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Notícias

Os sinais dos problemas.

Prestar atenção na hora certa de fazer a manutenção da sua casa sai mais em conta e evita transtornos. Os sinais de quando é hora de fazer a manutenção, ou até reformar a parte elétrica e hidráulica de um imóvel, pode estar mais aparente do que se imagina. Observar pequenos detalhes no cotidiano pode impedir que um problema simples se torne uma dor de cabeça.O engenheiro elétrico Edson Luis Darcie conta que um dos sinais mais evidentes de que há problemas na parte elétrica é a queima constante de lâmpadas. “Outro exemplo comum é a queda na intensidade da luz ao ligar algum aparelho. O aquecimento do quadro elétrico também é sinal de que há algo errado”, diz Darcie.A parte elétrica não é responsável pelo maior gasto em uma casa. Em construções novas, o custo é de cerca de 10% do orçamento total. Já com reformas, o valor varia de acordo com o tipo e tamanho da construção. No entanto, a parte elétrica tem uma necessidade maior de manutenção. “As pessoas devem ficar atentas, observar os sinais que às vezes são claros”, afirma Darcie.A parte hidráulica custa em torno de 4% a 6% em construções novas. Mas a reforma pode pesar bastante. Isso porque problemas nesta área causam danos além da hidráulica. “Este tipo de problemas certamente costuma vir acompanhado de outros gastos. Trocar pisos, azulejos, pintura, revestimento, pequenos reparos que serão necessários”, afirma o engenheiro civil, Luiz Umberto Menegucci. Para ele, a melhor solução é evitar que os problemas evoluam. “A instalação mostra o que está acontecendo. Um vazamento, por exemplo, deixa o local úmido, estraga a pintura. Em construções antigas onde a tubulação é de ferro, quando a água sai com cor de ferragem é sinal de problema, a redução da vasão de água também é um sinal de que há vazamentos na casa.”A parte de esgoto é mais complicada, pois os problemas são perceptíveis apenas quando são graves. “Mas é possível fazer uma avaliação superficial. O solo oco em torno da casa é o sinal mais comum”, afirma Menegucci. Segundo ele, a manutenção é o melhor caminho, pois evita que reparos simples se transformem em uma grande reforma.

11 de janeiro de 2009

Reforma rende bom resultado estético.

