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Notícias

Aluguel deve subir pouco no ano que vem.

Os contratos de aluguel devem subir pouco ou nada no ano que vem. A previsão é do mercado imobiliário. O motivo é o aquecimento do setor e o comportamento do IGP-M, o índice mais utilizado para corrigir os contratos de locação."O aluguel já não vem sofrendo tanto a influência do IGP-M porque a maioria dos contratos tem sido renovados até sem reajuste quando o inquilino paga em dia", declarou o presidente do Conselho Regional de Corretores de Imóveis de São Paulo (Creci-SP), José Augusto Viana Neto. "Em muitos casos até o preço cai, porque o proprietário prefere manter o locatário para ter o retorno do seu investimento." O IGP-M é muito sensível aos preços do atacado. Este ano, o Índice Geral de Preços do Mercado acumulou uma alta de 1,16% até novembro. Em vários meses, o índice chegou a sofrer deflação."O que se verificou este ano foi o forte impacto que o câmbio teve sobre os preços do atacado", explicou o coordenador de análises econômicas do Ibre, da Fundação Getúlio Vargas, Salomão Quadros. "Como o câmbio recuou 20% ao longo do ano, houve uma repercussão direta sobre os insumos, os produtos industriais." A previsão é que o IGP-M feche o ano com o menor patamar de inflação da sua história. Até hoje, a taxa mais baixa já registrada foi de 1,78%, em 1998. Uma boa notícia para quem paga aluguel."Não acredito em preços maiores para locação em 2006 porque o mercado já vem estável há muito há tempo", avalia Viana.

22 de dezembro de 2005

Cor: elemento diferenciador.

Dos diversos recursos empregados pela arquitetura, a cor é um elemento mais que importante, é diferenciador. Quando planejada e estudada pode ter efeitos de reavivar e modificar completamente um ambiente. Em estudos de marketing e decoração a cor tem papel fundamental, o de identidade. Um exemplo de recuperação de identidade através da cor pode ser observado na mostra realizada no Stream Palace Hotel. O projeto de Paula Gauchick no saguão utilizou o verde florescente, com muito amarelo em sua pigmentação, para resgatar a originalidade e redefinir a identidade da marca do hotel. Daniela Bataglia, coordenadora da mostra, explica que “houve uma reestruturação na comunicação visual do hotel, incluindo sua logomarca. Aconteceu um resgate das origens, já que em sua criação, a marca do hotel era verde”.Para ela, a parede verde, muito marcante, fixará no hóspede a imagem do estabelecimento. Sua marca, representada por folhas de louro verdes, é a toda hora arremetida. “Não tem como esquecer”, explica Daniela. TendênciasPara a arquiteta Daniela Bataglia, as tendências atuais são as cores mais vibrantes e os tons de marrom. “O verde normalmente dá uma sensação de natureza, se misturado com o marrom ele traz algo de aconchegante”. Ambiente segue procedimentos ecológicosO ambiente projetado pela arquiteta Paula Cauchick seguiu procedimentos ecológicos. “O verde traduz completamente a natureza”. Em sua ambientação Paula buscou cromatizar nos materiais as diversas variações da natureza, desde o tom areia das cortinas até o verde Ubatuba, bem escuro, do granito do balcão. O balcão de granito revestiu a madeira anterior pela durabilidade. “Procuramos otimizar com a pedra a utilização do balcão, que muitas vezes perde o viço com o tempo e a utilização. A pedra é mais durável”.O sofá exclusivo, todo revestido em grama sintética, encaixa-se com perfeição na proposta cromática e fundamentada na natureza. “Nesse sofá as pessoas podem interagir de maneira diferente de sofás convencionais”, explica Paula.O painel que colore o fundo do balcão foi revestido com gesso acartomado. “A parede de placostil foi toda parafusada. Essa é uma nova opção de material que ajudou a dar rapidez na obra. Afinal, a rotina do hotel não foi interrompida para que as obras fossem realizadas”.Na parede verde vibrante, um dos detalhes preferidos da arquiteta: “escolhi substituir aqueles relógios convencionais, que estressavam os hóspedes, por relógios da natureza, que são as folhas de árvore caindo”. Projeto reuniu 36 arquitetos de RPA 1ª Mostra Stream de Design é um projeto arquitetônico que reuniu 36 arquitetos de Ribeirão Preto para a reformulação de 28 ambientes do Stream Palace Hotel, no centro da cidade. A arquiteta Daniela Bataglia, coordenadora do projeto, diz que “diferentemente de projetos de decoração, como a Casa Cor, este é um projeto arquitetônico, que vai permanecer no local por mais tempo”.A mostra foi desenvolvida com base na recriação de espaços e revitalização do centro histórico de Ribeirão Preto. A proposta era reformular o design dos ambientes, mudar cores de paredes, trocar objetos, pisos e acessórios.Durante três meses as ações foram meticulosamente planejadas. “Demos prioridades para arquitetos com características arquitetônicas similares. Como resultado obtivemos um projeto clean, que deu suavidade e eliminou o ar pesado notado antigamente”, explica Bataglia. Segundo ela, através da mostra os arquitetos propuseram o ato de repensar a utilização dos espaços de um imóvel e inová-lo sem que ele perca a sua identidade arquitetônica. A partir daí foi empregado o conceito do Retro-Fit, que trabalha com revitalização e atualização das construções para aumentar a vida útil do imóvel. Com a incorporação de modernas tecnologias e materiais foi possível reconquistar a valorização da unidade aos níveis da época de seu lançamento, e sem interferir na rotina do hotel. “Essa foi sem dúvida a parte mais difícil”, conta Daniela. O projeto contou com a direção dos arquitetos Constantino Sarantanpoulos, Daniela Battaglia, Georges Sarantopoulos e o engenheiro responsável Glauco Junqueira, sob coordenação da gerente de marketing da Rede Stream, Adriany Bueno e de Ana Maria Machado.EspaçosOs arquitetos utilizaram recursos de inovação como cores, objetos, iluminação, obras de arte, além de troca de pisos e materiais de construção, que criaram novas composições para cada espaço. Nove apartamentos do oitavo andar foram totalmente redecorados, cada um por um arquiteto diferente com combinações diferentes de estilo e materiais. “Cada ambiente foi recriado para se tornar um espaço propício para relaxamento e bem-estar. Isso é o que os hóspedes de um hotel mais procuram hoje”, explica Ana Hilayali Sarantopoulos, diretora presidente da Rede Stream. Publicação Jornal A Cidade 04/09/05

