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Preço de venda do imóvel sobe 10% com pintura e troca de piso.

Antes de vender um imóvel, investir em reformas, mesmo que
pequenas, ajuda a melhorar também o aspecto das propostas feitas pelo comprador.
Para os especialistas consultados pela Folha, soluções simples, como
trocar o piso e renovar a tinta das paredes, valorizam o bem em cerca de 10%.


"Pintura nova e um piso, de madeira ou frio, em bom estado,
contam, e muito, para impressionar o cliente", afirma Valentina Caran, dona da
imobiliária de mesmo nome.


"Evita que o comprador pense que já vai ter o trabalho de
trocá-los", argumenta Alberto Du Plessis, vice-presidente de tecnologia do
Secovi-SP (sindicato do setor imobiliário).


A mudança é mais necessária quando se trata de itens que não estão
entre os preferidos pelo comprador. É o caso de carpetes e de cores carregadas
nas paredes, que devem ser trocadas por tons claros.


Os retoques geralmente compensam na hora de vender o bem. O
administrador João Paulo Gonçalves, 53, conta que eles custaram menos que a
valorização do seu imóvel.


"Gastei cerca de R$ 5.000 em pintura e na troca dos pisos da
cozinha e do banheiro. A casa já ficou bem mais apresentável, e sua avaliação
subiu mais de 10%-o que é bem mais do que eu investi em reparos", afirma.


Dobro do preço


O designer Eduardo Garcia, 30, relata que gastou R$ 2.000 em sua
quitinete e a vendeu por quase o dobro do preço pelo qual adquiriu o imóvel.


As melhorias incluíram troca do piso do banheiro, arremates de
gesso e uma luminária nova na sala. "O comprador vai pelo visual, e ter um
conjunto clean ajuda", aponta Garcia.


Quem compra um imóvel por um preço abaixo do de mercado com a
intenção de reformá-lo para revender com lucro deve se lembrar de que a
"pechincha" costuma pedir gastos estruturais além de reparos superficiais. Mesmo
nesses casos, porém, geralmente a valorização supera as despesas.


O abatimento no preço pedido que a assistente de marketing Melissa
Rossi, 26, e o namorado conseguiram ao comprar um apartamento em Pinheiros (zona
oeste de São Paulo) foi o investimento para reestruturá-lo: R$ 26 mil.


"Trocamos quase tudo -instalações elétricas e hidráulicas,
janelas. Investimos para vender no futuro", diz ela, que calcula uma valorização
ainda maior que o gasto despendido.


MARIANA DESIMONE
Colaboração para a Folha de
S.Paulo -26/08/07

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