Redecorar a casa não precisa ser sinônimo de descartar móveis antigos, comprar tudo novo. Reformar e restaurar peças pode valorizar móveis com história na família e de grande valia afetiva. A transformação das peças pode trazer resultados surpreendentes e muita economia.Para a arquiteta Gê Carolo, que tem uma oficina de restauro na sua loja, um móvel com boa estrutura vale a pena reformar, o custo sai em torno de 50% de um novo, além de ser uma atitude politicamente correta.“Peças fabricadas com madeira de qualidade, uma boa base e molas e cintas em boas condições podem ser restauradas ou reformadas com um excelente resultado estético. Reformar é sempre uma boa idéia”, comenta.Peças de estilo, como Luís XV e XVI, Barroco mineiro, Art Decor, Art Nuveau, Império, produzidas em madeira nobre, podem ser recuperadas e inseridas num contexto mais moderna, dando um efeito na decoração.“Nos meus projetos gosto de misturar peças de época com design a outras atuais”, fala.Depois de avaliadas esses móveis passam por uma limpeza na oficina de restauro, são raspadas e depois recebem um novo verniz. Na seqüência é hora de procurar peças para reposição, como puxadores.Cara novaReformar braços imprimindo um estilo diferente, modificar as costas do estofado aumentando o seu enchimento, tornar o assento mais profundo com a adição de um complemento na frente são algumas das interferências que podem transformar a peça, deixá-la completamente de cara nova.Um móvel de estilo pode ganhar ares mais modernos. E a recíproca é verdadeira. Numa peça de linhas contemporâneas e retas pode-se imprimir um estilo.“Se a pessoa tem um armário reto, desenhamos cantoneiras e aplicamos, modificamos o desenho do pé. O móvel moderno é a essência de uso, é criado para responder à sua função, por isso permite criar novas formas. Juntando um arcabouço ele ganha um toque mais clássico”, cita a arquiteta. Mas é preciso que a estrutura permita e ter o auxílio de um profissional especializado para evitar que a peça renovada fique sem equilíbrio. “Sem proporção ela vai agredir ao olhar”, comenta.A interferência pode ser tão perfeita e bem sucedida que nem é possível perceber que o móvel foi reformado. “O importante é criar um peça com equilíbrio e com charme”, declara.Nova funçãoE se a peça não se aplica mais ao seu uso na decoração atual da casa, ela pode ser transformada e ganhar uma nova função.Que tal a antiga escrivaninha grande de escritório passar a cumprir o papel de bar da sala? O aparador da sala de jantar pode se tornar uma peça de apoio na varanda ou num quarto. Uma poltrona pode se unir ao um pufe e se transformar numa chaise para home. “Tudo se transforma desde que a pessoa tenha a assessoria de um bom marceneiro ou tapeceiro”, afirma a arquiteta.Ela cita que uma antiga cômoda pode se adequar a um ambiente jovem. “Pintando de branco e trocando os puxadores dourados por outros de murano pode ser colocado num quato de adolescente”, cita Gê.Super atualSabe aquela penteadeira que foi presente de casamento de alguém muito querido há 40 anos? Ela pode se tornar um móvel super atual. Uma idéia seria eliminar o espelho, dar um banho de tinta preta ou de algum tom forte e colocar puxadores mais modernos. “Ela pode virar uma cômoda, um apoio de televisão em um quarto, mas sempre irá acomodar objetos por conta das suas gavetas”, sugere.Dois pésEm um dos seus projetos a arquiteta aproveitou os dois pés para uma mesa retangular e depois de recortados ao meio eles se adaptaram a mesa redonda.Na oficina do empresário Daniel Baleia, que trabalha há mais de 20 anos com reforma e produção de móveis sob encomenda, o divã de uma cliente vai perder os braços laterais, ganhará um tecido mais moderno e passará a ser um pufe como peseira de uma cama de casal. A transformação ficará em torno de R$ 480.ContemporâneoUm sofá de mais de vinte anos, tecido xadrez e cinco lugares será transformado em um móvel menor e mais contemporâneo. Os pés de cebola em mogno serão substituídos e os braços arrendodados ganharam uma linha mais reta. “O trabalho sairá por R$ 2.800. Uma peça nova igual custaria cerca de R$ 5.800”, explica o empresário de Ribeirão Preto.Peças assim, que seriam descartadas, depois de transformadas podem ocupar um local até mesmo de destaque na decoração de qualquer residência. Jornal A Cidade - 20/01/08

20 de janeiro de 2008

Preço de venda do imóvel sobe 10% com pintura e troca de piso.

Antes de vender um imóvel, investir em reformas, mesmo que pequenas, ajuda a melhorar também o aspecto das propostas feitas pelo comprador. Para os especialistas consultados pela Folha, soluções simples, como trocar o piso e renovar a tinta das paredes, valorizam o bem em cerca de 10%. "Pintura nova e um piso, de madeira ou frio, em bom estado, contam, e muito, para impressionar o cliente", afirma Valentina Caran, dona da imobiliária de mesmo nome. "Evita que o comprador pense que já vai ter o trabalho de trocá-los", argumenta Alberto Du Plessis, vice-presidente de tecnologia do Secovi-SP (sindicato do setor imobiliário). A mudança é mais necessária quando se trata de itens que não estão entre os preferidos pelo comprador. É o caso de carpetes e de cores carregadas nas paredes, que devem ser trocadas por tons claros. Os retoques geralmente compensam na hora de vender o bem. O administrador João Paulo Gonçalves, 53, conta que eles custaram menos que a valorização do seu imóvel. "Gastei cerca de R$ 5.000 em pintura e na troca dos pisos da cozinha e do banheiro. A casa já ficou bem mais apresentável, e sua avaliação subiu mais de 10%-o que é bem mais do que eu investi em reparos", afirma. Dobro do preço O designer Eduardo Garcia, 30, relata que gastou R$ 2.000 em sua quitinete e a vendeu por quase o dobro do preço pelo qual adquiriu o imóvel. As melhorias incluíram troca do piso do banheiro, arremates de gesso e uma luminária nova na sala. "O comprador vai pelo visual, e ter um conjunto clean ajuda", aponta Garcia. Quem compra um imóvel por um preço abaixo do de mercado com a intenção de reformá-lo para revender com lucro deve se lembrar de que a "pechincha" costuma pedir gastos estruturais além de reparos superficiais. Mesmo nesses casos, porém, geralmente a valorização supera as despesas. O abatimento no preço pedido que a assistente de marketing Melissa Rossi, 26, e o namorado conseguiram ao comprar um apartamento em Pinheiros (zona oeste de São Paulo) foi o investimento para reestruturá-lo: R$ 26 mil. "Trocamos quase tudo -instalações elétricas e hidráulicas, janelas. Investimos para vender no futuro", diz ela, que calcula uma valorização ainda maior que o gasto despendido. MARIANA DESIMONEColaboração para a Folha de S.Paulo -26/08/07

26 de agosto de 2007

Pense no telhado.