21 de dezembro de 2005

Sem perder as características.

Conservar viva a história da cidade. Baseadas nessa afirmação, tendências da arquitetura reconstroem o passado e criam novas tendências através da restauração – ou restauro – de imóveis antigos. Em Ribeirão Preto a técnica ajuda a transformar antigas residências em novos espaços comerciais que conservam vivas certas características de construção através de charmosas reformas.O projeto arquitetônico do restaurante Napoleon, no Boulevard leva a assinatura dos proprietários Márcia Santiago, arquiteta, e seu sócio e marido Carlos Trocca. O casal decidiu manter as características antigas do imóvel, de linhas horizontais, estilo Niemeyer. Por fora, a construção com muito cimento, vidro e tijolos, transmite a idéia de blocos geométricos superpostos, em voga nos anos 50.No interior Márcia apresentou uma proposta diferente, agregando sofisticação ao ambiente repleto de detalhes que remetem aos anos 60. A clarabóia, os pilares e a grande janela de vidro conservam as características marcantes do gênio brasileiro da arquitetura.As restaurações são normalmente caras. Isso porque a mão-de-obra deve ser especializada e os materiais devem ter as mesmas características dos utilizados nas construções antigas. Segundo a arquiteta Thaís Maistrello, “hoje em dia podemos contar com novas tecnologias em materiais, que criam efeitos parecidos com os utilizados antigamente”. Thais mostra as portas antigas, resgatadas de uma demolição, e empregadas em um de seus projetos: uma loja de móveis orientais.Paredes - Juliana Vallada, arquiteta de uma loja também restaurada, conta que a maior dificuldade da obra foi encontrada na demolição das paredes. “Essas construções antigas têm paredes muito grossas. Além de difíceis de quebrar, as plantas da casa se perderam com o tempo. Não sabíamos se atingiríamos algum ponto importante de sustentação”. Para Márcia Santiago, “o fator mais importante trazido pelas obras de restauro é que elas devolvem para a cidade espaços que poderiam ser perdidos com o tempo”.Reforma com a manutenção de ambientesA arquiteta Thaís Maistrello conservou boa parte do ambiente externo para ajudar na ambientação com estilo da Indonésia da loja de móveis. “No quintal, a balaustrada e o lavatório combinavam perfeitamente com a idéia que tínhamos”. Os dormentes no chão e nos batentes aumentaram a sensação de rusticidade. Já a jabuticabeira foi mantida a pedidos. “Durante a reforma, um antigo morador da casa contou que ele havia plantado a árvore e pediu para que não a derrubássemos”. Márcia sempre teve o sonho de ter um restaurante. Durante algum tempo procurou por um espaço especial, até encontrar o imóvel da Rua Marcondes Salgado, no Boulevard. “Senti que aquele era o espaço especial que eu procurava” conta. Márcia acredita que o ambiente agrade a clientela do restaurante, no entanto “isso não faz diferença. A arquitetura está acima de tudo isso”.Funcionalidade é característica obrigatóriaEmbora seja importante conservar as características principais, o ambiente precisa ter funcionalidade. Márcia Santiago afirma que toda a estética do prédio foi preservada, sendo reestruturadas apenas as partes necessárias para o bom andamento dos serviços gastronômicos. O restaurante da arquiteta inovou com a transformação de uma antiga garagem subterrânea em adega. “O espaço era ideal. O imóvel já tinha o abrigo semi-enterrado, e aproveitamos. Queremos agora trazer para Ribeirão uma cave que comporte nossos vinhos”, comenta a arquiteta, que decidiu mesclar a restauração da casa da década de 60, com a decoração apoiada em mobiliário contemporâneo.No caso da loja de móveis da Rua Altino Arantes, foram duas as principais mudanças no projeto do local. “A primeira foi no acesso. Tivemos que aumentar as portas para facilitar o entra e sai de móveis e de muitos clientes ao mesmo tempo”, explica Juliana Vallada. A arquiteta mostra a outra grande mudança, o galpão emendado à sala. “Aqui o projeto não quis camuflar a reforma, e sim criar um estilo novo. A sala original conta com paredes estruturais, ou seja, a parede sustenta a estrutura da casa. Já o espaço ao lado possui vigas no teto. Mas nem por isso, destoou do resto da casa”. Publicação Jornal  A Cidade 07/08/05

