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Adaptações em condomínios incluem itens como passagens mais largas e barras de apoio

O idoso que não quer viver em flat e vai comprar um imóvel adaptado às suas necessidades ainda esbarra em opções pouco adequadas.


Desde 2 de dezembro de 2004, um decreto federal obriga as construtoras a atenderem as normas técnicas de acessibilidade fixadas pela ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) para obter o Habite-se (licença para ocupar o imóvel).


Os empreendimentos, contudo, geralmente trazem apenas o mínimo exigido, como rampas de acesso.


Em relação a modificações dentro do apartamento, algumas construtoras permitem fazer adaptações ainda na planta, mas a maioria cobra uma taxa pelo serviço.


Essa situação, porém, começa a mudar: várias empresas têm se preocupado em adaptar seus lançamentos.


Desde o fim do ano passado, a Camargo Corrêa permite a adaptação da planta dos apartamentos do primeiro andar para idosos e deficientes sem custo adicional, até seis meses após o lançamento. Os primeiros com esses diferenciais são o In Jardim Sul e o Soul Jardim Sul, ambos na Vila Andrade (zona sul).


"Nós pensamos em vários públicos, como uma mulher que precise sair de casa com um carrinho de bebê ou um morador que tenha quebrado a perna", menciona Rosane Ferreira, diretora de incorporação da Cyrela-SP.


ADEQUAÇÕES

Ela explica que todos os imóveis estão sendo lançados com adaptações, independentemente do padrão.


Há áreas reservadas para resgate de cadeirantes nas escadas de emergência e elevadores compatíveis com cadeira de rodas, sinais sonoros e identificação em braile.


No Ópera Prima, que a Rossi GMS começou a construir este ano em Cuiabá (MT), com 76 unidades de 138 m² a 146 m², pontos de acesso atendidos por escadas terão também rampa ou elevador. Na piscina, haverá um corrimão adaptado e, no térreo, três vagas de estacionamento especiais para idosos.


No Reserva Bacutia e no Esplendido Enseada, a serem lançados em julho em Guarapari (ES) pela Vargas Construtora, há 10 cm a mais na largura das portas, barras de apoio nos banheiros e rampa de acesso na garagem.


Para Marcos Cardone, arquiteto-superintendente da Cabe Arquitetos, a arquitetura deve atuar ainda em questões sensoriais, que tornem o espaço menos opressor.


"Quanto mais velhos ficamos, maior é a intolerância com pequenas coisas, por isso opto [em projetos para idosos] por cores estimulantes, circulação interna livre e climatização agradável."

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