Teresa Cristina Madureira de Souza Lima. O monitoramento é feito por programas de informática.“O Cidade de Petrópolis será o primeiro deste conceito (de inteligente) como completo. Porque a construtora entende que não adianta deixar somente a infra-estrutura. Você tem que deixar o serviço pronto para o teu condômino poder usar de fato”, comenta.Teresa refere-se à condição da construtora deixar tudo tubulado para o que condomínio faça as instalações. “Aí dependeria de uma reunião de condomínio, de uma aprovação de verba, de um monte de coisa até começar a funcionar”, diz. FocoO conceito está focado em deixar o prédio o mais pronto possível para o cliente. “Nas áreas de uso comum, a gente vai entregar completo”, comenta Teresa.Haverá controle dos serviços de elevadores, temperatura interna do edifício, segurança, som ambiente e consumos (água, luz e gás), este tanto das áreas comuns como de cada unidade habitacional individualmente. As tubulações lógica e seca – que viabilizam instalações para TV aberta, Internet e telefonia – também estarão disponíveis em vários pontos no interior dos apartamentos.SISTEMACondomínio é proporcional ao consumo do apartamentoNo caso dos consumos, o sistema vai medir tanto a área comum (do edifício) como os gastos de cada apartamento.Desta forma, na hora de ratear os gastos do condomínio, cada unidade pagará proporcionalmente ao seu uso e não como é feito no rateio tradicional, em cima do número de apartamentos. “O condômino não vai pagar pelo seu apartamento e sim pelo seu uso”, descreve a arquiteta Teresa Cristina Madureira de Souza Lima.ConsciênciaPara ela, a vantagem do sistema monitorado é despertar uma consciência coletiva de economia. No novo prédio, por exemplo, a construtora instalou uma cisterna para captar água de chuva e utilizá-la em jardins e áreas de lavagem. “Essa reserva é para diminuir o consumo do condomínio em funções que não necessitam de água limpa”. Aplicar o conceito de edifício inteligente às residências significa hoje atender às exigências do mercado. “Ou você começa a colocar benefícios para o seu cliente ou você se torna desinteressante”, conclui Teresa.RELATOSinônimo de conforto para funcionários e clientesO termo ‘edifícios inteligentes’ vem sendo usado mundialmente desde 1980. Surgiu em grandes centros como EUA, Japão e Europa para classificar edifícios totalmente automatizados. O que era para ser uma inovação tecnológica, acabou gerando problemas. Além dos elevados custos de manutenção, tornou-se difícil encontrar pessoal habilitado a operar essas verdadeiras máquinas. Inovações - Hoje em dia, esse conceito se aplica a inovações tecnológicas, segurança patrimonial, segurança física do empreendimento, conforto e inovações que o condomínio oferece. “O que o usuário procura hoje é conforto para ele e para seus clientes”, avalia Antonio Petillo, da Pres Construções, incorporadora do empreendimento Ribeirão Office Tower, edifício comercial inaugurado há cerca de seis meses ao lado do RibeirãoShopping. Antes de iniciar a obra, a construtora realizou uma pesquisa de mercado para conhecer as demandas de seus clientes em potencial. TendênciaA opinião do advogado Aires Vigo, cujo escritório ocupa um andar inteiro do prédio, reflete exatamente esta tendência.“Tenho uma carteira de advocacia grande, por isso precisava de um espaço maior, que comportasse essa realidade. E o padrão dos clientes que eu atendo, justifica um prédio que ofereça esse nível de conforto e facilidade acesso”, diz o advogado ao justificar porque escolheu montar seu escritório em um prédio localizado ao lado de um shopping e às margens de rodovias.Sobre os custos maiores de um condomínio deste padrão, Vigo é taxativo: “É um custo que justifica”, diz ele. “Porque você conta com segurança, câmeras de monitoramento, garagens, um shopping e outros recursos diferenciados”, avalia o advogado.