21 de dezembro de 2005

Faça-se a luz.

Há pelo menos uma década a iluminação deixou de ser um coadjuvante nos projetos de decoração de ambientes e até mesmo em alguns projetos arquitetônicos. A dicotomia claro-escuro, nesse caso traduzido em luz e sombra, ganhou importância pela relevância que o contraste dá aos ambientes internos ou externos.Em residências ou locais públicos, não importa. A ordem do dia é elaborar um projeto de iluminação que seja a “maquiagem” do ambiente, do prédio, segundo analisa o designer Rogério Magalini, especializado na área e que ainda cria muitas das luminárias que utiliza em seus próprios projetos.Nesses dez anos, ao ganhar status similar ao de outros segmentos nos projetos de arquitetura, a iluminação passou a contar com profissionais que se dedicam a criar soluções que atendam às novas necessidades do mercado. Magalini é um deles. Ao lado do sócio, Aguinaldo Ferraz cria projetos de iluminação que têm como alvo endereços públicos dos mais variados. “Fizemos projetos para iluminar ambientes os mais diversos, que vão de motéis a igrejas”, confessa Ferraz.Mas o forte da dupla são os restaurantes e algumas lojas. O Cupim da Avenida 9 de Julho, o Ateliê da Pizza, o Samânea, Moetá e Napoleon são alguns ambientes que eles iluminaram recentemente. “A tendência de algum tempo para cá não é mais utilizar a luz branca, chapada, que deixa todo o ambiente homogêneo”, afirma Magalini.O que está em voga é utilizar luz difusa para o ambiente com alguns pontos de apoio, como luminárias e abajures. “É preciso deixar o ambiente, no caso de um restaurante por exemplo, mais aconchegante, mais romântico. Hoje, ninguém mais quer ir ao restaurante para ficar se exibindo. O consumidor quer discrição”.Magalini adianta que um projeto de iluminação tem que atender a um gosto muito pessoal do empreendedor, mas também ajuda a cumprir a função do próprio empreendimento. “Numa loja de bolsas, por exemplo, não se deve usar uma iluminação branca homogênea. Deve-se usar um foco de luz sobre os produtos para que eles ganhem destaque e fiquem, sobretudo, valorizados”, ensina.Para ele, é no comércio que a iluminação pode ter o caráter de maquiar o produto. Mas alerta: é preciso saber maquiar esse produto com a luz adequada. “As lâmpadas fluorescentes reproduzem mal os objetos de cores quentes. Para eles, as lâmpadas incandescentes são melhores porque não distorcem os tons das cores”. O decorador Alexandre Calil de Salles, especializado em projetos de iluminação para residências, diz que a iluminação deixou de ser complemento para ser motivo de preocupação. “Há projetos arquitetônicos que já contemplam a estrutura de fiação em função do projeto de iluminação que será implantado.”Salles, Magalini e Ferraz concordam que a tendência moderna de jogar com luz e sombra determina o clima que se quer criar no ambiente. “Quando se determina um foco de luz sobre um objeto como um quadro numa parede, ou um vaso num canto da sala, naturalmente se valoriza o objeto. Mas a sombra pode ter uma função importante também. A de desviar a atenção das pessoas para uma possível imperfeição na construção ou no acabamento físico do local”, analisam. Para Salles, o excesso de iluminação ou um projeto mal elaborado pode eliminar o charme do ambiente. E esse erro pode ser fatal tanto para residência quanto para qualquer ambiente público.TendênciasNuma residência, para ambientes sociais, como living, home theaters, halls de entrada, salas de jantar ou de almoço, deve-se utilizar uma iluminação indireta com lâmpadas AR 111, dicróica ou mesmo fibra ótica. “Só há uma residência em Ribeirão Preto que utiliza fibra ótica para iluminar ambientes”, garante. Para esses ambientes, segundo o decorador, é fundamental o emprego de ponto de apoios como luminárias, abajures ou mesmo lustres de bronze e cristais. “Há um resgate interessante desses tipos de lustre hoje em dia”. Tudo isso sempre com dimer, para controlar a intensidade de luz em função da ocasião social.Nos quartos, a solução estaria em uma boa luminosidade central com ajuda de luminárias e abajures. Nos banheiros, Salles gosta de iluminação embutida no centro, de spots com lâmpada par 20, e nas pias, luz dicróica que lava as paredes. Na área de cozinha, incluindo cozinha gourmet e lavanderia, uma boa luz central fluorescente com lâmpadas amarelas e para os armários que circundam esses ambientes, iluminação embutida para que em ocasiões de necessidade, se obter um ambiente mais aconchegante.“Na área externa, o projeto de iluminação deve sempre ser ‘casado’ com o projeto de paisagismo”. Salles indica a utilização de espetos ou canhões de luz embutidos no chão dando destaque para plantas, molduras, colunas ou muros. “Dessa forma se consegue uma excelente iluminação de baixo para cima, dando imponência para casa”. O mesmo princípio, segundo o decorador, deve ser usado para a área da piscina, com emprego de lâmpadas azuis.O uso de cores, no entanto, ainda é um problema. “Ribeirão Preto ainda é conservador para utilização de iluminação colorida. É mais comum usar em fachadas e em locais como motéis”, analisa Magalini que gosta de usar, sempre que consegue, cores frias nos projetos que cria.Outra tendência apontada pelo designer é que é melhor utilizar poucas peças grandes do que muitas pequenas. “O melhor é iluminar um ambiente com pouca luz e ir acrescentando pontos de apoios na medida da necessidade, do que instalar inúmeras luminárias e vê-las sempre apagadas para que a iluminação não fique exagerada”. Publicação Jornal A Cidade 24/07/05

21 de dezembro de 2005

Do Oriente ao Nordeste brasileiro.

