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Edifícios antigos e casas obtém redução de gastos com arquitetura sustentável

Sinais de que a casa precisa de reforma costumam aparecer nas paredes e nos revestimentos. A tinta descascada, o piso quebrado e a parede mofada são alguns dos indícios da urgência de começar as obras.


Mas nem todo mundo se preocupa só com a estética. Também há os que buscam reformas para adaptar edifícios às atuais regras de economia de recursos e aumentar o conforto natural. Esse é o chamado "retrofit" (requalificação) verde.


Para aumentar o conforto e cortar gastos contemplando a preocupação ambiental, especialistas ouvidos pela Folha sugerem começar por melhor aproveitamento da circulação de ar e da iluminação natural.


Quando a médica Flávia Garcia Silva, 41, comprou seu atual apartamento, faltava finalizar o acabamento para se mudar. Mas ela foi além e decidiu fazer um lar sustentável, na medida do possível.


Uma das ideias foi mudar o sistema de iluminação artificial. Além de lâmpadas, na maior parte dos cômodos foram utilizados diodos emissores de luz, mais conhecidos como LEDs.


Econômicas, as chamadas lâmpadas de LEDs -que reúnem vários LEDs em formato de uma lâmpada- não desperdiçam energia elétrica com produção extra de calor.


Apesar de serem mais caras --com modelos a partir de R$ 50--, duram mais -fabricantes dão garantia de 15 anos- e consomem menos, diz o arquiteto Antonio Macêdo Filho.


No apartamento de Silva, a iluminação da sala baseia-se no uso de LEDs. Na cozinha, manteve-se a iluminação tradicional, mas com LEDs em pontos específicos para que não seja sempre necessário acender todas as luzes.


A tendência arquitetônica da sustentabilidade chega às construções mais antigas em mudanças que podem ser estruturais. Para aumentar a ventilação, por exemplo, uma possibilidade é criar aberturas laterais ou no teto, diz Macêdo.


Redução de consumo


O mesmo vale em relação ao melhor aproveitamento da luz natural. Pode ser necessário aumentar beirais ou colocar árvores e plantas, dependendo da posição da casa, para garantir a entrada da luz natural sem a incidência direta dos raios do sol, que aquecem o ambiente, orienta o arquiteto.


Há opções mais simples. Pintar paredes de cores claras ou recorrer a vidros especiais que controlam a entrada de calor aumentam o conforto térmico.


Para economia de água, chuveiros que dão sensação de grande vazão de água apesar de reduzirem o consumo são opção, diz o arquiteto Artur Brito. O uso de arejadores nas torneiras segue o mesmo conceito.

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