26 de janeiro de 2006

Consórcio pode ser alternativa para comprador.

Anna Regina Tomicioli O consórcio imobiliário pode ser uma alternativa para quem deseja adquirir um imóvel, mas não tem o dinheiro à vista e não quer recorrer a um financiamento. O grande diferencial entre o consórcio e o financiamento são as taxas de juros. Enquanto o financiamento sofre um reajuste médio de 160% sobre o valor do crédito até o final do contrato, nos consórcios esse índice não costuma ultrapassar 30%, somadas taxas de administração e o reajuste anual do valor da cota.A desvantagem é que, ao fazer um financiamento, o cliente pode ir morar imediatamente no seu imóvel. Já no consórcio, ele precisa esperar ser contemplado. ProcuraPor isso, o consórcio tem sido uma opção mais procurada por quem não tem pressa em adquirir o imóvel. Ou então vê no consórcio uma modalidade de investimento, explica o superintendente regional da Caixa Econômica Federal, Paulo Lins. “Tem gente que investe em uma carta de crédito e depois vende com um ágio de 20% a 30%”, explica Lins.Além do sorteio, outra forma de premiação do consórcio é por lance, que pode ser livre ou fixo. A maior parte das operadas trabalha com valor fixo de 20% do valor total da carta de crédito. Outras também oferecem uma segunda opção, de valor um pouco superior, em geral, 30%. Os lances podem ser uma boa saída para quem opta por consórcio, mas tem pressa em ter o imóvel nas mãos. “Mas isso quando o cliente tem um dinheiro guardado que possa usar para dar o lance”, orienta o representante comercial da Rodobens Consórcio, Carlos Alberto Batista da Silva. O valor do lance é usado para amortizar a dívida. VALORUtilização de recursos do FGTS é outra opçãoPara quem não pretende esperar ser contemplado pelo sorteio, outra alternativa é usar o FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço). Um casal, por exemplo, pode usar o benefício dos dois cônjuges e agregar valores. “O FGTS pode ser usado para dar lance ou para complementar o valor da carta de crédito, possibilitando a compra de um imóvel melhor, de preço maior”, explica Silva, do Rodobens Consórcio. PrazoO prazo dos consórcios em geral é de 120 meses, mas é possível encontrar variações de 60, 90 e até 174 meses. Os valores do crédito também podem variar bastante. Há operadoras que trabalham com cartas a partir de R$ 15 mil e chegam até R$ 180, R$ 200 mil. LanceO designer Mário Cunha utilizou o consórcio imobiliário para adquirir sua casa própria. Ele utilizou um dinheiro que tinha guardado e deu lance para tirar uma carta de crédito de R$ 22,5 mil. Com o restante do dinheiro, ele complementou o valor e acabou comprando um imóvel de R$ 58 mil. Com isso, Cunha conseguiu reduzir o prazo do consórcio de 144 meses praticamente pela metade. “Já paguei durante um ano e acredito que em mais quatro anos eu consiga quitar a dívida”, calcula ele, que paga hoje uma prestação de R$ 220. A partir de julho, aniversário da cota, o valor será reajustado para R$ 245. “É mais ou menos 10% de aumento por ano”, avalia.SERVIÇOVendedor sugere retirada do valor total do imóvelPara quem pretende adquirir imóvel através de consórcio e utilizar um dinheiro poupado, os vendedores dão uma dica. É preferível adquirir uma carta de crédito no valor total do imóvel desejado do que um crédito complementar que, somado aos recursos próprios, totalizaria o valor do bem em vista.“Porque neste caso você pode utilizar o dinheiro para dar o lance e adquirir o imóvel mais rapidamente, sem ter que esperar o sorteio”, diz Silva. Antes de assinar o contrato, Paulo Lins, da CEF, orienta que o cliente verifique se as parcelas do consórcio se encaixam no seu orçamento.Para quem paga aluguel, essa matemática deve levar em consideração que além desta despesa haverá ainda a parcela mensal do consórcio.“É preciso verificar se a pessoa ou a família se encaixa no perfil de consorciado”, conclui Carlos Alberto Silva, da Rodobens.OPÇÕESSites de instituições trazem simulações de valoresOs sites das instituições bancárias e das empresas de consórcio costumam trazer simuladores para auxiliar quem pretende adquirir uma carta de crédito imobiliário. Através dos simuladores é possível saber o valor mensal das parcelas e o prazo de pagamento, com base no valor total do crédito pretendido. Veja abaixo três simulações feitas no site da Caixa Econômica Federal.Simulação de crédito Valor da carta de crédito: R$ 40.000,00Prazo de pagamento: 90 mesesTaxa de adm. antecipada(1%): R$ 100,00 x 4 (já incluídos no valor da prestação)Total Taxa Administração: 15%Fundo de Reserva: 5%Seguro Habitacional Compreensivo: 0,03863% do saldo devedor inicialValor da 1ª prestação: R$ 633,33Valor da 2ª a 4ª prestação: R$ 651,88Valor das demais prestações: R$ 551,88 Valor da carta de crédito: R$ 65.000,00Prazo de pagamento: 120 mesesTaxa de adm. Antecipada (1%): R$ 162,50 x 4 (já incluídos no valor da prestação)Total Taxa Administração: 17%Fundo de Reserva: 5%Seguro Habitacional Compreensivo: 0,03863% do saldo devedor inicialValor da 1ª prestação: R$ 823,33Valor da 2ª a 4ª prestação: R$ 853,97Valor das demais prestações: R$ 691,47Valor da carta de crédito: R$ 90.000,00Prazo de pagamento: 120 mesesTaxa de adm. antecipada(1%): R$ 225,00 x 4 (já incluídos no valor da prestação)Total Taxa Administração: 17%Fundo de Reserva: 5%Seguro Habitacional Compreensivo: 0,03863% do saldo devedor inicialValor da 1ª prestação: R$ 1.140,00Valor da 2ª a 4ª prestação: R$ 1.182,42Valor das demais prestações: R$ 957,42