Se você pensa em criar um ambiente em sua casa que seja predominantemente clássico, tudo bem. Melhor ainda, se puder “quebrar” o ar sisudo do local com uma peça de decoração da ilha de Bali, na Indonésia, por exemplo, ou do Nepal, talvez no Nordeste brasileiro.A fusão de estilos é bem vinda por arquitetos e decoradores, desde que o equilíbrio seja a premissa para que nem o ambiente nem as peças de decoração fiquem desvalorizados devido a uma intervenção indevida.“É preciso cuidado, principalmente com peças como estatuetas, esculturas. Elas precisam estar em um local valorizado para ter o merecido destaque, senão o conjunto do ambiente fica comprometido”, analisa a arquiteta Thaís Maestrello.Para ela, não há ambiente que não comporte mistura de estilos. “O eclético está em alta e é possível misturar estilos sem perder o valor das peças envolvidas. Basta ter harmonia e na última Casa Cor de São Paulo, percebemos isso”. Ela é responsável pela criação dos ambientes em que um sem-número de peças de decoração étnicas estarão expostas ao público a partir da próxima quarta-feira, no novo espaço Gili Design e Paisagismo. Um contêiner veio direto da Indonésia cheio de peças artesanais dos mais variados povos da Ásia.Patrícia Borges e o noivo Pedro Foresto Crispim foram conhecer os países hindus e budistas e começaram a adquirir peças inicialmente para decorar a casa em que pretendem morar após o casamento.Devido ao volume do que estavam adquirindo, decidiram mudar aparentemente de planos e abrir uma loja.Assim, foram visitar diversas ilhas da Indonéia, como Bali, Java. Timor Leste, além da Tailândia, China, Tibet, Nepal, Laos. De quebra pegaram no caminho algumas peças da Índia, mesmo sem pisar no país.O roteiro do casal incluiu tudo o que o exótico permitiu, como Hong Kong, Macau, Bangcoc, Koh Tão, Bali, Java, Lombok, além das Gili Islands – três pequenas ilhas na Indonésia, Gili Air, Gili Meno e Gili Terawangan. Para se chegar nas ilhas Gili, a viagem dura 8 horas de barco, partindo do continente. Aqui no Brasil, Patrícia abriu o leque de peças decorativas étnicas e a exceção fica por conta dos potes de barros antigos do Nordeste.Entre as peças, existem esculturas de Buda em madeira e bronze compradas na ilha de Java. Há também máscaras de madeira esculpidas e pintadas à mão, ou na cor natural da madeira típica da região.Junto ao Buda, também em madeira, há o Barong, o guardião do templo hindu, também da ilha de Bali.Os tapetes são expressivos, como o de Timor Leste, confeccionado à mão por povos nativos. Uma das peças mais caras e significativas do acervo. De Sumbaya, ilha da Indonésia junto com Bali, Java, Timor Leste e ilhas Gili, uma batik ikat que serve como manta sobre sofás ou para expor em paredes. A maior peça, em termos de importância é a escultura em bronze do deus hindu Shiva, integrante da tríade hindu Trimurti, que possui ainda Vishnu e Brahma.

21 de dezembro de 2005

Reurbanização na Baixada.