Telhados são parte fundamental da estética externa da residência, por isso devem ser pensados com a obra. Para algumas pessoas ele pode até passar despercebido, mas o telhado de uma casa hoje é pensado como parte integrante e importante do todo da obra. Por isso que há algum tempo as telhas vêm ganhando uma série de modelos, cores e tamanhos.Basicamente as telhas podem ser compostas de dois materiais diferentes: cerâmica, as mais tradicionais, e as peças de concreto, mais recentes no mercado.As telhas de cerâmica são as mais utilizadas, por serem mais leves e proporcionarem uma temperatura mais agradável ao ambiente. Por não absorverem água da chuva, o peso das telhas mantém-se sempre o mesmo, não sobrecarregando a estrutura de madeira do telhado. Utilizar telhas grandes, como o modelo americano, também é uma forte tendência, pois menos peças precisam ser encaixadas e o telhado fica com menos pontos de infiltração, ou seja, menor número de locais por onde a água possa entrar. Além disso, quanto menos peças forem utilizadas, mais simples poderá ser a estrutura do telhado e as peças são impermeabilizadas, não absorvem água e não ficam mais pesadas.Outro ponto forte para a utilização desse tipo de telha é a proximidade com a cidade de Tambaú, grande produtora de telhas, o que facilita o acesso a esses materiais a preços reduzidos.As telhas de concreto entraram no mercado há pouco tempo, mas já ganharam espaço. Possuem acabamento diferenciado, dando uma estética mais rústica ao telhado e proporcionam um bom controle térmico do ambiente. E também possuem uma gama de cores muito grande, dando várias opções de combinações para os donos da casa. Mas, por serem mais pesadas, precisam de uma estrutura mais reforçada no telhado para poder suportar o peso das mesmas, principalmente quando chove, já que o concreto absorve água e as telhas podem chegar a ficar com o dobro do peso original.Justamente por isso, aqueles que optarem por usar esse tipo de material devem fazer a escolha no início do projeto da residência, pois todo o alicerce da obra deve ser calculado levando-se em conta o peso que o telhado terá.Uma outra desvantagem que esse material apresenta é a descoloração que sofre com a ação do tempo. Como são pigmentadas, as telhas desbotam com o sol e o telhado pode ficar desigual caso uma parte fique na sombra. Esse tipo de material não pode ser pintado posteriormente, o que obrigaria o proprietário do imóvel a trocar todo o telhado.Saber equilibrar as cores também é tarefa fundamental na hora de pensar o telhado. As mais claras são indicadas para a região, pois refletem mais a luz do sol, ajudando no controle térmico do ambiente. Mas, dependendo do projeto, as cores podem ser as mais inusitadas: azul, verde e até roxo, dependendo do equilíbrio de cores da obra toda. "O cliente deve pensar bem antes de escolher uma dessas cores por que pode enjoar com o tempo e o telhado não á algo tão simples para ser trocado", lembra o arquiteto Sérgio Coelho. "Mas a escolha das cores ou do material basicamente depende da estética do imóvel", acrescenta.Há ainda alguns tipos de telhas diferentes, como as translúcidas, utilizadas estrategicamente em determinados ambientes para auxiliarem na iluminação.A localização da residência também deve ser levada em consideração na hora de escolher o telhado, pois pode influenciar na manutenção. Ribeirão Preto, por ser região de clima quente e com muitas queimadas, recomenda-se a utilização de telhas de cerâmica e de coloração clara, de preferência as telhas "borrifadas" com tinta mais escura, assim, as manchas de queimadas destacam menos.O tipo de vegetação também pode modificar as cores das peças, as folhas quando caem e prendem-se no telhado, podem manchar com o sol e chuva. Além disso, recomenda-se lavar o telhado periodicamente para manter a boa aparência. GUILHERME TAVARESEspecial para a Gazeta de Ribeirão -13/05/07

13 de maio de 2007

Menos burocracia.

