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Banco inclui despachante no "pacote" de financiamento.

No "pacotão de agregados" oferecido pelos bancos privados nos planos de financiamento imobiliário, um novo item desponta como arma de marketing na captura do cliente: o serviço de despachante.

Para Carlos Eduardo Fleury, 47, superintendente-geral da Abecip, o "despachante bancário", cujo preço bate na casa dos R$ 1.000, não sai mais caro que o valor de mercado desse tipo de profissional.

O Real ABN Amro, por exemplo, criou o Real Imóvel Assessoria, que "dispensa idas e vindas entre bancos, imobiliárias e cartórios", informa o material divulgado por sua assessoria de comunicação.

O mutuário precisa apenas levar seus documentos "básicos" ao banco, que providencia o resto da papelada necessária e cobra uma taxa fixa de R$ 900, independentemente do valor do imóvel pretendido.

Provisão financiada

Alguns bancos incluem o benefício em suas tarifas administrativas, caso do Santander Banespa, que oferece courier e despachante para quem contratar o plano SuperCasa 20, de parcelas fixas.

Na contramão de apenas oferecer o serviço, o HSBC lançou uma linha de financiamento que soma ao valor do crédito uma provisão de até R$ 8.000 para as despesas extras.

"Depois de calculado o valor do imóvel, acrescentamos uma quantia para gastos como registro em cartório, transferência e despesas bancárias", lista Paulo Roberto Steiner, executivo da área de varejo do banco.

Mas o HSBC também faz o trabalho de despachante, que sai por R$ 1.000.
Outro banco que inclui o capital necessário para "escritura e ITBI" no montante financiado é o Itaú, afirma Luiz Antonio Rodrigues, 62, diretor de crédito imobiliário.

"Cobramos uma taxa de R$ 450 para tirar todas as certidões e fazer a análise jurídica dos documentos", pontua.


da Folha de S.Paulo

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