Arquitetos, engenheiros, fotógrafos, artistas plásticos e outros interessados terão a oportunidade de participar com sugestões e projetos para a reurbanização da avenida Jerônimo Gonçalves. Os organizadores fizeram na tarde de quarta-feira a primeira reunião para dar início ao trabalho, que terá duração de um ano. A intenção é entregar os projetos em junho do ano que vem, quando a cidade comemora 150 anos.Segundo Onésimo de Carvalho Lima, presidente do núcleo de Ribeirão Preto do IAB (Instituto dos Arquitetos do Brasil), um dos parceiros do trabalho, a pretensão é que sejam formados de cinco a seis grupos de trabalhos para a discussão de idéias e projetos voltados para o local, um dos primeiros da cidade a receber urbanização.A avenida foi a escolhida justamente por ter sido o local onde a cidade primeiro se desenvolveu, com a estrada de ferro e suas pontes, ligando o que na época poderia ser considerado duas cidades, a Vila Tibério e o Centro da cidade. Estava ali, às margens do ribeirão Preto a demonstração de pujança econômica da cidade. O projeto se propõe a trabalhar não apenas a reurbanização do local, mas resgatar a história do local ao longo destes 150 anos.Local de enchentes que mereceram e merecem muitas discussões, a Jerônimo Gonçalves tem também muita beleza emprestada por suas palmeiras imperiais e suas largas calçadas em alguns pontos. O projeto “Ribeirão Preto 149 / 150 anos” leva em consideração o valor histórico da avenida. “A memória, elemento fundamental na formação da identidade cultural individual e coletiva deve ser valorizada e preservada; no contexto de uma sociedade, esta preservação não significa seu atrelamento ao passado e um impeditivo ao seu desenvolvimento, mas sim a conservação de seus pilares constituintes a fim de não perder conhecimentos e identidades”, registra o documento de apresentação do projeto.“À medida em que os avanços da tecnologia se instauram e com eles novos paradigmas, valores e linguagens, é quase que inevitável uma ruptura com o passado. Com isto o homem perde seus parâmetros culturais, esquece suas tradições e rompe com suas raízes, ficando alienado da realidade”, prossegue a justificativa.“O projeto ora proposto pretende ser o start para futuras discussões sobre o resgate da memória patrimonial e cultural de nossa cidade, assim como seus baluartes e precursores, mostrando à população atual que a história é composta de acontecimentos e personagens que não podem ser esquecidos, sob pena da perda de identidade”.Sobre os 150 anos de vida da cidade, o documento aponta: “talvez este seja este o momento de refletir sobre nossa história, sobre o que se tem feito para protegê-la, e aos nossos bens patrimoniais.ObjetivosOs parceiros no projeto estabeleceram alguns objetivos a serem perseguidos com o trabalho. São eles:• homenagear a cidade e seus habitantes com uma programação diversificada, que atenda a vários setores da comunidade;• refletir sobre a nossa realidade• estabelecer um paralelo sobre o passado e o presente, através de depoimentos de moradores, historiadores e pesquisadores• propor ações que tenham em seu conteúdo, o caráter educacional e de mudanças sócio-comportamentais;O trabalho tem como parceiros o Centro de Convenções Ribeirão Preto, a Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, da USP (Universidade de São Paulo), o IAB (Instituto de Arquitetos do Brasil) - Núcleo Ribeirão Preto, Marp (Museu de Arte de Ribeirão Preto), MIS (Museu da Imagem e do Som de Ribeirão Preto), Prefeitura Municipal de Ribeirão Preto, Secretaria Municipal da Cultura e Sesc (Serviço Social do Comércio) Ribeirão Preto.ProgramaçãoDia 03/06Avenida Jerônimo Gonçalves/Intervenções Urbanas – Apresentação dos objetivos do workshop e da problemática do objeto de intervenção/IAB - Instituto de Arquitetos do Brasil, Núcleo Ribeirão Preto.Local: Auditório do