Regra do Código de Obras deve reduzir o tempo de aprovação de projetos de imóveis com até 750 metros quadrados. A aprovação de projetos de construção de imóveis com área de até 750 m2 deverá ficar mais ágil em Ribeirão Preto com a vigência do Código de Obras, uma das cinco leis complementares do Plano Diretor. O Código de Obras foi sancionado no mês passado pelo prefeito Welson Gasparini (PSDB).Os projetos não precisarão ser detalhados, mostrando, por exemplo, as divisões internas do imóvel a ser construído, mas apenas conter taxa de ocupação do terreno, recuos frontais e laterais.Segundo o arquiteto Fernando Freire, presidente do Comur (Conselho Municipal de Urbanismo), os detalhamentos do projeto deixarão de ser requeridos na fase inicial para serem exigidos na fase final da obra. Freire estima que a economia de tempo chegue a 40 dias.Se a mudança, por um lado, confere mais agilidade na aprovação dos projetos, ela cria mais responsabilidades para o dono do imóvel e para o profissional responsável, afirma o presidente do Comur."Essa mudança valoriza os profissionais sérios. Eles terão que construir atendendo à legislação. Se a legislação não for respeitada, terão que se responsabilizar por isso", diz. Entre as punições pelo descumprimento do Código de Obras estão previstas multas.Freire sugere que arquitetos e engenheiros, durante a execução de projetos, consultem permanentemente a Secretaria de Obras Públicas e Particulares, já que essa regra do Código de Obras, extraída da Constituição do Estado de São Paulo, é novidade.Essa inovação tem a aprovação do Sinduscon (Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo). Segundo José Batista Ferreira, diretor regional do órgão, haverá economia para quem constrói e valorização dos arquitetos e engenheiros, que terão que acompanhar a execução da obra."O profissional vai ter que estar presente à obra quando houver a fiscalização para a emissão do Habite-se", declara.Na opinião de Ferreira, o dono do imóvel também é beneficiado com essa regra do Código de Obras porque a obra será mais segura e terá que ser bem feita do ponto de vista técnico.Para o engenheiro civil Alexandre Henriques, é difícil afirmar, no momento, se essa regra do Código de Obras será benéfica ou não. Ele diz que, pelo fato de o projeto, na fase inicial, ser menos detalhado, haverá menos itens para conferir pela Secretaria de Obras Públicas e Particulares, o que, admite, pode tornar a aprovação mais rápida. Outra aparente vantagem, diz, será a liberdade no ato de projetar.A Secretaria de Obras Públicas e Particulares informou que essa regra do Código de Obras precisará ser regulamentada para entrar em vigência. A secretaria declarou que, por se tratar de uma novidade, não poderia comentá-la sem uma discussão interna entre os profissionais da secretaria.Nilton Bonagamba, engenheiro da secretaria, afirma que, em 2006, a maioria dos 2.120 projetos de obras aprovados era de imóveis com menos de 750 metros quadrados (96,5%).A área total de construção aprovada em 2006 foi de 910.841,95 metros quadrados, dos quais 40% correspondem a projetos de imóveis com mais de 750 metros quadrados. Gazeta de Ribeirão - 04/03/07 function MM_openBrWindow(theURL,winName,features) { window.open(theURL,winName,features); }

04 de março de 2007

Contra infiltrações.

