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Calçadas elaboradas valorizam as casas.

Algumas pessoas nem se atentam, outras observam detalhadamente o paisagismo
das calçadas enquanto andam pelas ruas da cidade. Extensão da casa, elas devem
proporcionar conforto e segurança para quem passa, mas sem deixar de lado um
belo visual.
Para o paisagista Marcelo Faria a calçada é o cartão de visitas
da residência.
“Ela imprime a primeira impressão de quem visita. É a
paginação da casa, uma continuidade do projeto arquitetônico. Valoriza a
fachada”, define.
A arquiteta Glória Afonso comenta que o projeto da calçada
deve manter as mesmas linhas da fachada e compor com o piso da área externa da
casa.
Materiais diferentes conquistaram este espaço. O cimento vassourado, a
madeira aroeira mesclada com o cimento, o tradicional mosaico português e as
cerâmicas são trabalhadas em composições e desenhos.
“O concreto estampado
com formas diversas e cores personalizam a calçada”, comenta a arquiteta Glória
Afonso.
Calçadas com formas orgânicas, irregulares, retas ou linhas
sinuosas. Mesmo seguindo as normas exigidas pela prefeitura municipal é possível
criar projetos que unam conforto, segurança, ecologia e estética.
“As
calçadas apenas de concreto não são mais usadas”, comenta Faria.

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src="http://www.jornalacidade.com.br/files/noticia/img_54326_0.jpg" width=250
align=left vspace=5 border=0>Praticidade
Materiais
resistentes, árvores que as raízes não provocam rachaduras no piso e
plantas.
Piso em cimento escovado, mosaico português formando um tapete até a
porta principal e a geometria marcada nas caixas com grama coreana, imprimem
beleza e praticidade na calçada da loja de Faria. Na lateral um canteiro com
capim rubro dá um toque mais exótico.
“Optei pela composição ornamental e que
não exige muita manutenção”, explica.
Já quem deseja a comodidade da sombra o
ideal é usar espécies como melaleuca, resedá e ipê branco.
“Uma estrutura de
ferro com uma trepadeira alamandra e uma copa é uma criação diferenciada”,
sugere o paisagista.
Uma opção ecológica é trabalhar com longas faixas de
grama, preservando o verde e a área permeável.
Se quiser pincelar cores nas
calçadas use e abuse de tons de verde e árvores altas de flores ao fundo, isso
vai criar um belo contraste numa fachada clara. Uma dica é explorar as
primaveras e as orquídeas de sol.

Cerca viva
Um conceito muito atual
nas calçadas e de excelente resultado estético é o uso de cercas vivas nas
beiradas dos muros.
“Uma solução bonita. Você cria uma divisória que pode
delimitar espaços sem perder o conforto visual e o contato com o verde”, diz
Faria.
A murta com sua folhagem e flores perfumadas, a clúsia de flores
brancas e delicadas que são apreciadas pelos pássaros, e o viburno são espécies
ideais, segundo o paisagista.

Drenos
Na defesa da consciência
ecológica a presença de drenos naturais são fundamentais para o escoamento da
água das chuvas, seja na calçada ou num jardim.
“Favorece a absorção da água
pelo próprio solo. É uma preocupação crescente das pessoas”, diz a
arquiteta.
Se esta solução não for suficiente para absorver o volume da chuva
como numa casa com pátio, por exemplo, para onde converge toda a água do
telhado, o paisagista sugere a criação de drenos artificiais.
“São drenos de
um metro de altura, preenchidos com pedra e cobertos com manta de vidinho.
Depois coloca-se a grama em cima”, conclui Faria.

Fique atento às normas

A arquiteta Glória Afonso ressalta que os materiais aplicadas na calçada
precisam ter superfície regular, firme e anti-derrapante.
Este espaço também
deve estar livre de obstáculos. Determinações estabelecidas pela prefeitura, na
Lei complementar 2.095.
“Ela cita as normas da ABNT - Associação Brasileia de
Normas Técnicas, como parâmetros para a construção de calçadas”, explica o chefe
da fiscalização geral da prefeitura de Ribeirão Preto, Vanderci Faustino.
A
largura do passeio deve ser de no mínimo 1,20 metro para garantir a
acessibilidade de todas às pessoas, inclusive o tráfego de cadeira de rodas.


Jornal A Cidade -20/05/07
Na hora de
escolher os materiais da calçada a praticidade deve ser levada em conta, pois
mantê-la sempre em ordem é obrigação do proprietário.
“Calçadas danificadas e
irregulares estão passíveis de multa de 15 UFESP’s, alerta.
Para Faustino a
calçada é um espaço que merece cuidado e atenção. A presença de paisagismo é um
fator positivo, desde que não comprometa a circulação dos pedestres.
“É uma
via pública”, ressalta Faustino.


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