SESC Ribeirão Preto, às 18h30. Rua Tibiriçá, 50, Ribeirão Preto-SP. Informações no IAB (16) 620- 0571.Dia 15/06Sala de Exposições - instalação Jerônimo com a General / Arquitetos Adriano Canas, Onésimo Carvalho e Rita Fantini. Exposição do workshop Avenida Jerônimo Gonçalves / Intervenções Urbanas.No SESC Ribeirão Preto, coquetel de abertura às 21h. Rua Tibiriçá, 50, Ribeirão Preto-SP. Visitação de terça a sexta-feira, das 13h às 18h e das 19h às 21h30; sábados, domingos e feriados, das 9h às 12h horas e das 13h às 17h30. Permanência até 30/06/05. Informações no SESC Ribeirão Preto (16) 3977-4477.Dia 18/06Avenida Jerônimo Gonçalves/Intervenções Urbanas – Apresentação das propostas de Intervenção/IAB - Instituto de Arquitetos do Brasil, Núcleo Ribeirão Preto.Módulo I, às 9h30Módulo II, às 14hConferência de encerramento “Leitura da Cidade Contemporânea”, com o arquiteto Milton Esteves Júnior, às 16hMediação Onésimo Carvalho. Auditório do SESC Ribeirão Preto. Evento gratuito, aberto a interessados. Informações SESC Ribeirão Preto (16) 3977-4477 e IAB 620-0571UFSCar indica normas e procedimentos para melhorar construçõesO fenômeno de retração em alvenarias de blocos de concreto é um problema enfrentado freqüentemente na construção civil, podendo causar fissuras nas paredes quando não devidamente compreendido. “A retração sempre existe em blocos de concreto. É preciso controlar esse processo na fabricação do produto”, explica o professor do Laboratório de Sistemas Estruturais do DECiv (Departamento de Engenharia Civil) da UFSCar (Universidade Federal de São Carlos), Guilherme Aris Parsekian. Assim sendo, um projeto de pesquisa orientado por ele, realizado em parceria com a ABCP (Associação Brasileira de Cimento Portland), com apoio da Fapesp e Capes, cujo nome é “Avaliação Experimental do Fenômeno de Retração em Alvenaria de Blocos de Concreto”, avaliou, junto a pequenos e grandes fabricantes de blocos, cuidados a serem tomados na produção dos blocos e na obra que poderiam resultar em uma melhor qualidade do produto final.O pesquisador afirma que foram avaliados, através de ensaios, procedimentos de cura e estocagem dos blocos após sua fabricação que podem afetar a retração levando a um maior ou menor potencial de aparecimento de fissuras. O produto final das empresas de maior porte com cuidadoso processo de fabricação, segundo ele, apresenta um melhor resultado. “Em empresas de pequeno porte, quando a cura não é bem feita por exemplo, deve-se estocar os blocos em um período de tempo maior para evitar que o processo de retração ocorra quando o bloco já está na construção”, afirma.As análises revelaram, entre outras adequações das normas existentes, que um período bom para a secagem dos blocos de forma a reduzir a retração quando na parede, é de 21 dias, quando a cura não é adequada, ou seja, sem o uso de câmaras a vapor. “No entanto, é comum esse período ser reduzido para menos de uma semana nas construções, sendo essa a causa de muitas fissuras”. As alterações sugeridas pelo projeto de pesquisa foram encaminhadas para os comitês de normas nacionais de construção civil, e tem o objetivo principal o aprimoramento da qualidade dos blocos e das técnicas construtivas.LajesO Laboratório de Sistemas Estruturais do DECiv também está desenvolvendo um projeto de pesquisa, coordenado pelo professor Roberto Chust Carvalho, que visa determinar quanto uma laje pré-moldada deforma (quanto a laje “sela” no jargão de obra) ao longo do tempo. Para tanto, foram construídas lajes com determinadas características em laboratório, submetidas a um peso estável por um longo período, sendo monitorado o quanto à deformação vai aumentando ao longo dos anos. Segundo Parsekian, todas essas pesquisas buscam um melhor entendimento de produtos e elementos construtivos, e através desse entendimento melhorar a qualidade das obras.