16 de janeiro de 2006

Em nome da segurança.

foto: Jefferson BarcellosTer casa própria para muitas pessoas significa realizar um sonho. Para muitos que conseguem concretizar esse desejo, a proteção do imóvel e dos bens que estão dentro dele torna-se condição indispensável para garantir segurança ao investimento. A cobertura básica mínima exigida por lei inclui proteção à casa ou ao apartamento e a tudo o que há dentro do imóvel contra incêndio, queda de raio e explosão. Além do básico, bancos e corretoras de seguros dispõem de produtos que se encaixam no padrão e exigência de cada cliente. Os preços, claro, são proporcionais ao grau de cobertura e valores indenizados em caso de danos.GarantiaAtualmente, além de garantir proteção à casa ou ao apartamento e os bens, as apólices também incluem coberturas adicionais para serviços emergenciais e assistenciais de reparos na rede elétrica, hidráulica e em alguns casos até troca de lâmpadas, instalação de chuveiro e conserto de fechadura. Em vendas, o seguro residencial só perde para o seguro de automóvel, o mais vendido em todo o país. A informação é do gerente para pessoa física da CEF (Caixa Econômica Federal) em Ribeirão Preto, Alfredo Eduardo dos Santos. É possível encontrar no mercado preços a partir de R$ 48 (parcela única e anual). O valor garante cobertura contra incêndio, raio e explosão, roubo e furto e pagamento de aluguel por 6 meses caso a família tenha que deixar o imóvel próprio em virtude de danos provocados por catástrofes, como uma enchente, por exemplo. No caso de explosão ou incêndio, o seguro garante cobertura limitada ao valor do prejuízo, mesmo que o incidente tenha se originado fora do imóvel.CréditoPara quem deseja uma cobertura mais ampla e um crédito maior em caso de sinistro, as companhias oferecem planos especializados com até 10 (ou mais) opções de cobertura (além de incêndio, raio ou explosão), que incluem vendaval, enchentes, danos elétricos e até responsabilidade civil. Mas os preferidos costumam ser roubo e danos elétricos.SERVIÇO: Seguro de casa é mais caro do que de apartamentoProteger um apartamento é mais barato do que proteger uma casa. “Uma por conta do imóvel térreo ser mais visado do que o apartamento. Além disso, os edifícios costumam ter seguro, mas a cobertura é limitada às áreas comuns e não ao interior das residências”, explica o gerente para pessoa física da CEF (Caixa Econômica Federal) em Ribeirão Preto.Uma cobertura média para uma casa de R$ 90 mil, por exemplo, custa na faixa de R$ 130 a R$ 140 por ano. Já para um apartamento do mesmo valor, o custo cai para R$ 100. DecisãoQuem opta por fazer seguro residencial, toma a decisão fazendo um cálculo bastante simples e prático: os custos dos seguros são bem inferiores se comparados ao patrimônio protegido. Alguns bens não são seguráveis pelas apólices. É o caso de jóias, dinheiro, obras de arte e bicicletas, por exemplo. Em alguns casos, como das obras de arte, a dica dos corretores é fazer um contrato de seguro para o bem específico. Existem imóveis que também não se encaixam no perfil de segurável, como as residências de veraneio, casa ou apartamento em construção, imóvel tombado ou utilizado como museus ou para exposições. MERCADO: Seguro residencial pode ser adquirido em loja de material de construçãoFoi pensando que o cliente que vai até suas