Impermeabilizar o imóvel durante a construção sai mais barato do que consertar os danos causados pelas chuvas. Com as constantes chuvas, as casas estão sujeitas a serem afetadas pela infiltração de água. A infiltração pode acontecer em qualquer local não impermeabilizado. Se o problema não for combatido, pode prejudicar a estrutura da construção e oferecer riscos aos moradores. Para o proprietário, tomar medidas contra infiltrações durante a construção do imóvel sai mais em conta do que reparar o dano depois.Segundo o engenheiro civil Carlos Henrique Reis, para fazer a impermeabilização durante a construção o preço fica em torno de 2% do custo da obra. Para reparar os danos, esse custo subiria para 8% do valor da obra. O engenheiro afirma ainda que é preciso ter atenção na escolha do produto e da mão-de-obra.No mercado existe uma grande variedade de produtos impermeabilizantes. A diferença entre eles está no preço, na facilidade de aplicação, na inovação e na durabilidade. Segundo Wiliam Anderson Teixeira, subgerente de vendas da Guidugli, loja de materiais de construção, o preço da argamassa mais procurada está em torno de R$ 27,50.As tintas impermeabilizantes têm preços entre R$ 31 e R$ 78. Contudo, mesmo aplicando o material adequado e de boa procedência, ainda não há garantia de que o problema esteja resolvido por completo. Outra questão importante é a qualificação da mão-de-obra. De acordo com Reis, é preciso que o pedreiro saiba aplicar o material para que a impermeabilização seja feita com sucesso. "Costumamos dizer que a mão-de-obra é 80% do serviço", afirma o engenheiro.O engenheiro diz ainda que qualquer tipo de impermeabilização é temporária e que a durabilidade é determinada pela qualidade e pela aplicação do produto.No caso da assistente social Sueli Menegucci Praes, de Bonfim Paulista, já foram feitos quatro reparos em sua casa, mas a infiltração na parede voltou a acontecer. "É difícil arrumar um pedreiro aqui. Eu já chamei cinco vezes e não conseguem resolver o problema", afirma Sueli. Cada conserto custou R$ 50 por dia de mão-de-obra e durou apenas algumas horas cada. Outro problema que a assistente social teve foi na calha de sua casa, que causou mais infiltração nas paredes da casa.O custo para consertar a calha foi de R$ 800 para quatro calheiros que fizeram o serviço em dois dias. Mesmo depois dos reparos, a última infiltração estragou a fiação elétrica, afetou armários e roupas. "A calha passa do outro lado da parede do quarto, e a água que desce afetou toda a parede e o armário de madeira. As roupas que estavam no armário estão mofadas e não dá mais para usar", diz. As casas mais antigas, como a de Sueli, que foi construída há 40 anos, têm mais chances de serem afetadas pela água. Segundo Reis, isso ocorre porque os materiais usados hoje são melhores do que os de antigamente.A legislação garante que todo serviço de reparo tem garantia de cinco anos. Caso o problema volte a acontecer nesse período, o responsável pelo concerto é obrigado a reparar o problema sem cobrar o serviço novamente. De acordo com Moacir Nogueira, da Lacre Impermeabilizações, para ser garantido pela lei o serviço deve ser executado por pessoal especializado."A lei só protege quem tenha feito contrato e nota fiscal. Nos casos de contratação de pedreiros não especializados, que não tenham sido treinados pelos fabricantes dos produtos, ou de aplicação do proprietário do local danificado, a garantia não existe", afirma Nogueira. ADRIANA SORÓKINEspecial para a Gazeta de Ribeirão - 03/02/07

03 de fevereiro de 2007

Orçamento da construção evita vários transtornos.