21 de dezembro de 2005

Benefícios para pessoa jurídica.

Em seminário realizado na semana passada no escritório de advocacia Brasil Salomão, tributaristas buscaram explicitar quais são os principais benefícios trazidos pela aprovação da medida provisória 252, a chamada MP do Bem.Um dos palestrantes foi o advogado tributarista João Henrique Gonçalves Domingos, que trabalha com encargos do setor imobiliário. Segundo ele o aperfeiçoamento do regime tributário beneficia principalmente as transações realizadas por pessoa física.O novo benefício isenta o pagamento de imposto de renda sobre o lucro imobiliário, quer dizer: uma pessoa que possua uma casa de R$ 100 mil e a venda por R$ 120 mil, antes da aprovação da MP, deveria pagar IR sobre os R$ 20 mil de lucro obtido na transação. A MP isenta esse pagamento desde que o dinheiro proveniente da negociação seja investido em imóveis num prazo máximo de 180 dias.Há ainda outras regras para que o benefício seja válido, mas para Domingos “esses benefícios podem aumentar o número de transações e fortalecer o mercado imobiliário”.Mas há também vantagens para as empresas ligadas às atividades de revenda de imóveis. A mais expressiva é de cunho contratual e consiste na inclusão das receitas imobiliárias, provenientes de contratos firmados até 31 de outubro de 2003, no sistema tributário cumulativo.Isso porque, devido a uma Instrução Normativa, – alteração na lei tributária em outubro de 2003 – somente poderia se aplicar a prática da cumulatividade do PIS e da Cofins em contratos com preço pré-determinado.A MP incluiu dentro do sistema da cumulatividade de PIS e Cofins as receitas relativas às atividades de revenda de imóveis, desmembramento ou loteamento de terrenos, incorporação imobiliária e construção de prédio destinado à venda, quando decorrentes de contratos de longo prazo firmados até 31 de outubro de 2003.BenefícioCumulatividade é a melhor forma, diz advogadoEntende-se como cumulatividade de PIS e Cofins a cobrança desses impostos, que são pagos quando se adquire um produto, em sua revenda. No caso das negociações imobiliárias, que possuem muitas etapas (desde a construção do imóvel até a venda ao consumidor final) a cumulatividade é a melhor forma de cobrança, segundo o advogado tributarista João Henrique Gonçalves Domingos. Pelas definições da Instrução Normativa, entendia-se que somente poderia se aplicar a cumulatividade do PIS e da Cofins em contratos de preço pré-determinado. No entanto, em contratos de longo prazo, principalmente nos imobiliários, é de praxe haver cláusulas de correção monetária, que nada mais é que a atualização do contrato, e não alteração contratual.Antes da MP os contratos perdiam o benefício da cumulatividade a partir da primeira implementação de alteração de preços, migrando para o sistema de não-cumulatividade. Este segundo sistema é muito criticado por juristas e tributaristas de diversos setores. Para Domingos, a volta do benefício trará “mais rentabilidade para os negociantes dessa atividade”.MOSTRAExposição aguça sentidosA Falmec, marca italiana de fogões, coifas e fornos, convidou 11 profissionais das áreas de arquitetura, design, paisagismo e artes plásticas para interpretar os 5 sentidos na decoração celebrando a chegada de 2006.O resultado pode ser conferido até o dia 06 de janeiro no showroom da marca. Na entrada o jardim ganhou folhagens vermelhas naturais e cachos de uvas iluminados, que despertam o paladar. A vitrine ganhou arranjos e móbiles de cristal, que mais se parecem com gotas.Na seqüência é a vez do olfato ser aguçado com o aroma dos temperos e velas, que podem ser facilmente feitos em casa. Há cravo da Índia, pimentas, canela, alecrim, capim cidreira e erva doce.Mais a diante a imagem refletida no espelho faz o visitante se integrar ao ambiente, aguçando a visão. É possível conferir como é fácil usar lentilhas, nozes e feijões em pontos estratégicos da cozinha para atrair fartura para o ano novo.E não pára por aí. Na área externa está um dos pontos altos da mostra. Uma mesa campestre com 10 lugares dá dicas de como montar uma bela mesa para as festas de fim de ano e, para quem possui espaço no quintal, ainda dá pra conferir uma tenda com almofadas coloridas, área perfeita para descansar das festas ouvindo o barulho da fonte.A Mostra Celebração dos Sentidos foi toda pensada para aguçar os sentidos de seus visitantes e oferecer dicas preciosas para quem deseja decorar um espaço ou montar uma mesa especial para as festas de fim de ano e também para comemorações de datas especiais do calendário, afinal a decoração de espaços para festas é sempre uma questão delicada e que requer criatividade, bom gosto e alguns cuidados em relação à praticidade e adequação dos espaços.Mais do que expor, a mostra quer fazer o visitante interagir com os ambientes através dos sons, visões, aromas, texturas e sabores e se sinta integrado às propostas de cada ambiente. Mais informações no site www.falmec.com.br.