lojas está de fato focado no assunto “casa”, que a rede C&C Casa e Construção acaba de lançar um seguro residencial com assistência domiciliar que está à venda em todos os 35 estabelecimentos da rede espalhados pelos estados de São Paulo e Rio de Janeiro. Em RP, tem unidade no RibeirãoShopping. A proposta da C&C é oferecer uma apólice com cobertura para incêndio, dano elétrico ou hidráulico, pagamento de aluguel e assistência para toda a casa por um custo mensal de apenas R$ 6,45. Anna Regina Tomicioli

16 de janeiro de 2006

ANÁLISE: Dos cursos d’água a rodovias ou aeroportos.

As cidades nasciam próximas de ferrovias ou de cursos d’água utilizados como estradas, vias de acesso. Afinal, um rio nada mais é do que um caminho que anda. Atualmente as cidades nascem próximas de outros focos como rodovias ou aeroportos. Ribeirão Preto começou há 150 anos considerando-se a proximidade de rios e como pouso de caminhadas rumo ao oeste. Daí seu primeiro epíteto ter sido de Capital d’Oeste. E, como toda cidade, inicialmente desenvolveu o que se constitui atualmente na sua parte central – spherion, em grego, quer dizer esfera – para somente depois, aparecendo os bairros, dar prosseguimento à expansão urbana. Perios, também em grego, quer dizer ao redor de. E antecede spherion (perio + spherion, ao redor do centro, são palavras gregas que formam a palavra periferia na língua portuguesa).Mais.As cidades nascem e crescem rumo a oeste. Depois, espraiam-se. Mas não de maneira homogênea. Acidentes geográficos, a estrutura fundiária – dentre outros – são fatores que mostram como caminha o desenvolvimento urbano, primeiro fato a indicar a necessidade de se estabelecer, via legis, a área urbana e a área rural, ambas conhecidas como zonas. A lei define a linha perimétrica urbana, que fixa os limites que compõem o espaço urbano e também os que compõem o espaço rural. Ribeirão Preto atualmente não tem periferia homogênea. Vale dizer: ela não se expandiu igualmente mas cresceu mais no sentido norte-sul e muito menos no sentido leste-oeste. Basta verificar qualquer mapa da cidade.No sentido norte-sul, Ribeirão Preto já supera os vinte quilômetros de expansão. Na parte norte, já chegou ao rio Pardo. Na outra ponta, na ponta sul, sua expansão é igualmente vertiginosa. Bonfim Paulista, um próspero distrito, na verdade nada mais é do que uma continuação urbana da sede do município de Ribeirão Preto. É o extremo sul de Ribeirão Preto porque já conurbou, já formou até um único complexo viário.Não é o que ocorre com o sentido leste-oeste. Aí há limitações à expansão imobiliária. E de ambos os lados. De um lado os óbices são o campus do Centro Universitário “Moura Lacerda” mais a área do educandário “Quito Junqueira”, fora outras propriedades menores, mas ainda intactas. De outro lado, a Estação Experimental e o campus da USP.Estamos constatando o fato. Não estamos propondo a retalhação destas áreas. Mas mister se faz uma ação política de governantes, que estimulem agentes do setor privado na busca de se construir acessos às áreas localizadas atrás destas glebas.Ruas são estradas urbanas.Elas podem servir de meio que facilite acesso de pessoas e de riquezas, aproximando produção e consumo, induzindo a circulação dos fatores de produção. Mas podem ser instrumentos de ocupação ordenada do solo. Antônio Vicente Golfeto

