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Auxiliares na organização doméstica.

Há quem faça por mania, outros por falta de espaço ou mesmo pela estética. Mas não há quem duvide que organizar a casa facilita a vida e deixa o ambiente muito mais agradável.
No mercado, existe uma infinidade de produtos que auxiliam nessa tarefa e ainda imprimem estilo à decoração. Caixas, cestas, cabideiros, sapateiras, gaveteiros e capas organizam e ao mesmo tempo decoram os espaços. E estão em todos os cantinhos, da sala à área de serviço.
“As caixas têm a praticidade de ser gavetas móveis. Se você precisar do conteúdo em outro ambiente, elas se deslocam sem transtornos”, define Edson Coutinho, designer de produtos e coordenador de tendências da Tok&Stok. De diversos materiais, cores e custos elas se adaptam a qualquer decoração.
Auxiliares na organização domésticaNas gavetas, pequenas bandejas ou caixas podem guardar as miudezas ou bugingangas. Já o organizador que se assemelha a uma colméia, separa meias e peças íntimas.
Como há muitos mulheres apaixonadas por sapatos e nem sempre há espaço disponível para guardar todos os pares, que tal adotar uma sapateira de lona? Pendurada no armário ela permite visualizar os pares e pode ser fechada com zíper para evitar odores. Já em ambientes amplos, as caixas de papelão com visor dão um charme a mais no closet e além de conservar facilita encontrar mais rápido o par ideal para aquela produção.
Se vai receber alguém, um cabideiro no quarto organiza toalhas, perfumaria e chinelos e ainda demonstra atenção.
“É uma forma delicada de esperar um hóspede”, comenta a arquiteta Ana Carolina Costa.
Já na home-theater, os inúmeros controles remotos da TV a cabo, do som, do DVD serão facilmente encontrados se arrumados em uma caixa de junco, que pode ser colocada sobre a mesa lateral ou pufe. Também podem abrigar os CDs, fugindo da tradicional divisória da estante.
“Não vivo sem caixas. Tenho em todos os cômodos. Até mesmo para separar as contas do mês já pagas, uso caixas de papelão”, confessa Coutinho.
E a depender da estampa, as caixas podem até imprimir estilo ao espaço.
“No lavabo uma caixinha de ratan pode abrigar as tolhas individuais. Já as cestarias podem servir para descartar as já usadas”, sugere a artista plástica e organizadora da Eloísa Departamentos Fernanda Sant’Anna. E as tolhas enroladinhas ficam um charme expostas em cestos sobre a bancada do banheiro. Mas é preciso ficar atenta ao material, já que se trata de uma área úmida. Para os perfumes e cremes de uso cotidiano as bandejas são um excelente recurso.
“Se você tem um lugar certo para cada coisa, fica fácil manter a organização”, ressalta.
Áreas de serviço charmosas
Numa rotina em que é cada vez mais raro as empregadas mensalistas, a organização ‘charmosa’ invadiu também as áreas de serviço.
As roupas sujas são colocadas em sacos de tecidos estampados e bordados com a função a que se destinam (passar, lavar). Se não há muito espaço um carrinho multifuncional, com saco removível na lateral, guarda produtos e roupas. “Assim as roupas podem ser transportadas até para a lavanderia”, diz Fernanda.

Mudança cultural
Para Edson Coutinho, houve uma evolução no conceito do ‘Organizar’, reflexo da mudança de comportamento em relação ao consumo.
“Antigamente existia uma cultura do acúmulo. Era comum os móveis grandes, pesados e profundos. Os apartamentos eram revestidos de armários com portas e mais portas”, comenta.
Hoje a maioria das pessoas não compra coisas para ser eternas, que irão guardar para o resto da vida. “Compramos para suprir uma necessidade momentânea, as peças têm um ciclo dentro da casa. Cada vez guardamos menos coisas”, fala.
Há quase duas décadas as telas aramadas e os acessórios pendurados invadiram as cozinhas. “Isso foi evoluindo até as prateleiras substituírem as portas. Nos anos 90 virou uma febre as cozinhas aramadas, que permitiam visualizar todos os utensílios e deixando tudo às mãos”, lembra.
O conceito de praticidade foi se espalhando pela casa e conquistou outros ambientes, como os quartos. Surgiram os closets abertos. “Todo esse comportamento deriva da correria do dia-a-dia e da vida urbana”, analisa.
O mercado acompanhou essa mudança e começou a produzir peças e elementos para facilitar a organização da casa.
“Toda tendência de consumo começa nos expoentes e somente depois é absorvida pela população. Esse conceito foi absorvido na década de 80 e vem se aprimorando cada vez mais”, afirma.


Valeska Mateus-


Jornal A Cidade - 02/09/07

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