18 de dezembro de 2005

A compra financiada.

Os provérbios são a sabedoria do gênero humano. Podem não ser legais. Como muitos que conhecemos. Mas são legítimos, lídimos. O que faz o legal é a lei. Já o que torna algo legítimo é o tempo. E a legitimidade é muito mais importante do que a legalidade. Vejamos um destes provérbios: quem não deve não teme. Vejamos outro a partir deste: quem não deve não tem. Sim, porque o crediário foi produzido exatamente para atender aos desejos de consumo de uma sociedade cuja marca característica é o crescimento, o aumento do hedonismo.Pode-se fazer, grosso modo, dois tipos de dívida. Uma para consumo. Outra, para aquisição de bens de capital, aí incluídos os bens de consumo durável como os veículos. Evidente que a compra de bens, de mercadorias, de serviços para consumo tem crescido na medida em que se concorda com um fato: o crédito é a mais nova e talvez até a mais eficaz forma de moeda. Os conservadores, entretanto, nem sempre aconselham o apelo ao crediário. E sugerem, caso o consumidor – digamos – esteja pretendendo comprar a prazo uma geladeira, a não fazê-lo. Se for dar uma importância financeira de entrada e dividir o restante em seis prestações mensais, pagando juros, o consumidor será aconselhado certamente pelo conservador a guardar as prestações, aplicá-las em uma das modalidades oferecidas no mercado financeiro - a caderneta de poupança é a mais popular – e, completado o período de seis meses, comprar a geladeira. Banqueiro fica rico porque recebe juro. Não paga juro. E mais: quem tem dinheiro e compra a vista normalmente comanda o negócio ao passo que, quem compra a prazo, normalmente tem a transação dirigida por quem vende.Não é o caso, contudo, de compra de bem de capital. Máquinas para empresas são um exemplo. Imóvel é outro. Fiquemos com este caso. Ao adquirir, por exemplo, um imóvel para morar – caso queira comprar uma casa para se livrar do aluguel e ainda acomodar sua família – o investidor em imóveis será tomador de empréstimo, estará recorrendo a um financiamento. Aí o conservador que desaconselhou a compra da geladeira pelo sistema de crediário estará aprovando a medida porque se trata, na verdade, de um investimento. Estamos falando da aquisição financiada de uma residência.O cálculo é simples. Além de morar na sua própria casa, o comprador estará sim assumindo o ônus do pagamento do financiamento. Mas, ao mesmo tempo, estará livre do aluguel cuja correção não raro pode superar a correção do financiamento. Mais: quando tiver que investir para conservar a casa onde mora estará aplicando em imóvel seu que ainda poderá ser valorizado se a compra for por importância favorável.Comprando imóvel financiado o investidor produz um passivo, sim. Ele passa a ter uma dívida. Mas produz também um ativo, a casa.

18 de dezembro de 2005

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