16 de janeiro de 2006

Estudante aquece mercado imobiliário no início do ano

Os meses de janeiro e fevereiro são um período de vacas gordas para o mercado imobiliário em Ribeirão Preto. A procura de imóveis por estudantes que vêm freqüentar escolas da cidade aquece os negócios e movimenta, sobretudo, o comércio de locações.Como o período de permanência é relativamente curto – enquanto durarem os estudos –, a demanda pela compra de imóveis costuma ser bastante rara.A safra estudantil começa no início de janeiro e vai até meados de fevereiro. Como reza a lei da oferta e da procura, os preços sobem conforme a demanda aumenta. Os valores, segundo o delegado regional do Creci (Conselho Regional de Corretores de Imóveis) em Ribeirão Preto, Sinésio Nunes Rodrigues, sofrem um acréscimo que varia de 10 a 20%, dependendo da localidade e do imóvel. “Todo imóvel tem um acréscimo em função do mercado”, comenta. KITCHENETTEEm geral, o perfil do imóvel procurado pelo estudante é a kitchenette e o apartamento de um dormitório. Num segundo plano, estão os apartamentos com dois quartos. Casas térreas são opção indicada somente àqueles que já conseguiram reunir um grupo para dividir o espaço e ratear as despesas. Os preços são bem mais em conta quando comparados aos apartamentos, mas é preciso garantir um grupo de ao menos quatro pessoas para não sair no prejuízo. ValorSegundo o corretor Antonio Carlos Maçonetto, o aluguel de uma casa com três dormitórios sai em média por R$ 500. “Praticamente o mesmo valor de um apartamento de um dormitório, somados os valores do aluguel e do condomínio”, diz. O aluguel de uma kitchenette sai mais em conta: em média entre R$ 350 e R$ 400, com condomínio incluso.Os valores, segundo os corretores, não tiveram reajuste em relação ao mesmo período do ano passado. “O que define valores é o mercado”, aponta Maçonetto. “Não adianta você reajustar um imóvel. Se num mesmo prédio tiver dois apartamentos iguais por valores diferentes, o mais caro corre risco de ficar vazio porque está fora do valor de mercado”, avalia.Imóvel próximo de escola ganha preferência do inquilinoA preferência dos estudantes é morar próximo do local onde irão estudar. “Quando isso não é possível, a segunda opção é o centro da cidade, devido à facilidade de locomoção e transporte”, explica Sinésio Rodrigues. O valor alto do condomínio costuma ser um entrave para o locatário estudante. “Tem locais que o condomínio é o mesmo valor do aluguel”, cita Maçonetto. Por isso, a regra é sempre fazer as contas. Segundo o corretor de imóveis e dono de imobiliária, os prédios mais baixos costumam ter aluguéis mais caros e condomínio mais barato. Já nos prédios altos, a situação é inversa. Alguns edifícios adotam em sua convenção a política de vetar estudantes e moradores solteiros ou separados, dando preferência a casais e famílias. Preconceito - A regra, porém, é vista como preconceito pelos profissionais e clientes do mercado imobiliário. “Já houve casos de locatário que entrou com ação na justiça e garantiu não só o direito à permanência no local como indenização por danos morais do condomínio”, cita Maçonetto. Para ele, independente do perfil do inquilino, se estudante, solteiro ou família, todos estão sujeitos às regras do contrato de locação e às normas do condomínio. “Quem não cumprir, vai ser punido”, conclui. Anna Regina Tomicioli