Algumas pessoas que se programam para construir a casa própria acabam se deparando com a dúvida de quanto vão gastar nesta empreitada. Um orçamento bem planejado pode evitar surpresas ou mesmo um estouro nas contas, que impeça até mesmo a conclusão da obra.“A estimativa de orçamento prevê todos os custos, desde a limpeza do terreno aos revestimentos. Assim, o valor total fugirá muito pouco do previsto”, diz o engenheiro Antônio Botelho. Um erro comum é só perceber adaptações necessárias quando já se está construindo. Como a necessidade de terraplanagem do terreno ou o custo para construção do muro. “A depender do tamanho do terreno, um muro pode sair até por R$ 10 mil”, alerta Botelho.E não se engane que ter a estrutura da casa pronta significa estar próximo ao final de gastos. O grosso da obra são os revestimentos e acabamentos. “A parte bruta, estrutura e alvenaria, representa apenas algo em torno de 40% da obra”, revela o engenheiro. Logo é imprescindível definir o padrão de revestimentos na concepção do projeto, desde os pisos até detalhes como louças e torneiras dos banheiros. A cotação do preço dos acabamentos escolhidos vai possibilitar uma previsão o mais próxima possível da realidade. “Pode-se usar uma cerâmica R$ 15 ou um mármore que custa até R$ 140 o m2”, cita.O tempo de construção também é um fator determinante. A média fica entre 9 e 12 meses. “Adiantar vai significar pagamento extra de pedreiros. Já o adiamento, que às vezes ocorre por falta de capital, também pode onerar”, ressalta Botelho.Um projeto estrutural pode evitar gastos desnecessários com superdimensionamento de estruturas. Outro grave problema é desperdício de materiais. O levantamento permite uma compra exata, com apenas uma folga de 10% para reparos. A contratação de um engenheiro pode ser feita através da administração geral da obra, quando é cobrado um percentual sobre o valor total que será gasto, ou por uma remuneração mensal.Vivendo a experiênciaO empresário João Viviani teve um acréscimo de 20% no valor que pretendia investir para construir sua casa num condomínio em RP, por ter aumentado a área útil. “Ter uma dimensão clara do tamanho de casa você evita surpresas em relação ao investimento”, diz.Na opinião dele, algum transtorno sempre acontece, mas contar com profissionais especializados para montagem do orçamento, ler revistas de construção para lhe dar uma noção de quanto se gasta e acompanhar a obra, mesmo que haja um responsável técnico são dicas úteis que diminuem o risco de imprevistos.DICASPasso-a-passo: do alvará ao custo totalPrimeiro passo na hora de construir é observar se o tipo de obra pode ser realizada na região escolhida, dentro da legislação Municipal. Por isso, para conseguir o alvará de licença é preciso apresentar um projeto na Prefeitura, para aprovação do departamento de obras particulares. “Ele tem de estar dentro das normas previstas, por exemplo, de recuos e altura”, explica o engenheiro Botelho.Mas mesmo aqueles que sempre sonharam em dar uma de engenheiro, vão precisar contratar um profissional. “O Conselho Regional de Arquitetura e Enge-nharia fiscaliza se a obra tem um responsável técnico. Caso não haja, a mesma pode ser embargada”, alerta.CálculosPara se ter uma idéia de custo total o cálculo pode ser feito por metro quadrado de acordo com o padrão da casa. Incluindo materiais e supervisão de um engenheiro.Este valor começa em torno de R$ 550,00 m2, para residências mais simples, podendo chegar a R$ 1300, 00 para padrão A. Ou seja, uma casa com cerca de 150 m2 pode sair em torno de R$ 82,5 mil, com acabamento mais modestos, ou chegar a R$ 135 mil. Já uma de 350 m2, com revestimentos mais caros fica em média R$ 350 mil para se construir, sem contar, em ambas as opções, com o valor do terreno.Jornal A Cidade -03/12/06VALESKA MATEUS

07 de dezembro de 2006

Informal vira formal quando na superfície.

Economia informal é também chamada de economia não registrada. Vale dizer: é a economia que existe mas que o poder público de todos os níveis não a conhece. Nem a reconhece. Ambos se ignoram. Mas se ignoram até que a informalidade venha à superfície. Aí é que aparece o ilícito que pode ser tanto o civil (nele incluído o fiscal do qual a sonegação tributária é a mais visível) como o penal. No caso, devem ser considerado o amplo espectro e o largo leque do crime em suas diversas modalidades.Estamos falando agora apenas e tão somente do ilícito civil. Que também não é pequeno e tem, quando se trata de setores das atividades produtivas, na indústria da construção civil um de seus esconderijos mais conhecidos. Encanadores, pedreiros, serventes, azulejistas, pintores de parede – dentre outros – são os profissionais da construção civil que todos conhecemos. Quando, claro, não temos pelo menos um na nossa própria família.Há muitas e extraordinárias empresas no ramo da construção civil. Algumas, brasileiras, são inclusive muito agressivas no próprio mercado internacional. Pertencem ao rol das indústria de construção pesada. Mas há também muitos empreendedores e microempresários que sequer legalizam sua atividade. Mas prestam serviços. Exercem atividade econômica importante inclusive porque reduzem as crises de insuficiência de emprego. Numa palavra: são fundamentais econômica e socialmente falando. Mas não emitem nota fiscal. Vivem, em boa parte, na informalidade.Vivemos tempo oportuno para iniciar reformas de imóveis. Ou ampliação. Em outras palavras: mexer em imóveis já construídos.A cultura é feita de hábitos. Pois bem, é da nossa cultura encontrar - sobretudo para reformas – profissionais competentes do ponto de vista técnico mas que nem sempre estão legalizados. São informais. Como naturalmente somos otimistas, não pensamos nas conseqüências de atos deste porte. Se houver acidente de trabalho com qualquer dos profissionais que estejam atuando em imóvel nosso, a responsabilidade é nossa. E não do pedreiro que, por conta dele, contratou os seus serviços. O mesmo vale para questões trabalhistas e previdenciárias. Jornal A Cidade - 02/07/2006 - Antônio Vicente Golfeto

02 de julho de 2006

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