16 de janeiro de 2006

Habitação deve receber R$ 18,7 bilhões em 2006, diz ministro.

O ministro das Cidades, Márcio Fortes de Almeida, disse que a meta do governo é direcionar R$ 18,7 bilhões para a habitação em 2006. O montante representará um acréscimo de R$ 5 bilhões (36,5%) em relação aos recursos direcionados em 2005 para o financiamento da casa própria.Dos R$ 13,7 bilhões direcionados em 2005 para a habitação, R$ 9,2 bilhões saíram dos fundos públicos e programas sociais operados pela Caixa Econômica Federal, como o FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) e o PAR (Programa de Arrendamento Residencial). Os R$ 4,5 bilhões restantes vieram dos financiamentos habitacionais concedidos pelos bancos privados por meio do SBPE (Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo).Para 2006, o orçamento público para a habitação chegará a R$ 12 bilhões. E o setor privado deverá contribuir com mais R$ 6,7 bilhões. Do orçamento público para a habitação, que deve ser operado pela Caixa, R$ 10,3 bilhões já estão previstos no orçamento deste ano. "Trabalhamos, inicialmente, com um orçamento de R$ 10,3 bilhões para a habitação. Mas se o ministro [das Cidades] diz que o orçamento chegará a R$ 12 bilhões, deveremos chegar a esse valor", disse o vice-presidente de Desenvolvimento Urbano da Caixa, Jorge Hereda. Sobrou dinheiroO presidente da Caixa, Jorge Mattoso, comemorou o resultado de 2005, que foi o maior já alcançado nos últimos dez anos. No entanto, os R$ 9,2 bilhões aplicados pela Caixa ficaram abaixo do orçamento inicialmente previsto em 2005, que era de R$ 10 bilhões. E para conseguir alcançar os R$ 9,2 bilhões, a Caixa precisou se esforçar muito: ampliou o limite de financiamento de imóveis usados, recorreu aos feirões e reduziu a burocracia para aprovação do crédito."É muito positivo que tenhamos mais recursos que demanda. Isso obriga os bancos a buscar maior competitividade e eficiência. Não é como no passado, quando os recursos se esgotavam no meio do ano e era preciso recorrer a outros meios para garantir a oferta de crédito o ano todo", afirmou Mattoso.Além disso, Hereda afirmou que o "orçamento é muito dinâmico". "Alguns programas só foram regulamentados no meio do ano. Outros, como os financiamentos com recursos do FAT [Fundo de Amparo ao Trabalhador] perderam competitividade", disse ele.Para 2006, a Caixa manterá a estratégia dos feirões da casa própria, que ajudaram a instituição a elevar o índice de execução do orçamento habitacional. Os financiamentos com recursos da caderneta de poupança, em execução desde o final de 2005, devem repercutir positivamente nos números da instituição somente a partir deste ano. O banco também promete manter um diálogo com o setor da construção civil para melhorar o perfil dos programas de financiamento. FABIANA FUTEMA

16 de janeiro de 2006

0
|
0